29 abril 2016

"No Mundo da Lua" é família, aventura e muitas invenções malucas

Uma viagem a Lua vai unir ainda mais três grandes amigos (Fotos: Paramount Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas

A única ligação de Mike com a Lua era seu pai e seu avô, ambos astronautas. Fora isso, o adolescente só pensava em se tornar o campeão de kitesurfing, cujo prêmio era pegar a bandeira da competição, juntamente com seus amigos Amy González e o gênio inventor Marty Farr, para se tornarem o destaque da escola. 

E essa bandeira vai inspirar o garoto de 12 anos a querer conquistar outra ainda mais importante, que poderia trazer a reconciliação de seu pai com o avô e ainda torná-lo o jovem um herói mundial. Esse é o tema da animação espanhola "No Mundo da Lua", cujo título original, "Capture the Flag" (capture a bandeira"), tem mais a ver com a história.

No Mundo da Lua é inspirado na corrida espacial dos anos 60. No filme milionário Richard Carson III quer explorar a fonte de hélio 3 existente na Lua, a energia limpa do futuro. Mas ele também quer provar ao mundo que o homem nunca pisou no único satélite natural da Terra. Para isso, pretende viajar pelo espaço, roubar a bandeira americana colocada em 1969 em solo lunar pelos astronautas da Apolo 11 e apagar todos os vestígios da exploração espacial, tornando-se assim o primeiro homem a completar tal façanha.

A presidente dos EUA quer impedir isso e planeja reativar o programa Apolo, da Nasa, mas uma sabotagem coloca no espaço Mike, Amy e o avô do jovem, o veterano astronauta Frank Goldwing, além de Igor, um pequeno lagarto com complexo de Godzilla pertencente a Marty. E essa aventura para frustrar os planos do malvado pode reaproximar sua família Goldwing. Eles terão de garantir que a bandeira americana permaneça no local onde foi fincada e provar ao mundo quem a colocou lá.

A animação trata, especialmente, de reconciliação familiar, cujas feridas vão se tornando cada vez mais profundas com o passar dos anos. Mas os produtores, responsáveis também por outra animação - "As Aventuras de Tadeu" -, deixam claro que o programa espacial exerceu forte influência em suas vidas. 

Apesar de uma produção espanhola, a animação exalta símbolos norte-americanos, sem excluir as deficiências. Como a dificuldade da Nasa para lançar um foguete novo no espaço e ter de apelar para a reforma de outro que estava no museu. Enquanto o vilão vai viajar em uma super mega hiper nave com a mais moderna tecnologia.

"No Mundo da Lua" é um filme de família e amizade, que vai agradar a todas as idades. Tem aventura, um pouco de comédia e um grande apelo à família unida sem ser piegas. Vale a pena ser conferido. Ele está sendo exibido em 16 salas de 15 shoppings de BH, Betim e Contagem em versões 2D e 3D.


Ficha técnica:
Direção: Enrique Gato
Produção: Lightbox Animation Studios/ Telefonica Studios / Telecinco Cinema
Distribuição: Paramount Pictures
Duração: 1h34
Gêneros: Animação /Aventura / Família
País: Espanha
Classificação: Livre
Nota: 3 (0 a 5)

Tags: #nomundodalua, #Espanha, #EnriqueGato, #animação, #capturetheflag, #Apolo11, #programaespacial, #lua, #bandeira, #ParamountPictures, #CinemanoEscurinho, #TudoBH

25 abril 2016

Escolha acertada de Jennifer Garner para "Milagres do Paraíso"

Jennifer Garner é a mãe obstinada que faz uma busca incessante para encontrar a cura para sua filha (Fotos: Sony/Divulgação)

Maristela Bretas

Drama emocionante, de fazer chorar, um filme que merece ser visto em família e com o coração e a mente abertos. "Milagres do Paraíso" ("Miracles From Heaven") é acima de tudo um filme de fé, de confiança, de amor em família e de esperança. Ele mostra, sutilmente, os milagres e os anjos da guarda que diariamente passam por nossas vidas sem que a gente perceba.

Não espere violência, suspense, nada disso, apenas situações corriqueiras, que poderiam acontecer com qualquer um. Uma produção baseada em fatos reais ocorridos com uma garotinha e sua família, moradores de uma cidade do interior do Texas. Jennifer Garner assumiu de corpo e alma o papel e dá a dramaticidade esperada (até mais), talvez por ser mãe de três crianças. A atriz colocou uma forte carga emocional em seu personagem - Christy, com quem conviveu várias horas, juntamente com a filha Annabel e o restante da família Beam, o que ajudou na composição do papel.

Outro destaque é Kylie Rogers, que fez a filha doente Annabel. A garotinha está excelente, principalmente durante o tratamento e quando precisa colocar sua fé em Deus à prova. As duas atrizes envolvem o público com suas interpretações de mãe e filha que lutam contra uma doença incurável. 

