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20 fevereiro 2024

1ª Semana do Cinema de 2024 acontece de 22 a 28 de fevereiro, com ingressos a R$ 12,00




Da Redação


Depois do sucesso da campanha Semana do Cinema em 2023, que em três edições levou mais de 10 milhões de pessoas para a frente das telonas, é dada a largada para mais uma semana recheada de filmes por apenas R$ 12,00. A primeira Semana do Cinema de 2024 acontece em todo o país a partir da próxima quinta-feira (22) e os preços especiais vão até o dia 28. 

Além dos ingressos com preço único promocional, os combos com pipoca e refrigerante também terão valores diferenciados. A campanha é idealizada pela Federação Nacional das Empresas Exibidoras Cinematográficas (Feneec), com apoio da Associação Brasileira das Empresas Exibidoras Cinematográficas Operadoras de Multiplex (Abraplex). 

Todas as unidades da Rede Cineart em Minas vão participar da promoção,  válida para as sessões nas salas tradicionais 2D. A programação será variada, com terror, musical, comédia, romance, drama, entre outros gêneros, com longas nacionais e internacionais e títulos que prometem agradar todos os tipos de público. 

Entre as produções estão os candidatos ao Oscar 2024: “Pobres Criaturas”, “O Menino e a Garça”, “Zona de Interesse”, “Wish: O Poder dos Desejos”, "A Cor Púrpura" e “Dias Perfeitos”. Durante a campanha, o público também poderá assistir aos filmes “Bob Marley: One Love”, “Madame Teia”, “Masha e o Urso: Diversão em Dobro”, “Todos Menos Você”, Aquaman 2”, “Nosso Lar 2: Os Mensageiros”, "Argylle: O Superespião", Baghead: A Bruxa dos Mortos”, “Ferrari”, “Zona de Risco”, “Garra de Ferro”, "O Jogo da Morte", “Demon Slayer: Kimetsu no Yaiba – To The Hashira Training” e Minha Irmã e Eu”. .

“Em 2023 tivemos uma adesão muito importante e pretendemos repetir a dose ao longo deste ano. Essa é a quarta edição do evento, que tem como foco principal celebrar a presença do público e democratizar ainda mais o acesso à magia que só a experiência cinematográfica proporciona. É a grande diversão dos brasileiros de todas as idades”, salienta Lúcio Otoni, presidente da Feneec. 

Cinemas da Rede Cineart vão participar da promoção

Um levantamento feito pela Agência Nacional de Cinema (Ancine) apontou que houve um aumento de 17% no número de pessoas nas salas em 2023, em comparação com 2022. Por isso, a iniciativa, que segue uma tendência mundial de promover, em clima de festa, a experiência cinematográfica, se torna ainda mais relevante. 

“Vamos celebrar a magia do cinema, movimentar as salas de todo o país e garantir ainda mais oportunidades de entretenimento para todos os brasileiros”, comemora Marcos Barros, presidente da Abraplex. 

Para checar os horários dos filmes e os preços especiais que os exibidores prepararam para os combos, basta acessar os sites de vendas de ingresso ou diretamente o portal do seu cinema favorito. 

Serviço
“Semana do Cinema”

Exibição: Em todos os cinemas associados à Abraplex e outros participantes
Data: de 22 a 28 de fevereiro
Locais: Todas as sessões em sala tradicional 2D
Preço dos ingressos: R$ 12,00

28 julho 2023

Gerard Butler passa quase duas horas numa “Missão de Sobrevivência”, fugindo de terroristas

Filme aborda a perseguição implacável contra o agente da CIA pelos desertos do Oriente Médio (Fotos: Leonine)


Maristela Bretas


Gerard Butler já está acostumado a muita ação, tiro, porrada e bomba. Mas desta vez, ele e seu amigo Navid Negahban são os alvos de terroristas na nova aventura do ator britânico, “Missão de Sobrevivência” (“Kandahar”), que estreou nessa quinta-feira nos cinemas. 

Claro que ele é o mocinho da história, vivendo o papel do agente da CIA Tom Harris, que precisa deixar o Afeganistão junto com seu intérprete, Mohammad ‘Mo’ Doud (papel do iraniano  Negahban, de “Aladdin” - 2019) após explodir uma unidade nuclear no Irã.

O filme tem muita ação e momentos tensos, já que a dupla precisa atravessar 640 quilômetros de deserto, passando por território hostil, para chegar a uma antiga base de resgate em Kandahar, que fica a 640 quilômetros de onde estão. 


