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15 março 2025

"Vitória", mais um brilhante trabalho da insuperável Fernanda Montenegro

Filme conta a história de uma idosa que filmou e denunciou o tráfico e a corrupção policial na comunidade
 ao lado de seu prédio (Fotos: Sony Pictures)


Maristela Bretas


Para a diva do teatro, TV e cinema, Fernanda Montenegro, parar de atuar é uma situação que está longe de acontecer. Depois de encerrar, com perfeição, o sucesso "Ainda Estou Aqui" no papel de Eunice Paiva no final da vida, a atriz estreou essa semana nos cinemas o filme “Vitória", do diretor Andrucha Waddington ("Sob Pressão" - 2016).

E o público pode esperar mais da Fernandona, como é carinhosamente chamada. É dela a narração perfeita e pontuada do emocionante documentário "Milton Bituca Nascimento", que estreia dia 20 nos cinemas. Este está sendo, definitivamente, o ano das 'Fernandas', Montenegro e Torres, mãe e filha.


"Vitória" conta a história de coragem, força e resiliência da idosa Joana Zeferino da Paz, a Dona Nina. Cansada de assistir à rotina diária de traficantes e policiais corruptos que aterrorizavam a comunidade ao lado de seu apartamento em Copacabana, ela decide filmar e denunciar às autoridades tudo o que acontece no local. Sua denúncia colocou fim a esse esquema na época.

Idosa, sozinha e de poucos, mas fiéis amigos, não admitia injustiças, especialmente contra crianças. Seu protegido foi Marcinho (ótima atuação de Thawan Lucas), o garoto que ela tentou proteger da influência do tráfico. Uma frase dita por Dona Nina exemplifica bem sua posição: "O perigo não vem das crianças, vem da janela". 


A verdadeira Dona Vitória poderia se chamar Maria, como muitas outras mulheres comuns. "Teve força, raça e gana sempre", como diria Milton Nascimento. Alagoana, negra, aposentada e sempre batalhadora, aos 80 anos se cansou de conviver com a violência e o descaso das autoridades e resolveu agir.

Para ela, era um absurdo as pessoas se calarem diante de tanta corrupção, e a ideia de filmar o que acontecia foi a forma de conseguir provas para denunciar a situação, mesmo que isso significasse colocar sua vida em risco. 

Na busca pela paz e pelo fim dos tiroteios e balas perdidas diários que atingiam prédios e moradores, ela iniciou sua cruzada contando com o apoio do jornalista Fábio Godoy, muito bem interpretado por Alan Rocha. 


Destaque também para Linn da Quebrada, no papel de Bibiana, a moradora trans do prédio, que também se torna amiga de Dona Nina. No elenco temos ainda Laila Garin (a inspetora de Polícia Laura Torres), Thelmo Fernandes (o síndico Seu Osvaldo) e Marcio Ricciardi (Major Messias).

Chamam atenção também no filme as belas imagens de Copacabana, com suas praias e calçadões, em contraste com o cotidiano da violência armada dos morros, tão próximos. 

O som também é ponto importante na narrativa, desde o barulho do trânsito caótico das ruas, às velhas canções da MPB tocadas na vitrola de Dona Nina. E o mais angustiante deles, o das rajadas de metralhadoras e gritos que cortam a noite na vizinhança.


De Nina para Vitória

Mas, por que o nome Vitória? Após as denúncias feitas ao alto escalão da polícia e a história com as provas ser publicada nos jornais, Dona Nina precisou ganhar nova identidade, entrou para o Programa de Proteção às Testemunhas, mudou de endereço e passou a se chamar Vitória Joana da Paz. 

O filme é uma adaptação livre do livro "Dona Vitória Joana da Paz" do jornalista Fábio Gusmão, que publicou o caso em 24 de agosto de 2005, mas só revelou a nova identidade da personagem após sua morte em fevereiro de 2023, no livro. 

Segundo o autor, era desejo de Dona Vitória ser interpretada no cinema por Fernanda Montenegro, uma de suas atrizes favoritas.

