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Filme conta a trajetória de um famoso quarteto de cordas em crise devido à doença de um deles (Fotos: Europa Filmes/Divulgação) |
Mirtes Helena Scalioni
Os apaixonados por música erudita têm tudo para gostar de "O Último Concerto", em cartaz nos cinemas Belas Artes e Cineart Ponteio. E quem não conhece nada ou sabe pouco dos clássicos deve gostar também por um simples motivo: o filme reúne uma boa história muito bem contada e interpretações irretocáveis de belos atores.
Primeiro longa do diretor Yaron Zilberman, "O Último Concerto" se desenvolve como uma sinfonia que começa suave, quase monótona, e vai ganhando, aos poucos, movimentos vigorosos que se repetem e se intercalam. O mundialmente famoso quarteto de cordas de Nova York, "Fugue", se vê diante de um impasse quando um dos integrantes, Peter, se descobre com Mal de Parkinson.

Quem não gosta muito do filme - teve gente que o achou exageradamente dramático - tem se perguntado o que levou um elenco tão brilhante a realizá-lo. Realmente, Catherine Keener (Juliette), Christopher Walken (Peter), Philip Seymour Hoffman (Robert) e Mark Ivanir (Daniel) formam um quarteto mais do que afinado. Até a jovem aluna Alexandra, que aparece para aquecer a trama, é feita na medida por Imogen Poots.

A música, claro, presente em todo o filme, ajuda a criar os climas de altos e baixos, num ritmo que embala, envolve e encanta o espectador durante os 105 minutos de duração da história que, ao falar da música como profissão, fala também de individualidades, hereditariedade, liderança, amizade, cumplicidade, vaidades. Enfim, uma reflexão sobre o ofício de músico. Sem nunca perder a afinação.
Um PS para dizer: o nome original do filme é "A Late Quartet". Não se explica por que foi traduzido como "O Último Concerto".
Tags: O Último Concerto; Catherine Keener; Christopher Walken; Philip Seymour Hoffman; Mark Ivanir , Drama; Europa Filmes; Cinema no Escurinho
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