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03 março 2022

Novo filme do Batman é mais sobre Gotham do que sobre Bruce Wayne

Robert Pattinson interpreta o Homem-Morcego, com pouco diálogo, mais violento e usando uma armadura à prova de balas (Fotos: Warner Bros. Pictures)


Jean Piter Miranda


Está em cartaz nos cinemas brasileiros o novo filme do Batman (“The Batman”, no original), dirigido por Matt Reeves, de “Planeta dos Macacos: O Confronto” (2014) e “Planeta dos Macacos: A Guerra” (2017). O protagonista da vez é Robert Pattinson, da saga “Crepúsculo” e dos longas “The Rover  - A Caçada” (2014) e "O Farol'' (2019). O longa conta com um elenco cheio de estrelas: Andy Serkis como o mordomo Alfred; o tenente James Gordon, é interpretado por Jeffrey Wright; Zoë Kravitz faz a Mulher Gato; e a turma de vilões fica por conta de Colin Farrell (Pinguim), John Turturro (Falcone) e Paul Duno (Charada).

A história se passa nos dias atuais e não mostra como Bruce Wayne se tornou o Batman. Ele já é o vigilante mascarado desde as primeiras cenas. É o segundo ano em que ele surgiu em Gotham City, combatendo a criminalidade. O homem-morcego tem o ideal de limpar a cidade como forma de vingança pela morte de seus pais. 


Só que agora, o vilão da vez está sempre um passo à frente, cometendo assassinatos e deixando mensagens e pistas, o que exige do herói todas as suas habilidades de detetive. É aí que ele começa a descobrir uma rede de corrupção que, inclusive, envolve até o nome da família Wayne.

Apesar da luta de Batman contra o crime, isso não fez de Gotham uma cidade melhor, mais segura. Há muita violência nas ruas. Roubos, assaltos, tráfico de drogas e guerras entre gangues. Tudo num clima de muito medo. O vigilante mascarado pode estar em qualquer lugar e aparecer de surpresa. Ele pode estar observando tudo. 

Há uma tensão cobrindo toda a cidade, que parece estar prestes a explodir. E se não bastasse tudo isso, em poucos dias o povo deverá ir às urnas escolher o novo prefeito. Claro, todos os candidatos estão fazendo promessas de colocar os bandidos na cadeia e trazer a paz e a prosperidade que Gotham tanto sonha. 


É aí que surge o Charada, cometendo assassinatos de autoridades e deixando mensagens enigmáticas sobre os seus próximos alvos. Isso exige do Batman todas as suas habilidades de investigação. Um lado do herói muito forte nos quadrinhos que até então não havia sido tão explorado nas produções cinematográficas. 

O Batman de Pattinson fala muito pouco. É focado no trabalho de combater o crime. Não tem pinta de galã, não tem charme nem carisma, nem é aquele playboy esbanjador. Muito diferente das outras versões que chegaram ao cinema. Sem o uniforme, e se não fosse o homem mais rico da cidade (o grande herdeiro da família Wayne), ele passaria completamente despercebido na multidão. É um homem-morcego muito diferente do que já foi visto. 


Há outras grandes diferenças também entre o novo Batman e seus antecessores. Esse usa uma armadura à prova de balas. Isso torna bem mais crível que ele consiga enfrentar cinco, seis ou dez adversários armados ao mesmo tempo. Ele mantém o código de não matar, mas quando pega na porrada, bate sem dó. É muito violento. O mais violento até agora. Muito próximo de algumas de suas versões nos quadrinhos. 

O contraponto de toda essa violência é o vilão principal, o Charada. O jogo dele é psicológico. Embora cometa assassinatos e tenha planos maiores, sua figura é de uma pessoa comum, nada ameaçadora. Ele é inteligente, sagaz e calculista. Um ser humano. E a palavra é essa: humano. Se na recente produção da “Liga da Justiça” os inimigos eram alienígenas com superpoderes, agora são apenas humanos, como o próprio Batman, os policiais e os mafiosos. 


A complexidade da história se dá pela rede de corrupção formada em Gotham, ligada a homicídios, ao tráfico de drogas e às autoridades. Ao passado e ao presente. Tudo vai se interligando aos poucos. À medida que Batman vai desvendando as charadas, ele consegue conectar os fatos às pessoas e as coisas vão fazendo sentido. Para muitos, pode ficar a impressão de que pontas estão ficando soltas. Mas, ao que parece, o diretor vai apenas deixando de lado aquilo que não é essencial. O que parece muito acertado. 

As cenas se passam quase todas à noite. Há sempre muita sombra e pouca luz. Tudo é muito sombrio. Praticamente não há cores. Isso deixa a obra bem característica. Lembra um pouco o “Coringa” (2019). Não só na questão das imagens mais escuras, mas também no gênero. É um filme de herói, baseado em quadrinhos, mas não tem comédia. É drama, tem ação e violência moderada e dificilmente arranca algum sorriso do espectador. 


A trama é completada com uma ótima trilha sonora entregue ao premiado compositor Michael Giacchino que, assim como Andy Serkis, trabalhou com o diretor Matt Reeves em  “Planeta dos Macacos: O Confronto” e “Planeta dos Macacos: A Guerra”.

Ao que parece, essa vai ser a aposta da DC. Fazer produções independentes, sem a obrigação de que elas estejam ligadas a um universo, como tem sido a fórmula do sucesso da Marvel. Sabendo que não dá pra competir, por ter saído muito atrás, a DC deve continuar fazendo filmes que não se conectam com os anteriores. O novo Batman deixou possibilidades de continuação, mas nada que dê indícios de que haja conexão com os outros longas. E isso é muito bom. 


