Mostrando postagens com marcador #Awkwafina. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador #Awkwafina. Mostrar todas as postagens

21 março 2024

"Kung Fu Panda 4": uma jornada espiritual divertida e familiar

O humor leve e contagiante da franquia está de volta, com piadas inteligentes e situações cômicas
(Fotos: DreamWorks Animation)


Maristela Bretas


Po agora precisa se tornar um Líder Espiritual do Vale da Paz, sabe-se lá como. Assim começa a história de "Kung Fu Panda 4", que estreia nesta quinta-feira nos cinemas. Nosso simpático, desajeitado e faminto urso panda precisa cumprir seu destino, que começou em 2008 (animação disponível no Prime Video), quando não tinha habilidades, trabalhava na loja de macarrão do pai que o adotou e sonhava em se tornar um mestre de kung fu. 

Em 2011, foi treinado por grandes mestres do kung fu, derrotou perigosos vilões e se tornou o Dragão Guerreiro, o melhor dos melhores nas artes marciais. Mas foi em 2016 que ele buscou suas origens, reencontrou o pai e ajudou uma aldeia de pandas a enfrentar um malvado vilão. 

"Kung Fu Panda 2" está disponível no Prime Vídeo e Apple TV. Já terceiro filme pode ser assistido no Netflix, Prime Video, Telecine Fun, Apple TV, Youtube e Google Play Filmes.



A tarefa poderia ser simples, mas Po, além de precisar aprender como é ser um líder espiritual, ainda terá de escolher e treinar o novo Dragão Guerreiro.  No seu caminho, surge Zhen (voz original de Awkwafina) uma esperta raposa, cheia de marra e grande lutadora, mas nada confiável.

Para piorar, ele terá de enfrentar sua mais cruel inimiga, a Camaleoa (Viola Davis), uma réptil feiticeira com habilidades especiais, capaz de se transformar em qualquer bicho. Ela deseja o cajado da Sabedoria para trazer de volta todos os vilões que estão no reino espiritual. 

O humor leve e contagiante, marca registrada da franquia, está de volta, com piadas inteligentes e situações cômicas que divertem o público de todas as idades. 


As cenas de luta são coreografadas com maestria e beneficiam-se de uma nova tecnologia que coloca o espectador no centro da ação. A escolha de Zhen como discípula de Po traz uma nova dinâmica e frescor às sequências de combate. Além da inclusão de novos e trapalhados vilões, alguns até fofinhos (mas nem tanto), que tornam as cenas, como as brigas na taverna, mais divertidas.

Como não poderia deixar se ser, Jack Black volta a emprestar sua voz a Po, o mesmo acontecendo com Lúcio Mauro Filho na versão brasileira, e ambos entregam ótimas dublagens. Também de volta estão James Hong, como o Sr. Ping, Dustin Hoffman (Mestre Shifu), Bryan Cranston (Li Shan, pai de Po), Seth Rogen (Mestre Louva-deus) e Ian McShane, que fez a voz de Tai Lung no primeiro filme.


Na dublagem para português Danni Suzuki empresta a voz para Zhen, enquanto Taís Araújo, com um tom não muito convincente para uma vilã, interpreta a Camaleoa. Entre os dubladores profissionais estão Leonardo Camillo (Shifu), Alexandre Maguolo (Sr.Ping), Anderson Coutinho (Li Shan), Sérgio Fortuna (Tai Lung) e Paulo Vignolo (Han).

O filme reforça valores importantes como amizade, trabalho em equipe, autoconfiança e perseverança, de maneira sutil e natural. Em sua jornada para se tornar um líder espiritual, Po terá de buscar o equilíbrio interior e contar com a orientação do Mestre Shifu e de seus pais. 


Hans Zimmer é novamente um dos destaques compondo a trilha sonora, como fez nas outras três animações desta franquia da DreamWorks. As músicas são contagiantes e memoráveis, acompanhando perfeitamente a narrativa, inclusive nas cenas de lutas. 

A animação é de alto nível, com cores vibrantes e texturas realistas. O Vale da Paz e os novos cenários explorados são visualmente deslumbrantes.

Se você procura um filme para se divertir com a família, "Kung Fu Panda 4" é uma ótima opção, mesmo seguindo a narrativa de seus antecessores. As crianças vão adorar o humor e a ação, enquanto os adultos poderão apreciar a mensagem inspiradora e a qualidade técnica do filme.


