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20 novembro 2024

Musical "Wicked" se transporta da Broadway para as telonas em mega produção

Cynthia Erivo e Ariana Grande interpretam as bruxas Má do Oeste e Boa do Sul com as qualidades e defeitos de adolescentes em formação (Fotos: Universal Pictures)


Eduardo Jr.


Sucesso nos palcos, o musical "Wicked" se transforma em filme, e estreia nos cinemas nesta quinta-feira, 21 de novembro. Trata-se de uma grande produção, dirigida por Jon M. Chu ("Podres de Ricos" - 2018). O longa chega ao Brasil com distribuição pela Universal Pictures. 

A grandiosidade da produção começa pelo orçamento. Foram investidos US$ 145 milhões. Além disso, os figurinos, as cores e as músicas enchem a tela. Assim como as pautas que permeiam a obra, que se situa em um momento anterior à história que conhecemos em "O Mágico de Oz", filme de 1939.  


A adaptação de 2024 se baseia no livro "Wicked", publicado por Gregory Maguire em 1995 e levado aos palcos da Broadway em 2003. Na telona, a cantora Cynthia Erivo (a Fada Azul de "Pinóquio" (2022) dá vida a Elphaba (a Bruxa Má do Oeste). 

Ela é uma garota de pele verde convidada a se matricular na Universidade de Shiz por conta de seus poderes. Lá ela conhece Glinda (a Bruxa Boa do Sul), interpretada pela também cantora Ariana Grande ("Não Olhe Para Cima" - 2021).  


O encontro de duas garotas tão diferentes vai desfiando na tela assuntos como amizade, manutenção de privilégios, preconceito de cor, princípios morais e ambição. 

É preciso destacar que Ariana Grande está ótima no papel de Glinda. O público terá a chance de se encantar ou sentir ranço (ou as duas coisas) pela personagem dela. 

Cynthia e Ariana criaram personagens que se apresentam com qualidades e defeitos, assim como adolescentes em formação que ainda buscam se posicionar na sociedade e se construírem para a vida adulta. 


Quando Elphaba é chamada à Cidade de Esmeralda para conhecer o Mágico, figura mais adorada do reino de Oz e representante do poder, as coisas começam a mudar. O contato das duas protagonistas com o célebre mágico coloca em cena revelações e questionamentos. 

Até chegar a este momento, as duas aprendizes de feiticeira dividem a tela com as boas atuações de Michelle Yeoh ("Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo" - 2022), como Madame Morrible; Jonathan Bailey (da série "Bridgerton" - 2020), no papel do príncipe Fiyero; e Jeff Goldblum ("Jurassic World: Domínio" - 2022), interpretando o Mágico de Oz. 


Jon M. Chu se mantém atento aos elementos do filme de 1939 como, por exemplo, a estrada de tijolos amarelos. E a história das duas bruxas, que não foi contada com maior clareza em "O Mágico de Oz", agora encontra espaço no longa de Chu. 

Tanto espaço que o diretor optou por dividir a trama em dois atos, assim como no musical da Broadway. O segundo será lançado em 26 de novembro do ano que vem. 


A trilha sonora de "Wicked" foi composta pelo indicado ao Grammy e ao Oscar, John Powell (responsável também por "Han Solo: Uma História Star Wars" - 2018 e a franquia "Como Treinar o Seu Dragão" - 2010 a 2019) e Stephen Schwartz. 

O público que for ao cinema e assistir à versão dublada, ficará mais próximo da montagem brasileira do musical. As atrizes Myra Ruiz e Fabi Bang, que protagonizaram 'Wicked" nos palcos, foram chamadas para fazerem a dublagem de Elphaba e Glinda. 

São 2h40 minutos de cenários bem elaborados, canções emocionantes e efeitos bem realizados. O risco é de até quem não gosta de musicais sair enfeitiçado pelo filme.    


