Terror espanhol apresenta brinquedo amaldiçoado de uma menina desaparecida que persegue quatro jovens (Fotos: Wild Side) |
Maristela Bretas
Usando efeitos especiais que causam sustos convincentes, mas esperados, “A Primeira Comunhão” ("La Niña de la Comunión") é um terror espanhol que pode agradar. Apesar de dar indicações do que virá no final, o filme é bem conduzido pelo diretor Victor Garcia.
A produção apresenta uma entidade do mal incorporada em uma boneca, que não é tão assustadora como Annabelle, apresentada na franquia "Invocação do Mal" e protagonista de dois filmes - "Annabelle" (2014) e "Annabelle 2 - A Criação do Mal" (2017).
A boneca de “A Primeira Comunhão” é bonitinha, do tipo que muita criança deve tem na prateleira do quarto.
Mas o que o brinquedo, que um dia foi de uma menina, é capaz de fazer vai deixar muita gente de cabelo em pé. E pior, pode levar à morte aqueles que têm contato com ela.
O filme se passa no final dos anos 1980. A recém-chegada Sara (Carla Campra) tenta se entrosar com os outros adolescentes de uma pequena cidade na província de Tarragona, na Espanha.
Sua única amiga, a extrovertida Rebe (Aina Quiñones), é uma das pessoas detestadas pelos moradores, o que não ajuda muito.
Uma noite, elas vão para uma casa noturna e, na volta, a caminho de casa, de carona com dois conhecidos - Pedro (Marc Soler) e Chivo (Carlos Oviedo) -, encontram uma boneca antiga no meio de uma mata.
Sara jura para o grupo que viu uma menina, vestida para primeira comunhão, segurando o brinquedo, mas eles não acreditam.
A partir daí, coisas estranhas começam a ocorrer com os quatro - manchas pelo corpo, luzes piscando em casa ou no trabalho, portas batendo e fechando, vozes do além e alucinações com um ser que tenta matá-los.
A história da boneca e de sua dona, uma menina desaparecida anos atrás, é um mistério que ninguém da cidade gosta de comentar. Do tipo lenda urbana para afastar as crianças da floresta. Mas até mesmo o padre local tem medo da maldição que ela carrega.
"A Primeira Comunhão" é um filme com cenas de terror e aparições, seguidas de ataques da entidade, muito parecidas com as da freira diabólica Valak, de "Invocação do Mal 2" (2016) e "A Freira" (2018).
Especialmente as que a mostram saindo da escuridão. Assusta, mas não tanto quanto os personagens da famosa franquia.
Ficha técnica:
Direção: Víctor Garcia (VI)Produção: Ikiru Films, Atresmedia Cine, Rebelión Terrestre e La Terraza Films
Distribuição: Paris Filmes
Exibição: nos cinemas
Duração: 1h38
Classificação: 18 anos
País: Espanha
Gênero: Terror