Blanca Suárez é uma das protagonistas da série da Netflix ambientada na Espanha dos anos 1920 (Fotos: Manuel Fernandez-Valdez/Netflix)
Mirtes Helena Scalioni
Talvez o maior atrativo da série espanhola "As Telefonistas" ("Las Chicas del Cable") seja exatamente a forma como construíram os chamados ganchos. O espectador quer sempre ver o que vem no próximo capítulo, exatamente pela maneira com que cada um é finalizado, sempre criando expectativa, mesmo que sem muita coerência. Não fosse isso, dificilmente alguém conseguiria chegar até o fim dos seus intermináveis 37 capítulos disponíveis, muitos deles sem pé nem cabeça, mal costurados em cinco temporadas no Netflix.
O argumento da história é maravilhoso, não se pode negar: quatro jovens se conhecem trabalhando como telefonistas da recém-criada Companhia Telefônica da Espanha. É ambientada numa Madrid provinciana, burguesa e sedenta de modernidade, e começa em 1928, época de mesuras e reverências ao rei. Em tempo de machismo absoluto e total submissão das mulheres, as quatro criam um bonito laço de afeto e cumplicidade que, aos poucos, revela-se capaz de justificar, inclusive, crimes. Não parece instigante?
Uma pena que um roteiro tão rico esteja sendo tão mal desenvolvido. Há momentos em que a trama fica inverossímil e soa falsa, forçada. Os personagens também não são bem construídos e, até o momento, o perfil de alguns deles não fica claro. Não se trata de preferir maniqueísmos de heróis contra vilões. Mas todo personagem precisa de um mínimo de coerência para sobreviver em qualquer enredo que se preze. Essa falha torna ainda mais confusa as intrigas de "As Telefonistas". Para completar, a série deixa buracos e muitas perguntas sem respostas, mesmo que tenha se passado mais de dez anos na história.
Com argumentos tão ricos como a luta pela emancipação das mulheres, o final da monarquia e os horrores da Guerra Civil que estraçalhou a Espanha entre 1936 e 1939, era de se esperar uma obra mais consistente. Em certos momentos, a história fica cansativa como se os autores tivessem sido obrigados a estendê-la ou não soubessem como terminá-la.
A voz em off da personagem principal, a telefonista Lídia, também se revela inútil, como se ela quisesse explicar o inexplicável ou justificar o injustificável. Ao final de quase todos os capítulos, ela decreta algo como: e o pior ainda está por vir. É como se estivessem num campeonato mundial de desgraças. E dá-lhe novas tramas e novos personagens, tudo muito mal costurado, carecendo solidez.
O elenco de "As Telefonistas", com raríssimas exceções, merece aplausos. Até por conseguir dar sequência a um roteiro inconsistente, atores e atrizes seguram, com galhardia, os papéis que carregam, mesmo que, por vezes, incoerentes. Blanca Suárez é a protagonista, fazendo a líder do grupo Alba Romero, que depois vira Lídia Aguiar - e não se fala mais nisso -, sempre em dúvida entre o amor de Francisco Gómez (Yon González) e Carlos Cifuentes (Martiño Rivas).
Ao redor dela gravitam Ángeles Vidal (Maggie Civantos), abusada pelo marido, a romântica Marga Suárez (Nadia de Santiago) e a rebelde e ousada Carlota (Ana Fernandez). Destaques para Ana Polvorosa, que interpreta a ambígua Sara Milán/Oscar e Concha Velasco, que brilha como a senhora Carmen Cifuentes. Há outros nomes, mas são tantos, devido às mirabolantes viradas e pegadinhas da história, que não precisam ser citados. A direção também é conjunta: Gema R. Neira, Ramón Campos e Teresa Fernandez-Valdés.
É possível que grande parte dos telespectadores chegue ao término. Afinal, até a curiosidade de saber onde isso tudo vai parar pode ser um bom motivo. Outra motivação - embora não suficiente - é o figurino. Rico, fiel e impecável, revela a beleza e o refinamento das roupas, calçados e, principalmente, a elegância dos chapéus. Para quem chegou ao trigésimo sétimo capítulo de "As Telefonistas", só resta esperar que, nos próximos, ainda inéditos, algo de brilhante justifique tantos dramas, tragédias e vinganças.