A verdadeira Dona Vitória (Foto: Arquivo Pessoal)

Além de ser uma determinação por causa da proteção legal, a não divulgação foi uma promessa feita à amiga, mesmo Dona Vitória não se importando em ter o nome divulgado. Para ela, perder a identidade original era mais uma das muitas perdas sofridas ao longo da vida.

O cotidiano de solidão, falas e caminhadas mais lentas mostram bem a vida de Vitória, para quem uma simples xícara quebrada tinha um significado muito especial. Em vários momentos da trama, ela está tentando colar os pedaços da antiga peça de porcelana, como se estivesse fazendo o mesmo com sua vida. 

A velhice e a possibilidade de perder o pouco que tinha se refletem nos cacos da xícara que nunca mais vai ficar perfeita. Como ela.


"Vitória" é envolvente, tenso, real e atual ao abordar a criminalidade, o desrespeito aos idosos e a solidão. Fernanda Montenegro se expõe sem esconder as marcas e restrições na fala e movimentos de seus bem-vividos 95 anos. São estas características que reforçam e tornam sua interpretação mais forte e emocionante.

O roteiro do longa é assinado por Paula Fiuza e direção inicial de Breno Silveira, que infelizmente faleceu no início das filmagens. Foi substituído por Andrucha Waddington, que entregou um grande trabalho.

Assistir Fernanda Montenegro em ação é uma oportunidade imperdível, mais ainda três vezes no mesmo ano. Recomendo conferir nos cinemas os três filmes - "Ainda Estou Aqui", "Vitória" e, na próxima semana, "Milton Bituca Nascimento".


Ficha técnica:
Direção: Andrucha Waddington
Roteiro: Paula Fiuza e Breno Silveira
Produção: Conspiração Filmes e coprodução MyMama Entertainment e Globoplay
Distribuição: Sony Pictures
Classificação: 16 anos
Exibição: nos cinemas
País: Brasil
Gêneros: drama criminal

03 dezembro 2024

JustWatch divulga lista dos filmes de Natal mais transmitidos



Da Redação

O JustWatch acaba de lançar sua mais recente lista dos Top 10s, bem como um relatório de catálogo de provedores para a temporada de festas. Usando os gráficos de streaming, o site, parceiro do Cinema no Escurinho, determinou os filmes de Natal mais transmitidos entre 2023 e 2024 no Brasil. Saiba mais sobre o JustWatch clicando aqui.

Também determinou o número exato de filmes de Natal que estão disponíveis para transmissão e qual provedor tem o maior número. 

Para quem não conhece, o JustWatch é um serviço online gratuito que ajuda a encontrar filmes e séries de TV disponíveis em serviços de streaming. O serviço tem suporte para português e pode ser acessado por site ou aplicativo, compatível com os sistemas iOS e Android.


29 setembro 2023

"Notícias Populares" resgata o jornalismo sensacionalista dos anos 1990

Série nacional celebra os 25 anos do Canal Brasil com sete episódios a cada sexta-feira, a partir de hoje
(Fotos: Arthur Costa/Canal Brasil)


Eduardo Jr.


O jornal “Notícias Populares”, que fez fama em São Paulo pelas manchetes e pautas escandalosas, está de volta aos holofotes. Mas agora em formato audiovisual. A publicação, que circulou entre 1963 até 2001 virou série, batizada com o mesmo nome. A estreia acontece nesta sexta-feira (29) e a primeira temporada tem sete episódios gravados, com exibição a cada sexta-feira, sempre às 22h30.

A produção é parte das comemorações dos 25 anos do Canal Brasil e também será disponibilizada no Globoplay +. André Barcinski e Marcelo Caetano assinam a criação e o roteiro da obra, que traz de volta algumas das matérias que viralizaram (antes mesmo de o termo entrar na moda).


Para quem não conheceu o jornal, será a chance de se espantar e se divertir com casos como o do “bebê diabo”, a “revolta das prostitutas”, ou tentar desvendar alguns easter eggs, como o da atriz da novela das oito que mantinha um romance regado a drogas com outro ator durante as gravações.

