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07 julho 2023

"Sobrenatural - A Porta Vermelha" é um terror que assusta sem causar medo

Quinto longa consegue recuperar a qualidade do primeiro filme da franquia (Fotos: Sony Pictures)


Maristela Bretas


Está sendo consenso entre as pessoas que assistiram "Sobrenatural - A Porta Vermelha" ("Insidious - The Red Door") que este filme é tão bom quanto o primeiro da franquia, “Sobrenatural", de 2011. Talvez porque essa quinta produção, que está em cartaz nos cinemas, traga de volta atores do elenco original - como Patrick Wilson, que também é o diretor. 

E realmente agrada, com bons sustos graças a um ótimo trabalho de maquiagem e boas interpretações do elenco, incluindo a da entidade do mal, chamada pelos personagens de Demônio Vermelho e Demônio do Rosto Vermelho.


Além de Patrick Wilson e Ty Simpkins, “Sobrenatural – A Porta Vermelha” conta com a volta de Rose Byrne (Renai), Andrew Astor (Foster), Barbara Hershey (Lorraine), membros da família Lambert que participaram de “Sobrenatural" (2011) e "Sobrenatural: Capítulo 2" (2013), ambos dirigidos por James Wan. 

Também retornam à franquia Lin Shaye, como a vidente Elise Rainier, e Amgus Sampson, como seu assistente Tucker. 

O destaque do novo elenco é Sinclair Daniel, em ótima interpretação da jovem descolada Chris, colega da quarto de Dalton na faculdade. Participam ainda Juliana Davies, como Kali, filha caçula dos Lambert, e Hiam Abbass, professora de Artes de Dalton. 


Os fatos ocorrem dez anos depois da aparição da entidade ter tentado trazer Dalton (Ty Simpkins) e o pai Josh (Patrick Wilson) para uma dimensão macabra em “Sobrenatural: Capítulo 2” e ter aterrorizado toda a família Lambert. Apesar de terem suas memórias apagadas por decisão da família, ambos vivem atormentados por visões que não sabem explicar. 


O problema se agrava quando Dalton, que não se dá bem com o pai, começa a faculdade e passa a ter visões da assustadora entidade que habita a dimensão astral por trás da porta vermelha (um lugar entre o Céu, a Terra e o Inferno). E precisarão enfrentar seus medos e desavenças do passado para conseguirem ficar livres desse espírito do mal.

Mesmo sendo um filme de terror, "Sobrenatural - A Porta Vermelha" demora a provocar sustos, mas quando eles começam, dá para pular na cadeira. 


O longa foca a abordagem na relação conturbada entre pai e filho. Quase uma reprodução da relação que Josh tinha com o pai que o abandonou quando criança. 

Esses relacionamentos familiares ruins estão interligados com as aparições e a força que a entidade macabra exerce sobre suas vítimas. A forma como esse ponto é conduzido no roteiro é bem clara, dando ao longa um encerramento digno da franquia, que começou muito bem sob a batuta de James Wan, teve seus altos e baixos, e recupera neste quinto filme.

   
O Demônio do Rosto Vermelho (interpretado por Joseph Bishara) é realmente assustador e suas aparições, assim como a outras entidades da dimensão astral, atormentando Dalton, Chris e Josh, provoca no público a reação esperada para um bom filme de terror. O retorno da família foi uma boa ideia, fechando um ciclo interrompido há 10 anos.


Outro ponto que agrada é ter o roteiro de Leigh Whannell (do excelente "O Homem Invisível"- 2020), criador da ideia original e dos personagens de “Sobrenatural”, juntamente com James Wan.

Ele também retoma o papel do caça-fantasmas Specs, que desempenhou no original de 2011, em “Sobrenatural: Capítulo 2” (2013), "Sobrenatural: A Origem" (2015), dirigido por ele, e "Sobrenatural: A Última Chave" (2018).  