A história poderia ter sido contada em um tempo menor, mas nada que comprometa.E aposta mais na doença e no envolvimento da família em todo o processo. A parte do milagre principal ficou bem no final, como uma consequência dos muitos milagres que foram ocorrendo ao longo do período em que Anna ficou em tratamento. No elenco estão ainda Martin Henderson, como o pai Kevin, e Queen Latifah, a garçonete de um restaurante em Boston que se torna amiga de Christy e Anna.

"Milagres do Paraíso" é baseada em fatos reais da vida de Annabel, uma garota de 10 anos cheia de vida, esperta e inteligente que um dia se vê com problemas de estômago e fortes dores no intestino. Os pais procuram todos os especialistas até o laudo de uma doença incurável. Sem aceitar o diagnóstico, a mãe Christy começa uma busca interminável por um tratamento que cure sua adorável filha. Até que chega ao pediatra especialista Dr. Nunko (papel e Eugenio Derbez) um médico de Boston que poderá ser a salvação.

Para cuidar de Anna, ela terá de deixar as outras duas filhas com o marido veterinário e passar temporadas na clínica. Apesar de todas as tentativas, a doença vai se agravando e Christy vai perdendo sua fé em Deus, ao contrário de Anna, que fica cada vez mais confiante e transmite isso a todos com quem tem contato. Ao voltar para casa, brincando com as irmãs, Anna sofre um acidente e a queda provoca uma série de eventos incompreensíveis, não somente para Christy e Kevin, mas também para os médicos, a família e a comunidade. Muitos ficam perplexos, outros descrentes, mas o milagre ocorrido com Anna servirá de inspiração para todos.

"Milagres do Paraíso" está em cartaz em oito salas de oito shoppings de BH, Betim e Contagem, em versões dublada e legendada.



Ficha técnica:
Direção: Patricia Riggen
Produção: TriStar Pictures
Distribuição: Sony Pictures
Duração: 1h49
País: EUA
Gêneros: Drama / Família
Classificação: 10 anos
Nota: 3 (0 a 5)

Tags: #milagresdoparaíso, #JenniferGarner, #KylieRogers, #MartinHenderson, # QueenLatifah, #doençaincurável, #Texas, #fé, #família, #esperança, #drama, #TriStarPictures, #SonyPictures, #CinemanoEscurinho, #TudoBH

24 abril 2016

Julianne Moore está ótima no papel e lembra "Para Sempre Alice"


Julianne Moore e Ellen Page interpretam um casal gay na luta por seus direitos (Fotos: Paris Filmes/Divulgação)

Maristela Bretas


Mais uma história inspirada em fatos reais, como vem acontecendo nos últimos tempos. Pelo visto a fórmula funcionou e Hollywood vem investindo cada vez mais no estilo. "Amor Por Direito" ("Freeheld") é a história da policial de New Jersey, Laurel Hester (Julianne Moore) que passa a viver com a mecânica Stacie Andree (Ellen Page) e fazem de sua relação uma união estável. 

Tempos depois, Laurel é diagnosticada com câncer no pulmão em estágio terminal. Como sinal de amor, ela quer que Stacie receba os benefícios da pensão da polícia após a sua morte, mas as autoridades locais se recusam a reconhecer a relação homoafetiva e o caso ganha repercussão nacional.

Julianne Moore está muito bem no papel, que lembra seu personagem em "Para Sempre Alice", pelo qual conquistou vários prêmios, inclusive o Oscar 2015. O processo de degradação provocado pela doença, inclusive ela perdendo o cabelo, é feito de maneira bem forte e convincente. Ellen Page (de "X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido") também está segura em sua interpretação como a companheira de Moore.  Individualmente estão bem em seus papéis, mas como um casal faltou "química", um brilho de paixão. 

No elenco também destaque para a interpretação de Michael Shannon como o detetive Dane Wells ("Batman X Superman: A Origem da Justiça"), parceiro hetero de Moore que entra na briga para defender os direitos dela e da companheira. 


Ponto negativo para a participação de Steve Carell ("A Grande Aposta"): ele está forçado, muito espalhafatoso e caricato no papel de Steven Goldstein, um advogado judeu gay que briga pelos direitos das minorias. Carell não consegue passar seriedade a seu personagem, lembrando outros cômicos de sua carreira. Se não tivesse importância na história original seria dispensável neste filme.

Um filme bom, com boas interpretações, mas nada além do normal. Para quem gosta do gênero, vale a pena conferir. "Amor por Direito" pode ser visto nas salas 2 do Belas Artes (sessões às 14h, 17h50 e 21h), 1 (21h45) e 8 (12h, 14h45 e 19h30) do Pátio Savassi, e 2 do Net Cineart Ponteio (16h45 e 21h15).