Butler segue o mesmo estilo herói norte-americano com cara mal-humorada de outras produções que protagonizou. Como “Invasão a Londres” – 2016, (disponível no HBOMAX), “Tempestade – Planeta em Fúria” – 2017 (Telecine) e “Alerta Máximo” – 2023 (em exibição no Prime Vídeo). 

O “jeitão” do ator funciona e tem um público cativo que deve gostar do novo filme e esteja procurando outras opções nas salas de cinema. O enredo é bem conduzido, Gerard Butler e Navid Negahban entregam boas interpretações. 


Destaque para as cenas gravadas nos desertos - um espetáculo a parte de visual - e as perseguições, de carro, moto e caminhões. Os efeitos especiais também podem agradar quem procurar por um filme com muita ação. 

Vale reforçar que se trata de mais um longa para valorizar a atuação dos norte-americanos nos conflitos do Oriente Médio, especialmente contra o Estado Islâmico, colocando vários países como terroristas e eles como salvadores. 


O elenco é internacional, reunindo nomes como o australiano Travis Fimmel (da série “Vikings”– 2013 a 2016), o indiano Ali Fazal (o excelente “Victória e Abdul” – 2017) e vários outros atores britânicos, alemães, iranianos e sauditas.

Um ponto que pode atrapalhar a estreia de “Missão de Sobrevivência” foi ter acontecido uma semana depois dos fenômenos de bilheteria “Barbie” e “Oppenheimer”, além da disputa também com “Missão: Impossível – Acerto de Contas – Parte 1”. O longa está em cartaz nas salas Cineart Cidade e Del Rey e Cinemark BH Shopping e Pátio Savassi. 


Ficha técnica:
Direção: Ric Roman Waugh
Produção: Open Road
Distribuição: Diamond Films
Exibição: nos cinemas
Duração: 1h59
Classificação: 14 anos
País: EUA
Gêneros: ação / suspense

07 fevereiro 2023

"Semana do Cinema" está de volta com ingressos a R$ 10,00

Segunda edição da campanha terá promoção válida para as salas tradicionais em BH e Contagem (Divulgação)


Da Redação


De 9 a 14 de fevereiro (de quinta a terça-feira) acontece em todo o país a segunda edição da "Semana do Cinema". Neste período, os ingressos terão preço único de R$ 10,00 (dez reais), valor válido para todas as sessões nas salas tradicionais 2D e 3D. Também o combo com pipoca e refrigerante será vendido a preço especial.

Esta é a campanha idealizada pela Federação Nacional das Empresas Exibidoras Cinematográficas (FENEEC), que conta com o apoio da Associação Brasileira das Empresas Exibidoras Cinematográficas Operadoras de Multiplex (ABRAPLEX).

E a Rede Cineart não poderia ficar de fora desta promoção. O público poderá conferir os grandes sucessos cinematográficos do momento, inclusive as produções que estão na disputa pelo Oscar 2023. 


Em BH, participam da campanha os cinemas do Boulevard Shopping (exceto sala Imax), Shopping Cidade, Ponteio Lar Shopping (exceto sala Premier), Shopping Del Rey, Minas Shopping, Via Shopping. Já em Contagem, serão os shoppings Contagem e Itaú Power. 

E claro, para acompanhar um bom filme, o combo com dois refrigerantes de 500 ml e uma pipoca grande vai ser vendido durante a "Semana do Cinema” pelo valor de R$ 29,00. 

Cada exibidor poderá compor o seu combo com produtos similares ou de menor valor. Os ingressos podem ser adquiridos antecipadamente pelo site www.cineart.com.br e aplicativo Cineart.


A programação da campanha é variada, com terror, musical, comédia, romance, drama, entre outros gêneros. A proposta é de que a "Semana do Cinema" passe a integrar a programação das exibidoras brasileiras em dois períodos do ano.

Segundo o presidente da FENEEC e diretor da Rede Cineart, Lúcio Otoni, “com esta campanha queremos celebrar a presença do público e democratizar no país ainda mais o acesso a magia que só a experiência cinematográfica proporciona”. 

Lúcio Otoni (Foto: Vivian Coelho)

Sucesso na 1ª edição
Na primeira edição brasileira da "Semana do Cinema", realizada entre os dias 15 e 21 de setembro de 2022, houve um crescimento de 296% no público e 127% na renda, de acordo com levantamento da Comscore. Ao todo, mais de 3,3 milhões de espectadores se envolveram na campanha, gerando uma bilheteria de R$ 36,2 milhões. 

