Ted e John retomam sua história anos depois para novas aprontações, mulheres, sexo, droga e bebida (Fotos: Universal Pictures/Divulgação) |
Wallace Graciano
O ano era 2012. Naquela época, o já consagrado Seth MacFarlane, famoso por dar os primeiros traços de “Uma Família da Pesada" (ou "Family Guy") e outras grandes séries animadas, trazia às telonas a história de um ursinho de pelúcia um tanto quanto controverso. Com um humor ácido, “Ted” não demorou a cair nas graças do público e provou que tinha fôlego para se transformar em um ícone pop sem precisar da ajuda da irretocável sitcom animada de seu criador.
O sucesso de bilheteria da película, que arrecadou US$ 550 milhões ao redor do planeta, deu carta branca para MacFarlane continuar a história do ursinho e sua promissora carreira como diretor de cinema. O problema é que ele não conseguiu repetir sua genialidade de outrora, fazendo com que ”Ted 2” se transformasse em um longa sem alma própria, um subproduto de seu antecessor.
Basicamente, o roteiro pouco se desenvolve e faz com que o forte e caro elenco não seja bem explorado, mesmo contando com a participação de Morgan Freeman e Tom Brady, um dos melhores jogadores da história a NFL, principal liga de futebol americano do planeta.
A partir desse momento, o protagonista e seu melhor amigo, John (Mark Wahlberg), tentam processar o Estado. Sem verbas, contratam a inexperiente advogada Samantha L. Jackson (Amanda Seyfried). O trio inicia uma ilíada para recuperar os direitos civis do ursinho.
O grande problema é que nem Wahlberg, muito menos Seyfried conseguem convencer o público com suas atuações. Marcado pelas divertidas tiradas no original, John se transformou em um personagem apático, que é acompanhado da jovem advogada, que não consegue transmitir empatia a ninguém.
Apesar de deixar a desejar na construção da história, “Ted 2” não perdeu o humor ácido que marcou o primeiro filme, abusando das piadas de conotação sexual e polemizando nas tiradas, como a referência aos atentados de 11 de setembro de 2001.
Ou seja, “Ted 2” é uma comédia honesta se você deseja apenas soltar gargalhadas no cinema. Só que poderia ter sido bem mais, tal qual seu antecessor, o que pode dar ainda mais voz aos “chatinhos” que insistem que sequências estragam o original.
Obs.: A censura é 16 anos, caso algum deputado deseje levar seu filho pequeno ao cinema.
Ficha técnica:
Direção: Seth Mac Farlane
Distribuição: Universal Pictures
Duração: 1h56
Gêneros: Comédia
País: EUA
Classificação: 16 anos
Nota: 3 (0 a 5)
Tags: "Ted 2"; Mark_Wahlberg; Amanda_Seyfried; Morgan_Freeman; Tom_Brady; Universal_Pictures; comédia; Cinema_no_Escurinho
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