Ficha Técnica
Direção: Peter Sollett
Produção: Summit Entertainment / Lionsgate Company
Distribuição: Paris Filmes
Duração: 1h50
País: EUA
Gênero: Drama
Classificação: 12 anos
Nota: 2,5 (0 a 5)

Tags: #amorpordireito, #JulianneMoore, #EllenPage, #Michael Shannon, #SteveCarell, #drama, #ParisFilmes, #CinemanoEscurinho, #TudoBH

23 abril 2016

"Em Nome da Lei" conta história do juiz federal mais ameaçado do país

Produção nacional traz conhecidos atores de novelas em história de combate ao tráfico (Fotos: Fox Films do Brasil/Divulgação)

Maristela Bretas


Uma produção nacional muito boa, que apesar do casal global, não ficou com cara de novela das 9 e nem atrapalhou o enredo. Forte, consistente e quase real, tomou como base uma parte do trabalho de um sério juiz federal caçador de narcotraficantes. Mateus Solano quase convence como o famoso juiz Odilon Oliveira. Ele está bem no papel, apesar de insistir em alguns "tiques" de papéis anteriores. A seu lado e voltando a contracenar como casal principal está a bela Paolla Oliveira, como a procuradora pela qual o juiz se apaixona.

Mas o destaque, como não poderia deixar de ser, fica para Chico Diaz que faz o papel de bandido como ninguém - tem cara de assassino cruel, sem dó dos inimigos e que mantém o formato típico da família deste tipo de criminoso - mulher filha e amante. Ele é Gomez, chefão conhecido por todos na região de Fronteira (divisa do Brasil com Paraguai) como "El Hombre". "Toca o terror" a quem atrapalha seus negócios e cuida como um pai de seus aliados.

Outro destaque é Eduardo Galvão, ainda pouco reconhecido mesmo nas novelas. Ele é o delegado da Polícia Federal que atua na fronteira e se alia ao novo juiz para combater Gomez. A experiência de anos de novelas, fazendo mocinhos e bandidos ajudaram a compor bem seu papel.

Juiz federal Odilon Oliveira (Reprodução)
Mateus Solano contou com um ponto desfavorável para seu papel: a diferença de idade, uma vez que o verdadeiro magistrado é bem mais velho. O juiz federal Odilon Oliveira, da Vara Criminal de Campo Grande (MS), há anos vem desmantelando as quadrilhas na região e já prendeu dezenas de chefões do tráfico e contrabandistas na conexão Brasiguaia. Com isso se tornou um dos juízes mais ameaçados de morte do país. Ele recebe agradecimentos nos créditos finais do filme.

O diretor Sérgio Rezende ("O Homem da Capa Preta") fez um ótimo trabalho e usou como locação a cidade de Dourados, no Mato Grosso do Sul, fronteiriça com o Paraguai e uma das passagens de drogas e contrabando.


"Em Nome da Lei" foca no início ao combate a este tipo de crime com a chegada à cidade de Fronteira do jovem juiz federal Vitor Ferreira (Mateus Solano). Disposto a acabar com a criminalidade na região, ele vai contar com a ajuda da procuradora Alice Costa (Paolla Oliveira) e do delegado federal Elton (Eduardo Galvão), para acabar com o esquema de corrupção econômica e política do chefão do crime El Hombre (Chico Diaz). O juiz vai descobrir que não basta apenas coragem e prepotência para resolver o problema na região, cuja situação é bem pior e mais perigosa que imaginava.

"Em Nome da Lei" é um filme que merece ser visto. E não será de se estranhar se ganhar as telas de TV até o final do ano. Ele está em cartaz em 18 salas de 17 shoppings de BH, Betim e Contagem.




Ficha técnica:
Direção e roteiro: Sérgio Rezende
Produção: Globo Filmes / Morena Filmes
Distribuição: Fox Films
Duração: 1h57
Gêneros: Ação / Drama / Suspense
País: Brasil
Classificação: 14 anos
Nota: 3 (0 a 5)

Tags:#emnomedalei, #MateusSolano, #PaollaOliveira, #ChicoDiaz, #EduardoGalvão, #SérgioRezende, #drama, ##ação, #MorenaFilmes, #GloboFilmes, #FoxFilms, #produçãonacional, #OdilonOliveira, #Fronteira, #narcotráfico, contrabando, #CinemanoEscurinho, #TudoBH

21 abril 2016

"Ave, César!" critica atores canastrões, jornalistas fofoqueiras e donzelas de mentirinha

Mirtes Helena Scalioni


Na glamourosa e um tanto falsa Hollywood dos anos de 1950, o principal executivo da Capitol Pictures, Eddie Mannix (Josh Brolin) vive um dos dias mais difíceis de sua vida. O principal ator da maior superprodução do estúdio, Baird Whitlock (George Clooney), é sequestrado por uma organização bizarra chamada "Futuro". Seria dramático se não fosse cômico. E aí entra em cena o talento dos irmãos Coen - Joel e Ethan - que se armaram de ironia para escrever e dirigir "Ave, César!" ("Hail, Caesar!") uma comédia tão deliciosa quanto crítica.

Não por acaso, "Ave, César!" é o nome da tal superprodução, bem nos moldes de Hollywood. E não é apenas o sequestro do ator canastrão Baird Whitlock que atormenta a vida já atribulada de Eddie Mannix. Comandante severo do estúdio, ele ainda tem que achar tempo - e jeito - para administrar a gravidez de DeeAnna Moran, uma atriz que posa de donzela, interpretada pela bela Scarlett Johansson, minimizar a falta de talento do ator de faroestes Hobie Doyle (Alden Ehrenreich) que tenta mudar de gênero e driblar a fome de notícias de duas jornalistas gêmeas ávidas por fofocas, Thora e Thessaly Thacker (interpretadas por Tilda Swinton).