Ficha técnica:
Direção:
Mike Mitchell
Produção: DreamWorks Animation
Distribuição: Universal Pictures Brasil
Exibição: nos cinemas
Duração: 1h34
Classificação: Livre
País: EUA
Gêneros: animação, comédia, ação

04 janeiro 2024

"Patos!" - Aventura emplumada com gosto de déjà-vu

Uma família decide fazer uma viagem que vai ensiná-la sobre diferenças, amizade, gratidão e as belezas e perigos do mundo (Fotos: Illumination/Universal Studios)


Silvana Monteiro
@SilMontheiro


Deixar a zona de conforto, mudança de vida, aventura inesperada, união, solidariedade e empatia são temas explorados na animação "Patos!" ("Migration"), a mais nova comédia de ação do estúdio Illumination, que estreia nesta quinta-feira (4) nas salas brasileiras. 

Nesta temporada de férias, a produtora, conhecida por produções infantis de sucesso como "Minions" (2015 e 2022), a franquia "Meu Malvado Favorito" (2010, 2013, 2017 e o quarto previsto para este ano), "Sing" (2016 e 2021) e "Pets - A Vida Secreta dos Bichos" (2016 e 2019), convida você a embarcar, com uma família cheia de penas, em uma viagem emocionantemente desbravadora, em busca de "novos ares".


A comédia de ação "Patos!" consegue entreter com seu humor peculiar, personagens diferentes e carismáticos, uma história envolvente e um elenco talentoso. Mas o longa acaba pecando ao repetir algumas abordagens já vistas em outros filmes que exploram a relação entre animais e humanos. 

Alguns pontos dão a sensação de déjà-vu. O roteiro assinado por Mike White, criador da premiada série "The White Lotus" (2021) e roteirista de "Escola de Rock" (2003), "Patos!" lembra um pouco a aventura vivida pela arara azul Blue e sua família em "Rio 2" (2014), de Carlos Saldanha. 


Na história, a família Lospatos vive reclusa em um ambiente selvagem, com aquelas típicas paisagens remotas e bucólicas, onde o perigo e a maldade só existem nas histórias contadas pelo pai. Tudo é muito lindo quando se trata da natureza do local. 

Porém, para os dois jovens patos integrantes desse grupo, questionar o pai é um exercício difícil. Ele mal bate as asas por querer apenas manter sua vida pacata, amedrontando a todos quanto aos riscos de mudar a asa de lugar. 


Enquanto o pai Mack está satisfeito em manter a segurança, flutuando incansavelmente em "seu lago" na Nova Inglaterra (EUA), a mãe Pam anseia por agitar as coisas e mostrar o mundo aos filhos, o adolescente Dax e a patinha Gwen. 

Quando um grupo de patos migratórios pousa no lago com histórias fascinantes de lugares distantes, Pam convence Mack a embarcar em uma viagem em família, passando por Nova York até chegar à tropical Jamaica, destino dos colegas turistas.


No entanto, seus planos bem elaborados logo começam a dar errado quando eles seguem na direção oposta aos patos selvagens durante o inverno. 

Essa experiência improvável levará a família Lospatos a expandir seus horizontes, conhecer novos amigos, aprender mais uns sobre os outros e sobre si mesmos de maneiras inesperadas e alcançar mais do que jamais imaginaram ser possível. 


Entre aprender voar a céu aberto e entre prédios de uma grande cidade, o grupo vai conhecer novas espécies de aves e viver desafios incríveis. 

O medo vai dar lugar à coragem e à união de forças, capazes de fazer a família enfrentar todo tipo de situação, desde um grupo de aves excluídas e em situação de rua até humanos criminosos.

A animação conta com um elenco de comédia de primeira linha, com vozes originais de Kumail Nanjiani ("Eternos" - 2021), no papel de Mack; Elizabeth Banks ("As Panteras" - 2019) como Pam; Danny DeVito ("Dumbo" - 2019), que dá voz ao pato ranzinza Tio Dan.

Temos ainda Awkwafina ("Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis" - 2021), a pomba Lelé; Carol Kane, como a garça Erin; Keegan Michael Key, voz de Delroy, um papagaio-da-jamaica, além de Caspar Jennings e a estreante Tresi Gasal, como os filhotes Dax e Gwen.


A dublagem profissional brasileira é encabeçada por Sérgio Stern (Mack), que fez a voz do hamster Norman, em "Pets - A Vida Secreta dos Bichos 2" (2019); Priscila Amorim (Pam), dubladora de grandes atrizes como Scarlett Johansson, Zoe Saldana, Natalie Portman, Anne Hathaway, entre outras; Sam Vileti (Dax) e Melinda Saide (Gwen). 

