Mostrando postagens com marcador #GeorgeMiller. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador #GeorgeMiller. Mostrar todas as postagens

23 maio 2024

Anya Taylor-Joy só quer vingança em "Furiosa: Uma Saga Mad Max"

Com boas interpretações e muita ação, longa conta a origem da guerreira vivida por Charlize Theron no longa de 2015 (Fotos: Warner Bros. Pictures)


Maristela Bretas


Um alerta inicial: aconselho assistir (ou rever) o longa "Mad Max: Estrada da Fúria" (2015) para entender melhor a produção. Simplesmente porque "Furiosa: Uma Saga Mad Max" ("Furiosa: A Mad Max Saga"), que estreia nesta quinta-feira (23) vai explicar a origem da icônica personagem do título, seu ódio e desejo de vingança.

Claro que no final a ligação com o filme anterior será apresentada, mas até chegarmos lá, é bom saber quais as pontas que ficaram soltas da película exibida há 9 anos. Um grande sucesso, como outras da franquia "Mad Max", que começou em 1979 com Mel Gibson e Tina Turner no elenco.


Ninguém melhor para dar continuidade, ou melhor, para explicar como tudo começou, que o diretor George Miller. Ele é responsável também pelo longa de 2015, que arrecadou mais de US$ 380 milhões e recebeu nove estatuetas do Critics Choise Awards 2016 e outras nove indicações ao Oscar no mesmo ano.

Charlize Theron arrasou quando interpretou Furiosa, a guerreira careca que tinha um braço mecânico, usava uma pintura escura sobre os olhos e enfrentou as gangues mais perigosas do deserto para salvar mulheres escravas e sua tribo.

Anya Taylor-Joy não deixou por menos e contou bem, com pouquíssimas palavras e uma presença marcante, a origem da personagem. Os olhos da jovem expressam todo o ódio que ela carrega desde a infância, quase que justificando toda a brutalidade de seus atos. 


Ao mesmo tempo em que Furiosa fala pouco, o excesso de palavras fica por conta de Chris Hemsworth. Ele está muito bem como Dementus, o senhor da guerra e líder de uma das gangues do deserto. 

Esse talvez seja um dos melhores filmes do ator nos últimos tempos. Mesmo ele insistindo no jeito caricato e debochado que marcou sua carreira como o Thor, o Deus do Trovão, o que tira um pouco da seriedade exigida em alguns momentos de seu Dementus. 


Não sei se vai incomodar muito ao público, mas com a intenção de explicar o que levou a humanidade ao caos completo, George Miller pode ter exagerado no tempo de infância de Furiosa. Demorou muito até que a menina que sofreu nas mãos de líderes guerreiros atingisse a fase adulta.

Em "Furiosa: Uma Saga Mad Max", o público vai conhecer a história de origem da guerreira renegada, narrando sua jornada durante 15 anos até se unir a Max em "Mad Max: Estrada da Fúria" (2015). 


O enredo segue a jovem Furiosa (vivida por Alyla Browne) sequestrada de seu lar pela gangue de Dementus, depois seguindo como prisioneira dele até a Cidadela, dominada pelo Immortan Joe (Lachy Hulme), outro que também faz parte do elenco do filme anterior. 

Enquanto os dois tiranos disputam o domínio, Furiosa planeja sua vingança contra aqueles que tanto mal lhe fizeram no passado e ainda tenta retornar a seu lar. A menina corajosa havia se tornado uma guerreira brutal. Anya Taylor-Joy passa tão bem esta carga emocional quanto Charlize Theron o fez em "Estrada da Fúria".


Outro destaque é a parte técnica. Seguindo a tradição da saga (quebrada apenas por "Estrada da Fúria"), o longa foi filmado nos desertos de Nova Gales do Sul, na Austrália. As imagens e o figurino são surpreendentes e o CGI foi muito bem empregado pelo diretor.

Sem falar na ótima trilha sonora entregue por Junkie XL, que deu uma nova roupagem ao sucesso de David Bowie, "The Man Who Sold The World". Para quem acompanha e curte a franquia, não deixe de conferir "Furiosa: Uma Saga Mad Max" nos cinemas, especialmente se for numa sala Imax.


Ficha técnica:
Direção e roteiro: George Miller
Produção: Village Roadshow Pictures, Warner Bros. Pictures
Distribuição: Warner Bros. Pictures
Exibição: nos cinemas
Duração: 2h28
Classificação: 12 anos
País: EUA
Gêneros: ação, ficção