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28 junho 2023

"Ruby Marinho: Monstro Adolescente" - Uma divertida animação para falar de família e adolescência

Simpática e inocente, a jovem kraken quer conhecer o mundo e fazer amizades (Fotos: DreamWorks Animation)


Maristela Bretas


As mudanças provocadas pela adolescência, relação familiar e aceitação pelos colegas são temas que já foram muitas vezes abordados em animações. Mas sempre ha uma nova forma de mostrar esses assuntos, especialmente se for com diversão, aventura, muitas cores e animais marinhos simpáticos. 

E é isto que o público vai encontrar em "Ruby Marinho: Monstro Adolescente", que estreia nesta quinta-feira (29) nos cinemas. Dirigida pelo cineasta indicado ao Oscar Kirk DeMicco. Pela primeira vez, uma animação da DreamWorks é dublada em São Paulo - elas sempre foram feitas no Rio de Janeiro.  


A animação nos apresenta a jovem Ruby Marinho (dublada por Lana Condor e, em português, por Agatha Paulita). No auge dos seus 15 anos, com a rebeldia típica da idade, ela só quer conhecer o mundo, ser aceita pelos demais colegas e criar coragem para se declarar para o humano Connor (Jaboukie Young-White/Gabriel Santana), um colega da aula de matemática.  


Ruby cresceu em uma cidade litorânea na Flórida e, como todo adolescente, tem vergonha de sua família. O que ela não sabe e vai descobrir de uma maneira inesperada, é que vem de uma família de monstros marinhos muito poderosos. 

A jovem vive em constante conflito com a mãe Agatha (voz original de Toni Collette e dublagem nacional de Adriana Pissardini), que não quer que ela faça as coisas normais de uma adolescente para não colocar sua identidade em risco. 

Irônico, uma vez que a jovem tem pele azul (como uma Smurff) e fala para todo mundo que é diferente por ser do Canadá. 


Para piorar, Agatha é uma mãe superprotetora que esconde dos filhos segredos sobre seu passado e o conflito com a mãe, a Rainha Guerreira dos Sete Mares, cuja voz original é de Jane Fonda (dublada em português por Patrícia Scalvi).

A chegada de Chelsea (Annie Murphy/Giovana Lancellotti) à escola vai revolucionar a vida de Ruby. Ela é a aluna bonita, corpão e cabelo parecendo propaganda de xampu e se torna o centro das atenções. 

A novata logo se aproxima da inocente jovem monstro e se torna sua melhor amiga e passa a incentivá-la a se assumir e enfrentar a mãe. 


A animação reforça o poder das mulheres, que aqui são representadas pelas figuras marinhas. Somente elas podem se tornar gigantes. 

Já os machos são pequenos e funcionam como coadjuvantes, mas bem divertidos, especialmente Brill (Sam Richardson /Rodrigo Araújo), tio de Ruby.


Outro ponto que chama a atenção é a transformação de Ruby em uma gigantesca e desengonçada kraken roxa, com as mudanças no corpo e no humor, como acontecem na adolescência. 

Alterações provocadas pela puberdade e relação entre pais e filhos nesta fase da vida já foram temas de outras animações, como "Meu Malvado Favorito 3" (2017), "Divertida Mente" (2015), "Elementos" (2023) e "Red - Crescer é uma Fera" (2021), da Disney.


Para as crianças, o colorido e os bichinhos do fundo do mar serão as atrações do filme e nem vão se assustar com a vilã. Enquanto os adultos, especialmente mães e adolescentes, vão se identificar com as reações de Ruby e as relações familiares. 

"Ruby Marinho: Monstro Adolescente" emociona, tem personagens bem divertidos, simpáticos e fofinhos. Uma animação que vale a pena ser conferida em família.


Ficha técnica:
Direção: Kirk DeMicco e Faryn Pearl
Produção: DreamWorks Animation e Universal Pictures
Distribuição: Universal Pictures Brasil
Exibição: nos cinemas
Duração: 1h31
Classificação: Livre
País: EUA
Gêneros: animação, comédia, família, aventura

05 janeiro 2023

"Gato de Botas 2 - O Último Pedido" é aventura, emoção e um olhar de derreter coração

Novamente dublado por Antônio Banderas, o famoso felino enfrenta seu pior inimigo (Fotos: Universal Pictures)


Maristela Bretas


Junte coragem, astúcia, um olhar carente de um felino e temos "Gato de Botas 2: O Último Pedido" ("Puss in Boots: The Last Wish"), que estreou em dezenas de salas de cinemas do país. 

