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23 janeiro 2025

Indicações de Fernanda Torres e "Ainda Estou Aqui" ao Oscar 2025 levam redes sociais ao delírio



Maristela Bretas


Com três indicações ao Oscar 2025, o filme brasileiro "Ainda Estou Aqui", dirigido por Walter Salles, entra na maior disputa do cinema mundial concorrendo às estatuetas de Melhor Filme, Melhor Filme Estrangeiro e a grande consagração, Melhor Atriz, para Fernanda Torres. 

O anúncio dos indicados à 97ª edição do Oscar aconteceu na manhã dessa quinta-feira (23) e provocou uma explosão de euforia nas redes sociais pelo Brasil, que recebe a primeira indicação na categoria Melhor Filme.

"Ainda Estou Aqui"A (Foto: Alile Dara Onawale)

As redes sociais foram à loucura com o anúncio do filme brasileiro entre os concorrentes e a Fernanda Torres agradeceu em vídeo pelo apoio de todos aqueles que assistiram o longa e torceram por ela e pela produção. 

No início deste mês, Fernandinha, como passou a ser chamada carinhosamente por muitos brasileiros, conquistou o Globo de Ouro na mesma categoria com sua interpretação de Eunice Paiva, esposa do ex-deputado Rubens Paiva, morto pela ditadura militar no Brasil.

Fernanda Torres, em cena de "Ainda Estou Aqui"
(Foto: Alile Dara Onawale)


A última vez que o país teve um representante entre os indicados foi em 1999, com Fernanda Montenegro e “Central do Brasil”, também dirigido por Walter Salles. Agora é esperar até o dia 2 de março quando acontece a cerimônia de entrega dos Oscar 2025 em Los Angeles, com apresentação de Conan O´Brien.

Os demais candidatos à premiação são os longas "Emilia Perez", com 13 indicações, seguido por "Wicked" e "O Brutalista", cada um com dez. "Conclave" e "Um Completo Desconhecido" receberam oito indicações cada. 

"Conclave" (Foto: Diamond Films)

Confira abaixo a lista completa:

Melhor filme
"Anora"
"O Brutalista"
"Um Completo Desconhecido"
"Conclave"
"Duna: Parte 2"
"Emilia Pérez"
"Ainda Estou Aqui"
"Nickel Boys"
"A Substância"
"Wicked"

Melhor Direção
Sean Baker - "Anora"
Brady Corbet - "O Brutalista"
James Mangold - "Um Completo Desconhecido"
Jacques Audiard - "Emilia Pérez"
Coralie Fargeat - "A Substância"

"A Substância (Foto: Universal Pictures)

Melhor Ator
Adrien Brody - "O Brutalista"
Timothée Chalamet - "Um Completo Desconhecido"
Colman Domingo - "Sing Sing"
Ralph Fiennes - "Conclave"
Sebastian Stan - "O Aprendiz"

Melhor Atriz
Cynthia Erivo - "Wicked"
Karla Sofía Gascón - "Emilia Pérez"
Mikey Madison - "Anora"
Demi Moore - "A Substância"
Fernanda Torres - "Ainda Estou Aqui"

"Wicked" (Foto: Universal Pictures)

Melhor Ator Coadjuvante
Yura Borisov - "Anora"
Kieran Culkin - "A Verdadeira Dor"
Edward Norton - "Um Completo Desconhecido"
Guy Pierce - "O Brutalista"
Jeremy Strong - "O Aprendiz"

Melhor Atriz Coadjuvante
Monica Barbaro - "Um Completo Desconhecido"
Ariana Grande - "Wicked"
Felicity Jones - "O Brutalista"
Isabella Rossellini - "Conclave"
Zoe Saldaña - "Emilia Pérez"

"A Semente do Fruto Sagrado" (Foto: Mares Filmes)

Melhor Filme Internacional
"Ainda Estou Aqui" - Brasil
"A Garota da Agulha" - Dinamarca
"Emilia Pérez" - França
"A Semente do Fruto Sagrado" - Alemanha
"Flow" - Letônia

Melhor Roteiro Adaptado
"Um Completo Desconhecido"
"Conclave"
"Emilia Pérez"
"Nickel Boys"
"Sing Sing"