Ficha técnica: Série: 5 temporadas/ 8 capítulos por temporada Distribuição: Netflix Duração: 50 minutos em média Classificação: 18 anos Gênero: Drama
Marido e mulher - ele cirurgião plástico, ela psicóloga - recebem em casa para um jantar dois casais e mais um amigo desacompanhado. O clima é de confraternização, quase festa, no início da comédia "Nada a Esconder". A princípio, todos estão ali para apreciar, da varanda, um prometido eclipse lunar. Nota-se que há intimidade entre eles como se conhecessem há anos. O único que está solteiro é Pepe, que já chegou se desculpando por não trazer a namorada nova: ela está doente - foi o que ele disse, para decepção de todos, que esperavam conhecer, enfim, a nova namorada dele. Nada mais corriqueiro e natural do que um jantar entre velhos amigos de classe média alta, o vinho rolando generosamente, o anfitrião na cozinha preparando pratos sofisticados.
O clima começa a mudar quando um dos personagens sugere que todos coloquem seus celulares sobre a mesa e que, a partir daí, todas as ligações, notificações e mensagens sejam abertas e lidas publicamente. O jogo, a princípio interessante e engraçado, passa a gerar uma certa tensão quando máscaras começam a cair, traições vêm à tona, revelações criam conflitos, segredos comprometem relações de casais e velhas amizades.
De tão contemporâneo, instigante - e por que não? - divertido, esse mesmo roteiro de "Nada a Esconder", que foi filmado a primeira vez em 2016 pelo italiano Pablo Genovese com o nome de "Perfetti Sconosciuti", já ganhou versões em produções na Grécia, Espanha, Turquia, Coreia do Sul, China, Polônia, França e México. Um fenômeno. As duas últimas montagens, ambas de 2018, a mexicana e a francesa (além da espanhola), estão disponíveis na Netflix e é quase impossível escolher entre uma delas. Ambas são excelentes.
Na versão mexicana da comédia, que ganhou o nome de "Perfeitos Desconhecidos" ("Perfectos Desconocidos") como na produção espanhola de 2017, é possível reconhecer as cores mais fortes, o clima quente das discussões e conversas e, claro, o jeito peculiar de interpretação dos atores. Há certo exagero nessa montagem, dirigida e roteirizada por Manolo Caro. Os risos são nervosos, há uma ironia no ar. A equipe de intérpretes é composta por Mariana Trevino, Cecília Suarez, Manuel Garcia-Rufo ("Sete Homens e Um Destino" - 2016), Camila Valero, Miguel Rodarte, Bruno Bichir (série "Narcos" - 2015) e Franky Martin.
Já na produção francesa, "Nada a Esconder", vê-se a fleuma e o charme de um típico encontro entre pessoas que conhecem - e apreciam - um bom vinho, entendem e falam de gastronomia. O ambiente é mais discreto e refinado, os gestos são mais contidos. A direção impecável é de Fred Cavayé e o nome original do longa é "Le Jeu" - "O Jogo", título muito apropriado por sinal. No elenco estão Bérénice Bejo, Stéphane de Groodt, Suzanne Clément, Vincent Elbaz, Doria Tiller, Roschdy Zem, Grégory Gadebois e Fleur Fitoussi.
As duas histórias - mexicana e francesa - são absolutamente iguais, com a ação totalmente desenvolvida numa sala de jantar. As nuances ficam por conta da atuação de atores e atrizes. Em ambas, há um misticismo qualquer no ar por conta do eclipse - a Terra esconde a Lua? Em ambas, devagar, o que vão sendo desnudados são o preconceito, a hipocrisia e a vida de fachada de uma classe média moderninha e charmosa.
