Drama policial explora o sentimento de culpa e seus reflexos até mesmo nos descendentes dos envolvidos (Fotos: Concorde Filmverleih/Divulgação) |
Wallace Graciano
Ao longo da história da sétima arte, várias produções
ficaram marcadas por atuações individuais que ultrapassaram a obra como um
todo. E, certamente, os atos de Nicole Kidman frente às câmeras de "O Peso
do Passado" ("Destroyer") entrarão para o hall de protagonistas
que roubaram a cena.
Na obra dirigida por Karyn Kusama, Kidman dá vida a Erin
Bell, uma detetive de polícia que vive à sombra do passado, no qual encarou
parte de um plano perigoso para conseguir, ao lado do seu parceiro, desmantelar
uma gangue de criminosos. O que não esperava é que sua infiltração no mundo do
crime organizado traria à tona uma dura chaga que não seria curada ao longo do
tempo.
E é nesse momento que Kidman consegue encarnar com um
talento incrível a protagonista. Com esplendor, a talentosa atriz leva o
espectador à catarse com sua atuação, expondo os fantasmas do passado e o
enrijecimento do espírito humano em suas feições.
Porém, infelizmente, o roteiro fica distante do talento da
atriz que o interpreta. Frágil, com vários buracos, sem clímax ou plot twist
relevante, o enredo apenas vira um mero script de uma atuação maravilhosa.
Em suma, Kidman dá a "O Peso do Passado" uma
atuação magnífica, mostrando o quão devastador é o sentimento de culpa e seus
reflexos até mesmo nos descendentes. Na película, a atriz consegue levar ao
espectador a sensação de como é sobreviver sem viver.
Classificação: 16 anos
Duração: 2h03
Distribuição: Diamond Films
Tags: OPesoDoPassado, #Destroyer, @NicoleKidman,
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