James Wan, que dirigiu os dois primeiros filmes, também retorna. Agora como produtor, ao lado de Jason Blum, da Blumhouse, garantindo uma produção de qualidade, que convence como filme de terror que faz o expectador dar pulo na cadeira. 


No gênero terror, Wan tem em sua filmografia a direção de “Invocação do Mal" (2013), “Invocação do Mal 2” (2016) e roteiro nos demais filmes da franquia. 

Para quem quer assistir os outros quatro filmes da franquia, os dois primeiros estão disponíveis na @HBOMax e os dois últimos na @Netflix. Mas não é necessário assistir aos demais. “Sobrenatural – A Porta Vermelha” dá a explicação necessária no início. 


Ficha técnica:
Direção: Patrick Wilson
Produção: Blumhouse Productions
Distribuição: Sony Pictures
Exibição: nos cinemas
Duração: 1h47
Classificação: 14 anos
País: EUA
Gênero: Terror

14 dezembro 2019

"Invocação do Mal 3" chega em 2020 com caso mais polêmico de possessão demoníaca

Os atores Vera Farmiga e Patrick Wilson se reúnem novamente no sétimo filme da franquia (Fotos: Warner Bros. Pictures/Divulgação)

Da Redação


Ed e Lorraine Warren voltam em 10 de setembro de 2020 às telas de cinema com o caso mais polêmico enfrentado por eles. "Invocação do Mal 3 – A Ordem do Demônio" terá novamente nos papeis principais os atores Patrick Wilson e Vera Farmiga, o que já garantia de novo sucesso no cinema. A produção é da New Line Cinema, com distribuição da Warner Bros. Pictures.

Este é o sétimo filme do universo "Invocação do Mal", a maior franquia de terror da história, que arrecadou mais de US $ 1,8 bilhão em todo o mundo. Além dos dois primeiros filmes -  "Invocação do Mal" (2013) e  "Invocação do Mal 2(2016), temos também "Annabelle" (2014) e "Annabelle 2: A Criação do Mal" "(2017), "A Freira" (2018) e "Annabelle 3 – De Volta Para Casa" (2019).

Desta vez, James Wan, responsável pelo ótimo "Invocação do Mal 2" (2016), assume a produção juntamente com Peter Safran, e entrega a direção para Michael Chaves ("A Maldição da Chorona"). O anúncio do novo título - “The Conjuring – The Devil Made Me Do It” - foi feito pela Warner Bros Pictures durante a CCXP, ocorrida em São Paulo.


"Invocação do Mal 3 – A Ordem do Demônio" revela a história assustadora de um crime bárbaro e a possibilidade de que demônios teriam usado um homem para cometer o crime. Esta foi a primeira vez na história dos Estados Unidos que um suspeito de assassinato alegar ter tido uma possessão demoníaca como defesa.

Os experientes investigadores de atividades paranormais Ed e Lorraine Warren foram chamados para atender o caso, mas até eles ficaram assustados. A história começa com uma luta pela alma de um garoto, possuído por nada menos que 43 demônios diferentes. Além de Patrick Wilson e Vera Farmiga, o filme conta também em seu elenco com Ruairi O’Connor, Sarah Catherine Hook e Julian Hilliard.


Tags: #InvocacaoDoMal3, #TheConjuringTheDevilMadeMeDoIt, #Ed Warren, #LorraineWarren, #PatrickWilson, #VeraFarmiga, #JamesWan, #InvocacaodoMal, #terror, #WarnerBrosPictures, @cinemanoescurinho

06 dezembro 2019

"Midway - Batalha em Alto Mar" um filme que impacta pelos efeitos especiais nos combates

Longa dirigido por Roland Emmerich é baseado em fatos históricos da Segunda Guerra Mundial (Fotos: Reiner Bajo)

Maristela Bretas


Para quem adora um bom filme de combate aéreo, especialmente da Segunda Guerra Mundial, a grande indicação em cartaz nos cinemas é "Midway - Batalha em Alto Mar", produção dirigida por Roland Emmerich, o mesmo de "Independence Day - O Ressurgimento" (2016). O filme impressiona pelos efeitos especiais, muito parecidos com os de "Pearl Harbor" (2001), porém com um elenco um pouco mais barato e uma hora a menos de duração.