Só mesmo das cabeças de Joel e Ethan Coen para brotar um roteiro como este, que beira o cinismo. Como trata-se de uma produção entre EUA e Reino Unido, o longa tem sua marca registrada no mais fino humor inglês. E são tantas as pequenas tramas, todas carregadas de ironia, que às vezes torna-se difícil acompanhar todas. Não se pode esquecer que a história se passa nos anos de 1950, auge da caretice e do falso moralismo americano, quando era preciso combater, a todo custo, o perigo do comunismo. E é claro que isso tudo foi prato cheio para a mordacidade dos diretores.

Vale ressaltar que, no final das contas, apesar de importantes, todos os atores têm papéis pequenos no filme - o que prova, mais uma vez, o prestígio dos Coen. Também faz parte do elenco Ralph Fiennes que, com o brilho de sempre, faz um diretor sério - Laurence Laurentz - às voltas com atores que não sabem interpretar. As historinhas e tramas são intercaladas por números musicais esplêndidos, no melhor estilo Hollywood. Houve quem achasse deslocadas as danças, sapateados e cantorias. No fundo, foi uma bela homenagem.

A comédia "Ave César!" pode ser conferida nas salas 1 do Belas Artes (sessões as 14 e 19 horas), 3 do Pátio Savassi (19h15) e 3 do Net Cineart Ponteio (14h30 e 18h40), em versão legendada. Classificação: 12 anos




Tags: #avecesar!, #GeorgeClooney, #JoelCoen, #EthanCoen,  #JoshBrolin, #Scarlett Johansson, #RalphFiennes, #JonahHill, #ChanningTatum, # AldenEhrenreich, #TildaSwinton, #comédia, #Hollywood, #CapitolPictures, #UniversalPictures, #CinemanoEscurinho, #TudoBH

19 abril 2016

"O Caçador e a Rainha do Gelo" tem ótimo elenco, mas ação mesmo só no final

Filme é continuação de "Branca de Neve e o Caçador" e repete parte do elenco (Fotos: Universal Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Um trio de mulheres lindas na disputa por um "gato". Ação (um pouco menor que no primeiro filme), aventura, fantasia e muitos efeitos especiais fazem de "O Caçador e a Rainha do Gelo" ("The Huntsman and the Ice Queen") um ótimo filme para se ver numa sessão da tarde com um elenco caro e de primeira. A produção entra em cartaz nesta quinta-feira, contando o que aconteceu antes de "Branca de Neve e o Caçador" (2012) e o depois, quando a Rainha Ravenna (Charlize Theron) recruta Eric para matar sua enteada, Branca de Neve.

Do elenco do primeiro filme estão de volta Chris Hemsworth ("Vingadores: Era de Ultron" - 2015), como o caçador Eric, e Charlize Theron ("Mad Max - Estrada a Fúria" - 2015), como Ravenna, a Rainha Má, que novamente é o destaque. Sai (ainda bem!), Kristen Stewart, que fez a Branca de Neve. Passam a integrar o elenco do novo filme Emily Blunt ("Sicário - Terra de Ninguém" - 2015), como Freya, a Rainha do Gelo, e Jessica Chastain ("Perdido em Marte" - 2015), como a guerreira Sara, parceira de Eric.

Como a própria abertura do filme avisa, se você está esperando um conto de fadas, terá mais que isso. "O Caçador e a Rainha do Gelo" tem elfos, anões, guerreiros, reinos encantados, monstros e muita magia, principalmente do mal (que são sempre as melhores). 


Tem também batalhas com raios de gelo;, uma rainha lindamente má e louca lutando contra a irmã bonita mas apagada, com poderes de congelar tudo o que toca e que acha que pode sequestrar todas as crianças e chamá-las de filhos; um herói com cara de Thor que se acha o "foda" do pedaço mas apanha muito; e por fim, uma mocinha também bonita, boa no arco e flecha que não dispensa uma briga.

A história mostra a disputa entre as duas poderosas irmãs - Ravenna e Freya, cada uma com seu reino e seu exército. Entre elas, o casal de guerreiros de Freya - Eric e Sara - que se apaixona, contrariando as ordens de sua Rainha do Gelo, que proíbe o amor entre os súditos.


Por décadas, Freya viveu sozinha em um remoto palácio gelado, transformando as crianças dos reinos conquistados em seus guerreiros. Até que resolve encontrar o espelho mágico da irmã para que possa ficar com seus poderes. Começa daí uma nova disputa entre ela e Ravenna, a quem julgava morta. Baseado em personagens criados por Evan Daugherty, o filme conta com produção de Joe Roth (de “Malévola” e “Alice no País das Maravilhas”).

Os cenários são típicos de um reino da fantasia e Freya chega a lembrar Elsa, a rainha gelada de "Frozen - Uma Aventura Congelante". Tudo no castelo e até os raios que ela emite lembram a famosa personagem da produção da Disney de 2014. "O Caçador e a Rainha do Gelo" pode ser conferido nas versões dublada e legendada.



