A jovem cantora e atriz Halle Bailey interpreta Ariel, com carisma e simpatia, além da belíssima voz (Fotos: Disney Studios) |
Maristela Bretas
Pura magia, cor e encanto. Esse é o tão esperado live-action “A Pequena Sereia” (“The Little Mermaid”), que estreia nesta quinta-feira (25) nos cinemas, reunindo jovens e experientes atores nos principais papéis.
Além de ótimos efeitos visuais, bem associados à trilha sonora de Alan Menke, que utilizou sucessos do desenho e algumas novidades para dar mais vida à história.
A protagonista Ariel é vivida pela cantora Halle Bailey, cuja belíssima voz é quase a de uma sereia, além do carisma da jovem. Uma escolha bem acertada. A dubladora brasileira é a cantora Laura Castro, do grupo BFF Girls.
O britânico Jonah Hauer-King interpreta o príncipe Eric, com simpatia e uma química que funciona bem com Bailey. Muito boa também a dublagem nacional do personagem feita por Ítalo Luiz.
A turma de peso conta com o ótimo Javier Bardem, firme e forte no papel do rei Tritão, pai de Ariel. Já Melissa McCarthy é Úrsula, a bruxa do mar que faz uma vilã quase assustadora e divertida, que ganha a voz de Andrezza Massei na dublagem brasileira.
Apesar de reunir pessoas e personagens de animação, o longa está mais para um romântico musical com muita aventura. A participação humana é maior, com algumas poucas espécies do mar animadas, que não ficaram nem um pouco naturais.
Mesmo assim, entregam os momentos mais divertidos da história. É o caso da gaivota Sabidão, amigo de Ariel. Totalmente sem noção e muito avoada, cuja voz é da atriz Awkwafina.
Já Sebastian (voz original de Daveed Diggs e de Yuri Chesman, em português) deixou de ser uma lagosta (no desenho) e virou um siri. Ele convence, mas não tem a mesma simpatia, mesmo quando tem ataques de rabugice e passa grandes apertos para vigiar Ariel. A limitação nos movimentos faciais ainda é um problema recorrente nos live-actions da produtora.
O exemplo mais cruel com um personagem foi o peixinho Linguado (na voz de Jacob Tremblay em inglês e do ator-mirim Pedro Bugarelli em português), um dos mais adorados do desenho, que está mais para Minguado. Sem expressão, plastificado, conseguiu ser pior do que os animais do live-action de “Rei Leão” (2019).
Linguado do desenho e o do live-action (Montagem) |
A nova produção acerta em cheio ao entregar um balé de imagens e uma computação gráfica invejável. Como no dueto de Sebastian tentando convencer Ariel a não sumir, ou na serenata no lago para a jovem com o príncipe. Tudo com muito movimento, cor e música em perfeita sincronia, como no desenho.
As imagens lembram o belíssimo “Fantasia”, longa-metragem lançado pela Disney em 1940 que reúne animação e música clássica. O live-action segue a história do conto de fadas escrito em 1837 por Hans Christian Andersen e reproduzido pela Disney no encantador desenho de 1989.
Ariel é uma bela sereia adolescente com sede de aventura. Desejando descobrir mais sobre o mundo além do mar, ela visita a superfície e se apaixona pelo arrojado príncipe Eric ao salvá-lo de um naufrágio.
Mas para se aproximar dele no mundo dos humanos, ela faz um pacto com Úrsula: aceita ceder sua voz para que a feiticeira lhe dê pernas. Essa troca, no entanto, tem um preço: Ariel precisa ser beijada pelo príncipe em até três dias para não se tornar escrava da bruxa do mar e ser afastada de todos que ama.
“A Pequena Sereia” traz diversidade no elenco, reunindo várias etnias, como é o caso de Ariel e suas irmãs sereias e a população do reino de Eric, além de um par romântico de conto de fadas.
Indicado para todas as idades, o longa, mesmo com alguns “defeitos especiais”, merece ser conferido no cinema, se possível em Imax, para aproveitar melhor as belas imagens.
Direção: Rob Marshall
Produção e distribuição: Walt Disney Pictures
Duração: 2h15
Classificação: Livre
País: EUA
Gêneros: romance, aventura, família