Ficha técnica
Direção: Jon M. Chu
Produção: Universal Pictures, The Araca Group, Marc Platt Productions
Distribuição: Universal Pictures
Exibição: nos cinemas
Duração: 2h40
Classificação: 10 anos
País: EUA
Gêneros: musical, fantasia

10 agosto 2023

As cores (e humores) de Wes Anderson estão de volta em “Asteroid City”

Novo longa recebeu indicação em Cannes, mas não é claro em sua proposta (Fotos: Universal Pictures)


Eduardo Jr.


Wes Anderson está de volta. Estreia nesta quinta-feira nos cinemas seu mais novo longa, “Asteroid City”. A produção, distribuída pela Universal Pictures, põe na tela 105 minutos de uma obra fiel às características do cinema do diretor norte-americano. 

E ainda vem com uma chancela importante: a indicação à Palma de Ouro no 76º Festival de Cinema de Cannes de 2023. Filmado na Espanha, em uma paisagem rural desértica, a obra pode fazer tanto sentido quanto uma imensidão de areia. Mas diverte o público em alguns momentos. 


No filme, uma convenção de observadores de astronomia em uma cidade no deserto norte-americano ganha novos contornos após um evento marcante (e cômico). A história se passa na década de 1950 e parece confusa em alguns momentos, por pincelar vários temas de uma vez. 

Também por ser uma produção que avisa ao espectador que a trama vai ser apresentada em um programa de TV, mas tudo não passa de uma encenação teatral (oi?). Tem ainda uma família com o carro estragado que ficou presa em Asteroid City, cuja população se dedica a observar nossa galáxia após a queda de um meteorito tempos atrás. 


Apesar da presença dessa família, não dá pra dizer que o longa tenha um protagonista. É típico dos filmes de Wes Anderson um elenco digno de novela de Glória Perez, com dezenas de personagens. 

Pela tela desfilam nomes famosos e de peso como Tom Hanks, Scarlett Johansson, Jason Schwartzman, Tilda Swinton, Jeffrey Wright, Bryan Cranston, Edward Norton, Liev Schreiber, Adrien Brody, Jeff Goldblum, Margot Robbie, Willem Dafoe, Matt Dillon, Steve Carell, Maya Hawke e Rita Wilson - e mesmo que eles não tenham uma história pra desenvolver, a lista segue aumentando. 


Se o diretor já adotou esse expediente de riqueza de elenco, como em “O Grande Hotel Budapeste” (2014), por que não repetir também as participações especiais? Em “A Vida Marinha com Steve Zissou” (2004), o cantor Seu Jorge participou do longa. 

E agora, o brasileiro retorna em “Asteroid City” como integrante de um grupo de músicos - e reforçando a amizade de longa data que mantém com Wes Anderson. 


A cena musical em que Seu Jorge aparece com seu violão e sua voz grave é hilária. Aliás, o filme como um todo parece um grande deboche do diretor com relação ao comportamento americano em situações diversas. Mas também traz pitadas de drama e de romance (que não funciona, você vai ver). 

Provavelmente é uma comédia com uma história incompleta, um pouco maluca. Nota dez, só para os enquadramentos e cores do longa, embora isso não seja nenhuma novidade a respeito de um cineasta que já se tornou até trend top no TikTok, com usuários fazendo vídeos do cotidiano como se estivessem em uma obra do americano. 


Fiel a sua estética e a sua forma de conduzir, Wes Anderson entrega um filme que se pretende divertido, com fotografia apurada, figurinos com vários modelos e designs clássicos dos anos 1950 e uma paleta de cores pastel. 

A divisão em atos, o deslizar das câmeras nos planos-sequência e a mudança do colorido para o preto e branco são bem ajustados. 


Ainda assim, é difícil resumir, de forma clara, do que se trata o longa quando assuntos como luto, alienígenas, romance e autoridades estúpidas são misturados. 

A experiência de “Asteroid City”, no entanto, pode valer a pena. Faz o público sair da sala escura levando algumas dúvidas e muitos risos. 


