A equipe do Instituto Jeffersonian se despede na 12ª temporada após 246 capítulos (Fotos: Fox Studios/Divulgação) |
Maristela Bretas
Adoro seriados de TV, principalmente os de super-herói e policiais, mas não sou de escrever sobre eles. Deixo isso para meus amigos blogueiros que acompanham com mais frequência o que vai nas emissoras a cabo e Netflix. Mas "Bones" foi uma série dos Estúdios Fox que me agradou desde o primeiro capítulo em 2005 e formou uma legião de fãs, como eu, até seu encerramento na 12ª temporada.
Mostrou um bom trabalho dos roteiristas na conclusão da história do casal principal - a renomada antropologista forense Dra. Temperance Brennan, também chamada de Bones, interpretada por Emily Deschanel, e o agente do FBI Seeley Booth, vivido pelo ator David Boreanaz. Ao longo dos 246 episódios eles passaram de antagonistas a parceiros inseparáveis de trabalho, bons amigos, amantes, marido e mulher e pais de duas lindas crianças. Uma química perfeita.
Se já não bastasse o carisma de Bones e Booth, ao longo do tempo o restante do elenco ganhou destaque e se tornou tão essencial quanto os protagonistas, como uma família, deixando a série cada vez melhor de se ver semanalmente. Michaela Conlin (a fotógrafa e especialista em tecnologia Angela Montenegro), T. J Thyne, (o entomologista, botânico e mineralogista Jack Hodgins, também marido de Angela), Tamara Taylor (como a Dra. Cam Saroyan, diretora do Instituto Jeffersonian, onde tudo acontece).
Tem também a turma que entrou, saiu, morreu, fez participações, esporádicas, mas que deixou sua marca. É o caso de Francis Daley, o adorável Dr. Lance Sweets, psicólogo do FBI e parceiro de Booth. Além dele, passaram por "Bones", figuras conhecidas de Hollywood, como a cantora Cindy Lauper, no papel de uma vidente, e o ator Ryan O´Neal, que viveu Max Keenan, pai de Brennan. Destaque também para John Boyd, que fez o novo parceiro de Booth no FBI, James Audrey, e Patricia Belcher, a promotora de Justiça, Caroline.
Além do elenco fixo, a cada episódio a equipe contava com estagiários de antropologia e autópsia que iam se revezando. E eles também ganharam suas histórias. Afinal, "Bones" acabou se tornando uma grande família, dentro e fora do set de filmagens. Temas como sustentabilidade, direitos humanos e civis, guerras, deficiência física, adoção, família, lealdade, união foram abordados nas histórias e adotados pelos atores em suas vidas.
Na vida real, Emily Deschanel engravidou duas vezes, situação reproduzida na relação de Bones e Booth. O mesmo ocorreu com Michaela Collin e Carla Gallo (a estagiária Daisy), que também engravidaram no seriado. Isso provocou alguns adiamentos maiores na volta ou no decorrer de temporadas. Mas ajudou a aguçar o interesse dos fãs que torciam pelos personagens e seus intérpretes.
Mas uma hora essa aventura romântica familiar iria acabar. E roteiristas, produtores e o diretor e criador da série Hart Hanson conseguiram concluir o trabalho de uma forma muito bacana, com tudo o que tem direito. O final não deixou a peteca cair e precisou ser dividido em duas partes para envolver ainda mais o espectador - casamento, explosões, velhos amigos e inimigos, homenagens e, principalmente, boas memórias. "Bones" não terminou, deixou apenas uma sensação de "a gente se vê em breve".
Bones, Booth, Angela, Hodgins, Cam, Audrey e toda a equipe do Jeffersonian fizeram muita gente perder boas noites de sono (como eu), mas que valeram demais a pena.
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