E não é a toa que a mais recente produção da Dreamworks Animation tomou o espaço de vários outros lançamentos. A animação é divertida, emociona, tem aventura, romance, saudosismo e um roteiro que prende do início ao fim, com uma bela mensagem, como deve ser um bom conto de fadas.


Apesar de ser uma continuação, "Gato de Botas 2: O Último Pedido" não requer que o primeiro filme tenha sido assistido. Mas vale a pena conferir o anterior, de 2011, que foi indicado ao Oscar. 

Também vale rever "Shrek 2 e 3", quando o personagem fez sua primeira aparição e ganhou uma legião de fãs. Estas três animações com a presença do Gato de Botas arrecadaram juntas mais de US$ 3,5 bilhões em todo o mundo.


Fanfarrão, destemido, louco por leite, capaz de derreter o mais gélido dos corações, o Gato de Botas usa todas as suas armas para vencer os inimigos, conquistar seguidores e recuperar um grande amor perdido.

Mas tantas aventuras também cobram seu preço (e vidas). Agora, o Gato de Botas (novamente dublado por Antônio Banderas na versão original e Alexandre Moreno, em português) terá que enfrentar seu maior inimigo: a morte. 


E será ela que fará com que o herói reveja tudo o que passou e perdeu em suas andanças. Como todo felino, ele tem nove vidas, mas oito delas já foram perdidas (ou aproveitadas, depende do ponto de vista).  

E é esta última que ele precisa fazer de tudo para preservar, nem que seja se aposentando e virando um gato doméstico. Ou procurando a Estrela do Desejo, escondida na Floresta Sombria. 


Para isso, o destemido fora-da-lei terá de pedir ajuda a novos e velhos amigos, como o tagarela, incansavelmente otimista, Perrito (Harvey Guillen e ótima dublagem em português de Marcos Veras). 

Ele é o mais divertido e mais fofo (mesmo não sendo o mais bonito) da história. Além da ex-parceira e sedutora gata Kitty Pata Mansa (Salma Hayek/Miriam Ficher). 


Mas a Estrela do Desejo também é procurada por antigos inimigos de nosso espadachim de quatro patas e isso vai tornar a jornada bem mais perigosa e emocionante. 

Ótimas lutas, muita cor e adrenalina, a trajetória deste herói é relembrada em flashes de animações passadas que ele participou. Não poderia ser diferente em sua última vida. 

A ótima trilha sonora completa a produção e foi composta pelo brasileiro Heitor Pereira, responsável por sucessos como "Minions" (2015) e "Meu Malvado Favorito 3” (2017). 


Entre os inimigos estão Cachinhos Dourados (Florence Pugh/Giovanna Ewbank), uma engraçada versão dos Três Ursos - Mamãe (Olivia Colman/Isabela Quadros), Papai (Ray Winstone/Ricardo Rossatto) e Bebê Urso (Samson Kayo/Sérgio Malheiros), o gigantesco João Trombeta (Bernardo Legrand) e Lobo Mau (Wagner Moura), um caçador de recompensas.


A animação usa situações engraçadas, com personagens e objetos marcantes de contos de fadas famosos, que fazem o público relembrar a infância, como um certo sapatinho de cristal e um grilo falante.

Mas cuidado, o Gato de Botas tem uma arma capaz de destruir o pior dos inimigos: o arrasador olhar de gatinho pidão, difícil de resistir. Quer saber como? Vá ao cinema e confira esta  emocionante aventura. Uma excelente opção de lazer para a família nestas férias.


Ficha técnica:
Direção: Joel Crawford
Produção: DreamWorks Animation
Distribuição: Universal Pictures
Exibição: nos cinemas
Duração: 1h42
Classificação: Livre
País: EUA
Gêneros: animação, aventura, família, comédia