Keira Knightley está ótima interpretando a escritora francesa libertária dos anos de 1900 (Fotos: Mars Films/Divulgação) |
Mirtes Helena Scalioni
Para se ter uma ideia do pioneirismo da escritora francesa Sidonie Gabrielle Colette, basta citar dois títulos dos seus quase 50 livros: "A ingênua libertina", de 1909, e "A vagabunda", de 1910. Sem falar da sua série mais famosa sobre Claudine, personagem baseada na própria autora, libertária, moderna e à frente do seu tempo.
Para completar, ela se casa com Willy, escritor picareta que assina todos os escritos da mulher, convencendo-a de que ele, como homem, é o único que tem alguma chance no mercado literário. Ou seja, sua vida é praticamente um roteiro pronto.
E como viveu a vida real como se fosse um personagem - mulher atrevida e corajosa - a história de Gabrielle só podia mesmo resultar em um filme instigante, cheio de nuances e rico como ela. E a atriz Keira Knightley interpreta isso muito bem. Impressionante como lhe caem bem os trajes de época e sua cara de menina/mulher. Não deve ser por acaso que ela atuou também em "Orgulho e Preconceito" (2005), "Desejo e Reparação" (2007), "Anna Karenina" (2012), entre outros.
Embora Gabrielle Collete seja uma escritora tipicamente francesa e tenha vivido o auge da loucura e da boemia parisiense, não há nenhuma participação da França na produção, o que, por vezes, soa falso. São muitas e lindas as cenas que mostram a Paris dos anos de 1900, quase se chocando com o idioma dos personagens, todo mundo só falando inglês.
Duração: 1h52
Classificação: 14 anos
Distribuição: Diamond Films Brasil
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