Completam o time, artistas da TV: Cláudia Raia (Erin), Ary Fontoura (Tio Dan), Danni Suzuki (Lelé) e o chef de cozinha Henrique Fogaça (Chef).

Vale à pena conferir essa aventura emplumada e refletir sobre os temas universais de família, amizade, empatia, solidariedade e descobertas pessoais. Tudo isso ao som de uma animada trilha sonora composta por John Powel.

"Patos!" é uma animação que pode agradar a espectadores de todas as idades e uma boa pedida para uma deliciosa reunião familiar na sala de cinema.


Ficha técnica:
Direção: Benjamin Renner e Guylo Homsy
Roteiro: Mike White e Benjamin Renner
Produção: Illumination Entertainment e Universal Pictures
Distribuição: Universal Pictures
Exibição: nos cinemas
Duração: 1h22
Classificação: Livre
País: EUA
Gêneros: comédia, ação, animação, aventura, família

27 abril 2023

"Renfield" acaba com o estoque de sangue de Hollywood

Nicolas Cage e Nicholas Hoult dividem as atenções como o conde Drácula e seu assistente comedor de insetos (Fotos: Universal Studios)


Maristela Bretas


Um banho de sangue e violência do início ao fim. E apesar de ser um filme de terror que cumpre o que propõe, "Renfield - Dando Sangue Pelo Chefe" é também uma boa comédia com muita ação que estreia nesta quinta-feira nos cinemas. 

O diretor Chris McKay ("Lego Batman: O Filme" - 2017) entrega uma boa produção para os apreciadores do gênero e a carnificina é tanta que vai faltar tinta vermelha para os próximos filmes do gênero. 


Membros decepados, cabeças cortadas, paredes tingidas com os corpos das vítimas do vilão. Ninguém menos que o famoso Conde Drácula (interpretado pelo vencedor do Oscar, Nicolas Cage) que conta com a ajuda de seu assistente Renfield (Nicholas Hoult, de "X-Men: Apocalipse" - 2016). 


Cage arrasa no papel e conta com um trabalho de maquiagem perfeito, acompanhando a transformação do famoso vampiro, de um quase cidadão de roupas e comportamento estranhos para o monstro assassino.

Hoult também tem seus momentos de mudança, do jovem com aparência "quase inocente" para o serviçal sanguinário que escolhe as vítimas a serem servidas como um banquete para seu chefe. 


A história é contada a partir dessa relação de dependência tóxica e poder. Renfield é o narrador e desabafa sobre seus problemas durante uma sessão coletiva com pessoas que querem deixar seus parceiros ou chefes abusivos.

O longa mostra como Renfield se torna um assistente e, ao mesmo tempo, dependente de Drácula. Como um viciado, ele precisa se alimentar de insetos para adquirir poderes especiais e força descomunal. Mas a vida de assassino e delivery de corpos começa a desagradar o jovem. 


Durante uma de suas caçadas noturnas pelo banquete humano, Renfield conhece a incorruptível policial Rebecca Quincy (interpretada por Awkwafina, de "Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis" - 2021). 

Ele a ajuda a combater uma família de traficantes chefiada por Teddy Lobo (Ben Schwartz) e a mãe dele, Eita (Shohreh Aghdashloo) que matou o pai de Rebecca e domina a cidade e a polícia. 

O jovem passa a questionar os desejos e a insanidade daquele que chama de mestre e descobre que existe uma vida "normal" entre os humanos. 


Renfield decide deixar de ser um vilão e Drácula não fica nada satisfeito. Para puni-lo, vai deixando um rastro de mortes de pessoas ligadas a seu agora ex-ajudante.

O diretor Chris McKay soube usar bem o sarcasmo e a comicidade para mostrar o que seria um relacionamento abusivo entre um chefe e seu subordinado (quem nunca passou por isso?).


Toda essa matança conta com efeitos visuais excelentes, um ponto forte do filme, além das ótimas interpretações de Cage, Hoult e Awkwafina. O ritmo ágil do filme não deixa o expectador se sentir confortável por muito tempo na cadeira do cinema.

"Renfield - Dando Sangue Pelo Chefe" é um filme para pessoas de estômago forte, mesmo tendo um lado cômico. Mas vale a pena conferir, especialmente por Nicolas Cage, que durante entrevista classificou o enredo como algo “corajoso, original e peculiar”.


