Mostrando postagens com marcador #Animacao. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador #Animacao. Mostrar todas as postagens

29 outubro 2019

"Abominável", uma singela animação sobre amizade, descobertas e família

Everest e Yi se tornam grandes amigos e vão viver uma grande aventura que vai transformar suas vidas (Fotos: Universal Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Uma animação onde tudo é lindo e emociona. Assim é "Abominável" ("Abominable"), mas uma bela produção da DreamWorks Animation, capaz de fazer escorrerem algumas lágrimas ao abordar os temas amizade e família. O filme é lindo, a história envolvente e trazendo uma bela mensagem de união e perseverança. Tudo isso numa jornada cheia de aventuras de quatro amigos - dois adolescentes, uma criança e filhote de yet. Isso mesmo, você não leu errado. O famoso Homem das Neves é nosso personagem principal e nada tem de abominável, só o título. Ele é fofinho, carinhoso, fiel, determinado, tem grandes olhos e uma enorme sensibilidade, capaz de transformar as pessoas e fazer com que elas encontrem seu lado bom.



"Abominável" parece uma versão chinesa de "ET - O Extraterrestre", com o mesmo tipo de narrativa - o "monstro" que é perseguido por malvados cientistas e acaba encontrando uma jovem que irá ajudá-lo, junto com dois amigos, a retornar à sua casa, no Monte Everest, no Himalaia. A abordagem e os diálogos têm a mesma pureza, assim como a ligação entre os personagens e os poderes mágicos de Everest (como foi batizado o yet), capazes de mudar a natureza. No lugar de uma fuga em bicicletas usaram baleias encantadas e um mar com ondas gigantescas de flores. Tudo muito colorido, com a uma escolha marcante das locações por onde passam nossos bravos heróis, cheias de encantos e magia.



O ponto principal é a amizade entre Yi (voz de Chloe Bennet), uma menina que não aceita a perda do pai e só pensa em fugir, e o yet Everest (grunhidos feitos pelo compositor Rupert Gregson-Williams). Enquanto a jovem tenta ajudar seu gigantesco e estabanado amigo, a relação entre eles vai ficando cada vez mais forte e ambos vão descobrindo os poderes que possuem a cada novo destino. Uma jornada recheada de amizade, lembranças, conquistas, descobertas e especialmente, a importância da família. 



Como em toda aventura, há momentos engraçados, mas também de muito perigo. O grupo de amigos terá de escapar de um vilão que quer recapturar Everest, foragido de seu laboratório. A parte divertida fica por conta de Peng (Albert Tsai), o pequeno vizinho de Yi, que logo se torna um grande amigo de Everest. Afinal, ambos são crianças. O mais ranzinza é Jin (Tenzing Norgay Trainor), o tio adolescente de Jin, que vê perigo em tudo e só se preocupa com a imagem nas redes sociais. Mas até ele também começa a ver um mundo além de seu celular.




A ação começa em Shanghai, na China quando Yi descobre um yet no telhado do prédio onde mora. A partir disso, ela e seus amigos decidem levar Everest até sua família, que está na montanha mais alta do planeta. Porém, os três amigos terão que conseguir despistar o ganancioso Burnish (Eddie Izzard) e a zoóloga Dra. Zara (Sarah Paulson), que querem pegar o yet a qualquer custo. O elenco conta ainda com as vozes de Sarah Paulson (a zoóloga Dra. Zara), Eddie Izzard (o empresário Burnish), Tsai Chines Hong (a vovó Nai Nai), Michelle Wong (a mãe de Yi) e James Hong.



Rupert Gregson-Williams também é o responsável pela trilha sonora, que conta com três lindas canções conhecidas do público - "Fix You", da banda Coldplay, "Dreams", de Phil Beaudreau, e "Beautiful Life", de Bebe Rexha. 


Este sim é um ótimo filme para levar os filhos a partir dos 5 anos. As crianças vibram com os personagens, torcem por Everest e comentam o tempo todo com os pais o que estão achando da história. É uma animação que conquista o público de todas as idades. "Abominável" está em cartaz em salas da rede @cineart _cinemas nos shoppings Boulevard, Cidade, Del Rey, Minas Shopping, Paragem e Via Shopping (Barreiro), somente em versões dubladas. Merece ser visto, especialmente em família.