Caminhando entre a comédia e o absurdo, a série traz sete capítulos, de aproximadamente 45 minutos cada. A história se passa em 1993, uma época em que assinatura de jornal não era tendência, sendo preciso fazer com que as notícias vendessem o máximo possível de jornais impressos. 

“Notícias Populares” é uma série de ficção, baseada no humor popular e nos excessos. Um exemplo disso vem logo nas primeiras cenas, que mostram um homem de cueca em pleno ambiente de trabalho, e na parede, muita mulher pelada. Está dado o recado de que aquele é um ambiente machista.


A trama começa a se movimentar com a chegada de uma correspondente internacional, que sai de Paris para modernizar o jornal (que é uma subdivisão de menor prestígio da Folha de São Paulo). 

O editor Matias, vivido por Rui Ricardo Diaz (“Lula, O Filho do Brasil”, 2009), apresenta essa nova colega como uma profissional que veio “direto do rio Sena para o rio Tietê”.

A reação de incredulidade que temos diante dessa frase é a mesma que se estampa no rosto da jornalista Paloma Fernandes, personagem da atriz Luciana Paes (“Divórcio”, 2017) ao se deparar com aquela redação bagunçada. 

E a redação é um caso à parte. O cenário poluído, com muitas cores, foi reconstruído no prédio da Folha de São Paulo, a partir de imagens da antiga sala onde o jornal funcionou.


Também foram resgatados alguns objetos originais da equipe do "NP". Chega a lembrar Almodóvar. Inclusive, uma das personagens do cineasta espanhol, Andrea Caracortada (papel de Victoria Abril, no filme “Kika”, 1993), serviu de inspiração para Bruna Linzmeyer (“O Filme da MinhaVida”, 2017) dar vida a Rata, uma repórter de TV que atravessa o caminho do periódico.

O jornal marcou seu nome na história não só por trazer assuntos que paralisavam trabalhadores em frente às bancas de revistas, mas também por falar a língua do povo, se distanciando das redações silenciosas e sem emoção, frequentemente retratadas em Hollywood.

Na coletiva on-line para lançamento da série, conversamos com os diretores e elenco, e descobrimos que o "NP" teve a primeira colunista social negra. O papel da personagem Greta ficou a cargo da atriz Ana Flávia Cavalcanti (“Corpo Elétrico”, 2017).


O elenco conta também com Ary França (“45 do Segundo Tempo”, 2022) e Rejane Faria (“Marte Um”, 2022). A atriz mineira vive a fotógrafa Marina, e por meio dela se percebe que o "Notícias Populares" atuava numa ética diferente. 

Em nome de uma boa foto, ela pede pra polícia alterar uma cena de crime, virando para a câmera o rosto de um bandido, morto por um justiceiro que era considerado herói na comunidade.

Com isso, a série nos convida a refletir que isto não é fator de condenação para o jornal. Segundo Rui Ricardo Diaz, o "NP" era um microcosmo do país. 

Se, assim como nos anos 1990, ainda hoje convivemos com pedidos de vingança contra a criminalidade, com manchetes que parecem ter sido inventadas de tão absurdas, o jornal está errado em refletir aquilo que somos enquanto sociedade?


A criação de conteúdo e os métodos de investigação do “Notícias Populares” foram traduzidos para as gerações atuais graças ao conhecimento do diretor. 

Barcinski foi repórter do “NP” e, além de ter vivido parte daquela história, pesquisou mais de mil exemplares para selecionar quais seriam as histórias representadas na série. O resultado promete divertir.

Nos episódios liberados para a equipe do Cinema no Escurinho, algumas subtramas ficam pelo caminho, mas é possível que sejam esmiuçadas no futuro, caso se concretize uma segunda temporada. 

A gerente de programação, aquisições e projetos do Canal Brasil, Marina Pompeu, disse que será preciso um teto financeiro mais favorável para executar uma continuação da série. Para um jornal que estampou na capa a espantosa manchete “Jacaré cocô levou meu filho”, material é que não falta!