Ficha técnica:
Direção: Cedric Nicolas-Troyan
Produção: Roths Films
Distribuição: Universal Pictures
Duração: 1h54
Gênero: Fantasia / Aventura / Ação
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 2,8 (0 a 5)

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14 abril 2016

Qual a escolha certa: tomar uma "Decisão de Risco" ou humanitária?

Helen Mirren em mais uma excelente interpretação, desta vez como a coronel do exército britânico na caçada a terroristas (Fotos: Paris Filmes/Divulgação)


Maristela Bretas


Até onde a guerra contra o terrorismo escolhe suas vítimas?  A morte de inocentes durante um conflito pode ser considerada ”dano colateral”. Seguindo esta linha e novamente com uma excelente interpretação de Helen Mirren está em cartaz nos cinemas de BH “Decisão de Risco” ("Eye in the Sky"). Ótimo filme que aborda a perseguição aliada a um grupo terrorista islâmico, comandado por uma britânica que mudou de lado e é responsável por uma série de atentados pelo mundo.

Contando com a ajuda de drones norte-americanos, os britânicos conseguem localizar o grupo. Mas a decisão de atacar esbarra numa série de entraves burocráticos e nenhum dos governos envolvidos quer assumir a culpa se algo der errado. Um verdadeiro jogo de empurra-empurra. 

Quem ganharia respeito se eles matassem os terroristas antes do próximo atentado? E se inocentes morressem? Ótima trama que ainda conta no elenco com Alan Rickman (da franquia "Harry Potter") em seu último papel (o ator britânico morreu em janeiro último), e o indicado ao Oscar, Barkhad Abdi.

Na história, Mirren é a Cel. Katherine Powell do exército britânico que vai dar a ordem do ataque. Ela se vê em meio a um dilema quando uma garotinha de nove anos resolve entrar na zona do ataque da operação altamente secreta. Agora cabe à militar e ao piloto do drone americano Steve Watts (Aaron Paul, da série de TV "Breaking Bad") uma decisão rápida de atacar ou recuar.

Mas a demora dos altos escalões pode comprometer toda a operação. Em uma guerra contra o terrorismo, até onde vai o conceito sobre moral? Enquanto uns pensam em vidas inocentes, outros pensam na propaganda negativa e outros nem vacilam em decidir pelo bombardeio. 



"Decisão de Risco" vale a pena ser conferido e está em exibição nas salas 2 dos shoppings Boulevard (sessão 13h10), 6 do Cidade (16h30, na versão dublada) e 3 (14 horas) do Diamond Mall.

Ficha técnica:
Direção: Gavin Hood
Produção: eOne Films
Distribuição: Paris Filmes
Duração: 1h42
Gênero: Suspense
Países: Reino Unido / EUA
Classificação: 14 anos
Nota: 3,5 (0 a 5)

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10 abril 2016

"Invasão a Londres" é continuação de "Invasão a Casa Branca" com mais destruição

Londres é alvo de uma série de atentados que vão abalar governos no mundo todo (Fotos: Diamond Films/Divulgação)

Maristela Bretas


Três anos depois de "Invasão a Casa Branca", o trio Gerard Butler, Aaron Eckhart e Morgan Freeman estão de volta na continuação "Invasão a Londres" ("London Has Fallen"), agora em outras terras e com Butler novamente como um dos produtores. O filme segue a mesma linha do anterior, com muitos tiros, mortes, explosões, perseguições de carro e até de helicóptero. 

A ação começa na Ásia para depois dar lugar a Londres. E se torna mais uma produção que exalta o nacionalismo e o poderio armamentista e tecnológico dos EUA, em detrimento a seus aliados. Principalmente os britânicos, que ficam com a imagem manchada, uma vez que todos os ataques acontecem de forma precisa e bem organizada, debaixo do nariz do governo e do serviço secreto deles.

Novamente o agente do serviço secreto Mike Banning (Gerard Butler) é o segurança do presidente dos EUA, Benjamin Asher (Aaron Eckhart). E o grande Morgan Freeman volta também como o vice-presidente Trumbull. O terrorista da vez é o comerciante de armas islâmico Aamir Barkawi (interpretado pelo ator israelense Alon Aboutboul), que poderia ter sido mais bem explorado para dar mais impacto.

Tudo começa com a morte do primeiro-ministro britânico, que obriga líderes mundiais a se reunirem em Londres para o funeral. Esta é a grande chance dos terroristas cometerem um atentado gigantesco, destruindo os principais pontos turísticos da cidade e matando esses líderes, principalmente o presidente dos EUA. Ele consegue escapar, mas se torna o alvo principal de Aamir Barkawi que quer usá-lo como troféu.

O mundo assiste os ataques terroristas a Londres sem poder fazer nada. No meio de todo o caos, o presidente dos EUA tenta escapar de ser morto e conta apenas com Mike. Enquanto isso, nos EUA, o vice-presidente Trumbull tenta pegar o terrorista antes que ele chegue aos dois.