Ficha técnica:
Direção: Jill Culton e Todd Wilderman
Produção: Dreamworks Animation / Pearl
Distribuição: Universal Pictures
Duração: 1h37
Gêneros: Animação / Aventura / Comédia
País: EUA
Classificação: 6 anos
Nota: 4 (0 a 5)

Tags:  #AbominavelFilme, @DreamWorks, @UniversalPicturesBR, @UniversalPictures, #animacao, #aventura, #comedia, @cinemaescurinho, @cinemanoescurinho

07 fevereiro 2019

"Uma Aventura LEGO 2" repete fórmula de humor e sarcasmo da franquia

Emmet vai enfrentar novos vilões para proteger seus amigos e o planeta e provar para Lucy que também pode ser um herói (Fotos: Warner Bros. Entertainment/Divulgação)

Maristela Bretas


Com momentos divertidos, "Uma Aventura LEGO 2" ("The LEGO Movie 2: The Second Part") retoma uma linha que deu muito certo com "LEGO Batman: o Filme" há dois anos, explorando bem o sarcasmo de alguns personagens, especialmente o do Homem-Morcego (voz de Will Arnett). Ele e outros velhos conhecidos da animação original - "Uma Aventura LEGO" (2014) - estão de volta, dividindo a tela com o ingênuo herói Emmet (voz novamente de Chris Pratt).

Apesar de a fórmula já estar perdendo o impacto que foi sucesso anteriormente, esta continuação ainda provoca boas risadas. Especialmente dos adultos, por causa das referências a personagens como os super-heróis da Liga da Justiça (Superman, Lanterna Verde, Mulher Maravilha e Aquaman), e de filmes e franquias de sucesso, como "Mad Max: Estrada da Fúria", "Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros" (2015), "O Senhor dos Anéis" e "Harry Potter".

Se no início a animação caminhava para outra ótima produção, em pouco tempo ela muda seu foco e se volta para crianças pequenas, apresentando cenários e pecinhas de montar da LEGO fofinhos e bem coloridos e uma "musiquinha" bem chata que deveria grudar no cérebro, como aconteceu com "Tudo é Incrível", do primeiro filme, mas ainda bem é esquecível. Os produtores tentaram inovar nos créditos finais com uma boa proposta, mas o resultado foi uma longa ficha técnica (11 minutos!!!!) e outra canção de expulsar público do cinema.

A animação passa também uma visão antiquada dos criadores ao associar Bianca (Brooklynn Prince), irmã de Finn (Jadon Sand, do primeiro filme) os novos personagens supercoloridos, que esbanjam gliter e purpurina, só pensam em festa e casamento. Já o garoto fica com as pecinhas iradas, os super-heróis, as naves espaciais, armas, carros de deserto e muita ação. É a velha história de que "meninas usam rosa e brincam de bonecas e meninos usam azul e gostam de carrinhos".

A cada nova produção surgem novos personagens. Até o ator Bruce Willis ganhou seu "alter-LEGO": careca, de camiseta branca e barba sem fazer, bem na linha "Duro de Matar". Mas são os interpretados por Chris Pratt em outros filmes que ganham destaque - Star Lord ("Guardiões da Galáxia I " - 2014  e "Guardiões da Galáxia Vol. 2" - 2017 e "Vingadores: Guerra Infinita" - 2018) e Owen Grady ("Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros" e "Jurassic World: Reino Ameaçado" - 2018).

O que era totalmente incrível em Bricksburg no primeiro filme se transforma em Apocalipsópolis após o ataque dos alienígenas do Planeta Duplo ocorrido há cinco anos. Emmet ainda acredita que tudo pode voltar a ser incrível, mas Lucy/Mega Estilo (Elizabeth Banks) só consegue ver maldade e perigo no novo mundo e não aceita o jeito inocente do amigo.

Vivendo num local desértico, dentro de uma fortaleza no melhor estilo "Mad Max", nossos simpáticos heróis vão enfrentar nova invasão, desta vez da tropa da rainha Tuduki Eukiser Ser!, na voz de Tiffany Haddish. Multicolorida e multiformas, ela banca a boazinha, só fala em casamento e faz uma ótima dupla com o Batman em "tiradas" irônicas, garantindo boas risadas.

A vilã sequestra Lucy, Batman, Benny - o Astronauta (Charlie Day), Unigata (Alison Brie) e o pirata Barba de Ferro (Nick Offerman), levando-os para o sistema planetário de Manar, onde tudo é um grande musical Emmet terá de voar pela galáxia para resgatá-los e acabar com os planos da rainha e vai contar com a ajuda de um novo amigo, o navegando do espaço Rex Perigoso.

Produzida pela mesma equipe de toda a franquia LEGO - Dan Lin, Roy Lee, Phil Lord, Christopher Miller, estes dois últimos responsáveis também pela história, baseada nos LEGO Construction Toys. "Uma Aventura LEGO 2" tem classificação livre, mas mesmo na versão dublada é mais indicada a crianças acima de 6 anos. E se a proposta é rir e voltar a ser criança com os filhos pequenos, a animação é uma boa pedida, podendo ser conferida nas versões 2D ou 3D (inclusive Imax), dublada ou legendada.