Ficha técnica:
Direção: André Barcinski e Marcelo Caetano
Produção: Kuarup Produção e Canal Brasil
Exibição: todas as sextas-feiras, no Canal Brasil, com reprises nas segundas, às 2h15; terças, às 21h45; madrugadas de quarta para quinta, à meia-noite
Duração: 45 minutos
País: Brasil
Gênero: comédia

03 janeiro 2023

Confira os melhores filmes de 2022 escolhidos pela equipe do Cinema no Escurinho

Fotos: Divulgação

 

Equipe Cinema no Escurinho


Alguns dos integrantes do blog Cinema no Escurinho escolheram seus filmes preferidos de 2022. Sem fugir dos blockbusters, fizemos uma seleção do que ainda está no cinema e das produções em exibição nas plataformas de streaming.

Houve um consenso de que os filmes do ano que se encerrou foram bem mais fracos do que se apresentou no passado. A cada dia que passa, as plataformas digitais têm agradado mais ao público, oferecendo horas e horas de entretenimento, com conteúdo nem sempre satisfatório, mas capaz de afastar o espectador das salas de cinema.

O que se constata, no entanto, é que o mercado vem sendo inundado com um grande volume de produções, para os formatos físico e digital, mas que não significam sinônimo de qualidade em muitos casos.


Veja o que nossos colaboradores indicam e saiba onde assistir. Alguns desses longas ainda podem ser conferidos nas salas de cinema, outros nos streamings e o restante aguardando uma chance para ganhar um lugar ao sol nos espaços de exibição. 

Marca aí na sua lista e não deixe de conferir. Tem sugestões para todos os gostos.

Maristela Bretas
- A Mulher Rei - Gina Prince-Bythewood - Google Play, Apple TV, Prime Vídeo, Net/Claro
- Top Gun: Maverick - Joseph Kosinski - Telecine Play
- Doutor Estranho no Multiverso da Loucura - Sam Raimi - Disney+
- Ela Disse - Maria Schrader - nos cinemas
- Elvis - Baz Luhrmann - HBO Max
- Argentina, 1985 - Santiago Mitre - Prime Vídeo
- Pureza - Renato Barbieri - Globo Play
- Enfermeiro da Noite - Tobias Lindholm - Netflix
- Mundo Estranho - Don Hall e Qui Nguyen - Disney+
- Filho da Mãe - Susana Garcia e Ju Amaral - Prime Vídeo



Mirtes Helena
- Argentina, 1985 - Santiago Mitre - Prime Vídeo
- Medida Provisória - Lázaro Ramos - Globo Play
- Elvis - Baz Luhrmann - HBO Max
- Marte Um - Gabriel Martins - AINDA INDISPONÍVEL NO STREAMING
- O Enfermeiro da Noite - Tobias Lindholm - Netflix
- O Milagre - Sebastián Lelio - Netflix

Jean Piter
"Os estúdios de cinema e de streaming estão preferindo mais o volume de produção do que a qualidade. Blockbusters, do tipo "Star Wars", parecem estar perdendo a linha, criando coisas porque sabem que têm um público cativo. Da mesma forma a DC e a Marvel.  

Eles roubam grande parte da audiência, é dinheiro garantido nas bilheterias e isso acaba tirando o espaço de outras produções, interferindo no calendário de lançamentos. E com isso, o público acaba ficando meio refém dessas grandes produções." 


"De forma geral, eu vejo que a gente está tendo muitas produções mas pouca qualidade. foi meio difícil fazer esta lista de 2022. E cada vez mais a gente vai ver grandes produções lançadas diretamente no streaming."

- Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo - Daniel Scheinert e Daniel Kwan - Net/Claro, Claro Vídeo, Apple TV, Google Play e Prime Vídeo
- Top Gun: Maverick - Joseph Kosinski - Telecine Play
- A Mulher Rei - Gina Prince-Bythewood - Google Play, Apple TV, Prime Vídeo, Net/Claro
- O Predador: A Caçada - Dan Trachtenberg - Star+
- The Batman - Matt Reeves - HBO Max
- Pinóquio - Guillermo del Toro - Netflix
- Elvis - Baz Luhrmann - HBO Max
- Argentina, 1985 - Santiago Mitre - Prime Vídeo


Marcos Tadeu
"Assim como Jean Piter, eu também acho que o mercado do cinema está muito inchado, com muitas produções em streaming. Às vezes, fica até difícil de ver tudo e achar filmes que são muito bons, mas que se perdem no volume de opções oferecidas. 