A iniciativa segue uma tendência mundial de promover, em clima de festa, a magia da experiência cinematográfica, como já é tradicional nos Estados Unidos com o National Cinema Day, e na Espanha, com a La Fiesta del Cine.


Cinemark
Também a Rede Cinemark participará da campanha, com ingressos a R$ 10,00 para qualquer filme e R$ 29,00 o combo de pipoca grande e dois refrigerantes. 

A promoção não vale para as salas XD, Prime e D-BOX. A compra antecipada e consultas sobre os filmes em cartaz podem ser feitas pelo APP Cinemark e site www.cinemark.com.br.

29 setembro 2022

“Marte Um”: de Contagem para o mundo, com esperança e afeto

É no personagem Deivinho e seu sonho de ser astrofísico que a história marca seu diferencial (Fotos: Embaúba Filmes)



Mirtes Helena Scalioni


O filme é meio triste, mas terno. Talvez se possa resumir assim o longa “Marte Um”, mais um trabalho produzido pela Filmes de Plástico, da turma de Contagem, desta vez dirigido por Gabriel Martins (“No Coração do Mundo” - 2019). 

Incensado pela crítica e aprovado pelo público, o filme foi pré-selecionado para representar o Brasil no Oscar 2023 depois de abocanhar prêmios em Gramado. 


Sem suspenses nem sustos, sem sequências de ação ou cenas de grandes reviravoltas dramáticas, a vida de uma família de negros da periferia da Região Metropolitana de BH é contada como se deve: naturalmente, sem enfatizar alegrias nem dores. Sem carregar nas tintas.


A família comandada por Wellington (Carlos Francisco, “Arábia” - 2017 e “Bacurau” - 2019) e Tércia (Rejane Faria, “No Coração do Mundo”) é como tantas outras na sua estrutura e cotidiano. Ele é porteiro e zelador de um condomínio de classe média alta, e ela é faxineira diarista. 

Ambos parecem cientes dos seus deveres e em paz com as limitações impostas pela dureza da vida. Os filhos - a jovem universitária de Direito Eunice (Camila Damião) e o menino Deivinho (Cícero Lucas) - vivem suas rotinas de escola, futebol, baladas, cervejas, estudos, paqueras, redes sociais e, claro, sonhos - de um jeito que parece equilibrado.


É no personagem Deivinho que a história marca seu diferencial. Como pode um menino negro e pobre querer ser astrofísico em vez de jogador de futebol como deseja com empenho seu pai? 

Que direito tem esse pirralho de querer chegar tão alto, sonhando, inclusive, fazer parte da comitiva que, no ano 2030, vai sair da Terra embarcada num foguete rumo à colonização do planeta vermelho? Pois esse menino míope e franzino quer nada mais, nada menos, do que fazer parte da missão Marte Um.


A grande magia do trabalho de Gabriel Martins, que também cuidou do roteiro, é que tudo, desde os pequenos conflitos, dúvidas, doenças, vícios, diferenças e celebrações, absolutamente tudo é administrado com amor e união. 

Reside aí o encantamento de “Marte Um”, que não se parece em nada com outras tantas produções que têm favelas e periferias como cenário. Trata-se de um filme sincero e honesto.


É tudo tão natural que há momentos em que o espectador pode ter a sensação de estar vendo um documentário. As interpretações, todas irrepreensíveis, fortalecem essa ideia. Nada se fala de política, mas a TV, ligada em alguns momentos, deixa escapar que estamos vivendo no início da era Bolsonaro. 

Ninguém discute nem faz discursos, nem mesmo quando Eunice revela sua vontade de sair de casa para viver a própria vida, ou quando Tércia, traumatizada depois de ter sido vítima de uma brincadeira de mau gosto, decide fazer uma viagem para simplesmente descansar.


Os cenários, figurinos e trilha sonora garantem a veracidade das cenas, tanto na casa da família, que não deixa de festejar aniversários, apesar do arrocho financeiro, quanto nas baladas frequentadas por Eunice ou nas reuniões de Alcoólicos Anônimos, onde Wellington aparece periodicamente. 

Ao mesmo tempo, nada peca pelo exagero, não há clichês ou estereótipos. Tudo está na medida da verossimilhança.


Em tempos de polarização, radicalismos e violências, “Marte Um” fisga o público, mas cai leve no coração do espectador, como se quisesse mostrar que pode haver outro caminho e que há sim, espaço para a fé no outro. Como já disse o conhecido poeta e cordelista Bráulio Bessa, “enquanto houver um abraço, há de haver esperança”.