Ficha técnica:
Direção: Mike Mitchell
Produção: Lin Pictures / Lord&Miller / LEGO System A/S / Warner Animation Group / Vertigo Entertainment
Distribuição: Warner Bros. Pictures
Duração: 1h48
Gêneros: Animação / Comédia / Aventura
Países: EUA / Austrália / Canadá / Dinamarca
Classificação: Livre
Nota: 3,5 (0 a 5)

Tags: #UmaAventuraLEGO2, #animacao, #LEGO, #TheLEGOMovie2TheSecondPart, #WarnerBrosPictures, @ChrisPratt, @WillArnett, @ElizabethBanks, #comedia, #aventura, @cinemanoescurinho

17 janeiro 2019

"Como Treinar Seu Dragão 3" encerra franquia com amor, emoção e amizade

Animação mostra personagens amadurecidos que vão precisar tomar decisões que vão mudar suas vidas (Fotos: Universal Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Amizade sempre foi o ponto principal de "Como Treinar Seu Dragão" e não poderia ser diferente na terceira e última animação da franquia, que estreia nesta quinta-feira nos cinemas. Preconceito e medo do desconhecido marcaram a primeira produção, a família e a união prevaleceram  em "Como Treinar Seu Dragão 2" e agora, numa relação amadurecida, Soluço (voz de Jay Baruchel) e Banguela, mais amigos do que nunca, vão enfrentar o pior de seus inimigos - Grimmel (F. Murray Abraham) e uma mudança radical em suas vidas e na relação.


Desta vez, o surgimento do amor e a necessidade de assumirem responsabilidades como líderes farão com que os dois inseparáveis repensem sua ligação, sem cortar o forte laço que os une. E ainda viverem felizes com suas novas parceiras. Afinal, Soluço, líder da única tribo viking que respeita e não mata ou caça dragões, namora sem assumir nada a guerreira Astrid (America Ferrera). A dupla é constantemente cobrada para que se case para reinarem juntos, mas ainda não sabem que decisão tomar.


Fúria da Noite, mesmo sendo o mais temido dos dragões, tem um coração tão grande quanto ele e também quer se apaixonar, encontrar sua cara metade e formar uma família. Esta parceira surge num raio. Ela é Fúria de Luz, um lindo dragão fêmeo branco que vai fazer nosso herói da calda partida perder o rumo. Mas até onde esse amor vai colocar em risco a amizade entre o doce e poderoso dragão e seu desengonçado e fiel amigo humano?


"Como Treinar Seu Dragão 3" ("How To Train Your Dragon: The Hidden World") é um filme doce, que cativa e emociona, principalmente pela dupla principal. O namoro de Banguela e Fúria de Luz é muito fofo, com direito a flerte, dancinha de acasalamento, passeio à beira do lago e descoberta de um mundo novo, só para os dragões, com o casal liderando sua raça.


Soluço sonha levar toda a sua comunidade de homens e dragões para este mundo, onde todos possam continuar vivendo em harmonia e a salvo dos caçadores. Ele só não contava com a perseguição de Grimmel, que matou todos os Fúria da Noite e agora está obcecado por Banguela. Para fisgá-lo, nada melhor que usar Fúria de Luz como isca.


Enquanto trava uma batalha para preservar os habitantes de Bergue, o jovem guerreiro também terá de reavaliar seus conceitos de amizade, liberdade e responsabilidade com o reino que lidera. E tomar a mais difícil das decisões - deixar seu amigo partir para viver no seu mundo. Banguela também sofre com a separação e as parceiras de ambos, a família e amigos vão ajudá-los a tomar a decisão certa.

Um ótimo filme para as férias, com muita ação, cor e efeitos visuais, uma trilha sonora bacana, grandes batalhas contra o mal e um final digno dos heróis que consagra a franquia e deverá agradar a toda a família. Vale a pena conferir.



Ficha técnica:
Direção, roteiro e produção de set: Dean DeBlois
Produção: DreamWorks Animation
Distribuição: Universal Pictures
Duração: 1h34
Gêneros: Animação / Aventura / Família
País: EUA
Classificação: 10 anos
Nota: 4,5 (0 a 5)

Tags: #ComoTreinarSeuDragão3, #animacao, #aventura, @UniversalPictures, #dragões, @DreamWorksAnimation, #Espaço_Z, @cineart_cinemas, @cinemanoescurinho

15 janeiro 2019

"WiFi Ralph" quebra a internet e entra na disputa de Melhor Animação

Públicos de todas as idades irão se identificar com personagens e situações mostradas nessa divertida e emocionante produção (Fotos: Walt Disney Studios)

Maristela Bretas


Junte um ótimo elenco de dubladores, uma história fantástica com famosos personagens da Disney, um grandalhão desajeitado, mas de um coração enorme e uma garotinha apaixonada por corridas e você tem uma das melhores animações que está em cartaz no cinema: "WiFi Ralph - Quebrando a Internet" ("Ralph Breaks The Internet"). Ela faz rir, chorar, rir novamente e mescla, de maneira excepcional, o mundo dos games antigos (arcade) com os novos e velozes movidos à internet, para agradar a todas as idades, principalmente ao público nerd, que vai identificar conhecidos elementos da World Wide Web.

