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25 outubro 2023

"Hypnotic - Ameaça Invisível" é uma trama cheia de suspense e reviravoltas, mas com final previsível

Ben Affleck e Alice Braga se unem contra um vilão que use hipnose para dominar as pessoas 
(Fotos: Diamond Films)


Maristela Bretas


Pode até parecer um filme complexo, mas "Hypnotic - Ameaça Invisível" ("Hypnotic"), que estreia quinta-feira (26) nos cinemas, é fácil de compreender ainda na primeira parte, mesmo com todas as reviravoltas. A produção ainda conta com dois bons atores como protagonistas - Ben Affleck e a brasileira Alice Braga. 

Com direção e roteiro de Robert Rodriguez ("Alita: Anjo de Combate" - 2019), o longa promete muito, mas entrega uma abordagem mediana para o tema escolhido - pessoas com alta capacidade hipnótica que usam a hipnose para controlar outras pessoas e praticar crimes. Nenhuma novidade, há várias produções que já usaram e abusaram disso, como "A Origem" (2010), "Hypnotic" (da Netflix - 2021) e até mesmo na franquia "X-Men".


O filme tem muita ação, suspense e boas perseguições, com boas atuações de Ben Affleck, sempre mantendo a mesma expressão facial de todos os seus filmes. O destaque fica para Alice Braga, que tem crescido e sendo mais requisitada em produções de Hollywood. 

O restante do elenco entrega o esperado para um roteiro que poderia ter sido melhor desenvolvido se mantivesse as reviravoltas e surpresas até o final. Mas isso não acontece e ele se torna bem previsível.


Os efeitos visuais foram bem empregados na maior parte da trama, porém o diretor errou a mão na distorção de imagens quando mostra a visão alterada do protagonista sob hipnose. Ficaram bem aquém dos que foram empregados em "A Origem" e "Dr. Estranho no Multiverso da Loucura" (2022), tirando o impacto esperado das cenas.

Na história, Ben Affleck é o detetive Danny Rourke, que teve a filha Minnie (Hala Finley) sequestrada no parque quando ela tinha 8 anos. Mesmo já tendo passado quatro anos, ele nunca deixou de procurá-la. Em seu trabalho na polícia acaba enfrentando um misterioso homem, Dellrayne (William Fichtner), um poderoso hipnótico que consegue dominar outras pessoas e pode estar ligado ao desaparecimento de Minnie. 


Começa um jogo de gato e rato entre Dellrayne e Rourke, que vai contar com a ajuda de Diana Cruz (Alice Braga), outra hipnótica, para descobrir o que pretende seu inimigo.

"Hypnotic - Ameaça Invisível", apesar de ter sido selecionado para o Festival de Cannes deste ano, é daqueles filmes fáceis de serem esquecidos e nem pode ser considerado entre os melhores de Ben Affleck. Vale uma sessão da tarde, sem muita exigência, e para conferir o trabalho de Alice Braga como protagonista.


Ficha técnica
Direção e roteiro: Robert Rodriguez
Produção: Solstice Studios, Ingenius, Double R Entertainment
Distribuição: Diamond Films
Duração: 1h30
Classificação: 14 anos
País: EUA
Gêneros: suspense, ação

14 junho 2023

"The Flash" é nostálgico e abre um multiverso de possibilidades para a DC

 Ao voltar no tempo, Barry Allen começa a viajar entre mundos diferentes do seu e provoca uma reviravolta na relação tempo-espaço(Fotos: Warner Bros.)


Jean Piter


Nesta quinta-feira (15) estreia nos cinemas a tão esperada produção do personagem "The Flash", da DC Comics, com o ator Ezra Miller retomando o papel que interpretou em "Liga da Justiça" (2017). O super-herói, que nas horas vagas também é conhecido como Barry Allen, descobre que se correr muito rápido, ele consegue voltar no tempo. 

Mesmo sabendo que isso pode ter duras consequências, Flash retorna ao passado na tentativa de salvar a mãe. É aí que ele chega a uma realidade onde a Liga da Justiça não existe. Pra piorar, a Terra está sendo atacada pelo general Zod (Michael Shannon), do planeta Krypton, assim como ocorreu em “O Homem de Aço” (2013).