Ficha técnica:
Direção: Wes Anderson
Produção: Universal Pictures, Focus Features, American Empirical, Indiam Paintbrush
Distribuição: Universal Pictures   
Exibição: nos cinemas
Duração: 1h45
Classificação: 14 anos
País: Estados Unidos
Gêneros: comédia, drama

10 junho 2022

"Jurassic World: Domínio" encerra franquia com muita ação, reencontros e novas estrelas pré-históricas

Duas gerações da franquia se encontram para enfrentar antigos e novos dinossauros e vilões (Fotos: Universal Studios)


Maristela Bretas


Foram quase 20 anos desde o primeiro filme da franquia, que estreou em junho de 1993. Agora os saudosistas e apaixonados pelo mundo dos dinossauros podem curtir no cinema o encerramento da saga em "Jurassic World: Domínio" ("Jurassic World: Dominion"). E não vão se arrepender, os nossos jurássicos são novamente as verdadeiras estrelas. Desde a estreia no dia 2 de junho, mais de dois milhões de espectadores lotaram as salas pelo país e a maioria saiu das sessões elogiando a produção.

Desta vez, o arquiteto e diretor da fase Jurassic World, Colin Trevorrow, se uniu ao criador da era Jurassic Park, Steven Spielberg como um dos produtores e o resultado não poderia ser melhor, justificando o sucesso desta franquia de mais de US$5 bilhões. 


Não bastassem os 27 tipos de dinossauros que participam do longa, sendo dez nunca vistos em nenhum dos filmes anteriores, "Jurassic World: Domínio" ainda reúne as gerações da era jurássica no cinema pela primeira vez. Chris Pratt  e Bryce Dallas Howard, que interpretam os ex-funcionários do Parque dos Dinossauros Owen Grady e Claire Dearing. Eles agora dividem a tela com Laura Dern repetindo seu papel como a pesquisadora Ellie Sattler, Sam Neill, como o também pesquisador Alan Grant, e Jeff Goldblum, no papel do Dr. Ian Malcom.

Os dois primeiros atores já são conhecidos das novas gerações, quando a franquia foi retomada com "Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros" (2015) e “Jurassic World: Reino Ameaçado" (2018). Mas é emocionante ver o reencontro do trio original de "Jurassic Park" (1993), "O Mundo Perdido" (1997) e "Jurassic Park 3" (2001).


O elenco conta ainda com velhos conhecidos como BD Wong como Dr. Henry Wu, Justice Smith como Franklin Webb, Daniella Pineda como Dr. Zia Rodriguez, e Omar Sy, como Barry Sembenè, que treinava os velociraptors com Owen. 

O longa traz também uma turma que dá um brilho novo para encerrar bem a franquia: DeWanda Wise, Mamoudou Athie, Dichen Lachman, Scott Haze e Campbell Scott. Para completar,os efeitos visuais são de arrasar. Um filme digno de ser assistido numa tela grande, de preferência no formato Imax. 


A história se passa quatro anos depois da destruição da Isla Nublar, quando os nossos "amigos" jurássicos escaparam e se espalharam pelo mundo. Eles agora vivem e caçam ao lado de humanos, o que provoca um desequilíbrio natural, temido por uns e aproveitado por outros. 

Claire e Owen tentam preservar os animais e vão precisar contar com a ajuda dos especialistas do passado, enquanto predadores animais e humanos disputam o espaço no planeta, com desvantagem para ambos os lados. 


Claro que alguns dos primeiros dinossauros e de maior destaque foram mantidos nesta última jornada para manter a identidade visual, como o velho e temido T-Rex, assim como o temível velociraptor, bem representado por Blue, que foi treinado por Owen Grady no filme de 2015 e o Dilofossauro, o bípede carnívoro que abre um leque quando vai atacar. 

