Paul Rudd e Evangeline Lilly formam uma boa dupla, com muitos truques de encolher e esticar no combate aos fracos vilões (Fotos: Marvel Studios/Divulgação) |
Maristela Bretas
Quando foi lançado em julho de 2015, "Homem-Formiga" surpreendeu e até agradou ao público que estava cético com um filme sobre um dos heróis de segunda linha da Marvel. E agora, para dar um gás no personagem que encolhe e aumenta de tamanho, ele volta, com uma companheira com poderes semelhantes em "Homem-Formiga e a Vespa" ("Ant-Man and The Wasp").
A produção chega com uma grande responsabilidade: a de dar sequência a "Vingadores 4", depois do estrondoso sucesso de "Vingadores: Guerra Infinita". Para entender onde este super-herói entra na guerra contra Thanos, só assistindo a primeira cena no início dos créditos.
Paul Rudd interpreta novamente Scott Lang/Homem-Formiga (e ainda é um dos roteiristas desta continuação) e ganhou uma nova parceira, Evangeline Lilly, que retona como Hope Van Dyne, filha do cientista Dr. Hank Pym (Michael Douglas). Só que agora ela usa traje e armamento pesado criados pelo pai e se transformou na super-heroína Vespa.
A parceria deu certo, a dupla tem uma boa química e deixa o filme mais leve, característica do personagem de Rudd, que reforça a relação afetiva entre pai e filha. O mesmo acontece com Hope e Hank, que se unem para resgatar a mãe, Janet Van Dyne (Michelle Pfeiffer), a Vespa original, perdida há 30 anos no Reino Quântico durante suas pesquisas.
"Homem-Formiga e a Vespa" explora o lado cômico de Scott Lang e a ação contínua sustentada pelos excelentes efeitos especiais de encolhe e estica dos heróis. As cenas de perseguições de carros, com direito a balinha de Hello Kitty gigante, ficaram ótimas, assim como as lutas, com a dupla levando grande vantagem sobre seus adversários.
Fraca, inexpressiva, com cara de cachorro que caiu da mudança, a "vilã" Fantasma (papel de Hannah John-Kamen) não impõe medo, nem respeito, entra sem sentido e sai como se não tivesse participado. Até mesmo o bandidão Sonny Burch (interpretado por Walton Goggins) tem mais presença que ela. E para piorar, contracena com Laurence Fishburne (Dr. Bill Foster), que aparece mais que ela. Ambos foram mal aproveitados.
A história começa dois anos após Scott ter lutado ao lado do Capitão América na batalha do aeroporto em "Guerra Civil". Ele é condenado à prisão domiciliar, com tornozeleira de monitoramento, por ter quebrado o Tratado de Sokovia e obrigado a se afastar de todos os super-heróis e parceiros que lhe ajudaram. Scott aproveita para dedicar mais tempo à filha e sua empresa de segurança com Luiz (Michael Peña).
Restando apenas três dias para terminar a prisão, ele é procurado pelo Dr. Hank Pym e a dele filha Hope para ajudá-los a recuperar Janet, que mantém fortes ligações mentais com Scott e está presa no Reino Quântico. Mas o trio vai enfrentar bandidos que querem roubar o laboratório miniaturizado do cientista, além de Fantasma, que tem o poder de se desmaterializar e atravessar paredes.
Divertido, feito pra família, "Homem-Formiga e a Vespa" tem cara de sessão da tarde e mantém a mesma linha do primeiro filme - sem grandes pretensões, explorando efeitos especiais, a simpatia de Paul Rudd e reforçando o universo dos Vingadores, com citações constantes ao que aconteceu em "Capitão América:Guerra Civil". O filme deixa a entender que a salvação para o que aconteceu em Guerra Infinita pode estar no Reino Quântico, onde somente Scott consegue entrar. Resta saber se consegue também sair. Mas isso fica para o tão esperado "Vingadores 4", previsto para 26 de abril de 2019.
Ficha técnica:
Direção: Peyton Reed
Produção: Marvel Studios
Distribuição: Disney/Buena Vista
Duração: 1h58
Gêneros: Ação / Aventura / Ficção
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 3 (0 a 5)
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