"12 Horas para Sobreviver - O Ano da Eleição" é o mais fraco da franquia e explora campanha nos EUA (Fotos: Universal Pictures/Divulgação) |
Maristela Bretas
Poderia ser mais um filme de terror da franquia "Uma Noite de Crime" ("The Purge"), mas "12 Horas para Sobreviver - O Ano da Eleição" ("The Purge: Election Year") é um filme que explora claramente a campanha política deste ano nos Estados Unidos, sem a preocupação de ser totalmente a favor da candidata Hillary Clinton, aqui representada por Elizabeth Mitchell, que faz a senadora Charlie Rowan.
Na disputa com ela à presidência dos EUA foi colocado um pastor com o dom da palavra, papel de Kyle Secor, que explora todos os chavões e símbolos religiosos para justificar a noite de matança (ou expurgo, como eles preferem chamar) que acontece uma vez por ano.
A violência é a mesma dos filmes anteriores, em menor escala para dar mais ênfase à questão política. Enquanto a senadora Charlene é colocada como a defensora dos imigrantes, negros e mulheres, seu opositor quer acabar com todos eles e deixar o país livre do que ele e seu grupo de elite consideram como escória da sociedade.
Para isso, usam facções neonazistas e incentivam a violência das gangues, sem precisarem sujar suas mãos. Eles que se matem, ajuda a resolver a superpopulação, como deixam bem claros. entre cabeças cortadas, tiros, serras elétricas e um bando de loucos psicopatas atacando pessoas por todo o país, com o aval do governo, claro sempre surgem aqueles contrários à Noite do Expurgo, como a senadora boazinha, que faz deste lema sua campanha.
Na história, o comerciante negro Joe Dixon, o ajudante dele, o latino Marcos, uma ex-integrante de gangue vão tentar sobreviver à terrível noite. Seus caminhos acabam cruzando com o da senadora e seu guarda costas, que está tentando escapar de ser assassinada por apoiadores de seu adversário que vão usar a Noite do Expurgo para encobrir o crime e tirá-la da disputa.
O elenco é esforçado, mas pouco conhecido, sem nomes de peso para atrair público, o que ajuda a ser menos interessante. Isso sem contar o infindável uso de chavões, clichês e símbolos nacionalistas, com direito a bandeira dos EUA tremulando no mastro ao final. Bem ao estilo de Michael Bay, que é um dos produtores.
"12 Horas para Sobreviver - O Ano da Eleição" pode frustrar quem gosta do gênero suspense e terror - ele fica muito a dever. Ele está mais para um filme de ação (muita ação). É o mais fraco de todos da franquia.
Ficha técnica:
Direção e roteiro: James Del Monaco
Produção: Universal Pictures / Brumhouse Productions / Platinum Dunes
Distribuição: Universal Pictures
Duração: 1h49
Gêneros: Terror / Suspense / Ação
País: EUA
Classificação: 16 anos
Nota: 2,5 (0 a 5)
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