Voltando ao filme, Zoë Kravitz está ótima como a Mulher-Gato. Muito fiel aos quadrinhos. Talvez a melhor adaptação feita da personagem até o momento. Colin Farrell está irreconhecível como Pinguim e faz uma bela interpretação. Há quem possa dizer que ele foi mal aproveitado como vilão. Mas, dentro da história proposta, cumpriu muito bem o seu papel. 

Colin Farrell interpreta Pinguim

Andy Serkis dá vida a um Alfred aparentemente mais jovem com mais habilidades para auxiliar o Batman. John Turturro não deixa a desejar como o mafioso Falcone e Paul Duno está demais como o Charada. Ele tá muito bom mesmo!

O diretor Matt Reeves acerta muito em tudo isso, ao deixar a história mais crível, mais humana e mais realista. Ele peca em dois pontos: já que se dispôs a aumentar a carga de violência, deveria também permitir mais mortes, principalmente nas cenas de destruição. É difícil acreditar que em trocas de tiro e explosões ninguém seja morto. 


Outra questão é o preconceito implícito, visto na maioria das produções americanas. Um detalhe muito difícil de ser percebido no caso do novo Batman. Os vilões são sempre estrangeiros. Podem até ser cidadãos americanos, mas quando são brancos, todos têm nomes e sobrenomes italianos e irlandeses. Os demais são sempre russos, árabes, latinos, entre outros. Nunca é um Ford ou um Johnson. Nunca é um “cidadão de bem” dos EUA. 

Colocando tudo isso no pacote, podemos dizer que o Batman de Pattinson é muito bom. Não foca tanto no herói e não é só sobre ele. Envolve tantos pontos que passa a ser mais sobre Gotham do que sobre Bruce Wayne. E uma nova proposta e uma nova aposta da DC. Filmes sombrios independentes, com roteiros mais complexos, mais dramáticos e mais violentos. Tem tudo pra fazer sucesso e se consolidar como um gênero próprio. 


Ficha técnica:
Direção:
Matt Reeves
Produção e distribuição: Warner Bros. Pictures
Exibição: nos cinemas
Duração: 2h57
Classificação: 14 anos
País: EUA
Gêneros: ação/ policial / suspense

10 fevereiro 2020

"Parasita" é eleito quatro vezes o melhor do Oscar 2020

Produção do diretor sul-coreano Bong Joon Ho venceu como Melhor Filme e Melhor Filme Internacional (Foto: The Jokers / Les Bookmakers)

Maristela Bretas


A 92ª edição do Oscar, que aconteceu neste domingo em Los Angeles teve um grande vencedor, principalmente por ser estrangeiro. "Parasita", de Bong Joon Ho, faturou quatro estatuetas e foi uma surpresa para o diretor sul-coreano. Ele comemorou muito com sua equipe a conquista de quatro grandes categorias - Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Roteiro Original e Melhor Filme Estrangeiro. Uma prova de que existe cinema de ótima qualidade fora de Hollywood. Confira a ótima critica da colaboradora Mirtes Helena Scalioni, no blog @cinemanoescurinho.

Coringa
A segunda colocação em premiações ficou para "1917", do diretor Sam Mendes, com três estatuetas, entre as dez a que foi indicado. A maior surpresa ficou para "Coringa", indicado a 11 prêmios, mas que só levou duas - de Melhor Ator, para Joaquin Phoenix (que já era esperado), e Melhor Trilha Original. Também saíram com dois troféus os filmes "Ford vs Ferrari" e "Era Uma Vez em... Hollywood". Outro que não se deu bem e saiu apenas com aplausos e elogios de outros vencedores foi "O Irlandês", do diretor Martin Scorsese. Nas principais categorias, os vencedores já eram esperados, como para Melhores Atores Coadjuvantes, Melhor Atriz e alguns troféus técnicos.

A solenidade do #Oscar2020 foi aberta com uma bela apresentação musical de Janelle Monae. Na primeira fileira Tom Hanks, Brad Pitt, Charlize Theron e Margot Robbie se destacaram. Steve Martins e Chris Rock brincaram e fizeram piadas com os convidados, inclusive com Martin Scorsese sobre a duração de "O Irlandês". E lembraram que faltaram mulheres e negros entre as indicações.

Era Uma vez em... Hollywood

Regina King subiu ao palco e foi a primeira a chamar o vencedor de Melhor Ator Coadjuvante, confirmando o favoritismo de Brad Pitt. Ele faturou todas as premiações anteriores ao Oscar com seu papel em "Era Uma Vez em... Hollywood", filme de Quentin Tarantino.

Para Melhor Animação, a escolha foi bem difícil, todas muito boas. A estatueta foi para o mais cotado - "Toy Story 4". Na sequência foi anunciado o vencedor de Melhor Curta de Animação, prêmio que saiu para "Hair Love".  Aurora e Idina Menzel, cantando com outras intérpretes de Elsa pelo mundo, apresentaram a música-tema de "Frozen 2" - "Into the Unknown".

Keanu Reeves e Diane Keaton se reencontram e relembram quando atuaram juntos em "Alguém Tem que Ceder" (2003). Comentaram o filme e se divertiram no palco para, em seguida, anunciarem o vencedor de Melhor Roteiro Original. A estatueta foi entregue a Bong Jooh Ho e Han Jin Won por "Parasita". Pela primeira vez um filme sul-coreano conquista um Oscar.

Jojo Rabitt
Natalie Portman e Timothée Chalamet anunciaram "Jojo Rabbit", de Taika Waititi, como vencedor do prêmio de Melhor Roteiro Adaptado. O diretor fez um discurso que começou agradecendo à mãe dele. Na sequência, o Oscar de Melhor Curta-Metragem saiu para “The Neighbors’ Window”.