Melhor Roteiro Original
"Anora"
"O Brutalista"
"A Verdadeira Dor"
"Setembro 5"
"A Substância"

"Gladiador 2" (Foto: Paramount Pictures)

Melhor Figurino
"Um Completo Desconhecido"
"Conclave"
"Gladiador 2"
"Nosferatu"
"Wicked"

Melhor Maquiagem e Cabelo
'Um homem diferente'
"Emilia Pérez"
"Nosferatu"
"A Substância"
"Wicked"

Melhor Trilha sonora
"O Brutalista"
"Conclave"
"Emilia Pérez"
"Wicked"
"O Robô Selvagem"

"Nosferatu" (Foto: Universal Pictures)

Melhor Canção Original
"El Mal" - "Emilia Pérez"
"The journey" - do filme "The Six Triple "Eight"
"Like a Bird" - "Sing Sing"
"Mi camino" - "Emilia Pérez"
"Never Too Late" - documentário "Elton John: Never Too Late"

Melhor Curta-metragem Com Atores
''A Lien"
"Anuja"
"I'm Not a Robot"
"The Last Ranger"
'"The Man Who Could Not Remain Silent"

Melhor Curta-metragem Animado
"Beautiful Men"
"In the Shadow of Cypress"
"Magic Candies"
"Wander to Wonder"
"Yuck!"

"O Robô Selvagem" (Foto: DreamWorks Animation)

Melhor Documentário
"Black Box Diaries"
"No Other Land"
"Porcelain War"
"Trilha Sonora Para um Golpe de Estado"
"Sugarcane"

Melhor Documentário de Curta-Metragem
'Death by Numbers"
"I am ready, warden"
"Incident"
"Instruments of a Beating Heart"
"The Only Girl in the Orchestra"

Melhor Animação
"Flow"
"Divertida Mente 2"
"Memórias de um Caracol"
"Wallace & Gromit: Avengança"
"O Robô Selvagem"


"Duna - Parte 2" (Foto: Warner Bros. Pictures)

Melhor Direção de Arte
"O Brutalista"
"Conclave"
"Duna: Parte 2"
"Nosferatu"
"Wicked"

Melhor Montagem
"Anora"
"O Brutalista"
"Conclave"
"Emilia Pérez"
"Wicked"

Melhor Som
"Um Completo Desconhecido"
"Duna: Parte 2"
"Emilia Pérez"
"Wicked"
"O Robô Selvagem"

"Emília Perez" (Foto: Paris Filmes)

Melhores Efeitos visuais
"Alien: Romulus"
"Better Man: A História de Robbie Williams"
"Duna: Parte 2"
"Planeta dos Macacos: O Reinado"
"Wicked"

Melhor Fotografia
"O Brutalista"
"Duna: Parte 2"
"Emilia Pérez"
"Maria Callas"
"Nosferatu"


"O Brutalista" (Foto: Universal Pictures)

22 janeiro 2025

"Conclave" - um jogo de poder, fé e reviravoltas

Ralph Fiennes interpreta o cardeal Lawrence, que vai comandar a reunião da cúpula da Igreja Católica para escolher o novo Papa (Fotos: Diamond Films)


Maristela Bretas


Um dos momentos mais importantes da Igreja Católica, retratado em várias produções cinematográficas e obras literárias, ganha mais uma versão nas telonas. Desta vez, cabe à ótima atuação, digna de Oscar, de Ralph Fiennes interpretar o coordenador da escolha do novo Papa em "Conclave".

O filme, dirigido por Edward Berger, estreia nesta quinta-feira (23) nos cinemas e tem recebido elogios por festivais e premiações onde foi exibido. O longa lembra outra produção, "Anjos e Demônios", de 2009, com Tom Hanks, por envolver uma investigação durante a escolha do novo Pontífice. 


Mas "Conclave" vai além, dando espetadas nada leves em questões como o papel da mulher no alto escalão da igreja, a visão religiosa sobre as áreas pobres ou em conflito e, especialmente, o jogo do poder para conquistar a liderança do Vaticano e dos países católicos. 