Sai Ben Affleck da produção dirigida por Michael Bay e entra Ed Skrein (de "Malévola: Dona do Mal "- 2019) para ocupar a vaga do herói das alturas, na segunda batalha contra os japoneses. E é a partir do ataque a Pearl Harbor, em dezembro de 1941, que a história de "Midway" se desenvolve. Os norte-americanos, pegos de surpresa e com o poder de fogo reduzido, decidem contra-atacar os inimigos nipônicos em pleno Oceano Pacífico. 

Por meio de mensagens codificadas, a Marinha Americana conseguiu identificar a localização e o horário dos ataques previstos pela Marinha Imperial Japonesa. E a grande batalha de Midway, ocorrida em junho de 1942, que ficou conhecida como uma das mais importantes para o fim da Segunda Guerra Mundial.



Na produção, personagens famosos deste confronto foram lembrados e homenageados por sua atuação. Ed Skrein, que interpreta o piloto Dick Best, continua meio canastrão e não convence muito com seu chicletes na boca. Outro bem sem graça é Luke Evans (de "Drácula - A História Nunca Contada" - 2014) que não faria a menor diferença se não participasse do elenco. 



Já Patrick Wilson (da franquia de sucesso "Invocação do Mal") está bem melhor, como o tenente Edwin Layrton, cuja equipe decodificava as mensagens do inimigo. Woody Harrelson ("Zumbilândia 2 - Atire Duas Vezes" - 2019) está mais comedido, mas deixa sua marca como o Almirante Nimitz. Dennis Quaid ("Quatro Vidas de um Cachorro" - 2017) também ajuda a sustentar o grupo. Destaque para Nick Jonas, que está muito bem como o piloto Bruno Gaido, um falastrão cheio de si. Darren Criss e Aaron Eckhart fazem pequenas participações.



O filme se concentra nas histórias do piloto Dick Best e do estrategista da inteligência naval, Edwin Layton. Especialmente em como suas atuações foram essenciais para que a história terminasse como esperado. Baseado em fatos históricos, o longa impacta o público com cenas de tirar o fôlego e ótimos efeitos especiais. Os americanos ainda são os heróis, mas ao contrário de outras produções sobre o tema, esta apresenta os dois lados do conflito e suas razões. Os japoneses não são mais os vilões sanguinários como sempre foram mostrados.

"Midway - Batalha em Alto Mar" mostra que havia militares contrários ao ataque à frota norte-americana. A questão da honra pelos japoneses é tratada como deve ser - com respeito. Tanto que o filme é dedicado a todos os soldados que lutaram nessa batalha. Vale a pena conferir nos cinemas.



Ficha técnica:
Direção: Roland Emmerich
Produção: Centropolis Entertinment / Bona International Film Group / The Mark Gordon Company
Distribuição: Diamond Films
Duração: 2h19
Gêneros: Ação / Histórico / Guerra
País: EUA
Classificação: 14 anos
Nota: 4 (0 a 5)

Tags: #MidwayBatalhaEmAltoMar, #guerra, #histórico, #ação, #RolandEmmerich, #EdSkrein,  #PatrickWilson, @cineart_cinemas, @cinemaescurinho, @cinemanoescurinho

27 junho 2019

"Annabelle 3 - De Volta Para Casa" - sustos só começam a partir da metade do filme

A famosa boneca do mal retorna para buscar a alma da filha do famoso casal de paranormais que a prendeu numa caixa de vidro (Fotos: Warner Bros. Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Com um título que não tem nada a ver com a história do filme, "Annabelle 3 - De Volta Para Casa" ("Annabelle Comes Home"), não é nenhum "Homem-Aranha" e entra para o grupo dos filmes fracos do universo "Invocação do Mal" (que tem sete filmes), ficando atrás de "Annabelle" (2014) e "A Freira" (2018). Quem não assistiu às produções anteriores pode ter dificuldade em entender, apesar da rápida explicação de como a horrenda boneca foi parar na vida e na coleção do famoso casal Ed e Lorraine Warren, interpretados novamente por Patrick Wilson e Vera Farmiga.