Neste ponto, o cinema ajuda na escolha. Eu também acho que falta qualidade. Não tive tanta dificuldade em escolher, pois meu critério foi mais o que passou no cinema. Se ficasse refém ao streaming, tivesse mais dificuldade."

Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo - Daniel Scheinert e Daniel Kwan - Net/Claro, Claro Vídeo, Apple TV, Google Play e Prime Vídeo
- The Batman - Matt Reeves - HBO Max
- Elvis - Baz Luhrmann - HBO Max
- Top Gun: Maverick - Joseph Kosinski - Telecine Play
- Pinóquio - Guillermo del Toro - Netflix
- Sorria - Parker Finn - Net/Claro, Claro Vídeo, Apple TV, Google Play e Prime Vídeo
- O Predador: A Caçada - Dan Trachtenberg - Star+
- A Mulher Rei - Gina Prince-Bythewood - Google Play, Apple TV, Prime Vídeo, Net/Claro
- Medida Provisória - Lázaro Ramos - Globo Play
- Marte Um - Gabriel Martins - AINDA INDISPONÍVEL NO STREAMING


Carol Cassese
- Triângulo da Tristeza - Ruben Östlund - AINDA INDISPONÍVEL NO STREAMING
O Próximo Passo - Cédric Klapisch - AINDA INDISPONÍVEL NO STREAMING
- O Menu - Mark Mylod - HBO Max
- O Bom Patrão - Fernando León de Aranoa - AINDA INDISPONÍVEL NO STREAMING
- Mães Paralelas - Pedro Almodóvar - Netflix
- O Milagre - Sebastián Lelio - Netflix
- Pinóquio - Guillermo del Toro - Netflix
- Marte Um - Gabriel Martins - AINDA INDISPONÍVEL NO STREAMING
- Noites de Paris - Mikhaël Hers - AINDA INDISPONÍVEL NO STREAMING
- A Acusação - Yvan Attal - AINDA INDISPONÍVEL NO STREAMING


Eduardo Jr.
- Marte Um - Gabriel Martins - AINDA INDISPONÍVEL NO STREAMING
- Medida Provisória - Lázaro Ramos - Globo Play
- The Batman - Matt Reeves - HBO Max
- Respect - A História de Aretha Franklin - Liesl Tommy - Prime Vídeo
- As Verdades - José Eduardo Belmonte - Telecine
- Mães Paralelas - Pedro Almodóvar - Netflix

10 janeiro 2022

Os favoritos do Cinema no Escurinho de 2021 no cinema e plataformas de streaming

"Mare of Easttown", minissérie policial dramática com Kate Winslet (Crédito: HBO Max)


Maristela Bretas

Seguindo a tradição de anos passados, o blog Cinema no Escurinho pediu novamente a seus colaboradores que indicassem filmes e séries lançados em 2021, no cinema ou plataforma de streaming.

Na telona, o destaque ficou em dezembro com o tão esperado "Homem Aranha: Sem Volta Para Casa", produzido em parceria pela Sony Pictures e Marvel Studios. O filme ainda está em exibição em várias salas do país.

Já o drama policial "Mare of Easttown", produzido pela HBO, foi o mais indicado pelo blog entre as séries exibidas em canais de streaming.

"Homem Aranha: Sem Volta Para Casa" (Crédito: Marvel Studios/Divulgação)

Aqui vão as dicas destas produções, algumas com links para as críticas feitas por essa turma que curte a sétima arte. E se quiser enviar alguma sugestão de filme ou série que não conste nesta relação (e são muitos), mande até o dia 16 de janeiro para o blog..

Vamos fazer uma seleção dos 20 favoritos indicados por nossos seguidores para uma nova postagem. O e-mail é cinemanoescurinho@gmail.com. Basta colocar o nome e onde a produção pode ser conferida - no cinema ou plataforma de streaming.

