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28 abril 2019

"Vingadores - Ultimato" encerra saga com emoção extrema e a certeza de dever cumprido

Longa é o quarto filme destes super-heróis do Universo Cinematográfico Marvel, reunidos em 2012 (Fotos: Marvel Studios/Divulgação)

Maristela Bretas


Emoção à flor da pele e adrenalina nas alturas. É desta forma que as pessoas (inclusive eu) estão saindo das sessões de "Vingadores: Ultimato" ("Vingadores: Endgame"), quarto e último filme da saga dos Vingadores, iniciada em 2012, quando foram reunidos em "Avengers". Os diretores e irmãos, Joe e Anthony Russo prometeram um final épico e cumpriram de forma espetacular a promessa, entregando o melhor de todos os filmes sobre este grupo de super-heróis Marvel. 


Em seu primeiro final de semana após a estreia ultrapassou US$ 1,2 bilhão de arrecadação no mundo, atingindo a 18ª colocação na lista das 20 maiores bilheterias de todos os tempos e a sexta maior da Marvel. Ao longo dos anos, parte deles ganhou seus próprios filmes, alguns ótimos, outros nem tanto. Mas encerrar uma saga de sucesso, principalmente depois de "Vingadores: Guerra Infinita" era uma aposta ousada e a Marvel acertou em tudo. 


Muita ação e emoção dividem as três horas de duração do filme com equilíbrio, contando ainda com excelentes efeitos especiais e uma trilha sonora arrasadora de Alan Silvestri também responsável por "Capitão América - O Primeiro Vingador" (2011), "Os Vingadores - The Avengers" e "Guerra Infinita" (2018). A trilha sonora já está disponível no @spotify para assinantes. Uma das homenagens mais bonitas para esta franquia foi postada no Youtube por #madxthing, usando a bela "We Are The Champions", do Queen, como trilha. Confira abaixo e se emocione.


Sob o comando da excelente Natasha Romanoff/Viúva Negra (Scarlett Johansson) - que ganhará filme solo em breve - e da sem carisma mas poderosa "Capitã Marvel" (Brie Larson), as mulheres ocupam mais destaque em "Vingadores: Ultimato". Cabe a elas algumas das partes mais emocionantes do filme. Os super-heróis masculinos também fizeram muito marmanjo chorar no cinema, mostrando que eles também têm coração (mesmo quando não é de verdade).


Tony Stark/Homem de Ferro (Robert Downey Jr.) salta do arrogante multibilionário para o paizão de todos que muitos queriam ter, ao lado de Steve Rogers/Capitão América (Chris Evans), o sempre bom moço e líder por natureza. Thor (Chris Hemsworth) e Bruce Banner/Hulk (Mark Ruffalo) ficam com a parte divertida do filme, com as cenas e diálogos mais engraçados, uma estratégia que começou a dar certo em "Thor: Ragnarok" (2017). Clint Barton/Gavião Arqueiro (Jeremy Renner) e Scott Lang/Homem Formiga (Paul Rudd) também retornam para completar o grupo de apoio, juntamente com James Rhodes/Máquina de Combate (Don Cheadle) e nebulosa (Karen Gillan).


A cada filme estes atores foram amadurecendo seus personagens, tornando-os mais humanizados e passando para o espectador a imagem de uma família, como define Natasha Romanoff. Eles brigam, ficam de mal entre um filme e outro, mas não aceitam perder aqueles que amam, querem vingança e se unem para vencer um mal maior. E o resultado disso é o melhor filme de todos os tempos do Universo Cinematográfico Marvel.


Por falar em mal, a disputa com Thanos vai do brutal a uma batalha épica, muito maior e mais dinâmica que a de "Guerra Infinita". O mega vilão é destaque e até ele mostra novamente seu lado sentimental. Assim como em "Guerra Infinita" ele foi o responsável pela reviravolta no status de sempre vencedores dos Vingadores, em "Ultimato" ele novamente é o maior objetivo do grupo. E nos dois lados desta batalha, a arma mais forte será a emoção.