Não é por falta de ação que o público vai deixar de ir ao cinema. Não há um momento de descanso e as cenas de perseguição são as melhores. Os dublês fizeram um ótimo trabalho. Butler repete seu papel de mocinho bom para os amigos e cruel com os inimigos de sua pátria.

Aaron Eckhart continua um coadjuvante médio, que parece entregar de bandeja para Butler todos os louros. Somente no final seu personagem ganha mais impacto. Já Morgan Freeman dispensa comentários. Ele sim é um ator que impõe respeito e seria melhor no papel do presidente dos EUA. No elenco estão ainda Angela Bassett, Robert Foster, Melissa Leo, Jackie Earle Haley e Radha Mitchell.

Deixando de lado os muitos clichês, os diálogos fracos e o nacionalismo exagerado, "Invasão a Londres" é um bom filme para quem gosta do gênero e está procurando muita ação. O filme está em exibição em 14 salas de 13 shoppings de BH, Betim e Contagem, em sessões dubladas e legendadas.



Ficha técnica:
Direção: Babak Najafi
Produção: Focus Features / Millenium Films
Distribuição: Diamond Films
Duração: 1h39
Gênero: Ação
Países: EUA/ Reino Unido/ Bulgária
Classificação: 14 anos
Nota: 3 (0 a 5)

Tags: #invasaoalondres, #GerardButler, #AaronEckhart, #MorganFreeman, #ação, #terrorismo, #DiamondFilms, #CinemanoEscurinho, #TudoBH

09 abril 2016

"Voando Alto" é exemplo de persistência de um jovem cujo sonho era ser atleta

Filme conta a história de Eddie The Eagle o mais famoso saltador de esqui da história britânica (Fotos: Fox Film/Divulgação)

Maristela Bretas


Hugh Jackman e Taron Egerton (de "Kingsman - Serviço Secreto" - 2015) formam uma boa dupla no filme "Voando Alto" ("Eddie The Eagle") que conta a história real do jovem Eddie "The Eagle" Edwards, cujo sonho desde a infância era participar dos Jogos Olímpicos. Para ele, não era necessário ganhar uma medalha, apenas provar que tinha capacidade para estar na competição.

A condução do filme com a participação de Jackman lembra o papel feito por ele em "Gigantes de Aço" (2011). De treinador de robô fracassado ele vive agora Bronson Peary, o campeão de salto sobre esqui que foi tirado do circuito por problemas de disciplina. Taron Egerton está excelente no papel e chega a aparecer mais que Hugh Jackman em algumas cenas.

Em "Voando Alto", o novato Eddie Edwards, desde criança sonha em ser atletas olímpico, mas devido a problemas de saúde e uma visão que o obriga a usar óculos "fundo de garrafa", não consegue se encaixar em nenhuma categoria. Para piorar só pode contar com o apoio da mãe pois o pai e radicalmente contra suas tentativas.

Até que um dia decide que quer fazer salto de esqui e integrar a equipe olímpica britânica nos jogos de inverno no Canadá. Em sua destemida trajetória ele conhece Bronson, que vai ajudá-lo a participar do Jogos Olímpicos de Inverno de Calgary, no Canadá, em 1988. Essa mesma competição contou com outra equipe diferente - a de jamaicanos que disputou a categoria bobsled, que deu origem ao filme "Jamaica Abaixo de Zero" (1993). 

Entre idas e vindas, descrédito do pai, os impedimentos do comitê britânico que o considerava incapaz física e mentalmente para os esportes, Edward, que ficou conhecido como "Eddie, a Águia" vai vencendo cada obstáculo até sua prova final, que põe em risco sua própria vida. "Eddie The Eagle" se tornou o mais famoso saltador de esqui da história britânica.

Mais uma história de superação e de pequenos heróis do dia-a-dia, muitas vezes esquecidos após seus feitos. Fotografia explora pouco a região das pistas de esqui. A narrativa é simples, sem nenhuma surpresa, sobre um jovem simples e seu sonho. Participação especial de Christopher Walker como um ex-treinador de salto com esqui. 

Vale como distração. "Voando Alto" pode ser conferido nas salas 6 do BH Shopping (sessão de 15 horas), 1 do Cineart Cidade (14 horas e 18h40 - versão dublada) e 3 do Net Cineart Ponteio (15h20).



Ficha técnica:
Direção: Dexter Fletcher
Produção: Marv Films
Distribuição: Fox Film do Brasil
Duração: 1h45
Gêneros: Comédia Dramática / Biografia
Países: EUA/ Reino Unido/ Alemanha
Classificação: 12 anos
Nota: 3 (0 a 5)

Tags: #voandoalto, #HughJackman, #TaronEgerton, #eddietheeagle, #saltodeesqui, #superação, #perseverança, #olimpiadasdeinverno, #calgary, #comediadramatica, #biografia, #CinemanoEscurinho, #TudoBH

Em "Onde o Mar Descansa" a expressão corporal e a poesia substituem os diálogos



Mirtes Helena Scalioni


Houve quem dissesse que "Onde o Mar Descansa" ("Sea Without Shore") é hipnotizante. Pode ser. Mas é preciso dizer, Mas é preciso dizer, antes de tudo, que se trata de um filme de arte na acepção da palavra, no sentido mais genuíno que essa expressão possa ter. Ou seja: é um longa metragem para poucos. Até porque foge de tudo o que convencionalmente se considera como filme, no qual uma história é contada com imagens, situações, diálogos.