Além de Fiennes, a escolha acertada de Stanley Tucci, Isabella Rossellini, John Lithgow e Carlos Dienz fez toda a diferença. Sem contar a ambientação. Não espere conhecer Roma e o Vaticano por fora. No máximo a entrada da Basílica de São Pedro.


Mas mesmo a trama se passando em um ambiente fechado e austero (quase uma clausura de luxo), é possível ver um pouco do interior dos belíssimos ambientes do Vaticano, como a Capela Sistina, com seus afrescos, vitrais e pinturas das paredes e dos tetos. 

Tudo isso mostrado no momento certo, sempre associado a uma possível mudança na situação. Parece até que todos os envolvidos estão sendo vigiados pelos anjos.

A história começa a partir da morte do Papa e os cardeais do mundo todo são convocados para a escolha do sucessor do Pontífice. Assim como uma votação política para cargos públicos, o conclave divide os religiosos em aliados e inimigos velados, com campanha acirrada feita por seus apoiadores. 


Junto a isso, claro, estão as intrigas, os segredos comprometedores e as jogadas sujas para ver quem vai levar o trono. 

Ralph Fiennes interpreta o cardeal Lawrence, que por decisão do Papa falecido deverá comandar a escolha do sucessor e conduzir o Conclave. Ele só não esperava encontrar tanta sujeira por baixo dos tapetes do Vaticano. O que parecia uma eleição praticamente definida, vai ganhando novos contornos e candidatos.

Para piorar, Lawrence vive um momento de dúvidas sobre sua fé na Igreja Católica. O que pode colaborar em uma investigação mais afastada dos fatos e denúncias que vão surgindo a cada nova cena.


As mulheres, apesar de colocadas como simples serviçais dos cardeais, têm um papel importante na trama, provocando grandes reviravoltas. É o caso de Isabella Rossellini, que vive a Irmã Agnes.

A disputa no Vaticano vai contar com Stanley Tucci no papel do cardeal Bellini, John Lithgow, Sergio Castellitto e Lucian Msamati interpretando, respectivamente, os cardeais Tremblay, Tedesco e Adeyemi. Os quatro querem o lugar do Papa a qualquer custo.

A novidade do elenco é o ator estreante e arquiteto mexicano Carlos Dienz, como o cardeal Benitez. Ele é um religioso que atuou em áreas de grandes conflitos armados e conhece uma realidade que a maioria dos membros da igreja nunca se interessou em saber. 


"Conclave" é um filme de reviravoltas e detalhes, nem sempre sutis. Apesar de ser um longa previsível (todo mundo sabe que uma hora o Papa vai ser escolhido e a fumaça branca vai sair da chaminé da Basílica), entrega um bom suspense mesclado com drama. 

Fica uma pulga atrás da orelha do início ao fim sobre as reais intenções de todos os clérigos, especialmente o cardeal Lawrence. Um filme que vale a pena ser conferido nos cinemas. 

O longa pode garantir o primeiro Oscar de Melhor Ator para o britânico Ralph Fiennes, após duas indicações passadas como Melhor Ator Coadjuvante, em "A Lista de Schindler" (1993) e "O Paciente Inglês" (1996).

Fiennes e o longa começaram bem a temporada de premiações deste ano, conquistando seis estatuetas do Globo de Ouro, entre elas, a de Melhor Filme Dramático e a de Melhor Ator em Filme Dramático.


Ficha técnica:
Direção:
Edward Berger
Produção: FilmNation Entertainment e Indian Paintbrush
Distribuição: Diamond Films
Exibição: nos cinemas
Duração: 2 horas
Classificação: 12 anos
Países: EUA e Reino Unido
Gêneros: suspense, drama

05 janeiro 2022

“King's Man: A Origem” abre novas possibilidades para a franquia

Harris Dickinson e Ralph Fiennes integram a agência de espionagem inglesa ultra secreta criada no século passado (Fotos: 20th Century Studios)


Jean Piter Miranda


Como foi apresentado em 2015, Kingsman é o serviço secreto do Reino Unido. Tão secreto que quase ninguém sabe da existência, embora esteja acima das polícias, dos políticos, das forças armadas e das agências de inteligência inglesas. Mas quando a Kingsman foi fundada? Para responder a essa pergunta, chega nesta quinta-feira (06) aos cinemas “King's Man: A Origem” ("The King's Man").  

