Adaptação dos quadrinhos, produção explora a luta entre o bem e o mal com outra perspectiva (Fotos: Walt Disney/Marvel/Divulgação) |
Maristela Bretas
O filme apresentou muito bem o super-herói negro de um país
imaginário na África, que quase parece o reino de Asgard, de Thor. Mas são as
mulheres que fazem a diferença em "Pantera Negra" ("Black
Panther"), a superprodução da Marvel Studios que muda a cara de tudo o que
foi apresentado no cinema desde o lançamento de "Os Vingadores" em
2012. Se nos filmes dos demais super-heróis a aposta tem sido nas batalhas e
poderes dos integrantes do famoso grupo, em "Pantera Negra" a força
está na discussão política, na valorização do negro e na importância das
mulheres para que este herói exista.
O príncipe T'Challa (Chadwick Boseman), que incorpora o
personagem Pantera Negra ao assumir o reino de Wakanda, seria só mais um sem as
fortes mulheres a sua volta: a irmã Shuri (Letitia Wright, da série de TV
"Black Mirror"), que coordena a área tecnológica do país e cria seus
trajes e "brinquedinhos" de combate ao crime; Nakia (a sempre
excelente Lupita Nyong'o, de "12 Anos de Escravidão"- 2014 e StarWars VII e Star Wars VIII), grande paixão de T´Challa; e Okoye (Danai Gurira, da série de
TV "The Walking Dead"), a arrasadora guerreira e chefe da guarda de
Wakanda. Elas são a força, a inteligência, o poder e a essência de Wakanda e da
história de "Pantera Negra".
O herói Pantera Negra já havia aparecido em "Capitão América: Guerra Civil" (2016) e estará de volta em "Os Vingadores -
Guerra infinita", com estreia marcada para 26 de abril. E Chadwick Boseman
("Deuses do Egito" - 2016) incorporou bem o papel e deixa sua marca
em personagem que é o diferencial. Mas fica em segundo plano quando contracena
com alguma das mulheres fortes de sua vida.
Outro com ótima participação foi Michael B. Jordan
("Creed - Nascido para Lutar" - 2016, do mesmo diretor Ryan Coogler),
que não chega a ser um vilão, uma vez que luta para que o povo africano seja
respeitado pelo restante do mundo. Mas prefere o conflito armado para impor seu
poder, ao contrário do novo rei que adota a negociação, como seu pai.
Mas vilão mesmo é Andy Serkis (o intérprete do gorila Cesar, de "Planeta dos Macacos - A Guerra" - 2017), que está ótimo como o mercenário Ulysses Klaue. Ele é cruel, sem escrúpulos, racista, machista,com uma risada que beira a histeria. Merecia ter mais tempo no filme. No elenco estão também outros ótimos nomes conhecidos como Daniel Kaluuya (que concorre ao Oscar 2018 de Melhor Ator por "Corra!" - 2017), Martin Freeman (“O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos" - 2014), Forest Whitaker ("A Chegada"- 2016) e Angela Bassett (da série de TV "American Horror Story").
Mas vilão mesmo é Andy Serkis (o intérprete do gorila Cesar, de "Planeta dos Macacos - A Guerra" - 2017), que está ótimo como o mercenário Ulysses Klaue. Ele é cruel, sem escrúpulos, racista, machista,com uma risada que beira a histeria. Merecia ter mais tempo no filme. No elenco estão também outros ótimos nomes conhecidos como Daniel Kaluuya (que concorre ao Oscar 2018 de Melhor Ator por "Corra!" - 2017), Martin Freeman (“O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos" - 2014), Forest Whitaker ("A Chegada"- 2016) e Angela Bassett (da série de TV "American Horror Story").
Na história, o príncipe T'Challa assume a coroa de Wakanda
após a morte do rei, seu pai, e se transforma no novo Pantera Negra, guardião
do reino. Das cinco tribos, apenas os jabari não apoiam o novo governo. A nova
missão do Pantera Negra é encontrar e levar para Wakanda o mercenário Ulysses
Klaue, que anos atrás roubou uma grande quantidade de um metal raro, o
vibranium. Ele terá ao seu lado nesta luta, as guerreiras Okoye e Nakia, além
da irmã, especialista em tecnologia avançada. E terá de enfrentar outros
inimigos ainda mais perigosos para preservar Wakanda e evitar uma guerra
mundial.
"Pantera Negra" vale muito a pena. Assisti duas
vezes - como um filme de super-herói Marvel, que eu gosto bastante, e como uma
produção preocupada em fazer uma abordagem mais séria, destacando a força das
mulheres e, principalmente dos negros. Em vários países, principalmente na
África, de onde saíram alguns atores como Lupita Nyong'o foram muitas as
manifestações de orgulho ao herói negro após as sessões. Wakanda Forever! Como postou meu amigo
Marcelo Seabra em sua crítica no blog "O Pipoqueiro", "Pantera Negra" chegou fazendo história.
Ficha técnica:
Direção e roteiro: Ryan Coogler
Produção:
Marvel Studios / Walt Disney Pictures
Distribuição: Disney/ Buena Vista
Duração: 2h15
Gêneros: Ação / Aventura / Ficção / Fantasia
País: EUA
Classificação: 14 anos
Nota: 4,2 (0 a 5)
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