Houve também quem considerasse "Onde o Mar Descansa" como "um filme de dança". Pode ser. Afinal, foi dirigido pela dupla André Semenza e Fernanda Lippi, criadores da Zikzira Teatro Físico e da Maverick Motion e diretores também do primeiro longa de dança de que se tem notícia, "As Cinzas de Deus", de 2003. Como se não bastasse isso - ele cineasta suíço, ela bailarina brasileira - o filme é todo coreografado e não possui diálogos. O que se ouve são trechos de música instrumental e ruídos.


A sinopse esclarece: "Onde o Mar Descansa" trata da interrupção brusca do relacionamento amoroso entre duas mulheres e do desespero e sentimento de perda que isso provoca na outra. Para completar o clima, o filme foi rodado na Suécia gelada, entre montanhas de gelo, vegetação seca e pouca luz. É dor que não acaba nunca. E mais: como não tem diálogos, o filme é todo entrecortado, quase narrado por uma voz feminina que derrama recortes de poemas de amor de autores como Katherine Philips, do século XVI, e de Renée Vivien e Algernon Charles, do final do século XIX. Haja erudição!

Resta falar do trabalho das atrizes/bailarinas Lívia Rangel, Fernanda Lippi e Anna Mesquita, que não deixam dúvidas de que é sim possível falar só com o corpo - por mais estranhamento que isso possa provocar nos espectadores, digamos, mais tradicionais. O filme está em exibição do Cine Belas Artes.





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03 abril 2016

Um pouco dos bastidores do Mundo Bruxo até a chegada de "Animais Fantásticos e Onde Habitam"

Primeiro filme de uma trilogia, a história se passa 70 anos da saga "Harry Potter" (Fotos: Warner Bros. Pictures/Divulgação)


Maristela Bretas


No vídeo legendado dos bastidores da produção de "Animais Fantásticos e Onde Habitam" ("Fantastic Beasts and Where to Find Them"), divulgado pela Warner Bros. Pictures, os fãs do Mundo Bruxo criado por J. K. Rowling podem conferir depoimentos exclusivos do elenco e produtores contando sobre a experiência de participar dessa história fantástica, além de imagens fascinantes sobre os bastidores da produção. David Yates dirige o filme, o primeiro de uma trilogia, com lançamento previsto para 17 de novembro de 2016 em 3D e IMAX.

O vencedor do Oscar Eddie Redmayne ("A Teoria de Tudo" e “A Garota Dinamarquesa”) interpreta Newt Scamander, o notável bruxo magizoologista. O elenco conta também com Katherine Waterston (“Steve Jobs”) como Tina Goldstein ; Alison Sudol (“Dig”) como a irmã de Tina, Queenie; Dan Fogler (“Escola de Espiões”) como Jacob; Ezra Miller (“Descompensada”) como Credence; Samantha Morton (“Cosmópolis”) como Mary Lou; Jenn Murray (“Brooklyn”) como Chastity; a jovem estreante Faith Wood-Blagrove como Modesty; e Colin Farrell (“Presságios de um Crime”) como Percival Graves. 



Sobre o filme

"Animais Fantásticos e Onde Habitam" começa em 1926, quando Newt Scamander acaba de concluir uma excursão mundial para encontrar e documentar uma extraordinária variedade de criaturas mágicas. Chegando a Nova York para uma breve escala, ele poderia ter passado por ali sem qualquer incidente... Se não fosse por um No-Maj (o nome americano para um “trouxa”) chamado Jacob, um caso mágico extraviado, e a fuga de alguns dos animais fantásticos de Newt, que poderiam causar problemas tanto para os mundos da mágica e dos No-Maj.

Fazendo a estreia de J.K. Rowling como roteirista, o texto foi inspirado no livro didático de Scamander em Hogwarts, "Animais Fantásticos e Onde Habitam". O longa é produzido por David Heyman, que foi produtor dos oito filmes da franquia “Harry Potter”, J.K. Rowling, Steve Kloves, e Lionel Wigram.




“A História da Magia na América do Norte”

O vídeo de “A História da Magia na América do Norte” fornece o contexto e o cenário para o filme "Animais Fantásticos e Onde Habitam". O primeiro conto foi revelado no dia 8 de março no site https://www.pottermore.com/, mostrando aos leitores as origens da comunidade mágica da América do Norte e contando a verdade por trás da lenda dos andarilhos de pele, bruxos das comunidades indígenas norte-americanas, e da magia sem varinha.

A segunda parte, divulgada no dia 9, revela os perigos de ser um feiticeiro ou bruxa na América do Norte no século XVII. Em 10 de março o conteúdo explica o que levou a comunidade mágica norte-americana à total clandestinidade no século XVIII. A história final de “A História da Magia na América do Norte”, postada no dia 11, leva os fãs aos anos 20, setenta anos antes da série Harry Potter.