"Mentes Extraordinárias" (Crédito: Festival Varilux)

Carol Cassese
FILMES
A Mão de Deus (Netflix)
Mentes Extraordinárias (Cinema - assistido no Festival Varilux)
A Crônica Francesa (Aguardando entrar na plataforma de streaming)
Mães Paralelas (Aguardando entrar na plataforma de streaming)
Duna (HBO Max)

SÉRIES
Mare of Easttown (HBO Max)
White Lotus (HBO Max)
Hacks (HBO Max)
Missa da Meia-Noite (Netflix)
Maid (Netflix)

"Duna" (Crédito: HBO Max)

Jean Piter Miranda

SÉRIES
Mare of Easttown (HBO Max)
WandaVision (Disney+)
Arcane (Netflix)
Falcão e Soldado Invernal (Disney+)
Gavião Arqueiro (Disney+)

"Não Olhe para Cima" (Crédito: Netflix)

Marcos Tadeu
FILMES
Noite Passada em Soho (Cinema)
Duna (HBO Max)
Marighella (Globoplay)
Maligno (HBO Max)

SÉRIES
WandaVision (Disney+)
Solos (Amazon Prime Video)
Clickbait (Netflix)
Lupin (Netflix)
Round 6 (Netflix)

"WandaVision" (Crédito: Disney+)

Maristela Bretas
FILMES
Marighella (Globoplay)
Ghostbusters - Mais Além (My Family Cinema)
Cruella (Disney+)
Luca (Disney+)

SÉRIES
WandaVision (Disney+)
O Homem das Castanhas (Netflix)
Lupin (Netflix)
Gavião Arqueiro (Disney+)

"Marighella" (Crédito: Factoria Comunicação)

Mirtes Helena Scalioni

FILMES

Ataque dos Cães (Netflix)
O Festival do Amor (Cinema)
A Filha Perdida (Netflix)
Veneza (Star+)
Druk: Mais Uma Rodada (Telecine)

SÉRIES
A Caminho do Céu (Netflix)
Manhãs de Setembro (Amazon Prime Video)
Maid (Netflix)
O Paraíso e a Serpente (Netflix)
Round 6 (Netflix)


13 novembro 2021

“Lacuna”, suspense nacional produzido durante a pandemia, estreia na Globoplay

Longa-metragem aborda a relação entre uma jovem e sua mãe, interpretadas por Lorena Comparato e Kika Kalache (Fotos: Rodrigo Lages/Cosmo Cine)


Da Redação


Já está em cartaz no catálogo exclusivo da Globoplay o filme “Lacuna”, um thriller embasado num intrigante drama familiar cercado de suspense. Produzido pela WeSayNo e Cosmo Cine, marca a estreia de Rodrigo Lages na direção de logas. Ele também escreveu o roteiro. O filme aborda a conturbada relação entre Sofia (Lorena Comparato) e sua mãe, Helena (Kika Kalache). 


Após um grave acidente, Helena passa a apresentar comportamentos estranhos. Ela e a filha passam a viver em um ambiente denso e fragmentado, tomado pela culpa que envolve um misterioso passado familiar. O elenco conta ainda com Laila Zaid, Guilherme Prates, Priscila Maria e Charles Fricks.


Segundo os sócios da produtora, fazer cinema é um esforço. “A gente preza muito que o coletivo esteja bem, que todo mundo se sinta incluído no processo. Assim, as pessoas se entregam mais e fazem acontecer, se lembram que filmar, além de ser trabalho sério, também é um prazer e um privilégio. Não importa o escopo ou o tamanho do projeto, nós tentamos imprimir esse clima no set e no produto final."

           

Projetos futuros 
Entre os novos projetos da Cosmo Cine que estão em andamento “Transe”, longa-metragem de Carol Jabor, um filme de ficção rodado durante as eleições de 2018, com previsão de lançamento em 2022 e “Cozinha”, longa de Johnny Massaro (uma coprodução com a Hipérbole Filmes), com previsão de ser lançado também no ano que vem. Outra novidade será a série “Só Sei Que Foi Assim”, uma coprodução com a Baracoa Filmes para o Canal Brasil, que acompanha a história de acontecimentos folclóricos da cultura pop brasileira.