E foram a curiosidade e a necessidade que levaram Ralph (voz de John C. Reilly) e sua agitada amiguinha Vanellope (Sarah Silverman) à Internet, com tudo o que ela tem de atraente, mas também o lado ruim e distorcido. Somente a Disney para colocar numa animação marcas de produtos, serviços, aplicativos, enfim tudo o que corre na grande Rede, como Google, Facebook, eBay, Amazon, Snapchat, os passarinhos azuis do Twitter, o trenzinho incansável de mensagens do Gmail. 

Tem até um sabe-tudo Isso sem falar nos pop-ups, spams, vírus e antivírus. Até mesmo a Deep Web foi lembrada com importante participação. E claro, a área de busca (do Google) com o "KnowsMore" (Alan Tudyk).

Se no primeiro, a disputa ocorreu no mundo dos games arcade, com Ralph deixando de ser o grande vilão e se tornando o herói do Fliperama Litwak, em "WiFi Ralph" a briga fica mais pesada, assim como os jogos. E é por causa do jogo "Corrida Doce", que tem Vanellope como a maior campeã, que a dupla entra nessa aventura. Com o volante do jogo quebrado por uma jogadora do fliperama, a máquina é desativada e em poucas horas será descartada, para desespero dos personagens. A única saída é encontrar um novo volante, só vendido pelo eBay e eles precisam descobrir o que é isso e essa tal de Internet.


Ralph e Vanellope vão enfrentar as mesmas raivas que os usuários enfrentam - a rede caiu, spams e pop-ups pulando a seu redor, o mensageiro avisando que o tempo para o pagamento está acabando, a necessidade absurda de conseguir o maior número de curtidas para se tornar famoso e conseguir vender ou comprar um produto, e por aí vai. Mas a fama trazida pela WWW tem também seu lado cruel - a decepção com os comentários maldosos e as fake news. Yesss (Taraji P. Henson), uma influenciadora e a alma por trás do "Buzzztube", um famoso website que dita tendências e que se torna amiga de Ralph define bem isso - "nunca leia os comentários".

Fãs do mundo geek vão curtir bem essa animação que remete a games antigos e apresenta os novos. O mais temido deles, que seria um similar do "GTA" é o "Slaughter Race" ("Corrida do Caos"), que tem uma líder de gangue forte, poderosa e absoluta - Shank (voz de Gal Gadot). Vanellope, que sempre foi a líder em Corrida Doce, descobre que é deste novo game que sempre sonhou participar e Vai pra pista contra Shank. E se não bastar, que tal misturar "Star Wars" nessa confusão, com seus dubladores oficiais, como Anthony Daniels como C3PO? Ou Baby Groot, na voz de Vin Diesel? Até Buzz Lightyear (Tim Allen) quis fazer parte.

O filme é para toda a família - pais e mães vão se identificar comj situações cotidianas vividas por quem navega na Internet (ou pelo menos tenta, depende da rede). Pode parecer que se trata de um filme apenas de jogos, mas "WiFi Ralph" vai muito além, abordando temas delicados como adoção, realização de sonhos, o velho sendo descartado, o novo (a Internet) dominando as pessoas (em todos os sentidos), colocando inclusive amizades em jogo e os riscos da vida conectada 24 horas.

Novamente a Disney reforça o poder das mulheres, transformando as famosas princesas, antes "dondocas do lar" em personagens batalhadoras, dispostas a uma boa briga e a se unirem para salvar os "homens fortões que precisam de ajuda" (só quem assistir vai entender esta fala). E as vozes de Anna e Elsa (Kristen Bell e Idina Menzel), Mulan (Ming-Na Wen), Moana (Auli'i Cravalho), Mandy Moore (Rapunzel), Irene Bedard (Pocahontas), Bella (Paige OHara), Ariel (Jodi Benson) e várias outras que estão na produção também são de suas dubladoras oficiais.

"WiFi Ralph - Quebrando a Internet" explora muito bem o mundo virtual, de maneira divertida, com muita cor, diálogos engraçados, efeitos visuais incríveis, uma bela trilha sonora e grandes mensagens, principalmente de amizade, o que já era esperado de uma produção do estúdio do castelo. E os diretores Rich Moore e Phil Johnston reforçam esse sentimento o tempo todo, entre os velhos e novos integrantes da história. 