Utilizando novas tecnologias, o diretor Colin Trevorrow conseguiu produzir criaturas animatrônicas (dispositivos robóticos que recriam seres vivos) e entregou a John Nolan a supervisão para fazer estas criaturas funcionarem como se fossem reais. Chega a ser assustador a aparição do Giganotossauro e das novas espécies, como o Juvenile Baryonyx (primo do Espinossauro e predador violento) ou o Oviraptor. 


Mas também tem aqueles que são fofos e dóceis, como o Dreadnoughtus (enorme dinossauro herbívoro de pescoço comprido, primo do Braquiossauro), o Parassaurolofo (comedor de plantas com bico de pato) ou o Iguanodonte. Sem falar na criação pela equipe de Trevorrow de uma espécie ainda mais devastadora, que nada tem a ver com o mundo jurássico - gafanhotos animatrônicos medindo 70 centímetros de comprimento.


Para quem acompanha a saga há quase duas décadas, motivos não faltam para conferir "Jurassic World: Domínio" nos cinemas. São quase 2h30 de ação e aventura, proporcionada por nossos velhos amigos dinossauros. Há cenas de perseguições que parecessem tiradas de um filme de 007, se não fossem protagonizadas pelos ferozes carnívoros.

A emoção está na dose certa para uma despedida, embalada pela trilha sonora do premiado Michael Giacchino, responsável pelas composições dos dois filmes anteriores, além de sucessos como "Batman" (2022), "Homem-Aranha Sem Volta Para Casa" (2021), "Jojo Rabbit" (2020) e "Homem-Aranha: Longe de Casa" (2019) e muitos outros.


Ficha técnica:
Direção: Colin Trevorrow
Roteiro: Michael Crichton e Colin Trevorrow
Produção: Universal Pictures e Amblin Entertainment
Distribuição: Universal Pictures
Exibição: nos cinemas
Duração: 2h26
Classificação: 12 anos
País: EUA
Gêneros: ação e aventura

24 maio 2018

Vídeo mostra criação e bastidores com animatrônicos de “Jurassic World: Reino Ameaçado"

Produção, com estreia dia 21 de junho, comemora 25 anos e resgata antigos personagens (Fotos: Universal Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


A Universal Pictures acaba de divulgar um vídeo inédito de “Jurassic World: Reino Ameaçado” ("Jurassic World: Fallen Kingdom") totalmente focado na utilização de animatrônicos – recurso que fez da franquia "Jurassic Park" um divisor de águas na história do cinema. A estreia está marcada para 21 de junho, com pré-estreias a partir de 14 de junho nos cinemas.



Criados e supervisionados por Neal Scanlan, também responsável pelos efeitos especiais da franquia "Star Wars", os animatrônicos são parte vital do segundo capítulo de “Jurassic World”. No vídeo, Scanlan comenta sobre a criação do indoraptor e o que o torna tão especial em termos de efeitos: “Podemos ver a decomposição da pele, a descamação ou alguma doença começando a se manifestar. Considerar o indoraptor mais uma experiência genética e a ideia de que não é necessariamente 100% bem-sucedida, é uma possibilidade bem emocionante”, explica.


Scanlan também revela que algumas cenas foram previamente pensadas para efeitos práticos o que fez com que o elenco criasse uma conexão com as criaturas no set: “Os atores não tinham visto a Blue em cena. Então, entraram no caminhão e havia um dinossauro deitado na mesa, respirando, tremendo e ficaram totalmente envolvidos”. A atriz Bryce Dallas Howard também se envolveu, mas com a t-rex: “Eu pude cavalgar. Pode imaginar como meus filhos reagiram quando contei a eles?”, brinca a atriz.


Dirigido por J.A. Bayona, “Jurassic World: Reino Ameaçado” é uma parceria com a Amblin Entertainment, e traz Steven Spielberg como produtor executivo, ao lado de Colin Trevorrow – responsável pela direção de “Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros”. Além de Chris Pratt e Bryce Dallas Howard, o filme ainda resgata os personagens de Jeff Goldblum e BD Wong em uma celebração aos 25 anos de uma das franquias mais populares e queridas do cinema.



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