Videoclipe no Grammy Latino
No próximo dia 18 de novembro o videoclipe brasileiro "Visceral", de Fran, Carlos do Complexo & Bibi Caetano, com produção da Cosmo Cine e da Sentimental Filmes, estará entre os indicados ao Grammy Latino. A premiação irá acontecer em Las Vegas, de forma presencial.

            

Ficha técnica
Direção: Rodrigo Lages
Produção: WeSayNo e Cosmo Cine
Duração: 1h31
Gêneros: Drama / Suspense 
País: Brasil

30 agosto 2021

Engraçado e propositalmente besteirol, “Amigas de Sorte” tem elenco estelar que merecia mais originalidade

Arlete Salles, Susana Vieira e Rosi Campos formam o divertido trio da comédia em exibição no canal Globoplay (Fotos: Divulgação)


Mirtes Helena Scalioni

 
Quando morre uma integrante do grupo de quatro amigas paulistas inseparáveis, as três que restaram ficam ainda mais unidas. Nina, dona de uma típica cantina italiana no bairro do Bexiga; Nelita, proprietária de uma loja de antiguidades, e Rita, professora aposentada, são mulheres maduras, beirando os 70 anos, e levam uma vida simples, de dinheiro curto e muita resignação. 

Mas o destino delas começa a mudar quando as três ganham uma bolada na Mega-Sena. Essa é a sinopse de “Amigas de Sorte”, comédia em cartaz no Globoplay que traz no elenco três estrelas da nossa televisão: Arlete Salles (79), Susana Vieira (78) e Rosi Campos (67).


Há quem chame de comédia feminina produções como essa, em que os homens presentes na trama são meros coadjuvantes. Pode ser. Embora não seja nenhuma obra-prima, “Amigas de Sorte” pode cumprir seu papel de provocar riso fácil como convém ao gênero. 

Besteirol popular na acepção da palavra, o filme tem, no elenco brilhante, seu maior mérito. O resto são piadinhas de sexo, estereotipadas velhotas assanhadas, confusões, brigas, desencontros, mentiras, correrias e coincidências nem sempre verossímeis.


Além das três, estão no elenco, em ótimas atuações, entre outros, Klebber Toledo como o galã Gabriel, Otávio Augusto como o marido de Nina e, para quem estava com saudade, até Luana Piovani, que reaparece como uma delegada uruguaia. Em papéis menores, entram Júlio Rocha, Bruno Fagundes e Fernando de Paula.

Quando se descobrem ganhadoras, Nina, Nelita e Rita decidem passear, mas escondem das famílias tanto o prêmio quanto o real destino da viagem. Animadíssimas, vão para Punta Del Este, no Uruguai, onde se hospedam no Conrad, luxuoso hotel cassino, sonho de nove entre dez brasileiros da elite, com suas suítes superconfortáveis, com direito a spa, massagens, champanhe, discoteca. E, claro, não faltam alusões e experiências com a maconha legalizada do Uruguai.


Pela ficha técnica, “Amigas de Sorte” cria certa expectativa. E embora não decepcione totalmente, podia ter menos clichês. Afinal, o argumento é do tarimbado casal Fernanda Young e Alexandre Machado, responsável, entre outras pérolas, pela criação de “Os Normais”. A direção é de Homero Olivetto (“Bruna Surfistinha”, “Reza a Lenda”), o roteiro de Lusa Silvestre, a fotografia de lugares maravilhosos é perfeita e a produção é da Globo Filmes. Ou seja: tudo parece ter sido pensado para fazer sucesso. Deve até fazer.


Só que a pegada, nitidamente comercial, talvez tenha exagerado nos estereótipos. Não que o longa não seja engraçado. Há cenas impagáveis como, por exemplo, quando as três passam pela alfândega e revelam suas maletas repletas de remédios típicos da terceira idade. O elenco, experiente e brilhante, certamente merecia mais originalidade.


Ficha técnica:
Direção:
Homero Olivetto
Exibição: Globoplay
Produção: Globo Filmes / Popcon
Distribuição: Downtown Filmes
Duração: 1h28
Classificação: 14 anos
País: Brasil
Gênero: Comédia