Com certeza, este segundo filme é ainda melhor que o primeiro - "Detona Ralph" (2012) - e merece estar na disputa de vários prêmios na categoria de Melhor Animação, concorrendo com "Homem-Aranha no Aranhaverso" (que já faturou vários) e "Os Incríveis 2". Imperdível. 



Ficha técnica:
Direção: Rich Moore / Phil Johnston
Produção: Walt Disney Animation Studios
Distribuição: Disney/Buena Vista
Duração: 1h54
Gêneros: Animação / Aventura / Comédia / Família
País: EUA
Classificação: 6 anos
Nota: 4,5 (0 a 5)

Tags: #WiFiRalphQuebrandoAInternet, #animacao, #DisneyStudios, #WiFiRalph, #cineart_cinemas, @cinemanoescurinho


10 janeiro 2019

"Homem-Aranha no Aranhaverso" é animação imperdível do herói dos quadrinhos

Super-herói Marvel vai contar com a ajuda de outros como ele, vindos de dimensões paralelas, para combater o crime em Nova York (Fotos: Sony Pictures Entertainment)

Maristela Bretas


Depois de laçar a estatueta de Melhor Filme de Animação do Globo de Ouro 2019, "Homem-Aranha no Aranhaverso" ("Spider-Man: Into the Spider-Verse") solta sua teia a partir desta quinta-feira nos cinemas brasileiros com a promessa de prender o público que curte uma super história em quadrinhos. A produção da Marvel Studios com distribuição da Sony Pictures também está disputa outros prêmios importantes de Hollywood, inclusive o Oscar deste ano na categoria.



A história do jovem que adquire superpoderes após ser picado por uma aranha geneticamente modificada já é conhecida por todos. Mas agora ganha as telas com outras roupagens. A começar pela escolha de um jovem negro do Brooklin para vestir a fantasia azul e vermelha do herói que circula pela cidade combatendo o crime pendurado numa teia. Uma escolha politicamente correta e excelente.


Miles Morales é um garoto simpático, que conquista o público de imediato por ser um fã do Homem-Aranha como muitos de nós. Para ele, Peter Parker, agora já conhecido por todos como o aracnídeo do bem, é seu modelo de super-herói. O adolescente admira a forma como ele combate o crime na cidade e atrai seguidores por onde passa. Até que o Homem-Aranha é dado como morto e a criminalidade toma conta de Nova York.


A população agora precisa de um novo protetor. Miles só não esperava que fosse ele, inspirado no legado de Parker e vivendo a mesma situação - ser picado por uma aranha e adquirir poderes. Ao visitar o túmulo de seu ídolo em uma noite chuvosa, o jovem é surpreendido com a presença do próprio Parker, vestindo o traje do herói coberto por um sobretudo. Vindo de uma dimensão paralela, ele será o mentor de Miles para que se torne o novo "amigo da vizinhança". 

Se o garoto já está vibrando com a chance de lutar ao lado de seu herói, imagina com outras quatro versões, vindas de universos diferentes. Todos eles precisarão se unir para vencer Wilson Fisk - O Rei do Crime - e seus parceiros: Dra. Octopus, Duende Verde e Scorpion. Só depois poderão retornar a seus mundos.


"Homem-Aranha no Aranhaverso" é ótimo, tem muita cor, ação, aventura e diálogos engraçados, com direito a "balões" de pensamentos dos personagens, como nas HQs. Este é inclusive um dos grandes diferenciais desta produção, que mescla computação gráfica e traços clássicos do formato 2D. Merece cada prêmio que faturar neste ano na categoria de Filme de Animação, apesar da forte concorrência com "Os Incríveis 2", outra excelente produção que arrasou bilheterias.


Os diretores de "Aranhaverso" também se preocuparam em passar boas mensagens, o que coloca o filme também no gênero família. Além de precisar aprender o mais rápido possível como se tornar um herói, Miles Morales também vive os dramas da adolescência, o bullying na escola, a família que o trata como criança, o pai policial amoroso, mas que não aceita a presença de um Homem-Aranha fazendo a segurança da cidade, e o tio boa-praça mas ligado à criminalidade.


A Marvel também mostra nesta produção uma preocupação com a inclusão ao inserir um jovem negro no papel de um de seus mais icônicos super-heróis. E de imediato ele conquista o público por sua simplicidade e simpatia. A desmistificação continua com a escolha dos personagens das demais versões - Gwen Stacy é a Mulher-Aranha, Homem-Aranha Noir, o Porco-Aranha e Peni Parker, uma menina que parece ter saído de um anime e que tem um robozinho como parceiro.