Ironicamente, o filme começa bem lento, mostrando o quanto Barry sente a falta da mãe. As cenas são seguidas de explicações sobre viagem no tempo, multiverso e os possíveis efeitos de se mudar alguma coisa no passado. Ao voltar ao passado, Flash dá de cara com ele mesmo.  

O jovem queria apenas mudar umas coisas e voltar para sua realidade, na expectativa de que ficaria tudo bem. Mas ele começa a enfrentar problemas quando assiste na TV a chegada do general Zod à Terra em busca de um kryptoniano. Sabendo que a humanidade estava em perigo, Flash decide ficar e lutar. Mas antes ele precisa buscar ajuda. 


Como não é surpresa pra ninguém, é nesse momento que são introduzidos o Batman (com Michael Keaton) e a Supergirl (Sasha Calle). Novidades que já haviam sido mostradas nos trailers. Sob a direção de Tim Burton, Keaton interpretou o Bruce Wayne em “Batman” (1989) e “Batman: O Retorno” (1992). 

Mais de 30 anos depois, ele volta a vestir o icônico manto do homem morcego. É nostálgico e um grande presente para os fãs. Daí em diante, o filme acelera na ação. 

Keaton cumpre seu papel. Sasha tem pouco tempo de tela, o que talvez seja proposital. Fica aquele gostinho de querer um filme solo dela. As duas versões do Barry, Batman e Supergirl vão enfrentar Zod e seu exército. É porrada, tiro e bomba. 


Ezra Miller manda muito bem. Duplamente bem. Consegue ser engraçado, irritante e também passar emoção em suas duas versões. Apesar de muita informação, dá pra entender bem a trama e perceber contra o que os super-heróis lutam dessa vez. É um formato diferente com vários conflitos. 

Os efeitos especiais são usados a todo momento. E isso destoa. Hora são muito realistas, hora deixam a desejar. Em algumas cenas, os personagens chegam a parecer bonecos. Não dá pra saber se foi escolha ou não da direção, para “brincar” com a ideia de multiverso. 


"The Flash" é baseado nos quadrinhos “Ponto de Ignição” (2011). A estória foi adaptada para a ótima animação “Liga da Justiça: Ponto de Ignição” (2013), disponível em streamings no Brasil. 

O ponto alto do longa são as homenagens que o filme faz ao próprio cinema. Nos diálogos em que os personagens falam sobre produções e estrelas de Hollywood e, principalmente, nas participações especiais. 


Ao introduzir Keaton como Batman e mostrar isso nos trailers, dava a impressão de que não havia mais como surpreender os fãs. Mas há. E as surpresas são boas. 

Além de Keaton, temos Ben Affleck também como Batman, mas da formação atual da Liga da Justiça. Essa aparição do super-herói em duas versões acontece por causa das mudanças na relação tempo-espaço provocadas por Flash.


Em “Homem-Aranha: Sem Volta Pra Casa” (2021), a Marvel uniu as três versões cinematográficas do Peter Parker no mesmo filme. Produções que até então eram independentes, não tinham ligação. A ideia de multiverso permitiu isso. A fórmula foi usada agora em “The Flash” ao trazer de volta o Batman do Tim Burton. A grande diferença é que a DC expandiu. 

Pelo que foi visto em “The Flash”, a partir de agora, as produções da DC podem se encontrar. Ou podem seguir sozinhas, como em universos alternativos. Vale inclusive para as séries. Os heróis podem mudar de rosto e as histórias passadas podem recomeçar ou continuar a qualquer momento. Barry Allen abriu um multiverso de possibilidades para a DC e deu aos fãs o direito de sonhar com novos encontros na telona.