Fichas técnicas:
Perfeitos Desconhecidos
País: México
Direção: Manolo Caro
Duração: 1h44
Distribuição: Netflix
Classificação: 14 anos
Nada a Esconder País: França Direção: Fred Cavayé Duração: 1h33 Distribuição: Netflix Classificação: 14 anos
Produção distribuída pela Netflix é para ver de coração aberto (Fotos: Netflix/Divulgação)
Maristela Bretas
Emocionante, envolvente, humano (e também desumano), de uma enorme simplicidade para tratar o amor de pai e filha, "Milagre na Cela 7" ("7. Koğuştaki Mucize"), filme turco distribuído pela Netflix, é imperdível. Remake de uma produção sul-coreana de 2013, esta versão segue uma linha extremamente comovente, impossível não chorar rios de lágrimas com a história de um homem, portador de uma síndrome neurológica, que é separado da filha pequena após ser acusado de um crime que não cometeu.
Parece um tema simples, mas toda a trama é recheada de histórias paralelas, que se entrelaçam com a de Memo, muito bem interpretado por Aras Bulut Iynemli, e sua filha Ova (a linda e fofa Nisa Sofiya Aksongur, que na época das filmagens tinha 8 anos). A relação entre os dois é encantadora, como se fossem realmente pai e filha. O vídeo abaixo dos bastidores da produção mostra como todo o elenco se envolveu com a adorável garotinha.
O forte do filme são as pessoas, especialmente as mais simples,. Seus hábitos e cultura vão dar o sentido especial da trama. A vida simples e comum de interior não esconde o preconceito por quem é "especial". Das crianças da escola aos militares que o chamam de maluco, Memo é vítima de uma sociedade que não entende as limitações de um adulto com cabeça de criança. Mas para as duas pessoas mais importantes de sua vida - a filha e a avó Fatma (papel de Cecile Toyon Uysal, tarimbada atriz turca de 76 anos), "Lingo lingo", como é chamado por Ova, é o centro de tudo. Uma curiosidade: O nome de Memo é Mehmet, o mesmo do diretor do filme.
É com elas que ele vive uma vida feliz, cuidando das cabras da família, buscando a filha na escola, estudando com ela e ajudando a avó nos afazeres de casa. Mesmo sendo "diferente", o amor pela família é tudo para Memo, até que ele é acusado de ter matado uma menina, filha de um comandante do Exército. Sem um julgamento justo, Memo é condenado à morte e mandado para a prisão até a data de sua execução. Impedido de ver a filha e a avó, ele não entende o que aconteceu e só poderá contar com os companheiros da Cela 7 para tentar provar sua inocência.
A condenação retrata bem a questão dos direitos humanos desrespeitados no país na época. Torturado, desacreditado, Memo não perde a pureza de alguém de bom coração. Aos poucos vai conquistando, um a um, os companheiros de cela e também quem vive a rotina de uma prisão. Com uma ajuda especial, ele consegue fazer com que, até mesmo os mais durões, coloquem pra fora o que lhes causa maior aflição e se libertem de seus pecados. No elenco, outros atores turcos, apesar de desconhecidos do público brasileiro, também se destacam no drama: Illker Aksum (como Askorozlu, líder dos presos na cela 7), Deniz Baysal (professora Mine) e Sarp Akkaya (o diretor da penitenciária).
Ambientado no interior da Turquia e todo falado no idioma de origem, com legendas em português, "Milagre na Cela 7" tem também na fotografia outro ponto forte. O diretor Mehmet Ada Öztekin soube explorar bem o belo visual da região onde foram feitas as locações. E usou bem a luz e o jogo de câmera nas cenas de tortura e execução. Também o figurino é bem fiel aos costumes da época, no início dos anos 2000. A trilha sonora, composta por Hasan Özsut somente com canções turcas, completa essa bela produção que está encantando milhares de pessoas. Um conselho: assista de coração aberto e um pacote de lenços de papel na mão.