Ficha Técnica
Direção e roteiro: Gabriel Martins
Produção: Filmes de Plástico / coprodução Canal Brasil
Distribuição: Embaúba Filmes
Exibição: nas salas Cineart Ponteio (sessões 18h30 e 21 horas), Cinemark Pátio Savassi (sessão 15h30) e UNA Cine Belas Artes (sessões 14h, 16h20, 18h20 e 20h30)
Duração: 1h54
Classificação: 16 anos
País: Brasil
Gênero: drama

08 novembro 2019

"Cadê Você, Bernadette?" expõe o incrível prazer de ligar o foda-se

Cate Blanchett interpreta a personagem principal, uma arquiteta que abandonou a profissão para se dedicar totalmente á família (Fotos: Universum Film /Divulgação)

Carol Cassese


Na Antártida, sozinha em um caiaque, em meio a blocos de gelos imponentes e à paisagem desértica, Bernadette Fox se depara com uma moça em outra embarcação individual, que lhe pergunta: "Ei, quem é você?". Ao que Bernardette responde algo do tipo: "É o que estava me perguntando... Quem sou eu". A questão em foco é, no fundo, a que muitos de nós, um dia, já nos colocamos - ou deveríamos nos colocar.  E é sobre ela que orbita "Cadê Você, Bernadette?" ("Where'd You Go, Bernadette?"), novo filme de Richard Linklater ("Boyhood") em cartaz nos cinemas. 

Na superfície, Bernadette, vivida por uma Cate Blanchett no auge de sua beleza, aos 50 anos, é uma arquiteta que abandonou oficialmente a profissão após um evento traumático, indo acompanhar o marido, que trabalha na Microsoft, em Seattle. Mas quem é ela de fato?



A parte em que aparece no continente gelado, na verdade, está na segunda hora do filme, já que a trama é contada de forma linear, tendo alguns recuos temporais. Eles são necessários à explicação de como Bernadette chegou a um nível tal de intolerância ao ser humano, ao convívio social, feitos por meio de um encontro com outro arquiteto, seu antigo colega (Laurence Fishburne, uma presença sempre marcante), que visita Seattle. E também de um documentário disponível no Youtube, cuja existência, na verdade, só é revelada à personagem central por obra do acaso, Uma jovem fã, para seu desgosto, aborda a personagem no único lugar em que ela se sente bem em Seattle fora de sua casa, um centro cultural. 


É por meio desse artifício que o espectador fica sabendo que, em Los Angeles, onde a família vivia antes, o nome de Bernadette estava numa espécie de tredding topics dos novos talentos da arquitetura, ofício no qual nunca se furtou a encarar desafios. Casada com Elgie (Billy Crudup), um homem pra lá de compreensivo e apaixonado, e mãe de Bee (Emma Nelson), ela, tal qual uma leoa, trata de defender sua cria, comportamento que também é explicado no curso da história.


Quando é acuada pelo marido, passa a se indagar quem é de fato aquela mulher que ele um dia pensou conhecer, e que, para sua surpresa, está sendo manipulada até pela máfia russa. Bernadette foge até de quem mais ama para, enfim, tentar se reencontrar, sem o suporte de medicamentos tarja preta ou uma assistente virtual, Manjula. A mulher notável e mãe excepcional, que deixou de lado seu trabalho como arquiteta para se dedicar à vida em família, decide que é hora de sair de sua zona de conforto e desaparece misteriosamente de uma hora para outra, para desespero da filha.


Baseado no premiado best-seller de Maria Semple, "Cadê Você, Bernadette?" é um filme que exige atuações na justa medida, um feito que o elenco talentoso consegue cumprir. Se Cate Blanchett encontrou o tom apropriado, há que não se deixar de lado a boa performance do carismático Crudup e o talento da estreante Emma Nelson, uma garota de extraordinária presença. 

Com "Time After Time", o hit de Cindy Lauper, pontuando a trilha de maneira marcante, o filme também vale a ida ao cinema pela oportunidade que dá ao espectador de conferir, na tela grande, as paisagens absurdamente arrebatadoras do continente Antártico, bem como sua particular fauna, que, num écran menor, certamente perderiam o impacto.