Ficha técnica:
Direção: Andy Muschietti
Produção: Warner Bros. Pictures
Distribuição: Warner Bros. Pictures
Exibição: nos cinemas
Duração: 2h24
Classificação: 12 anos
País: EUA
Gêneros: ficção / fantasia / ação

06 abril 2023

"AIR: A História Por Trás do Logo" que seduziu a maior lenda do basquete

Matt Damon é a estrela do filme sobre uma das maiores jogadas de marketing do mundo esportivo (Fotos: Ana Carballosa/Amazon Studios)


Maristela Bretas


Uma marca famosa, mas em crise num de seus setores esportivos - o basquete. Um caçador de talentos que precisa encontrar um novo rosto para alavancar os produtos. Este é "AIR: A História Por Trás do Logo", filme que entrou em cartaz nesta quinta-feira nos cinemas.

Com roteiro escrito por Alex Convery a partir de fatos reais, a produção conta a origem do Air Jordan, a milionária linha de tênis para basquete da Nike, que leva o sobrenome do seis vezes campeão da NBA, Michael Jordan.


Produzido e muito bem dirigido por Ben Affleck, o longa conta com os dois no elenco principal. Damon (também produtor) está excelente no papel de Sonny Vaccaro. 

Affleck entrega uma ótima interpretação do caricato fundador da Nike, Phil Knight. Outro destaque é a vencedora do Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante, Viola Davis ("Um Limite Entre Nós" - 2017).


"AIR: A História Por Trás do Logo" se passa na década de 1980. A Nike vivia uma crise por não encontrar um rosto para sua linha de tênis de basquete. 

O setor estava ameaçado de ser encerrado por causa das baixas vendas. A diretoria, o marketing e todos da empresa cobravam um nome urgente entre as muitas estrelas da NBA. 


Descobridor de talentos juvenis e chefe da marca esportiva e de calçados Nike, Sonny Vaccaro (Damon) viu em Michael Jordan esse rosto, acreditando que ele um dia se tornaria uma lenda do basquete. 

Pagar por ele era o problema, mesmo estando no início da carreira profissional.


Outros grandes fabricantes de tênis também estavam na disputa pelo jogador para que representasse seus produtos, como a alemã Adidas e a Converse. 

Sonny só podia contar com o amigo Phil Knight. O filme acompanha os esforços dos membros da Nike para tornar a marca uma das mais famosas da história. 


Mesmo contrariando o restante da diretoria e o assessor de Michael, David Falk (Chris Messina), além da própria descrença do jogador na marca do raio.

Para conseguir o que queria, Sonny procura a pessoa que mais acreditou e apostou no talento de Michael, a mãe dele Deloris Jordan (Viola Davis, que atuou ao lado do marido, Julius Tennon).


Ela sempre foi o cérebro e o coração do atleta. Coube a ela decidir o que seria melhor para o futuro do filho e como ficaria marcado na história do basquete, não só como jogador.

Uma mulher visionária, que o filme soube explorar muito bem. A escolha da atriz para o papel foi a mais acertada de todas. Além de ter sido uma exigência do próprio Michel Jordan.


A corrida para conquistar o atleta dos sonhos passou a contar com outros integrantes da empresa no processo de criação e divulgação da nova marca: o gerente de marketing, Rob Strasser (James Bateman), o diretor executivo, Howard White (Chris Tucker) e o gênio que criou o Air Jordan 1, Peter Moore (Matthew Maher).


Na disputa pelo jogador, o longa-metragem mostra como foram as negociações para o uso do nome do jogador. 

As novas regras abriram fortes precedentes no mercado esportivo. Sem contar as cifras milionárias astronômicas atingidas pelas vendas da linha exclusiva.


Mesmo não sendo um filme sobre a maior lenda do basquete, sobrou um espaço para contar um pouco de sua carreira espetacular A produção usa vídeos, reportagens, manchetes de revistas e jornais da época e de hoje. 

E como acontece em todos longas baseados em fatos reais, "AIR: A História Por Trás do Logo" também atualiza como estão hoje os envolvidos nessa que foi uma das maiores jogadas de marketing do esporte mundial. Um filme que vale a pena conferir.


Ficha técnica:
Direção: Ben Affleck
Produção: Mandalay Pictures / Skydance Productions / Amazon Studios
Distribuição: Warner Bros.
Exibição: nos cinemas
Duração: 1h52
Classificação: 12 anos
País: EUA
Gênero: drama