Ficha técnica:
Direção: Chris McKay
Produção: Skybound Entertainment e Universal Pictures
Distribuição: Universal Pictures
Exibição: nos cinemas
Duração: 1h32
Classificação: 18 anos
País: EUA
Gêneros: terror, ação e comédia

06 dezembro 2021

"Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis" coloca mais ação e boas expectativas no Universo Marvel

Disponível na plataforma Disney+, produção é a primeira do MCU que tem um super-herói asiático como protagonista (Marvel Studios)


Jean Piter Miranda


"Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis" conta a história do jovem Shang-Chi (Simu Liu), um chinês que vai para os Estados Unidos em busca de uma vida, digamos, normal. Ele é filho de Wenwu (Tony Leung), o líder e criador da poderosa organização Dez Anéis. O jovem acha que está vivendo escondido do pai, mas acaba sendo encontrado e se vê obrigado a voltar para sua terra natal para resolver problemas de família. 


O filme está disponível na plataforma Disney + e chega com uma grande marca: é o primeiro longa do Universo Cinematográfico Marvel (MCU) que tem como protagonista um super-herói asiático. E tão icônico quanto o “Pantera Negra” (2018), que teve um ator negro no papel principal. Shang-Chi consegue explorar o mundo das artes marciais e a cultura oriental, dos tempos antigos aos dias atuais, sem cair nos clichês.  


Shang-Chi e sua amiga Katy (Awkwafina, de "Oito Mulheres e Um Segredo" - 2018) trabalham juntos e levam uma vida, aparentemente, normal. Até que os soldados da organização Dez Anéis chegam para buscá-lo. Logo, Katy percebe que tem muita coisa que não sabe sobre o amigo. 

O filme então volta no passado para contar como foi a vida de Shang-Chi: como os pais se conheceram, sua infância, adolescência, todo o treinamento que recebeu, até o dia em que fugiu para os Estados Unidos.  


Toda a história é muito bem apresentada. Dá para entender porque Wenwu é tão poderoso e como o filho aprendeu as artes marciais. A mãe também é apresentada, e isso tem grande importância na trama. 

As imagens são muito bonitas, os efeitos especiais estão ótimos e os figurinos são muito bem acertados, desde as cenas que remetem há séculos atrás quando as dos dias atuais. Há, inclusive, várias referências a filmes de Bruce Lee, Jack Chan e Jet Li em lutas muito bem coreografadas.  


O experiente Tony Leung, que brilhou em “O Grande Mestre” (2014), é um dos destaques do filme, com atuação consistente. Simu Liu e Awkwafina têm ótimo entrosamento e garantem boas risadas nas cenas de humor, sem exagerar nas piadas. São simpáticos e bem carismáticos e, com certeza, terão lugar em outras produções da Marvel. 

Michelle Yeoh, do belíssimo “O Tigre e Dragão” (2005) e do ótimo “Memórias de uma Gueixa” (2005) também está no elenco e entrega uma boa interpretação, como sempre. O trabalho dela também pode ser conferido em "Podres de Rico" (2018) e "Mate ou Morra" (2021).


"Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis" tem ligação direta com outros filmes do UCM, e isso é mostrado e explicado ao longo da trama. Benedict Wong, de “Doutor Estranho” (2016), participa novamente como Wong, o que mostra que estão no mesmo universo dos demais heróis e que em breve poderão se reencontrar. 

Outra boa surpresa é a atriz Meng'er Zhang, que interpreta Xialing, irmã de Shang-Chi, que entrega ótima interpretação. Tem ainda Ben Kinsley como o “Mandarim”, mesmo papel que fez em “Homem de Ferro 3” (2013).


Consegue ser um filme de ação, com doses de drama e humor, sem ser raso ou cansativo. Ele se encaixa bem no universo da Marvel. Os personagens são bem desenvolvidos e a trama é bem construída. As motivações do vilão não são infantis, do tipo “quero dominar o mundo”, como se vê muitas vezes em filmes de super-heróis. É tudo muito bem feito. 

O desfecho pode não agradar a todos. Mais especificamente as batalhas finais. Mesmo assim, é uma boa obra que deve agradar a muitos fãs.  


