Felicity Jones interpreta a jurista Ruth Bader Ginsburg, primeira mulher a ocupar um cargo na Suprema Corte dos EUA (Fotos: eOne/Divulgação) |
Maristela Bretas
Com boa interpretação, Felicity Jones salva o filme "Suprema" ("On The Basis of Sex") sobre a trajetória da juíza da Suprema Corte dos EUA, Ruth Bader Ginsburg. A personagem, primeira mulher a conquistar um dos cargos mais importantes daquele país entre as décadas de 50 e 60, enfrentou o machismo por ser uma das poucas a se graduar em Direito nas universidades de Harvard e Columbia (dominada pelos homens) e de tentar mostrar todo o seu potencial como profissional.
Para piorar, RBG era baixinha, mas superava tudo com uma forte personalidade. Desprezada pelos escritórios de advocacia, ela se especializou em direito relacionado ao gênero, decidindo atacar o Estado norte-americano para derrubar centenas de leis que permitiam a discriminação às mulheres.
Em tempos de produções sobre o poder e a força das mulheres, o filme fica muito restrito e dá a impressão e ser apenas para americano ver. Há momentos tá arrastados que chegam a ser chatos, graças à preocupação da diretora Mimi Leder em ser fiel demais à história da juíza, que exagerou na duração - duas horas é muito para uma biografia sem grandes reviravoltas.
Sem desmerecer as conquistas e a garra de RBG para chegar onde chegou. Especialmente na luta contra a discriminação feminina, seu maior empecilho para crescer e se destacar num mundo feito por homens e para homens. E que insiste em afirmar que "lugar de mulher é em casa, cuidando dos filhos e da cozinha".
Sem desmerecer as conquistas e a garra de RBG para chegar onde chegou. Especialmente na luta contra a discriminação feminina, seu maior empecilho para crescer e se destacar num mundo feito por homens e para homens. E que insiste em afirmar que "lugar de mulher é em casa, cuidando dos filhos e da cozinha".
Justin Theroux e Sam Waterson (ótimo) têm mais destaque e entregam melhores interpretações que Hammer, que não perde a cara de cachorro que caiu da mudança. Já Kathy Bates, que interpreta a advogada militante dos direitos humanos Dorothy Kenyon, tem participação pequena e foi mal aproveitada pelo roteiro.
Uma boa ambientação de época, com abordagem correta do que foi o trabalho da jurista (ainda viva e que é apresentada no final) e a importância do seu legado de ativismo. Como biografia atende bem, não chega a emocionar, força algumas situações, mas serve de inspiração para muitas mulheres de brigarem por espaço e igualdade.
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Ficha técnica:
Direção: Mimi Leder
Produção: Participant Media
Distribuição: Diamond Films
Duração: 2h01
Gêneros: Drama / Biografia
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 2,8 (0 a 5)
Tags: #Suprema, #OnTheBasieOfSex, #FelicityJones, #ArmieHammer, #RuthBaderGinsburg, #biogrtadia, #drama, #DiamondFilms, #cinemanoescurinho