As comediantes Kristen Wiig e Maya Rudolph subiram ao palco, fizeram piadas e pediram papéis aos diretores presentes. Elas entregaram a estatueta de Melhor Design de Produção para "Era Uma Vez em... Hollywood".  As atrizes anunciaram, cantando, o vencedor de Melhor Figurino. A estatueta saiu para "Adoráveis Mulheres".

Adoráveis Mulheres

Mark Ruffalo apresentou o vencedor de Melhor Documentário da noite. A estatueta foi para "Indústria Americana". Não foi desta vez que um filme brasileiro levou o Oscar, apesar da grande torcida por "Democracia em Vertigem". Ruffalo entregou também o prêmio ao vencedor 'de Melhor Curta Documentário, estatueta entregue a "Learning to Skateboard in a Warzone".

O prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante foi entregue por Mahershala Ali a Laura Dern, por seu papel em "História de Um Casamento", que lhe garantiu também outras premiações, como aconteceu com Brad Pitt. Ela agradeceu a todos que participaram do filme e principalmente a seus pais, que ela chamou de suas lendas e heróis.

 Eminem deu um show surpresa ao interpretar "Lose Yourself", que fez a plateia aplaudi-lo de pé. O rapper não compareceu ao Oscar de 2003, quando deveria ter cantado esta mesma música, vencedora do troféu de Melhor Canção Original.

Ford vs Ferrari

Oscar Isaac e Salma Hayek anunciaram os vencedores dos prêmios de Melhor Edição de Som, que saiu para Donald Sylvester por "Ford vs Ferrari", e Melhor Mixagem de Som, estatueta merecidamente entregue a Mark Taylor e Stuart Wilson por  "1917",  que garantiu também a  Roger Deakins o prêmio de Melhor Fotografia. . Em seguida, Michael McCusker e Andrew Buckland faturaram a segunda estatueta da noite, a de Melhor Edição, para "Ford vs Ferrari", filme dirigido por James Mangold.

Os atores de "Cats", usando suas fantasias do filme, anunciaram para "1917", mais um troféu, de Melhores Efeitos Visuais, desbancando "Vingadores: Ultimato" que era o favorito. Para Melhor Maquiagem e Penteado, "O Escândalo" levou a premiação pelo trabalho de maquiagem feito em Charlize Theron. A atriz ficou praticamente idêntica à jornalista que denunciou o assédio sexual abordado no filme.

O Escândalo

Seguindo um roteiro esperado, "Parasita" conquistou a segunda estatueta da solenidade, a de Melhor Filme Internacional. O diretor Bong Joon Ho agradeceu a todos e ao elenco e disse que após este troféu já estava preparado para tomar seu primeiro drink da noite.

Brie Larson, Gal Gadot e Sigourney Weaver se uniram no palco e celebraram que pela primeira vez, em 92 anos da história do Oscar, uma maestrina iria reger as trilhas originais que disputavam o troféu deste ano nesta categoria. Coube a Eímear Noone comandar as apresentações da orquestra, começando por "Adoráveis Mulheres", seguido por "1917", "História de Um Casamento", "Coringa", "Star Wars - Ascensão Skywalker". A trilha vencedora foi a do filme "Coringa" .(I’m gonna) love me again”, de  Elton John e Bernie Taupin, do filme “Rocketman”, ficou com a estatueta de  Melhor Canção Original, como já era esperado.

Rocketman

Para Melhor Diretor, grandes nomes estavam na disputa, mas foi Bong Joon Ho, por seu trabalho em "Parasita" quem levou o troféu, atropelando Quentin Tarantino e Martin Scorsese, a quem ele homenageou citando uma de suas famosas frases. Com muita humildade, agradeceu também a Tarantino, que foi uma inspiração no seu trabalho. E finalizou afirmando que depois daquela vitória já poderia beber a noite inteira. Era a terceira estatueta da noite do filme sul-coreano.

Parasita

Steven Spielberg anunciou a homenagem aos que já morreram, ao som de "Yesterday", dos Beatles, cantada por Billie Eilish e arranjo de Finneas. Entre os nomes estavam atores, diretores, produtores e até o jogador de basquete Kobe Bryant, falecido recentemente num acidente de helicóptero.

Olivia Colman, vencedora do Oscar de Melhor Atriz no ano passado, foi a responsável por chamar Joaquin Phoenix para lhe entregar a estatueta de Melhor Ator do Oscar de 2020, por sua fantástica atuação como "Coringa". Ele fez um discurso com fortes críticas ao sistema e cobrando que a sociedade se envolva mais nas questões sociais e ambientais. Rami Malek confirmou o nome de Renée Zellweger como a ganhadora de Melhor Atriz, por seu papel como Judy Garland, em  “Judy - Muito Além do Arco-Íris". O Oscar se junta a várias premiações recebidas por elas neste ano.

E finalmente, o prêmio mais esperado da noite, o de Melhor Filme foi entregue por Jane Fonda, aplaudida de pé por seu trabalho e sua postura ativista. Ela abriu seu discurso falando sobre conscientização e o impacto que o cinema pode exercer sobre as vidas das pessoas. E anunciou a quarta e mais cobiçada estatueta de Hollywood a "Parasita", uma produção da Coreia do Sul.

