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03 janeiro 2025

Primeiro grande lançamento do ano, "Nosferatu" é uma obra pra quem é apaixonado por cinema

Longa é uma nova adaptação do clássico do terror de mesmo nome, de 1922 (Fotos: Universal Pictures)


Jean Piter Miranda


Nos anos 1800, na Alemanha, a jovem e bela Ellen (Lily-Rose Depp) é perturbada por pesadelos recorrentes com uma figura assustadora. Ela é casada com vendedor de imóveis Thomas Hutter (Nicholas Hoult). 

E esse recebe a missão de ir até a distante Transilvânia para concluir a venda de um castelo. O comprador do tal imóvel é o misterioso e rico Conde Orlok (Bill Skarsgård), que quer, na verdade, encontrar Ellen e possuí-la. 

Essa é história de “Nosferatu”, novo filme do diretor e roteirista Robert Eggers, em cartaz nos cinemas do Brasil. A obra é a mais recente adaptação do clássico do terror de mesmo nome, de 1922, escrita pelo irlandês Bram Stoker, autor do romance "Drácula".


O filme gira em torno da obsessão do vampiro Orlok por Ellen. Ele tem um desejo carnal, sexual pela jovem. E diferente de muitos vampiros vistos na ficção, retratados como homens bonitos, charmosos e elegantes, o conde dessa vez é uma figura monstruosa e muito repugnante. 

Hutter vai à Transilvânia encontrar o Conde, em uma viagem a cavalo, que levará meses. Ellen tem pressentimentos ruins e pede para que o marido não vá. 

Mas ele precisa do emprego e por isso pega estrada. O que ele não imagina é que o encontro com o vampiro vai desencadear um mal maior para todos. 


Enquanto Hutter está em viagem, os pesadelos de Ellen evoluem para crises convulsivas. Na ausência do marido, ela recebe cuidados do casal de amigos Anna e Friderich (Emma Corrin e Aaron Taylor-Johnson). É aí que entra em cena o professor Albin Von Fraz (Williem Dafoe), acionado por ser um especialista em casos paranormais. 

Lily-Rose Depp e Bill Skarsgård são os protagonistas. Ela está ótima! Em contraponto, é difícil avaliar a atuação de Bill. Ele está irreconhecível e pouco aparece de forma nítida. Sua presença é sempre coberta por sombras, em ângulos que não permitem uma visualização clara. E quase sempre está parado.


Roubar a cena é um tanto clichê, mas não há outra forma de descrever as atuações dos ótimos Williem Dafoe e Nicholas Hoult. Os dois têm bastante tempo de tela, seus personagens são mais interessantes e suas participações cruciais para a história. 

Destaque ainda para a ambientação. Os cenários quase realistas retratam bem os anos 1800. Móveis, carroças, roupas, vocabulário... Tudo é muito acertado. 

A fotografia também está impecável. Imagens em preto e branco ou em cores, sempre utilizando bem o jogo de sombra e luz, ora para dar um ar sombrio, ora para dar ênfase às atuações. 


São cerca de duas horas e dez minutos de filme. O que dá a impressão de uma história arrastada e lenta e que várias partes poderiam ser cortadas sem prejudicar a obra. Para quem ama cinema e gosta do gênero terror, há muito que aproveitar. É um longa a ser contemplado em todos os seus detalhes. 

Mais do que contar uma história, o diretor Robert Eggers dá uma aula de como fazer cinema. Pode não agradar a todos. Certamente não vai. Mas é inegável que, tecnicamente, o filme está acima do ótimo. 


Ficha técnica:
Direção e roteiro: Robert Eggers
Produção: Universal Films, Focus Features
Distribuição: Universal Pictures
Exibição: nos cinemas
Duração: 2h12
Classificação: 16 anos
País: EUA
Gênero: terror

22 março 2023

Keanu Reeves aposenta John Wick em "Baba Yaga”

Apesar de ser um filme longo, diretor compensou com ótimas sequências de ação (Fotos: Metropolitan Film)


Maristela Bretas


Agora é para valer. O assassino mais focado e vingador, que não tem nada a perder, coloca um fim a uma sangrenta e lucrativa franquia. “John Wick 4: Baba Yaga” (“John Wick: Chapter 4”) pode ser o fim do icônico assassino interpretado desde 2014 por Keanu Reeves. O ator, no entanto, não descarta uma quinta produção, que vai depender do sucesso deste quarto longa.

O filme, que estreia nesta quinta-feira (23) nos cinemas, não decepciona, apesar de ser o mais longo da franquia - 2h50. Poderia resolver tudo num tempo bem menor se não tivesse muitas cenas esticadas que se tornam cansativas.


Mas nem por isso fica atrás dos três anteriores em sequências de ação e muito sangue. John Wick vai deixar saudades nos fãs. É mais um personagem que o ator emplaca seu talento e carisma

Como aconteceu com Neo, da franquia "Matrix", iniciada em 1999. Clique no link para conferir a crítica do último filme, "Matrix Resurrections" (2021).


Neste Capítulo 4, mesmo com poucas falas e muita pancadaria, Keanu Reeves mantém seu estilo de atuação, com pouca conversa, muitas mortes e ótimas perseguições e sequências de ação.

Wick é quase imortal. Enfrenta um pelotão com metralhadoras usando só uma pistola, resiste a tiros, facadas, golpes de espadas, explosões, muita surra. Só nunca superou a perda da esposa, ponto importante que guia as ações do personagem.


Conhecido no mundo do crime como Baba Yaga, ele continua sendo caçado pelo mundo, o que garante boas cenas em locações como Nova York, Berlim, Paris e Osaka, no Japão. 

Continuando de onde parou no terceiro filme, "Parabellum" (2019), John descobre uma forma de conseguir se libertar da Alta Cúpula. Mas a cada morte, o valor da recompensa por sua cabeça sobe e ele é alvo onde quer que vá.


Seu novo algoz é Marquis Vicent de Gramont, atual chefão na organização. Bill Skarsgård (o palhaço assassino de “It - A Coisa”, 2017, e “It – A Coisa 2”, 2019) entrega um vilão digno de encarar o famoso assassino e participar do final da saga.


No time de John Wick estão velhos e fiéis amigos como Bowery King (Laurence Fishburne), Winston (Ian McShane), gerente do Hotel Continental de Nova York, Charon (Lance Reddick), concièrge do hotel de Nova York, e Shimatzu (Hiroyuri Sanada), gerente do Hotel Continental de Osaka.


Por falar em Lance Reddick (foto acima), este foi um dos últimos filmes feitos pelo ator que morreu aos 60 anos no dia 17 deste mês. Ele estava na saga John Wick desde o primeiro filme.

Também compõem o ótimo elenco Donnie Yen (de "Rogue One", 2016), no papel de Caine, o matador cego, e Shamier Anderson, como Tracker, um caçador de recompensas que anda acompanhado por um cão (não poderia faltar). 


Chad Stahelski, que dirigiu toda a franquia, apostou numa opção diferente ao filmar o cenário de cima, uma das melhores sequências de ação. 

O público acompanha, sem interrupção, os personagens se enfrentando e mudando de cômodos durante uma matança com tiros e explosões. Vale à pena conferir.


Ficha técnica:
Direção: Chad Stahelski
Produção: Lionsgate
Distribuição: Paris Filmes
Exibição: nos cinemas
Duração: 2h50
Classificação: 14 anos
País: EUA
Gênero: ação