Ficha técnica: Direção: Mehmet Ada Öztekin Produção: Lanistar Media / Motion Content Group /CJ Entertainment Turkey Distribuição: Netflix Duração: 2h12 Gênero: Drama País: Turquia Classificação: 16 anos Nota: 5 (0 a 5)
A breve e exemplar história de um verdadeiro herói brasileiro (Fotos: Netflix/Divulgação)
Mirtes Helena Scalioni
É bem possível que digam que o filme "Sergio" foi demasiadamente romanceado. Em cartaz desde 17 de abril no Netflix, o longa estrelado magistralmente por Wagner Moura narra boa parte da brilhante carreira do brasileiro Sérgio Vieira de Mello, diplomata que comandou missões importantes na ONU - Organização das Nações Unidas - até morrer num atentado à sede da instituição em Bagdá, em 2003. O ato terrorista foi assumido na época pela Al Qaeda, em que morreram mais 21 pessoas. E, é bom salientar, não é a primeira vez que o cinema se vale de romances para colorir e dar nuances a trajetórias de heróis, mártires e guerreiros.
De tão profícua, bonita e cheia de aventuras, a breve história de Sérgio Vieira de Mello talvez tenha levado o diretor e documentarista americano Greg Barker a dar peso e importância ao romance do diplomata com a economista e colega argentina Carolina Larriera que, depois, se tornaria sua mulher. Mas, de forma alguma, essa opção tira o foco ou desmerece o longa que, na verdade, faz um recorte da carreira do brasileiro.
O filme destaca sua passagem pelo Timor-Leste, mostrando seu jeito peculiar de lutar pela independência da colônia portuguesa do jugo da Indonésia. E, claro, focaliza sua última missão, num Iraque perdido e destruído após a queda de Saddam Hussein. Pode parecer pouco, para quem já tinha passado por trabalhos não menos espinhosos em Bangladesh, Camboja, Líbano, Bósnia, Kosovo e Ruanda.
Wagner Moura e o verdadeiro Sérgio Vieira de Melo (D)
Mas é impossível contar uma vida tão rica num filme. Afinal, dirigir é também fazer escolhas, priorizar, mesmo que esse diretor seja um profundo conhecedor do personagem, como é o caso de Barker, que já dirigiu um documentário sobre o tema e nome - "Sergio" -, que também pode ser conferido no Netflix. Há tanta verdade, tanta química e tanta beleza no encontro amoroso entre Sérgio e Carolina, muito pela força e talento dos dois intérpretes, que, em vez de distrair, a relação reforça o idealismo do personagem. Além, é claro, de tornar mais acessível e humana uma trajetória que poderia tornar-se desinteressante se fosse contada de forma burocrática e linear. As belas cenas de amor e paixão do casal humanizam, dão leveza, cor e sabor ao filme.
Importante destacar: se a maioria dos brasileiros conhece de sobra o talento e virtuosismo de Wagner Moura, não se pode dizer o mesmo da atriz cubana Ana de Armas ("Blade Runner 2049" - 2017 e "Entre Facas e Segredos" - 2019) e, uma grata surpresa. Bonita e charmosa, ela compõe uma mulher forte que, por vezes, se fragiliza diante do trabalho quase obsessivo do parceiro, empenhado em missões humanitárias mundo afora.
A opção por construir o roteiro em insistentes flashbacks, que podem até incomodar no início, mostra-se acertada ao longo da trama. Afinal, trata-se de uma história conhecida, em que todos já sabem o final. A forma, portanto, que imprime dinamismo à narrativa, acaba por prender o espectador, que vai conhecendo, aos poucos, detalhes da vida do diplomata, descobrindo sua sensibilidade e seu jeito de tratar como humanas questões que podem parecer meramente políticas. Destaque para a cena em que Sérgio se emociona ao conversar com uma artesã numa espécie de mercado no Timor-Leste. Impossível não se comover.
É por meio dessas idas e vindas, que o público fica sabendo, por exemplo, que Sérgio Vieira de Mello foi estudante em Paris, onde participou das históricas manifestações de maio de 1968, talvez uma semente plantada para transformá-lo, depois, no que ele viria a ser uma peça fundamental no trabalho da ONU, batalhador incansável pelos direitos humanos, às vezes disposto a conflitos com os poderosos como ocorreu com George W. Bush. Ficou faltando, nessa sequência lógica de flashbacks, alguma citação, uma referência mínima que fosse, à primeira mulher de Sérgio Vieira de Mello, mãe dos dois filhos dele que aparecem no filme.