                                    VENCEDORES

MELHOR FILME - "Parasita", do diretor Bong Joon Ho


MELHOR ATOR - Joaquim Phoenix - "Coringa"

MELHOR ATRIZ - Renée Zellweger - “Judy - Muito Além do Arco-Íris"

MELHOR DIRETOR - Bong Joon Ho - "Parasita"

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE - Laura Dern - "História de um Casamento"

MELHOR ATOR COADJUVANTE - Brad Pitt - "Era Uma Vez em... Hollywood"


MELHOR ROTEIRO ADAPTADO - "Jojo Rabbit" - Taika Waititi

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL - "Parasita" - Bong Jooh Ho e Han Jin Won

MELHOR DOCUMENTÁRIO - "Indústria Americana"

MELHOR EDIÇÃO - "Ford vs Ferrari"

MELHOR FOTOGRAFIA - Roger Deackins - "1917"

MELHOR MAQUIAGEM E CABELO - "O Escândalo"

MELHOR EDIÇÃO DE SOM - "Ford vs Ferrari"


MELHOR MIXAGEM DE SOM - "1917"

MELHOR CURTA-METRAGEM - “The Neighbors’ Window”

MELHOR DESIGN DE FIGURINO - “Adoráveis Mulheres”

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL - “(I’m gonna) love me again” - Elton John e Bernie Taupin (“Rocketman”)

MELHOR TRILHA ORIGINAL - "Coringa" - Hildur Guadnotóttir


MELHOR ANIMAÇÃO - "Toy Story 4"

MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO - "Hair Love"

MELHOR CURTA DOCUMENTÁRIO - "Learning to Skateboard in a Warzone"

MELHOR FILME INTERNACIONAL - "Parasita" - Coreia do Sul

MELHOR DESIGN  DE PRODUÇÃO - "Era Uma Vez... em Hollywood"

MELHORES EFEITOS VISUAIS - "1917"


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14 janeiro 2020

"Coringa" é 11 vezes indicado ao Oscar 2020 e documentário brasileiro entra na lista

(Montagem sobre fotos de Divulgação)

Maristela Bretas


Dirigido por Todd Phillips e tendo como ator principal Joaquin Phoenix, "Coringa" foi a produção com o maior número de indicações - 11 no total - a prêmios do Oscar 2020 anunciado nessa segunda-feira pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. O anúncio foi feito pelos atores John Cho e Issa Era e a cerimônia dos melhores do cinema acontece no dia 9 de fevereiro em Los Angeles. Na sequência, “1917” e “O Irlandês” concorrem a dez indicações cada. Em terceiro lugar, com seis indicações, estão “Parasita”, “História de um Casamento”, “Jojo Rabbit” e “Adoráveis Mulheres”. O documentário brasileiro “Democracia em Vertigem", da diretora Petra Costa, que mostra o processo de impeachment de Dilma Rousseff,  concorre a Melhor Documentário. Confira a lista dos Indicados ao Oscar 2020.

MELHOR FILME
"Coringa"



"Adoráveis Mulheres"
"Ford vs Ferrari"
"O Irlandês"
"Jojo Rabbit"
"História de um Casamento"
"1917" (venceu o Globo de Ouro)
"Era uma Vez em...Hollywood"  (venceu o Critics’ Choice Awards)
Parasita

MELHOR ATOR
Antonio Banderas - "Dor e Glória"
Leonardo DiCaprio - "Era Uma vez em... Hollywood"
Adam Driver - "História de um Casamento"
Joaquim Phoenix - "Coringa" (venceu o Globo de Ouro e o Critics’ Choice Awards)
Jonathan Pryce - "Dois Papas"

MELHOR ATRIZ
Cynthia Erivo - “Harriet”
Scarlett Johansson - “História de um Casamento”
Saoirse Ronan - “Adoráveis Mulheres”
Charlize Theron - “O Escândalo”
Renée Zellweger - “Judy - Muito Além do Arco-Íris (venceu o Globo de Ouro e o Critics’ Choice Awards)

MELHOR DIRETOR
Martin Scorsese - "O Irlandês"



Todd Phillips - "Coringa"
Sam Mendes - "1917" (venceu o Globo de Ouro e empatou no Critics’ Choice Awards)
Quentin Tarantino - "Era Uma Vez em... Hollywood"
Bong Joon Ho - "Parasita" (empatou no Critics’ Choice Awards)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Kathy Bates - "O Caso Richard Jewell"
Laura Dern - "História de um Casamento" (venceu o Globo de Ouro e o Critics’ Choice Awards)
Scarlett Johansson - "Jojo Rabbit"
Florence Pugh - "Adoráveis Mulheres"
Margot Robbie - "O Escândalo"

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Tom Hanks - "Um Lindo Dia na Vizinhança"
Anthony Hopkins - "Dois Papas"
Al Pacino - "O Irlandês"
Joe Pesci - "O Irlandês"
Brad Pitt - "Era Uma Vez em... Hollywood" (venceu o Globo de Ouro e o Critics’ Choice Awards)

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
"O Irlandês" - Steven Zaillian
"Jojo Rabbit" - Taika Waititi
"Coringa" - Todd Phillips e Scott Silver
"Adoráveis Mulheres" - Greta Gerwig (venceu o Critics’ Choice Awards)
"Dois Papas" - Anthony McCarten

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
"Entre Facas e Segredos" - Rian Johnson
"História de um Casamento" - Noah Baumbach
"1917" - Sam Mendes e Krysty Wilson-Cairns



"Era Uma Vez em... Hollywood" - Quentin Tarantino (venceu o Globo de Ouro e o Critics’ Choice Awards)
"Parasita" - Bong Jooh Ho e Han Jin Won

MELHOR DOCUMENTÁRIO
"Indústria Americana"
"The Cave"
"Democracia em Vertigem"
"For Sama"
"Honeyland"