Na versão legendada um grande atrativo é o elenco de peso que fez a dublagem: Jake Johnson ("Te Peguei! - 2018), como Peter Parker/Homem-Aranha, Mahershala Ali (prêmio de Melhor Ator Coadjuvante no Globo de Ouro 2019 pelo filme "Green Book: O Guia", que estreia neste mês) como o tio Aaron, Shameik Moore (Miles Morales), Hailee Steinfeld (de "Bumblebee" - 2018), como Gwen Stacy, Nicholas Cage (Homem-Aranha Noir), Lily Tomlin (tia May), John Mulaney (Porco-Aranha), Liev Schreiber (Rei do Crime) e Chris Pine, como o Homem-Aranha idolatrado por Morales.


Stan Lee, que junto com Steve Ditko criou os quadrinhos dos super-heróis da Marvel, recebeu uma participação ainda maior que nos filmes, mantendo o humor, mas passando uma boa mensagem ao jovem Miles. "Homem-Aranha no Aranhaverso" é uma animação imperdível, ideal para assistir com um baldão de pipoca no colo e um copo grande de refrigerante.


Ficha técnica:
Direção: Bob Persichetti / Peter Ramsey / Rodney Rothman
Produção: Sony Pictures Animation / Marvel Animation /Columbia Pictures
Distribuição: Sony Pictures
Duração: 1h57
Gêneros: Animação / Ação / Família
País: EUA
Classificação: 10 anos
Nota: 4,5 (0 a 5)

Tags: #HomemAranhaNoAranhaverso, @SonyAnimation, @MarvelAnimation, @SonyPictures, #acao, #animacao, #familia, #EspacoZ, @cineart_cinemas, @cinemanoescurinho

16 julho 2018

"Ilha dos Cachorros", animação sobre amizade e lealdade que encanta

História de jovem e seu cão é dividida em capítulos, como num livro, que narração e dublagens de atores famosos (Fotos: 20th Century Fox/Divulgação)

Maristela Bretas


Feito em stop motion, "Ilha dos Cachorros" ("Isle of Dogs") é uma animação de arte, roteirizada, dirigida e produzida por Wes Anderson, também responsável por "O Grande Hotel Budapeste" (2014). A história, apesar de simples, explora essencialmente o lado emocional - a relação de um garoto órfão de 12 anos que tenta encontrar o melhor amigo, seu cão. Narrado como uma obra literária, o filme é dividido em capítulos, com os animais falando em inglês e os seres humanos em japonês.


O cachorro, como outros milhares de sua espécie, é abandonado numa ilha que serve de depósito de lixo da cidade de Megasaki, administrada pelo corrupto prefeito Kobayashi, pai adotivo de Atari, dono do animal. O jovem, inconformado com a separação, rouba um pequeno jato e vai procurá-lo. Na ilha, Atari (voz do ator mirim nipo-britânico Koyu Rankin) descobre uma realidade totalmente diferente da que foi apresentada aos demais donos de cães quando o prefeito resolveu bani-los de sua cidade, alegando que transmitiam para os humanos uma doença incurável.


Animais maltratados, sujos, famintos, disputando restos de comida, alguns já descrentes de seus donos, outros ainda esperançosos de que um dia serão resgatados e voltarão para suas rotinas caseiras. A chegada de Atari, único ser humano na Ilha dos Cachorros depois de um longo tempo, desencadeia uma série de reações e emoções em seus habitantes. Mas é em Chief (dublado por Bryan Cranston), líder de uma das matilhas, que acontece a maior mudança. Arredio, descrente e se sentindo traído pelos amigos que passam a ajudar Atari a encontrar seu cão Spots (Liev Schreiber), Chief aos poucos começa a redescobrir sentimentos há muito esquecidos.


E são nos momentos entre ele e Atari durante as buscas, que a emoção e a união se sobressaem. Já os diálogos e cenas divertidas ficam por conta da turma de amigos caninos - Boss, Rex, Duke e King, dublados por Bill Murray, Edward Norton, Jeff Goldblum e Bob Balaban, respectivamente. O elenco de dubladores ainda conta com a participação de outros famosos de Hollywood - Frances McDormand, Greta Gerwig, Scarlett Johansson, F. Murray Abraham, Harvey Keitel, Tilda Swinton e até mesmo Yoko Ono, emprestando a voz à assistente de um cientista japonês.


"Ilha dos Cachorros" é uma animação com um traço bem diferente das produções de outros estúdios. Os desenhos são feitos à mão, o que dá encanto e beleza especial à produção. O filme também é faz duras críticas aos maus-tratos a animais e à corrupção por trás das medidas adotadas pelo prefeito que, como muitos políticos, também legisla em causa própria. Contestador e com uma bela mensagem, "Ilha dos Cachorros" é uma bela história de amizade e lealdade.