Pode-se gostar ou não do roteiro, do romance, da forma. Mas é inegável a riqueza do conteúdo de "Sergio". Em tempos como o que vivemos, onde se destacam líderes egoístas e incapazes de gestos de altruísmo e empatia, o exemplo de vida desse brasileiro que não teve tempo de viver sua aposentadoria no Arpoador, como planejava, não deixa de ser um alento.
PS: um dos produtores de "Sergio", junto com Wagner Moura, é o belo-horizontino Daniel Marc Dreifuss, que trabalha na Califórnia.
Ficha técnica: Direção: Greg Barker Produção: Netflix Duração: 1h58 Gêneros: Drama / Biografia País: EUA Classificação: 12 anos
O risco de contaminação pelo Covid-19 provocou também interrupções nas produções cinematográficas. Vários filmes com estreias previstas para o primeiro semestre deste ano, assim como a finalização de outras dezenas, precisaram ser adiados para os próximos meses, alguns até mesmo para 2021. Os Estados Unidos enfrentam hoje a pior crise na área de saúde de sua história. O país ocupa, até o momento, o primeiro lugar mundial em número de pessoas infectadas e mortas pelo coronavírus.
Com previsões otimistas, apesar de a doença ainda estar fortemente presente em diversos países, como o Brasil, algumas produtoras anunciam o retorno de suas estreias a partir de junho e início do segundo semestre. Já as salas de cinema em Belo Horizonte ainda estão sem data de reabertura por causa da pandemia. Grandes redes como Cineart, Cinemark e Cinepolis, trabalham com a possibilidade de reabrirem suas salas a partir de 30 de julho, mas não há garantias. Veja abaixo as novas datas de lançamentos das produções mais esperadas:
Paramount Pictures
A aguardada continuação "Um Lugar Silencioso - Parte II" ("A Quiet Place - Part II") também ganhou nova data - 3 de setembro de 2020. Novamente com direção e roteiro de John Krasinski, o terror retoma a história logo após os acontecimentos mortais do primeiro filme: Evelyn Abbott (Emily Blunt), seu bebê e os filhos Regan (Millicent Simmonds) e Marcus (Noah Jupe) precisam agora encarar o mundo afora, lutando em silêncio para sobreviverem às criaturas e outras ameaças pelo caminho.
Dia 30 de julho foi mantida a data pela Paramount para a estreia de "Bob Esponja: O Incrível Resgate" ("Sponge Bob Square Pants 3"), apesar de somente em 7 de agosto a animação chegar aos cinemas dos EUA. A animação é dirigida por Tim Hill.
Outra estreia esperada - "Top Gun: Maverick" ("Top Gun: Maverick") teve seu lançamento mudado de 23 para 25 de dezembro de 2020. Tom Cruise vive um de seus mais marcantes personagens, ao lado de Jennifer Connelly, com direção de Joseph Kosinski.
O grupo Disney fez uma reformulação radical na programação de seus lançamentos em todas as suas produtoras por causa do coronavírus. Alguns países onde estavam previstas locações também precisaram ser mudados.
Marvel
Dirigido por Cate Shortland, o filme "Viúva Negra" ("Black Widow"), a grande produção da Marvel Studios para este ano teve nova data de estreia marcada para 5 de novembro. Scarlett Johansson, novamente no papel da vingadora Natasha Romanoff, retorna para seu país de origem e se une a antigos aliados para acabar com o programa governamental que a transformou em uma assassina. O elenco conta ainda com Florence Pugh e David Harbour.
Também ganharam novas datas:
- "Os Eternos” - 11 de fevereiro de 2021
- “Shang-Chi"- 6 de maio de 2021
- “Doutor Estranho 2” - 4 de novembro de 2021
- “Thor: Love and Thunder” - 17 de fevereiro de 2022
- “Pantera Negra 2” - 7 de maio de 2022
- “Capitã Marvel 2” - 7 de julho de 2022
Walt Disney
Pela Walt Disney Studios, os adiamentos atingiram o live-action "Mulan", que está com data prevista (podendo ser novamente mudada) para 24 de julho de 2020. Já a aventura "Jungle Cruise", estrelada por Dwayne Johnson e Emily Blunt, que recebeu ampla divulgação há dois meses, deverá estrear apenas em 20 de junho de 2021. O mesmo ocorreu com "Indiana Jones 5", com Harrison Ford voltando a viver o papel principal,. A nova data foi marcada para 29 de agosto de 2022.