MELHOR EDIÇÃO
"Ford vs Ferrari"
"O Irlandês"
"Jojo Rabbit"
"Coringa"
"Parasita"

MELHOR FOTOGRAFIA
 “O Irlandês”
“Coringa”
"Lighthouse"
"1917" (venceu o Critics’ Choice Awards)
"Era Uma Vez em... Hollywood"

MELHOR MAQUIAGEM E CABELO
"O Escândalo" (venceu o Critics’ Choice Awards)



"Coringa"
"Judy"
"1917"
"Malévola: Dona do Mal"

MELHOR MIXAGEM DE SOM
"Ad astra"
"Ford vs Ferrari"
"Coringa"
"1917"
"Era Uma Vez em... Hollywood"

MELHOR EDIÇÃO DE SOM
"Ford vs Ferrari"



"Coringa"
"1917"
"Era Uma Vez em... Hollywood"
"Star Wars: A Ascensão Skywalker"

MELHOR CURTA-METRAGEM
“Brotherhood”
“Nefta Football Club”
“The Neighbors’ Window”
“Saria”
“A Sister”

MELHOR DESIGN DE FIGURINO
“O Irlandês”
“Jojo Rabbit”
“Coringa”
“Adoráveis Mulheres”
“Era Uma Vez em… Hollywood”

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
“I can’t let you throw yourself away” - Randy Newman (“Toy Story 4” )
“(I’m gonna) love me again” - Elton John e Bernie Taupin (“Rocketman”) (venceu o Globo de Ouro e o Critics’ Choice Awards)



“I’m standing with you” - Diane Warren (“Breakthrough”)
“Into the unknown” - Kristen Anderson-Lopez e Robert Loopez (“Frozen 2”)
“Stand up” - Joshuan Brian Campbell e Cynthia Erivo (“Harriet”)

MELHOR TRILHA ORIGINAL
"Coringa" - Hildur Guadnotóttir (Venceu o Globo de Ouro e o Critics’ Choice Awards como Melhor Compositora)
"Adoráveis Mulheres" - Alexandre Desplat
"História de Um Casamento" - Randy Newman
"1917" - Thomans Newman
"Star Wars - A Ascensão Skywalker" - John Williams

MELHOR ANIMAÇÃO
"Como Treinar Seu Dragão 3"
"I Lost My Body"
"Klaus"
"Link Perdido" (venceu Globo de Ouro)
"Toy Story 4" (venceu o Critics’ Choice Award)

MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO
"Dcera (daughter)"
"Hair Love"
"Kitbull"
"Memorable"
"Sister"

MELHOR CURTA DOCUMENTÁRIO
"In the Absence
"Learning to Skateboard in a Warzone"
"Life Overtakes Me"
"St Louis Superman"
"Walk Run Cha-cha"

MELHOR FILME INTERNACIONAL
"Corpus Christi" - Polônia
"Honeyland" - Macedônia do Norte
"Os Miseráveis" - França
"Dor e Glória" - Espanha
"Parasita" - Coreia do Sul (venceu o Globo de Ouro e o Critics’ Choice Awards)




MELHOR DESIGN  DE PRODUÇÃO
"O Irlandês"
"Jojo Rabbit"
"1917"
"Era Uma Vez... em Hollywood"
"Parasita"

MELHORES EFEITOS VISUAIS
"Vingadores: Ultimato" (venceu o Critics’ Choice Awards)
"O Irlandês"
"O Rei Leão"
"1917"
"Star Wars: A Ascensão Skywalker"

Tags: #Oscar2020, #Coringa, #1917Filme, #EraUmaVezEmHollywood, #OIrlandes, JojoRabbit, #MartinScorsese, #Parasita, #DemocraciaEmvertigem, #drama, #policial, #ação, #aventura, #melhoresdocinema, @CinemaEscurinho, @cinemanoescurinho

06 janeiro 2020

Globo de Ouro 2020 surpreendeu por algumas escolhas, um apresentador ofensivo e cerimônia corrida

"Era Uma Vez em... Hollywood", "Coringa" e "Parasita" confirmaram algumas de suas indicações (Fotos Divulgação)

Maristela Bretas


Com uma cerimônia mais corrida que o convencional, o 77º Globo de Ouro contou pela quinta vez com a apresentação do comediante Ricky Gervais. Fazendo piadas grotescas e comentários ofensivos aos convidados presentes, suas atuações e filmes ou séries, ele foi o ponto muito ruim da noite de premiações. Ele literalmente ligou o "foda-se" e metralhou geral, sem papas na língua e, em alguns casos, sem respeito. Totalmente dispensável e nem deveria ter participado desta edição, como havia prometido na edição passada.

Realizado em Los Angeles, o Globo de Ouro, promovido pela Associação da Imprensa Estrangeira em Hollywood (HFPA, na sigla original), premiou 25 categorias, 14 delas de cinema e 11 de TV e abriu a temporada de premiações deste ano. O grande vencedor da noite foi Quentin Tarantino, com "Era Uma Vez em... Hollywood", seu nono filme, que conquistou as estatuetas de Melhor Filme Cômico ou Musical, Melhor Roteiro e Melhor ator Coadjuvante (Brad Pitt).


A surpresa ficou para "1917", dirigido por Sam Mendes, ambientado na Primeira Guerra Mundial. Além do prêmio de Melhor Filme Dramático, levou também o de Melhor Diretor, entregue pelos atores Helen Mirren e Antonio Banderas. Sam Mendes agradeceu primeiramente a Martin Scorsese e dedicou o prêmio ao avô, que lutou na Primeira Guerra Mundial.