Ficha técnica:
Direção, roteiro e produção: Wes Anderson
Produção: American Empirical Pictures / Indian Paintbrush
Distribuição: Fox Film do Brasil
Duração: 1h42
Gêneros: Animação / Aventura
Países: Alemanha / EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 3,5 (0 a 5)

Tags: #IlhadosCachorros, #IsleOfDogs, #Animacao, #Aventura, #20thCenturyFox, #FoxFilmdoBrasil, #CinemanoEscurinho

10 julho 2018

Balada, amor e muita diversão em "Hotel Transilvânia 3 - Férias Monstruosas"

Drácula dá uma parada na rotina para curtir um cruzeiro com a família e os amigos (Fotos: Sony Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Boas gargalhadas, trilha sonora pra sacudir o esqueleto e fazer qualquer monstro se apaixonar e, como nos dois filmes anteriores, a família em primeiro lugar. Mas agora de férias. Esta é a divertida animação "Hotel Transilvânia 3 - Férias Monstruosas" ("Hotel Transylvania 3: Summer Vacation"), que entra em cartaz nos cinemas nesta quinta-feira nos cinemas, com tudo para ser um sucesso de bilheteria.

Drácula continua o paizão que vive para sua família, se dá bem com o genro Johnny e tenta se divertir com os amigos. Mas todos são casados. E mesmo sem querer admitir, já são 100 anos de solidão (quase um filme) e um vampirão como ele precisa de uma companheira. 

Wayne, Frank e Griffin tentam ajudar, mas arrumar uma namorada para o lorde das trevas não é nada fácil. A tristeza do pai chama a atenção de Mavis que resolve juntar todos do hotel e tirar merecidas férias "perto do Caribe". A aventura começa aí, com direito a um cruzeiro luxuoso, cassino, muita balada e o amor. Sim, chegou a vez de Drácula ser fisgado pelo "tchan".

Entre mergulhos, passeios na praia, surf e um vilão que há séculos tenta por fim à existência do mais famoso dos vampiros, "Hotel Transilvânia 3" é divertido principalmente nos minutos finais, graças à trilha sonora e às trapalhadas dos amigos, em especial Wayne e sua prole infinita de lobos, e Frank com sua obsessão por jogos. O pequeno Dennis também dá sua contribuição, agora com um cachorro gigante, presentinho do vovô babão que, por onde passa, deixa um rastro de destruição e baba.

Blobby, o "cãozinho", é dublado pelo diretor Genndy Tartakovsky, que ainda divide o roteiro da animação com Michael McCullers. Também Adam Sandler, que faz a voz original de Drácula desde a primeira animação, acumula a função de produtor executivo. 

Outros atores que participaram de "Hotel Transilvânia" (2012) e "Hotel Transilvânia 2" (2015) voltaram a emprestar suas vozes aos personagens: Selena Gomez, como Mavis; Andy Samberg é Johnny; Kevin James faz Frank; Mel Brooks dubla o vovô Vlad; Steve Buscemi é Wayne; David Spade repete a voz do invisível Griffin e Molly Shannon é Wanda, mulher de Frank.

"Hotel Transilvânia 3 - Férias Monstruosas" é diversão garantida para todas as idades e uma boa lição de amor em família e amizade sincera. E para agitar esta turma, nada como Pitbull, com o sucesso "Shake Senora ft. T-Pain", e DNCE, com "Cake By The Ocean", que compõem a trilha sonora da animação. Vale conferir, sem vergonha de dar gargalhadas com a disputa de DJs e as escapadas de Wayne e Eunice.



Ficha técnica:
Direção e roteiro: Genndy Tartakovsky
Produção: Sony Pictures Animation
Distribuição: Sony Pictures 
Duração: 1h38
Gêneros: Animação / Aventura / Família / Comédia
País: EUA
Classificação: Livre
Nota: 3.8 (0 a 5)

Tags: #HotelTransilvania3FériasMonstruosas, #HotelTransilvania, #Dracula, #GenndyTartakovsky, #animacao, #aventura, #comedia, #SonyPicturesAnimation, #EspaçoZ, #cinemas.cineart, #CinemanoEscurinho

05 julho 2018

"Os Incríveis 2" - Valeu a pena esperar 14 anos pela continuação

A família Pera está de volta e o destaque agora é o bebê Zezé e seus superpoderes (Fotos: Disney-Pixar/Divulgação)

Maristela Bretas


Eles surgiram em 2004 pelas mãos do diretor Brad Bird e fizeram um sucesso tão estrondoso que garantiram o prêmio de Melhor longa-metragem animado do ano no Academy Award. Agora estão de volta, sob a mesma direção, em "Os Incríveis 2" ("The Incredibles 2"). Além de dirigir a continuação da animação da Disney-Pixar, Bird é também o roteirista e um dubladores. E o resultado deste trabalho ficou ótimo e muito divertido, agradando principalmente aos adultos e à geração que assistiu "Os Incríveis" há 14 anos e esperava ansiosa por esta continuação.