Algumas datas, de produções Disney foram mantidas, no entanto:
"Soul", animação da Pixar - 25 de junho no Brasil
"Amor, Sublime Amor" - 18 de dezembro. A refilmagem da comédia musical "West Side Story", de 1961, tem direção de Steven Spielberg e elenco formado por Ansel Elgort, Rachel Zegler e Rita Moreno.
" The Last Duel" (ainda sem título em português) - 25 de dezembro - drama de Ridley Scott, com Matt Damon, Adam Driver, Jodie Comer e Ben Affleck.
Fox e Foz Searchlight também tiveram suas estreias mudadas.
"Free Guy - Assumindo o Controle" com Ryan Reynolds, passou de 3 de agosto de 2020 para 11 de dezembro de 2020.
"The French Dispatch" (também sem título em português), dirigido por Wes Anderson, passou de 24 de agosto para 16 de outubro de 2020.
Warner
A Warner Bros. Pictures alterou com poucos meses de diferença sua grande aposta do ano. Mulher-Maravilha 1984 ("Wonder Woman 1984"), previsto para 4 de junho foi remarcado para estrear em 13 de agosto no Brasil. A produção traz novamente a dupla Patty Jenkins na direção e roteiro e Gal Gadot no papel principal. O elenco conta ainda com Pedro Pascal (Maxwell Lord), Kristen Wiig (Mulher-Leopardo), Robin Wright (Antíope), Connie Nielsen (Hippolyta) e Chris Pine, que retorna como Steve Trevor.
Universal Pictures
Nem o superagente James Bond escapou do coronavírus e precisou ter a estreia de "007 - Sem Tempo Para Morrer" ("No Time To Die") adiada para 19 de novembro de 2020 Daniel Craig retorna ao papel do famoso espião com licença para matar para ajudar seu amigo da CIA, Felix Leiter (Jeffrey Wright) contra o enigmático Safin (Rami Malek) aparece com uma tecnologia perigosa. A direção é de Cary Joji Fukunaga.
Já a animação da DreamWorks e Universal Pictures, “Trolls 2” ("Trolls World Tour") chega aos cinemas brasileiros no dia: 8 de outubro de 2020. Dirigido pela dupla David P. Smith e Walt Dohrn, “Trolls 2” conta com um grande elenco nas vozes originais, que inclui Anna Kendrick, Justin Timberlake, Kelly Clarkson e Jamie Dornan. A versão nacional do longa traz as vozes de Hugo Bonemer (Tronco), Jullie (Poppy), Hugo Gloss (Guy Diamante) e Simone Mendes (Delta D). Assista ao trailer aqui.
A franquia "Velozes e Furiosos", que estrearia o nono filme em maio deste ano, também precisou adiar os planos e divulgou uma nota para os fãs, informando que eles terão de esperar mais um ano para ver Vin Diesel e sua turma. A nova data está prevista para 2 de abril de 2021 nos EUA. E explicam que a mudança foi feita 'pela segurança e em consideração àqueles que acompanham a saga pelo mundo possam assistir o novo capítulo.
Sony Pictures
Também os lançamentos da Sony Pictures ganharam novas datas nos cinemas norte-americanos, mas ainda não foram anunciadas no Brasil.
“Fatherhood” – antecipado para 23 de outubro de 2020
“Pedro Coelho 2: O Fugitivo” – 15 de janeiro de 2021
“Ghostbusters – Mais Além” ("Ghostbusters III) – 5 de março de 2021
“Morbius” – 19 de março de 2021
“Uncharted” – 8 de outubro de 2021
Diamond Films
Por meio de nota enviada à imprensa, a Diamond Films informou que atendendo as recomendações nacionais e internacionais relativas aos cuidados para evitar a propagação da Covid-19 e em prol da contenção de riscos, prorrogou seus lançamentos sem data definida.