Os sustos são poucos e previsíveis, mas ainda pegam alguns poucos incautos no cinema. Ao contrário de "Annabelle 2" que "toca o terror" (como diz meu amigo @tulliodias, do @CinemadeButeco), o novo filme insere também algumas cenas cômicas e rola até um romance - sempre tem um jovem apaixonado e tímido que surge para "salvar" a bela mocinha.


A ordem cronológica está invertida, mas a produção que entra em cartaz nesta quinta-feira encerra a trilogia de Annabelle, o caso mais tenebroso e assustador tratado pelos Warren. A sequência correta seria "Annabelle 2 - A Criação do Mal" (de 2017, o melhor de todos, inclusive da franquia, juntamente com "Invocação do Mal 2", de 2016), que conta a origem da boneca. Em seguida, "Annabelle" (o mais fraco dos três), quando o casal tem seu primeiro contato com o "brinquedo", finalizando com "Annabelle 3".

A "Chuck de vestido", que já era assustadora, em 2014, na versão atual consegue ficar mais medonha. Talvez por ter passado muito tempo trancada num armário de vidro esperando para ser solta por algum curioso sem cérebro que não respeita o aviso na porta de "NÃO ABRIR DE FORMA ALGUMA". Annabelle, que um dia pertenceu a uma menina que morreu, comanda os ataques de personagens e objetos mal-assombrados ou amaldiçoados da Sala dos Artefatos dos Warren aos ocupantes da casa.

Boneca do filme X boneca original

Baseado em fatos reais, a versão para o cinema tratou de criar uma Annabelle extremamente assustadora, ao contrário da verdadeira que era uma boneca de pano até simpática. Ela permanece trancada juntamente com o restante do acervo, no Museu dos Warren, mesmo após a morte do casal.


Se Vera Farmiga e Patrick Wilson eram as estrelas dos outros filmes, desta vez ficou para a jovem Mckenna Grace, como Judy, a filha do casal, impedir que a boneca escape da casa e roube a alma de alguma pessoa. Com ela estão Madison Iseman (sua babá) e Katie Sarife (a amiga dela, Daniela). A jovem está muito bem, enfrentado a boneca do mal como foi ensinada pelos pais.


No novo filme, Ed e Lorraine Warren viajam num fim de semana e deixam a filha Judy aos cuidados de sua babá. Daniela, a amiga da babá vai visitá-las, curiosa com as histórias contadas sobre os pais de Judy. Mas as três passam a correr perigo quando a maligna boneca Annabelle é libertada e, aproveitando que os investigadores paranormais estão fora, tenta capturar a alma da menina.

Boa distração, mas sem muitos avanços na história da boneca. Confesso que esperava mais de "Annabelle 3". O diretor e também um dos roteiristas Gary Daubermane acerta novamente na escolha da trilha sonora, na maquiagem dos personagens do Museu e em alguns efeitos visuais. Mas em 1h46 de duração (que parece mais), deixa para provocar medo somente a partir do meio do filme, em algumas poucas e boas cenas de terror.   Agora é esperar pelo possível oitavo filme da franquia - "The Crocket Man", apresentado em "Invocação do Mal 2".


Ficha técnica:
Direção e roteiro: Gary Dauberman
Produção: New Line Cinema / Warner Bros. Pictures
Distribuição: Warner Bros. Pictures
Duração: 1h46
Gênero: Terror
País: EUA
Classificação: 16 anos
Nota: 3 (0 a 5)

Tags: #Annabelle3, #VeraFarmiga, #PatrickWilson, #MckennaGrace, #CasalWarren, #terror, #WarnerBrosPictures, #EspacoZ, #cinemanoescurinho, #cineart_oficial