O filme começa em cenas ainda durante a extinção de metade das criaturas vivas da Terra e Tony Stark numa nave à deriva no espaço, com poucas chances de sobrevivência. Na sede dos Vingadores, Steve Rogers e Natasha Romanoff tentam de todas as formas encontrar Thanos, que sumiu após o ataque. Mesmo abalados pelos acontecimentos, aqueles que restaram do grupo se unem para recuperar as Joias do Infinito, se vingar do vilão e reverter a devastação, trazendo os amigos de volta. 

Com uma batalha de arrepiar que é pura adrenalina, personagens mais humanos e emotivos, cenas inesperadas e surpreendentes e um final de tremer o coração dos fãs da Marvel, "Vingadores: Ultimato" é o encerramento de uma saga digno de grandes super-heróis.


Ficha técnica:
Direção: Joe e Anthony Russo
Produção: Marvel Studios
Distribuição: Disney/Buena Vista
Duração: 3h01
Gêneros: Aventura / Ação / Fantasia
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 5 (0 a 5)

Tags: #VingadoresUltimato, #AvengersEndgame, #acao, #fantasia, #aventura, #superheroi, #MarvelStudios, #Thor, #CapitaoAmerica, #HomemDeFerro, #Hulk, #cinemaescurinho @cinemanoescurinho

05 maio 2018

"Vingadores - Guerra Infinita" é o melhor filme da Marvel em bilheteria, mas perde em final para "Guerra Civil"

Nova produção leva às telas o maior e mais mortal confronto entre o vilão Thanos e mais de 20 dos principais super-heróis da Marvel (Fotos: Marvel Studios/Divulgação)

Maristela Bretas


O mais novo sucesso da Marvel Studios confirmou nesta sexta-feira que veio para fazer história e deixar ainda mais ansiosos os fãs dos super-heróis. Em apenas dez dias de sua estreia, "Vingadores - Guerra Infinita" ("Avengers - Infinity War") ultrapassou a marca de US$ 1 bilhão em bilheterias mundiais, ganhando de "Star Wars - O Despertar da Força" que chegou a este número em 12 dias. Seis anos se passaram desde o primeiro filme que reuniu os super-heróis da Marvel para formarem os "Vingadores". 


E nada melhor que oferecer ao público algo grandioso em todos os sentidos, a começar pelo orçamento de US$ 300 milhões, o mesmo de "Liga da Justiça", da concorrente DC Comics. Mas infinitamente melhor, o que ficou comprovado mais uma vez pela arrecadação nas bilheterias. Sem contar que "Guerra Infinita" só estreia na China dia 18 de maio.

Os diretores e irmãos Joe e Anthony Russo repetiram a fórmula do excelente "Capitão América: Guerra Civil" (que mais parece outro filme dos "Vingadores") e entregaram uma produção emocionante e empolgante em quase todo o desenrolar da história, mas que frustra no final, apesar de ser o esperado. O elenco reúne os principais super-heróis da franquia em 2h36 de duração de filme que passam num piscar de olhos. Tudo está na medida certa, a produção é impecável nos efeitos visuais, locações (até o Brasil entrou no mundo dos Avengers), trilha sonora "trincando" de Alan Silvestri e, principalmente, um enredo redondinho, como nos Quadrinhos.

Até mesmo a escolha das cores nas cenas de cada grupo de heróis reflete sua marca, como é o caso dos Guardiões da Galáxia, sempre em bem coloridas, ao contrário dos tons pastéis do sisudo Capitão América e da Viúva Negra. Star Lord/Peter Quill (Chris Pratt) e sua turma também ganharam o melhor tema de apresentação - "Rubberband Man", do grupo The Spinners, sucesso dos anos 70. Por falar em trilha sonora, só ela já valeria o ingresso, a começar pela música principal da franquia dos Vingadores, composta por Alan Silvestri, que volta renovada e chega a dar arrepios.


Os diretores poderiam ter problemas ao reunir mais de 20 super-heróis Marvel numa mesma produção, mas até nisso "Vingadores - Guerra Infinita" foi "foda". As participações foram bem divididas de acordo com a importância que cada personagem tinha na história - desde a Feiticeira Escarlate (Elizabeth Olsen) e Visão (Paul Bettany) a Thor (Chris Hemsworth) e Homem de Ferro/Tony Stark (Robert Downey Jr.). Todos tiveram presenças marcantes e foram essenciais para que o filme entregasse o que era esperado pelos fãs.