Ficha técnica
Direção e roteiro: Destin Daniel Cretton
Produção: Marvel Studios
Exibição: Plataforma Disney+
Gêneros: ação / fantasia / aventura
País: Estados Unidos
Duração: 2h14
Classificação: 14 anos

06 junho 2018

"Oito Mulheres e Um Segredo" - uma aula de vigarice com charme e glamour

Filme dirigido por Gary Ross tem um elenco diversificado até no talento (Fotos: Barry Wetcher/Warner Bros. Pictures)

Maristela Bretas


O elenco feminino pode não ter nomes tão talentosos quanto "Onze Homens e um Segredo" (2001), "Doze Homens e Outro Segredo" (2004) e "Treze Homens e Um Novo Segredo" (2007), mas o diretor Gary Ross (que assina o roteiro com Olivia Milch) soube explorar bem o potencial de cada uma das integrantes da quadrilha do maior roubo de joias de Nova York em "Oito Mulheres e Um Segredo" ("Ocean's 8").

Se nos três  filmes masculinos dirigidos por Steven Soderbergh brilharam George Clooney, Brad Pitt, Matt Damon e Andy Garcia, na produção feminina as estrelas são as premiadas Sandra Bullock, Cate Blanchett e Anne Hathaway, que dão banho de charme, beleza, talento e vigarice. Também entregam ótimas interpretações as atrizes Helena Bonham Carter, Sarah Paulson, Mindy Kaling, Awkwafina e a cantora Rihanna.


Além das atrizes, o que mais chama a atenção é o planejamento minucioso do roubo, cada detalhe cronometrado sem que nenhuma das personagens tivesse uma importância menor no plano. Excelente também a escolha dos figurinos de gala e das joias, assim como a trilha musical de Daniel Pemberton.

Para que a trama mantivesse a mesma linha de condução, com cada passo sendo pensado e trabalhado minuciosamente até o grande roubo nada melhor que ter o próprio Soderbergh como um dos produtores. O filme de Gary Ross, no entanto, supera nos divertidos diálogos entre as personagens, principalmente quando Debbie e a parceira Lou Miller (Blachett) vão recrutar as especialistas para a quadrilha.


Helena Bonham Carter está muito bem como a decadente estilista de moda Rose, cujo mau gosto para se vestir chega a causar espanto. Sarah Paulson é Tammy, uma pacata dona de casa que leva uma segunda vida como receptadora de objetos roubados. Rihanna se garante como a hacker jogadora de sinuca Nine Ball, enquanto Mindy Kaling é Amita, especialista em fazer e desfazer joias que odeia viver com a mãe. Awkwafina é Constance, uma divertida golpista batedora de carteira e relógio incorrigível.

Destaque para James Corden, que faz o investigador de seguros, e a rápida aparição de Elliott Gould, interpretando Reuben Tishkoff, um dos integrantes da quadrilha de Danny Ocean, papel de George Clooney, que é a ligação entre as produções. Danny é o irmão "tecnicamente morto" de Debbie Ocean (Sandra Bullock), citado no filme e mostrado apenas em uma foto - uma pena, é sempre um prazer ver aquele "sonho de consumo" num filme.


Cinco anos, oito meses, 12 dias se passaram até que Debbie Ocean fosse solta da penitenciária, depois de cumprir pena por aplicar golpes. E todo esse tempo só serviu para que ela planejasse o maior e mais ousado roubo de sua vida. Para isso terá de formar um time com as melhores especialistas em cada área e contar com sua antiga parceira de golpes Lou, na escolha.

O alvo é um colar de diamantes que vale cerca de 150 milhões de dólares e que estará pendurada no pescoço da famosa atriz internacional Daphne Kluger (Anne Hathaway), durante o evento do ano, o Baile de Gala do Museu Metropolitan, de Nova York. O plano precisa correr perfeitamente para que a equipe consiga entrar no evento e sair de lá com as joias à vista de todos.

"Oito Mulheres e Um Segredo" é um filme divertido, que prende pela trama leve e muito parecida com as produções de 2001, 2004 e 2007, porém atualizada. Na execução do roubo perfeito, a quadrilha emprega tecnologia avançada, sem deixar de lado o velhos truques como uma carta na manga. Na prática, uma verdadeira aula de vigarice com glamour e sofisticação.



Ficha técnica:
Direção e roteiro: Gary Ross
Produção: Warner Bros Pictures / Village Roadshow Pictures
Distribuição: Warner Bros Pictures
Duração: 1h50
Gêneros: Comédia / Policial
País: EUA
Classificação: 14 anos
Nota: 4 (0 a 5)

Tags: #OitoMulheresEUmSegredo, #8Mulheres, #SandraBullock, #CateBlanchett, #AnneHathaway, #HelenaBonhamCarter, #Rihanna, #Awkwafina, #WarnerBrosPictures, #espaçoZ, #CinemarkPatioSavassi, #CinemanoEscurinho