Ficha técnica:
Direção: Richard Linklater
Distribuição: Imagem Filmes
Duração: 1h51
Gêneros: Drama / Comédia
País: EUA
Classificação: 14 anos

Tags: #CadeVoceBernadette, #CateBlanchett,  #LaurenceFishburne, @imagemfilmes, #Cinemark, @Cinemarkoficial, @cinemaescurinho, @cinemanoescurinho

15 setembro 2018

"Hotel Artemis" - Um entretenimento que vai bem com uma pipoca

Jodie Foster protagoniza este suspense futurista ambientado quase na íntegra dentro de um hospital para criminosos (Fotos: Matt Kennedy/Diamond Films)

Matheus Ciolete


O filme se passa em 2028 em uma Los Angeles pós-apocalíptica quando há uma rebelião da população, sobretudo contra a empresa Cintra Clearwater, devido a dificuldades causadas pela privatização da água. A enfermeira (Jodie Foster), com a ajuda de seu fiel escudeiro Everest (Dave Bautista), é responsável por um dos hospitais clandestinos que, utilizando tecnologia futurística, tratam criminosos: o Hotel Artemis.

É uma noite agitada e o “hotel” está funcionando em sua capacidade máxima, recheado de bandidos cuja única informação a princípio é o nome do quarto em que estão. São os mais importantes para a trama: Acapulco (Charlie Day), um traficante de armas sem educação; Nice (Sofia Boutella), que faz o tipo “tão gata quanto letal” comum aos filmes de ação hollywoodianos; os irmãos Waikiki (Sterling K Brown) e Honalulu (Brian Tyree Henry), respectivamente o irmão competente e honrado e o incompetente e sem princípios.

As coisas começam a ficar complicadas quando aparecem dois hóspedes inesperados: Orion (Jeff Goldblum), o chefão do crime da cidade, e Mo (Jenny Slate), uma policial que a enfermeira conhecia desde antes da farda. A partir daí a trama de "Hotel Artemis" começa a se desenrolar e vemos as reais intenções de cada personagem durante o longa.

Apesar de a maior parte da ação se passar em um local fechado, o próprio hotel, não há a sensação de aprisionamento ou claustrofobia que costumam ser inerentes a filmes onde a área de ação é limitada e carece de locações amplas e variadas. Ponto positivo que se estende como elogio à direção de Drew Pearce, também roteirista do filme.

A estreia do diretor em longas metragens é marcada por sequências construídas com planos que conseguem alguma profundidade devido à exploração dos corredores do Hotel Artemis. Isto, alternando com algumas tomadas aéreas e às poucas cenas no exterior do prédio fazem tanto o filme quanto o espectador respirarem durante os 97 minutos de exibição.

Toda a trama se desenrola durante apenas uma noite em L.A. e, por isso, em alguns momentos, o filme parece andar rápido demais. Assim alguns personagens devem em profundidade e deixam evidentes as possíveis viradas de roteiro, contribuindo para a previsibilidade do filme.

Uma tentativa digna de nota é a de ressaltar o momento crítico da ação com o auxílio da fotografia. Quando o caldo realmente entorna no hospital, todo o clima é alterado por meio da iluminação vermelha que diegeticamente advém das luzes de segurança do prédio, acionadas quando a energia cai, e que marcam uma mudança na intensidade do filme.

A partir daí, quando o sinal vermelho é ligado, o clima esquenta e a ação se desenrola. As personagens mostram suas habilidades especiais e dividem o filme em duas partes: antes e depois da luz vermelha. Na primeira, onde os personagens se apresentam e a tensão começa a se formar, e na segunda, onde os problemas começam a ser resolvidos, geralmente da forma mais violenta possível. Por fim, e no fim, há ainda a epifania da enfermeira que segue seu caminho em meio à imagem enevoada, sugerindo que o futuro é inevitável e turvo para quem descobriu que “é mais difícil sair que entrar”. 

As superficialidades dos personagens, que deixam o roteiro óbvio demais, são o grande ponto negativo, mas o filme se salva pela boa produção, vide fotografia e direção, bem como pelas boas sequências de luta, em especial as vividas por Nice, e acaba tendo um saldo positivo.

Vale a pena assistir "Hotel Artemis" para quem não espera muito mais de um filme que diversão e um balde de pipoca. Apesar de ter estreado na última quinta-feira nos cinemas brasileiros, a previsão é de que o DVD e o Blu-ray de "Hotel Artemis" comecem a ser vendidos no dia 9 de outubro nos EUA.



Ficha técnica:
Direção e roteiro: Drew Pearce
Distribuição: Diamond Films
Duração: 1h35
Gêneros: Ação / Suspense / Ficção
Países: EUA / Reino Unido
Classificação: 16 anos

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