Com o mesmo número de estatuetas, "Coringa" confirmou duas de suas indicações; Melhor Ator - Drama, para Joaquin Phoenix, o que era mais que esperado por sua brilhante atuação, e Melhor Trilha Sonora Original para Hildur Guðnadóttir. Esta foi a sexta indicação do ator ao prêmio. Em seu discurso, ele agradeceu a todos que o aguentaram durante as filmagens.


Reese Witherspoon e Jennifer Aniston entregaram a primeira estatueta da noite para Melhor Ator em Série de TV - Musical ou Comédia, recebido por Ramy Youssef (“Ramy”). Elas continuaram no palco e anunciaram Russell Crowe (“The Loudest Voice”) como Melhor Ator em Série Limitada ou Filme para TV.

O prêmio de Melhor Ator Coadjuvante em Série, Série Limitada ou Filme para TV saiu para o ator sueco Stellan Skarsgård, de “Chernobyl”, da HBO, escolhida também como a Melhor Série Drama ou Filme para TV. Ted Danson e Kerry Washington anunciaram a vencedora do prêmio de Melhor Atriz em Série de TV - Musical ou Comédia - Phoebe Waller-Bridge (“Fleabag”). A atriz britânica subiu duas vezes ao palco para receber também o troféu de Melhor Série - Musical ou Comédia para “Fleabag”, criada, escrita e estrelada por ela.

Elton John, ao subir ao palco para anunciar "Rocketman" na disputa de Melhor Filme foi aplaudido de pé pela plateia. E teve a alegria dobrada ao confirmar a vitória em duas categorias do filme que conta parte de sua vida: Melhor Ator - Musical ou Comédia, para Taron Egerton, e Melhor Canção Original - “(I’m Gonna) Love Me Again”, composta por ele. O cantor comemorou muito a vitória e recebeu agradecimento de Tharon pelas músicas que compõe.


Kate McKinnon anunciou o prêmio Carol Burnett para Ellen DeGeneres, após fazer um breve resumo da carreira da atriz e apresentadora. Ela recebeu o prêmio de Excelência na Televisão por seu trabalho em defesa dos homossexuais e da Fundação que ela criou de proteção animal. Ellen elogiou Carol Burnett em seu discurso e falou que a atriz, presente à premiação, esteve presente em toda a sua vida. Disse que a TV inspirou tudo o que ela é hoje e que só quer fazer em seu programa com que as pessoas se sintam bem, sorriam e se inspirem para fazer o mesmo para outras pessoas.

"Parasita" confirmou seu favoritismo e vence como Melhor Filme em Língua Estrangeira. E o diretor Bong Joon-ho, acompanhado de uma tradutora, agradeceu em coreano a premiação e a oportunidade de estar junto a outros grandes diretores. E encerrou afirmando que "todos ali falam uma só língua, a do cinema".


“Succession” conquistou  o troféu de Melhor Série Dramática e garantiu também a Brian Cox o prêmio de Melhor Ator em Série de TV – Drama. Ele agradeceu aos participantes da disputa e à esposa.

Patricia Arquette nova prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante em Série, Série Limitada ou Filme para TV por “The Act”. Ela fez duras críticas ao presidente Trump e seus tweets sobre os ataques ao Irã, e lembrou o drama dos incêndios que estão devastando florestas na Austrália. Olivia Colman conquistou a estatueta de Melhor Atriz em Série de TV – Drama por “The Crown”.

“Link Perdido” desbancou grandes e caras produções como "Frozen 2", "Toy Story 4" e "Rei Leão" e conquistou a estatueta de Melhor Animação. Gwyneth Paltrow anunciou Laura Dern como Melhor Atriz Coadjuvante em Filmes por “História de um Casamento”.


Charlize Theron foi a escolhida para entregar o prêmio Cecil B de Mille a Tom Hanks por sua importância no cinema. A atriz fez grandes elogios à pessoa e ao colega de trabalho, seu primeiro incentivador na carreira. Em seguida houve a exibição de um clipe com os sucessos do ator em todos os anos de cinema. Ele foi aplaudido de pé pelo público, e agradeceu a todos os presentes e, principalmente ao amor e paciência de sua família.

Com mais de 40 premiações em sua carreira, Michelle Williams foi a escolhida para receber a estatueta de Melhor Atriz em Série Limitada ou Filme para TV por “Fosse/Verdon”. Ela fez um discurso feminista e pediu maior consciência e engajamento das mulheres na hora de eleger seus representantes.

“Chernobyl” foi reconhecida com o prêmio de Melhor Série Limitada ou Filme para TV e Melhor Ator Coadjuvante em série, minissérie ou filme para TV - Stellan Skarsgård. Chris Evans e Scarlett Johansson entregaram a premiação de Melhor Atriz em Filme - Musical ou Comédia a Awkwafina, por "A Despedida", primeira indicação que a atriz recebe no Globo de Ouro.

Ramy Malek anunciou Renée Zellweger como Melhor Atriz de Filme - Drama por sua interpretação de Judy Garland no filme "Judy: Muito Além do Arco-Íris", que conta um período conturbado da vida da estrela dos grandes musicais de Hollywood. A última premiação da noite, de Melhor Filme - Drama - foi entregue por Sandra Bullock a "1917" a Sam Mendes. A produção estreia dia 23 de janeiro nos cinemas brasileiros.