Distribuidoras brasileiras
No Brasil, a Downtown Filmes e a Camisa Listrada, distribuidora e produtora da comédia “No Gogó do Paulinho”, informaram que o lançamento do longa, marcado para essa quinta-feira, 16 de abril, foi adiado, ainda sem nova data. Mas confirmou que mantém a previsão de estreia para o ano de 2020. A comédia reúne novamente a divertida dupla Maurício Manfrini, como o popular Paulinho Gogó, e Cacau Protásio, como Nega Juju. Em um banco de praça ele narra suas histórias para diferentes ouvintes, enquanto aguarda a chegada da sua amada.
A Distribuidora Pandora Filmes anunciou o adiamento da estreia do longa "Tel Aviv em Chamas" ("Tel Aviv on Fire"), do diretor Sameh Zoabi, premiado no Festival de Veneza com o Interfilm Award de Melhor Filme e representante de Luxemburgo no Oscar 2020. A comédia é ambientada na Palestina sobe um jovem o jovem que trabalha como assistente na produção de uma popular telenovela local.
A Embaúba Filmes também comunicou o adiamento da estreia dos filmes "Vaga Carne" e "Sete Anos em Maio" por causa da crise do coronavírus. E alertou que o momento é de precaução e de diminuição da exposição ao risco de contágio. As novas datas serão anunciadas nas redes sociais da empresa. A distribuidora Vitrine Filmes informou que ainda continua sem data de estreia o filme "Três Verões", da diretora Sandra Kogut, programado para ser lançado em 19 de março nos cinemas nacionais.
Também a Galeria Distribuidora e a Santa Rita Filmes, para preservar a saúde e o bem-estar do público por causa da pandemia de Coronavírus (Covid-19) adiou o lançamento dos filmes "A Menina que Matou os Pais" e "O Menino que Matou Meus Pais", sobre o caso Von Richthofen. até o momento, as empresas mantêm a estreia dos longas em 2020, mas não há uma data definida.
O filme praticamente se desenvolve durante um jantar na casa de Isabel, interpretada por Belén Rueda (Fotos: Netflix/Divulgação)
Mirtes Helena Scalioni
Pelo menos duas coisas ficam claras, desde o início do filme. Primeiro, o espectador entende que ex-maridos e ex-esposas se dão bem, a ponto de, em comum acordo, mandar a filharada toda para um passeio de férias, no melhor estilo de "os meus, os seus, os nossos". Em segundo lugar, percebe-se que Isabel Paris, interpretada magistralmente por Belén Rueda, é uma atriz em processo de maturidade, para quem os papéis já não são tão frequentes.
Talvez tenha partido daí, desses dois detalhes, o roteiro de "La Noche que Mi Madre Mató a Mi Padre" ("A Noite em que Minha Mãe Matou Meu Pai"), deliciosa produção espanhola em cartaz no Netflix. Dirigido por Inés Paris, o filme praticamente se desenvolve durante um jantar na casa de Isabel, quando ela e o marido Angel (Eduard Fernández) recebem o ator argentino Diego Peretti (que faz o papel dele próprio), com o claro objetivo de convencê-lo a investir num projeto cinematográfico.
Acontece que Isabel tem outro projeto em mente. Casada com Angel, ela quer muito provar ao marido que tem todas as qualidades e atributos para estrelar o filme que ele está prestes a dirigir. E, para isso, não vai medir esforços para se mostrar uma grande atriz. O jantar começa a mudar de tom quando o ex-marido dela, interpretado por Fale Martinez, chega de surpresa trazendo sua jovem namorada totalmente sem noção.
Na ficha de "La Noche que Mi Madre Mató a Mi Padre" está escrito que se trata de um besteirol. Mas pode ir além disso. O filme é uma comédia sim, com todos os ingredientes que o gênero exige, mas o que ressalta é o sarcasmo, a ironia com que a história é contada. Essa particularidade, aliada ao excelente desempenho dos atores - todos eles - são a garantia de um entretenimento rico, com viradas, surpresas e uma boa pitada de mordacidade. A pergunta é: do que é capaz uma atriz para conseguir um papel? Ou ainda: do que é capaz uma mulher para alcançar seu objetivo?
