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11 abril 2025

"Cidade dos Sonhos", de David Lynch, retorna aos cinemas em versão restaurada

Naomi Watts e Laura Harring são as protagonistas deste clássico do cinema contemporâneo lançado
em 2001 (Fotos: Divulgação)


Da Redação


Uma grande oportunidade de assistir a um clássico do cinema contemporâneo dirigido por David Lynch. Neste sábado, 12 de abril, 20 salas de cinema diferentes localizadas em 14 cidades brasileiras, recebem a pré-estreia de "Cidade dos Sonhos" (“Mulholland Drive”). 

Em Belo Horizonte, o Cine Una Belas Artes e o Centro Cultural Unimed-BH Minas foram os escolhidos para esta exibição especial. Os ingressos já podem ser adquiridos por meio dos sites ou bilheterias dos próprios cinemas.

O filme, lançado originalmente em 2001, é uma oportunidade para rever ou conhecer, agora em alta definição, uma das obras mais aclamadas do cinema moderno. A estreia nos cinemas acontece dia 17 de abril.


Na trama, Betty/Diane Selwyn (papel de Naomi Watts) é uma jovem aspirante a atriz que viaja para Hollywood e se vê emaranhada numa intriga secreta com Rita/Camila Rhodes (Laura Harring), uma mulher que escapou por pouco de ser assassinada, e que agora se encontra com amnésia devido a um acidente de carro. 

O mundo de Diane se torna um pesadelo e as duas passam a procurar pistas por Los Angeles sobre o que ocorreu com Rita e desvendar sua identidade. O elenco conta ainda com Justin Theroux, Billy Ray Cyrus, Ann Miller, Robert Forster, Patrick Fischler, entre outros. A bela trilha sonora ficou a cargo do compositor Angelo Badalamenti.


Com distribuição da Retrato Filmes, as pré-estreias representam não apenas a volta de uma obra-prima ao circuito cinematográfico, mas também a renovação do diálogo entre o cinema e o público que poderá redescobrir um dos maiores filmes do século XXI de forma única.

O relançamento de "Cidade dos Sonhos" nos cinemas é uma celebração da obra-prima de David Lynch, que volta às telas com uma nova remasterização digital, oferecendo aos espectadores uma experiência visual e sonora inédita. 


A versão restaurada em 4K traz uma clareza impressionante para a cinematografia única de Lynch, revelando detalhes sutis da obra que antes passavam despercebidos. Uma mixagem sonora aprimorada intensifica a atmosfera de mistério e tensão que caracteriza o filme, tornando-se uma experiência cinematográfica imersiva e inesquecível.  

"Cidade dos Sonhos" conquistou o troféu de Melhor Direção no Festival de Cannes de 2001, entregue a David Lynch, e no ano seguinte foi indicado na mesma categoria ao Oscar. Além da direção, o filme é elogiado pela fotografia, trilha sonora e montagem.


Ficha Técnica
Direção e roteiro: David Lynch
Produção: Studio Canal, The Picture Factory, Les Films Alain Sarde, Asymmtrical Productions, Touchstone Television e Imagine Television
Distribuição: Retrato Filmes
Duração: 1h27
Exibição: Cine Una Belas Artes e Centro Cultural Unimed-BH Minas
Classificação: 16 anos
Países: EUA e França
Gêneros: drama, fantasia, suspense

17 setembro 2021

"Mate ou Morra" - ficção com muita ação e violência, mas excesso de piadas fracas

Frank Grillo vive um ex-agente das forças especiais que revive sua morte centenas de vezes (Fotos: Imagem Filmes/Divulgação)


Maristela Bretas


A proposta de "Mate ou Morra" ("Boss Level") é uma incógnita. Não dá para saber se o diretor Joe Carnahan queria entregar uma comédia com muita ação ou um filme com violência exagerada que lembra demais outra ficção que, no entanto tem uma produção muito melhor - "No Limite o Amanhã" (2014), com Tom Cruise e Emily Blunt. Ou ainda, somente explorar o tema do loop temporal, empregado em outras produções como "Feitiço do Tempo" (1993), com Bill Murray, e "Contra o Tempo" (2011), com Jake Gyllenhaal.


"Mate ou Morra", que entrou em cartaz nos cinemas nessa quinta-feira, começa com muita ação, mas é confuso. À medida que as cenas vão acontecendo, narradas pelo "mocinho", interpretado por Frank Grillo, fica mais fácil para o público compreender o enredo. Grillo é Roy Pulver, um ex-agente das forças especiais que se entregou à bebida. Ele é forçado a reviver sua morte dezenas de vezes, enquanto tenta entender o que provocou esse retorno no tempo, como sair dele e como defender sua família.


As mortes são das formas mais variadas e violentas, algumas chegam a ser cômicas de tão surreais. Pulver é caçado por assassinos e precisa aprender, a cada morte, como escapar dela na sua próxima vida. Frank Grillo é mais conhecido como coadjuvante em blockbusters como "Capitão América: O Soldado Invernal" (2014), "Capitão América: Guerra Civil" (2016) e "Vingadores: Ultimato" (2019), além da franquia "Uma Noite de Crime". Além de ator principal é também um dos produtores executivos de "Mate ou Morra".


O chamariz para a produção fica mesmo para nomes como Naomi Watts ("Vice" - 2018), que interpreta a ex-esposa de Roy Pulver, e o ator e diretor Mel Gibson, de "O Gênio e o Louco" (2019) e "Até o Último Homem" (2016), ambos mal aproveitados. Gibson entrega boa atuação como o empresário cruel e inescrupuloso Clive Ventor. 

O filme conta também com as participações de Selina Lo (a lutadora de espada Guan Yin que repete várias vezes seu nome numa frase bem cansativa); Annabelle Wallis (protagonista de "Maligno"); Michelle Yeoh ("Podres de Rico" - 2018), Will Sasso, Sheaun McKinney, Ken Jeong e até mesmo Rio Grillo, filho do ator na vida real.


A trilha sonora é um ponto positivo, bem adequada e dá a movimentação que o filme necessita. Bom figurino, cenas de ação bem realistas e Frank Grillo bem à vontade no papel, passando simpatia e a impressão de que está se divertindo. O mesmo valendo para Mel Gibson, ao contrário dos outros integrantes do elenco que parecem estar ali para cumprir tabela.

Não dá para esperar muito da produção, vale como distração e pode agradar ao público que gosta de violência tosca, associada a muito tiro, porrada, bomba e boas perseguições. Apesar da história fraca e cheia de furos, "Mate ou Morra" segura o público até o final, especialmente pela curiosidade em saber o que vai acontecer com Roy depois de tanta matança. Mas aí o diretor peca novamente, pelo menos na versão que está nos cinemas brasileiros. Em breve, quando estrear na Prime Video, o público verá um final diferente (o que foi exibido nos EUA).


Ficha técnica
Direção: Joe Carnahan
Produção: California Filmes
Distribuição: Imagem Filmes
Duração: 1h41
Classificação: 16 anos
País: EUA
Gêneros: Ação / Suspense /Ficção
Nota: 3,5 (0 a 5)