Ficha técnica:
Direção: David Yates
Produção: Warner Bros. Pictures
Distribuição: Warner Bros. Pictures
Gêneros: Fantasia / Aventura
Países: EUA / Reino Unido

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02 abril 2016

''Zoom' é uma história dentro de uma animação dentro de uma história

Maristela Bretas


Estou até agora sem entender o que o diretor Paulo Morelli quis mostrar com o filme "Zoom", em cartaz nos cinemas. Com um elenco que reúne atores internacionais, inclusive as brasileiras Mariana Ximenes e Cláudia Ohana, o filme é uma mistura de história, dentro de outra história, dentro de outra história. E no final, você sai do cinema sem saber o que era falso e o que era verdadeiro.


 Ao mesmo tempo em que explora o desejo do corpo perfeito, usando a simplória desenhista de quadrinhos Emma (papel de Alison Pill), o diretor critica esta busca pela perfeição, tentando mostrar que o belo também tem inteligência. É o caso de Mariana Ximenez, que interpreta uma modelo internacional, que passa o filme tentando escrever um livro e provar que tem cérebro, além de um rosto bonito. 

O roteiro de Matt Hansen entrelaça três histórias aparentemente distintas, mas interligadas, sobre uma desenhista de quadrinhos, uma modelo que quer ser romancista e um diretor de cinema. Emma trabalha em uma fábrica de bonecas sexuais e nas horas vagas desenha uma história em quadrinhos que conta a trajetória de Edward (Gael García Bernal), um diretor de cinema arrogante e com um segredo debilitante sobre sua anatomia que está tentando fazer um filme cabeça para fugir de suas tradicionais produções de ação.


Na produção, Edward apresenta Michelle (Mariana Ximenes), uma aspirante a escritora que foge para o Brasil e abandona sua antiga vida como modelo e seu namorado Dale (Jason Priestley). Por fim, Michelle narra em seu primeiro livro a história da desenhista Emma. As histórias dos três personagens e dos coadjuvantes ligados a eles vão se misturando e dando um nó no seu cérebro à medida que o filme vai correndo. Quando finalmente as histórias parecem que vão ter uma explicação, elas acabam juntas e deixam um vazio frustrante.

Produzido pela O2 Filmes e pela canadense Rhombus Media, “Zoom” tem ainda no elenco os atores Claudia Ohana, Don McKellar, Tyler Labine e Jennifer Irwin. Ohana tem participação pouco explorada e não muda o visual. Ela faz a dona de uma pousada num vilarejo não identificado que "teoricamente" fica no Estado do Rio. Acrescenta pouco, mas compõe um papel não muito diferente de outros que já interpretou em produções nacionais. 

Os recursos usados por Morelli são limitados e na cena em que Ximenez está tentando pegar seu livro enquanto cai, dá para ver os fios segurando a atriz. Ela também não passa firmeza ao personagem, que seria digno de uma história em quadrinhos como a escrita por Emma. Não posso dar mais detalhes para não virar spoiler.

A ideia de "Zoom" de inserir animação numa história dentro de outra história é bem interessante e diferente de outras produções do gênero e acaba ocupando um bom tempo do filme. Mas Morelli parece que se perdeu entre um quadrinho e outro.

“Zoom” foi exibido em diversos festivais, como o Festival Internacional de Toronto, Festival do Rio, Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, Ithaca Internacional Fantastic Film (Nova York), Festival de Guadalajara, entre outros. Em BH ele está sendo exibido em versão legendada nas salas 2 do Belas Artes (sessões às 17 horas e 21h30); 1 do Boulevard Shopping (16h30 e 21h10); 2 (16h30 e 21h45) e 3 (13h35) do Diamond Mall e 1 (13 horas) e 2 (11h15, 16h45 e 22h15) do Pátio Savassi. 

Aplicativo do filme

Como parte da campanha de divulgação o filme “Zoom” ganhou o aplicativo ZoomYourself, criado pela empresa Dona Aranha, de Marcelo Tas, e pelo Outras Telas, núcleo de inovação da O2 Filmes. Ele é gratuito e pode ser acessado na página oficial do filme: www.facebook.com/zoomofilme. ZoomYourself é inspirado pela estética do longa-metragem Zoom e faz referência à personagem Emma (Alison Pill). Ele seleciona o melhor amigo do usuário no Facebook (a pessoa com quem o usuário mais interage) e cria uma animação exclusiva para ele, em que o próprio usuário o desenha. 

O desenho é feito tendo como base a foto do perfil. Após ficar pronto, é gerado um gif que pode ser compartilhado no Facebook. Além disso, o aplicativo analisa a personalidade do usuário com base em suas postagens e registra esta leitura.



Ficha técnica:
Direção e história: Pedro Morelli
Produção: Rhombus Media e O2 Filmes
Distribuição: Paris Filmes, Downtown Filmes e O2 Play
Duração: 1h36
Gênero: Comédia / Drama / Animação
Países: Brasil / Canadá
Classificação: 14 anos
Nota: 3 (0 a 5)

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