Por mais que o filme escorregue para o pastelão mais para o final da história, o inusitado encobre e valoriza o desfecho. Para quem aprecia a filmografia espanhola, com suas cores, exageros e dramas, "La Noche que Mi Madre Mató a Mi Padre", produção de 2016, certamente, não vai decepcionar.
Ficha Técnica Direção: Inés Paris Duração: 1h33 Classificação: 12 anos Gênero: Comédia País: Espanha Disponível: Netflix
Chegou a vez de o Cinema no Escurinho indicar bons filmes sobre mulheres fortes, que ocuparam seu espaço e mudaram seus destinos. Empresárias, empreendedoras, donas de casa, esposas, companheiras e mães ou tudo junto e misturado, aqui vão algumas produções que merecem ser vistas ou relembradas neste período de quarentena. Elas estão disponíveis de graça nos canais a cabo e de streaming. As que estão com o link têm críticas no blog, feitas por nossos colaboradores. E lembre-se: fique em casa e curta seu cineminha no sofá com um bom balde de pipoca.
- Mulher Maravilha(2017) - Telecine - As Golpistas (2019) - Now // Amazon Prime - Comer Rezar Amar (2010) - Netflix // Now - Adoráveis Mulheres (2019) - Now - Mrs. Brown (1997) - Amazon Prime - O Diabo Veste Prada (2006) - Telecine
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O Cinema no Escurinho ouviu alguns de seus seguidores, em especial a jornalista Adriana Diniz, sobre dicas de bons dramas para ver sentadinho no sofá com muita pipoca. Mais de 90 grandes produções, dos clássicos que merecem ser assistidos novamente, a filmes que recentemente estiveram em cartaz nos cinemas. Vale a pena conferir a classificação das produções - as indicações variam entre 14 e 16 anos. E para saber mais, clique nos links dos filmes marcados para ler a crítica dos colaboradores do blogCinema no Escurinho.
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Longa reconta a história da aparição de Nossa Senhora para três crianças na cidade de Fátima, em Portugal, (Foto: Diamond Films/Divulgação)
Da Redação
A brasileira Sônia Braga ("Aquarius" - 2016), como irmã Lúcia, e o astro norte-americano Harvey Keitel ("O Irlandês" - 2019), como o professor Nichols atuam juntos em “Fátima”, produção dirigida por Marco Pontecorvo, que também assina o roteiro ao lado de Valerio D’Annunzio e Barbara Nicolosi. No Brasil, o drama será lançado pela Diamond Films, mas ainda está sem data de estreia confirmada.
Baseado em eventos reais, o longa reconta a história da aparição de Nossa Senhora para três crianças - Lúcia, Jacinta e Francisco - na cidade de Fátima, em Portugal, em 1917, durante a Primeira Guerra Mundial. Muitos duvidavam da visão das crianças até a igreja católica romana validar a visão das crianças, transformando a cidade de Fátima um dos principais lugares de peregrinação na esperança de presenciar um milagre, num mundo que ansiava pela paz.
Estrelado pela jovem atriz espanhola Stephanie Gil no papel da menina Lúcia, “Fátima” é uma coprodução Estados Unidos, Itália e Portugal e traz ainda no elenco Joaquim de Almeida (Padre Ferreira), Goran Visnjic (Artur), Joana Ribeiro (Virgem Maria), Jorge Lamelas e Alejandra Howard. O filme tem trilha sonora assinada pelo cantor italiano Andrea Bocelli, que compôs uma música especialmente para a obra.
Em tempos de quarentena provocada pelo Corona vírus ou Covid-19, como preferirem, o Cinema no Escurinho vai dar uma forcinha para as mamães e papais que estão em casa com aquela turminha agitada. Separei abaixo quase 100 animações, indicadas para todas as idades. As que estão com o link têm críticas no blog. Sem contra-indicação, com certeza um bom programa para a família.
Agora é preparar um balde grande de pipoca, sintonizar na operadora a cabo de sua casa e escolher entre as opções. Vale também aproveitar a promoção de vários canais abertos por um curto período, como o Telecine. Durante os próximos dias darei dicas de bons filmes por gênero, com classificação por idade.
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