Mas a grande estrela de "Vingadores - Guerra Infinita" é, sem qualquer dúvida, Thanos, o maior e melhor vilão que a Marvel já criou e conseguiu trazer para as telas de cinema. Interpretado por Josh Brolin (que volta em breve no papel de Cable, inimigo de Deadpool no segundo filme do anti-herói), o titã louco vinha sendo citado em vários filmes dos Vingadores, mas ganhou destaque em "Guardiões da Galáxia Vol. 2" e "Thor - Ragnarok". A partir daí, o personagem se tornou conhecido do público de cinema e a figura mais esperada para o terceiro filme dos Vingadores.

E não deixou por menos, com ou sem as joias do infinito. Por seu caminho, Thanos vai deixando um rastro de destruição e morte de heróis e figuras marcantes do Universo Marvel. Mas nem mesmo isso faz com que o poderoso destruidor de mundos seja odiado. Cruel e impiedoso, ele também mostra suas fraquezas e a maior delas pode por fim ao seu império. O Thanos de Josh Brolin chega a ofuscar alguns super-heróis nas cenas em que aparece.

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E se o vilão tem seu lado sentimental, não tão diferente estão os ex-Vingadores, separados desde a luta final em "Guerra Civil". Cheios de mágoas, alguns vivem na clandestinidade como o Capitão América/Steve Rogers (Chris Evans), a Viúva Negra/Natasha (Scarlett Johansson) e o Falcão (Anthony Mackie). Outros como os queridinhos do governo, como Tony Stark e ainda aqueles que preferem não aparecer, como o Homem-Aranha/Peter Parker (Tom Holland) e Doutor Estranho/Stephen Strange (Benedict Cumberbatch). 


Eles agora precisam se reencontrar e unir forças contra Thanos, o mal maior que pode dizimar metade do planeta se conseguir conquistar as seis joias coloridas do infinito - mente/amarela, alma/laranja, poder/roxa, tempo/verde, realidade/vermelha e espaço/azul.


O vilão agora se dirige à Terra e ameaça dizimar metade de sua população num estalar de dedos e a ajuda de um exército. A equipe de super-heróis terá de se dividir para combater os seguidores de Thanos espalhados pela galáxia. Essa divisão tem várias passagens engraçadas, com destaque para os diálogos de Star Lord com Thor ou com Tony Stark, seja na terra ou no espaço. 


O lado cômico consegue atingir também o Capitão América, que é zoado por Thor em plena batalha. O pau quebrando em volta e um reparando no modelito do outro. O jovem Homem-Aranha também dá seus pitacos nas conversas, no estilo aprendiz de Vingador, e se sai muito bem. Até mesmo Hulk/Bruce Banner (Mark Ruffalo) resolve ter crise de abstinência de luta e vira um problemão para sua cara-metade.


A alta definição da gravação, toda feita no sistema Imax, foi cruel com alguns protagonistas. Após dez anos desde que passaram a interpretar seus personagens, as marcas do tempo se destacam nos rostos de Robert Downey Jr., Mark Ruffalo e Chris Evans. Mas não tiram o charme de nenhum deles , só acrescentam experiência. Ganha o público que tem super atores nos papéis principais e fazem de "Vingadores - Guerra Infinita" o melhor dos três filmes dos Avengers até o momento, empatando com "Capitão América - Guerra Civil" entre as produções da Marvel Studios.



Atenção na pegadinha da cena de confronto para conseguir notar a diferença entre o trailer e o filme em exibição. E também é essencial assistir a cena após toda a ficha técnica, que explica melhor o final de "Vingadores 3". E dá o gancho para a sequência com a possível entrada de um novo membro ao time - a Capitã Marvel, papel entregue a Brie Larson, cujo filme solo estreia em fevereiro de 2019. Agora é esperar o quarto filme dos Avengers (nem dá para dizer se será o último), com estreia marcada para o dia 2 de maio de 2019.



Ficha técnica:
Direção: Joe e Anthony Russo
Produção: Marvel Studios
Distribuição: Disney/Buena Vista
Duração: 2h36
Gêneros: Aventura / Ação
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 4,8 (0 a 5)

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