LISTA DOS VENCEDORES

CINEMA

Melhor Filme - Drama: 1917

Melhor Atriz - Drama: Renée Zellweger ("Judy: Muito Além do Arco-Íris")
Melhor Ator de Filme – Drama: Joaquin Phoenix (“Coringa”) - https://bit.ly/2s1y1Io
Melhor Filme - Musical ou Comédia: Era Uma vez em... Hollywood
Melhor Diretor : Sam Mendes (“1917”)
Melhor Roteiro: Quentin Tarantino (“Era uma Vez em... Hollywood”)
Melhor Atriz  - Musical ou Comédia: Awkwafina (“A Despedida”)
Melhor Ator - Musical ou Comédia: Taron Egerton ("Rocketman")
Melhor Ator Coadjuvante: Brad Pitt ("Era uma Vez em... Hollywood")
Melhor Atriz Coadjuvante: Laura Dern (“História de um Casamento”)
Melhor Filme em Língua Estrangeira: Parasita” (Coreia do Sul) - dirigido por Bong Joon-ho
Melhor Animação:“Link Perdido”
Melhor Canção Original: “(I’m Gonna) Love Me Again” (“Rocketman”)
Melhor Trilha Sonora Original: Hildur Guðnadóttir (“Coringa”)

TV

Melhor Série – Drama; “Succession”
Melhor Atriz em Série de TV – Drama: Olivia Colman (“The Crown”)
Melhor Ator em Série de TV – Drama: Brian Cox (“Succession”)
Melhor Série - Musical ou Comédia:“Fleabag”, criada, escrita e estrelada por Phoebe Waller-Bridge
Melhor Atriz em Série de TV - Musical ou Comédia: Phoebe Waller-Bridge (“Fleabag”)
Melhor Ator em Série de TV - Musical ou Comédia: Ramy Youssef (“Ramy”)
Melhor Série Limitada ou Filme para TV: “Chernobyl”
Melhor Atriz em Srie Limitada ou Filme para TV: Michelle Williams (“Fosse/Verdon”)
Melhor Ator em Série Limitada ou Filme para TV: Russell Crowe (“The Loudest Voice”)
Melhor Atriz Coadjuvante em Série, Série Limitada ou Filme para TV: Patricia Arquette (“The Act”)
Melhor Ator Coadjuvante em Série, Série Limitada ou Filme para TV: Stellan Skarsgård (“Chernobyl”)

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31 dezembro 2019

Os melhores filmes de 2019 pela turma do Cinema no Escurinho


Da Redação


Colaboradores e seguidores do @cinemanoescurinho viram vários filmes ao longo de 2019 e cada um fez a sua lista dos dez que foram seus preferido no ano. Do diretor Joon-ho Bong, o sul-coreano "Parasita" predomina entre as indicações como uma produção que merece ser assistida. O suspense "Bacurau", dirigido por Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, mostra um novo cinema nacional, cada vez melhor e despontando nos festivais internacionais. 

Também entre os mais indicados está "O Irlandês", com direção de Martin Scorsese e um grande elenco formado por Robert De Niro, Joe Pesci e Al Pacino. Se você deixou passar algum deles, seguem abaixo as dicas do blog com os links das críticas publicadas por essa turma que curte cinema. Curta, compartilhe e boa diversão!

Wallace Graciano
- Parasita - (Coreia do Sul) - suspense
- Coringa (EUA/Canadá) - drama
- Dor e Glória (Espanha) - drama
- Era uma Vez em… Hollywood (EUA) - drama / comédia
- Cafarnaum (Líbano) - drama
- Bacurau (Brasil) - suspense / drama
- Nós (EUA) - terror / suspense
- Rocketman (Reino Unido) - musical / biografia
- Toy Story 4 (EUA) - animação / aventura
- A Vida Invisível (Brasil) - drama


Jean Piter
 - Vingadores Ultimato (EUA) - Ação / Aventura / Fantasia
- O Irlandês (EUA/Canadá) - drama
- Coringa (EUA/Canadá) - drama
- Dois Papas (Reino Unido/Itália/Argentina/EUA) - drama
- Bacurau (Brasil) - suspense /drama
- Cafarnaum (Líbano) - drama
- Dor e Glória (Espanha) - drama
- História de Um Casamento (EUA) - drama
- Parasita - (Coreia do Sul) - suspense
- Toy Story 4 (EUA) - animação / aventura


Carol Cassese
- Bacurau (Brasil) - suspense / drama
- Dois Papas (Reino Unido / Itália / Argentina / EUA) - drama
- No Coração do Mundo (Brasil) - drama
- Parasita - (Coreia do Sul) - suspense
- História de Um Casamento (EUA) - drama
- Entre Facas e Segredos (EUA) - suspense / drama 
- Dor e Glória (Espanha) - drama 
- Democracia em Vertigem (Brasil) - documentário
- Rocketman (Reino Unido) - musical / biografia
- O Professor Substituto (França) - suspense


Maristela Bretas
- Vingadores Ultimato (EUA) - Ação / Aventura / Fantasia
- Nós (EUA) - terror / suspense
- Bacurau (Brasil) - suspense /drama
- Entre Facas e Segredos (EUA) - suspense / drama 
- Coringa (EUA / Canadá) - drama
- Toy Story 4 (EUA) - animação / aventura
- Ford vs Ferrari (EUA) - biografia / drama
- Crime Sem Saída - (EUA) - suspense / ação
- Rocketman (Reino Unido) - musical / biografia
- O Farol (Canadá / EUA) - Terror / Suspense / Drama




Mirtes Helena Scalioni
- Parasita - (Coreia do Sul) - suspense
- Todos Já Sabem (Espanha / França / Itália) - suspense / drama
- Tudo o Que Tivemos (EUA) - drama 
Bacurau (Brasil) - suspense /drama
Dor e Glória (Espanha) - drama 
- O Professor Substituto (França) - suspense
Era uma Vez em… Hollywood (EUA) - drama / comédia
A Odisseia dos Tontos (Argentina / Espanha) - drama / aventura / comédia
- Assunto de Família (Japão) - drama
- Querido Menino (EUA) - drama


