Filme aborda a vida de um dos nomes mais importantes do movimento expressionista (Fotos: Alamode Film/Divulgação) |
Wallace Graciano
Início do Século XX e a Áustria era tida como o berço artístico do mundo. O pensamento elevado e a criatividade pairavam no ar de Viena, exalando conhecimento e criatividade. Não à toa, essa aura trouxe mentes brilhantes e controversas, como Egon Schiele, um dos mais exuberantes pintores de que se tem notícia, e que tem sua vida retratada em “Egon Schiele – Morte e Donzela”. O filme está em exibição no Net Cineart Ponteio Premier, em sessões às 16h30 e 21h10.
Ao longo da película fica claro que sua personalidade foi a maior chaga, mas também o imortalizou. Esse, talvez, seja o maior pecado da trama, que não consegue dar o teor dramático que circunda Schiele, muito por Saavedra, que não consegue transmitir o lado sedutor do personagem.
Em “Morte e Donzela”, Dieter Berner conseguiu ambientar o roteiro (dividido com a escritora Hilde Berger, autora do livro homônimo) dentro do contexto histórico e explorando as nuances da época com vastos recursos visuais. Faltou, apenas, expor ao público toda a carga emocional que o personagem exige. Um artista que usava os desenhos como forma de fugir da realidade e, de alguma forma, lidar com ele.
Ficha técnica:
Direção e roteiro: Dieter Berner
Produção: Amour Fou Luxembourg
Distribuição: Cineart Filmes
Duração: 1h50
Gêneros: Drama / Biografia / Histórico
Países: Áustria / Luxemburgo
Classificação: 14 anos
Nota: 3,5 (0 a 5)
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