A família Pêra retorna com seus superpoderes e vários problemas domésticos, como qualquer família comum - o pai Roberto/Sr. Incrível (voz original de Craig T. Nelson), a mãe Helena/Mulher Elástica (Holly Hunter), a filha adolescente Violeta (Sarah Vowell), Flecha (Huck Milner), o filho do meio que tem supervelocidade, e a grande estrela desta segunda animação, o bebê Zezé. Sim, ele agora também tem megapoderes diferentes e surpreende a todos cada vez que descobre um novo. Ele é o responsável pelas melhores e mais engraçadas situações.

Um bebê fofinho, simpático, que dá vontade de pegar no colo, e que não sabe do que é capaz. Pode apenas sumir para ganhar um biscoito ou soltar raios pelos olhos e até se incendiar. Zezé deixa a família e os amigos loucos e arranca boas gargalhadas do público. Ele é a reprodução de um bebê normal que usa e abusa de seu poder de "fofice" e "ataques de raiva" para controlar os adultos e fazer com que realizem suas vontades. E é exatamente isso que faz com o pai, que se encanta com o mais novo super-herói da família, e que não percebe que é manipulado por ele para ganhar alguma coisa, seja uma historinha antes de dormir ou o controle remoto da TV.

Mas "Os Incríveis 2" não é só Zezé. Como toda boa animação da Pixar (ainda não vi nenhuma ruim), esta também aposta num tema atual: a descoberta da força e da importância da mulher. O longa inverte os papéis de dominantes e Helena passa a ser a melhor escolha para representar os super-heróis, causando certo ciúme em Roberto, que sempre foi o líder. Ela agora precisa sair para combater o crime e recuperar a confiança da sociedade. Cabe a Roberto, cuidar da casa e das crianças, uma mudança de funções que tem se tornado cada vez mais comum nas relações familiares.

Entre as crises de adolescente de Violeta, os trabalhos de escola de Flecha e as noites mal dormidas por causa de Zezé, Roberto vai descobrindo um poder que nunca usou - o de ser pai em tempo integral. E a função de garantir o sustento agora cabe a Helena, que está sempre dividida entre o trabalho a família. Outra situação vivida por muitas mulheres atualmente. Uma cena que mostra bem isso é quando ela se frustra ao descobrir que perdeu a primeira demonstração dos poderes de Zezé. É semelhante ao que muitas mães que trabalham fora sentem por não verem os primeiros passinhos do filho.

Além de conflitos caseiros e a luta contra o crime, "Os Incríveis 2" traz de volta velhos amigos como Edna Moda (dublagem original feita pelo diretor Brad Bird) e Gelado (voz de Samuel L. Jackson) e ganha um time inteiro de novos super-heróis e dois importantes aliados - os irmãos Wilson (dublado em português pelo apresentador Otaviano Costa) e Evelyn (a atriz Flávia Alessandra) Deavor.


A dublagem em português ganhou também as vozes do apresentador de Tv Raul Gil, como Esguicho, e do jornalista Evaristo Costa, como o apresentador do telejornal Chad. Ah, já ia me esquecendo: o vilão também é meio sinistro - batizado de "O Hipnotizador", mas nada que não dê para saber quem ele é com pouco tempo de filme. Não importa, ele dá conta do recado.

Para fechar o pacote, nada como a sempre excelente trilha sonora de Michael Giacchino, responsável por grandes sucessos de produções como "Jurassic World - Reino Ameaçado" (2018), "Planeta dos Macacos - A Guerra" (2017), o apaixonante "Viva - A Vida é uma Festa" (2018), "Doutor Estranho" (2016) e mais uma infinidade de trilhas, incluindo a do primeiro filme. "Os Incríveis 2" é uma animação imperdível.



Ficha técnica:
Direção: Brad Bird
Produção: Pixar Animation Studios / Walt Disney Pictures
Distribuição: Disney/Buena Vista
Duração: 1h58
Gêneros: Animação / Família / Ação
País: EUA
Classificação: Livre
Nota: 4,8 (0 a 5)

Tags: #OsIncriveis2, #Animacao, #Familia, #Disney-Pixar, #BradBird, #PixarAnimationStudios,#WaltDisneyPictures, #cinemas.cineart, #CinemanoEscurinho