Nossa seguidora Patrícia Cassese também quis dar sua colaboração aos leitores do blog e mandou sua lista. Confira abaixo:

- Parasita - (Coreia do Sul) - suspense
Bacurau (Brasil) - suspense /drama
- A Vida Invisível (Brasil) - drama
Coringa (EUA/Canadá) - drama
- O Irlandês (EUA/Canadá) - drama
No Coração do Mundo (Brasil) - drama
Democracia em Vertigem (Brasil) - documentário
Dor e Glória (Espanha) - drama
- História de Um Casamento (EUA) - drama
Nós (EUA) - terror / suspense

Tags: #MelhoresFilmesDe2019, #Parasita, #VingadoresUltimato, #OIrlandes, #Bacurau, #HistoriasdeUmCasamento, #ToyStory4, #Coringa, #Nós, #Rocketman, @cinemaescurinho, @cinemanoescurinho

03 outubro 2019

"Coringa" de Joaquin Phoenix é digno de aplausos e Oscar

A maquiagem de palhaço esconde um homem frio e violento, que não se arrepende de seus atos (Fotos: Niko Tavernise/Warner Bros. Pictures)

Maristela Bretas


Falar de Coringa sem citar o Batman é possível? Joaquin Phoenix mostra que sim e está fantástico na pele do maior inimigo do homem morcego, mesmo sem este ainda existir. "Coringa" ("Joker"), que estreia nesta terça-feira, é a consagração do ator, que sofre uma transformação completa, especialmente física (ele está esquálido) e emocional. O personagem ganha um filme à sua altura, brilhando em quase todos os quesitos - fotografia, trilha sonora, figurino e efeitos visuais. Só faltou mais ação. Apesar de várias críticas de que se trata de um filme muito violento, a classificação é 16 anos e, as cenas mais chocantes ocorrem somente nos 15 minutos finais. E ainda ficam bem atrás da violência de "Rambo - Até o Fim" e do brasileiro "Bacurau", ambos em cartaz nos cinemas, com classificação 18 anos. Claro que cada um dentro de seu contexto.



O diretor Todd Phillips conta passo a passo a trajetória de Arthur Fleck (Joaquin Phoenix), um homem com distúrbios mentais que trabalha como palhaço em eventos. A violência diária, a qual todos nós estamos sujeitos, vai transformando a personalidade do pacato cidadão que cuida da mãe e assiste programas de TV, especialmente o de Murray Franklin (vivido por Robert De Niro). E deixando surgir o Coringa - um psicopata frio, vingativo, explosivo e líder carismático. Mas que ao mesmo tempo gosta de crianças e reconhece aqueles que não o ridicularizaram.



Os momentos de violência contra Fleck chegam a fazer o público se identificar com ele e até justificar muitas das atrocidades que comete ao assumir aos poucos a personalidade do Coringa. O palhaço sem graça, como é chamado por alguns, tem uma raiva contida, sofre com o preconceito, é ridicularizado por seu corpo disforme e a risada insistente e incontrolável. A cada fato novo na vida do Coringa a origem de seu comportamento perturbado vai sendo revelada, aumentando o desprezo dele pelo mundo e pelas pessoas. 


Apesar de alongar demais algumas cenas, a trama envolve o espectador. Houve uma grande do diretor e também roteirista Todd Phillips em explicar detalhes mínimos mas importantes da personalidade e da vida do Coringa. Inclusive como surgiu sua ligação com a família Wayne. Em alguns momentos, o filme chega a ficar um pouco repetitivo, como observou um dos convidados da pré-estreia realizada na terça-feira em BH. O que não tira o brilho da atuação soberba de Joaquin Phoenix, que dá ao Coringa a melhor interpretação que ele poderia merecer. Assim como fez Heath Ledger, que conquistou merecidamente o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, vivendo o vilão em "Batman - O Cavaleiro das Trevas" (2008), de Christopher Nolan.



Na história atual,. Arthur Fleck (Joaquin Phoenix) trabalha como palhaço para uma agência de talentos e, toda semana, precisa se apresentar à agente social, por causa de seus conhecidos problemas mentais. Após ser demitido, Fleck reage mal à gozação de três homens em pleno metrô e os mata. Os assassinatos iniciam um movimento popular contra a elite de Gotham City, da qual Thomas Wayne (Brett Cullen) é seu maior representante. 


E foi o receito de um despertar da massa que deixou autoridades norte-americanas de sobreaviso para uma possível onda de violência pelo país, tomando o filme como modelo. O temor levou alguns donos de salas de cinema a se recusarem exibir o filme. "Coringa" é violento sim. Mas a abordagem psicológica e o que ela é capaz de provocar em pessoas insatisfeitas é muito mais perigosa. Como acontece com os moradores de Gotham City, deixados à própria sorte em uma cidade decadente e sem lei. E o diretor soube dar o peso certo ao assunto. "Coringa" é imperdível e o personagem merece conquistar seu segundo Oscar, desta vez de Melhor Ator para Joaquin Phoenix. Simplesmente perfeito.


Ficha técnica:
Direção e roteiro: Todd Phillips
Produção: DC Entertainment / Warner Bros Pictures / Village Roadshow Pictures
Distribuição: Warner Bros Pictures
Duração: 2h02
Gênero: Drama
Países: EUA/Canadá
Classificação: 16 anos
Nota: 5 (0 a 5)

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