O primeiro filme da franquia, “Kingsman – Serviço Secreto” (2015), trouxe os agentes especiais que se destacavam por seus ternos elegantes e alinhados. Indivíduos esses que eram dotados de muita inteligência e habilidades de combate. O que eles faziam? Eles salvavam o mundo de terroristas, basicamente. Isso quando a ameaça era perigosa demais para as forças de segurança comuns.  


No segundo filme, “Kingsman: O Círculo Dourado” (2017), a agência é atacada e heróis precisam pedir ajuda à “filial” americana, a “Statesman”. Juntos, eles precisam enfrentar uma grande traficante de drogas. Uma clara manobra da produção para ganhar mais audiência e simpatia nos Estados Unidos.

Agora, em “King's Man: A Origem”, a história se passa no início do século 20. Mais precisamente durante a Primeira Guerra Mundial. O duque Orlando Oxford (Ralph Fiennes - "A Escavação" - 2021) é o protagonista. Um pacifista que tenta de tudo para evitar mortes e destruição pela guerra. 

Ele conta com ajuda com seu guarda-costas Shola (Djimon Hounsou - "Capitã Marvel" - 2019), do filho Conrad Oxford (Harris Dickinson - "Malévola: Dona do Mal" - 2019), e sua assistente Polly (Gemma Arterton). Juntos, eles fazem um trabalho de investigação para saber os interesses por trás da guerra e, principalmente, quem está tramando tudo.   


"King's Man: A Origem" mantém aquela pegada de espionagem. Inclusive, consegue esconder bem os vilões, embora muita coisa seja previsível. Quase tudo que se passa é bem esperado. Especialmente para quem conhece um pouco da história das grandes guerras. O filme usa personagens históricos, que existiram na vida real, como o arquiduque austríaco Francisco Ferdinando. E vários momentos da história também são mencionados.  


Com essas mudanças, "King's Man: A Origem" deixa de ser um filme de ação e espionagem e passa a ser um filme de guerra. Assim, as boas cenas de lutas vistas no primeiro longa dão lugar a trincheiras, tiros, bombas e situações radicais de perigo de fazer inveja à franquia “Missão Impossível”. 

E essa troca é bem ruim. Obras sobre as duas grandes guerras existem aos montes - boas, medianas e lamentáveis. A direção optou por ir por esse caminho tão repetido e saturado e isso certamente vai desagradar a muitos fãs da franquia.  


Quem viu e gostou do primeiro "Kingsman" vai sentir falta das cenas de luta. As referências históricas são muitas. Mas, pra quem não está ligado nisso, não vai fazer muito sentido. Muita coisa legal pode passar despercebida. 

É praticamente um caminhão de história derramado em duas horas de filme. E ao que parece, foi feito para o público europeu, especialmente os britânicos. É difícil imaginar que o mundo inteiro vai pegar todas as indicações.


As atuações são muito boas. Destaque para Tom Hollander ("Bohemian Rhapsody" - 2018) que interpreta os três primos: o Rei George da Inglaterra, o Czar da Rússia e o Kaiser da Alemanha, personagens reais da época. Rhys Ifans ("Homem-Aranha Sem Volta para Casa"- 2021) está ótimo e irreconhecível como o monge russo Rasputin. 

Daniel Brühl é um oficial alemão. Papel discreto, mas que chama a atenção por ter uma aparência quase idêntica a do Barão Zemo, que ele interpretou em "Capitão América - Guerra Civil" (2016) e na série “Falcão Negro e o Soldado Invernal” (2021). Aaron Taylor-Johnson ("Animais Noturnos" - 2016), também está no elenco. Participa pouco, mas com grande importância para a trama.  


Ao que tudo indica, “King's Man: A Origem” poderia ter ido para o lado dos filmes de espionagem e competir com a franquia 007, o que seria um embate difícil de vencer. Mas preferiram ir para o lado histórico das grandes guerras, onde é pouco provável que consigam fazer algo novo, que surpreenda, que seja marcante. Tem possibilidades para continuações, mas se seguir nessa linha deverá ser mais do mesmo. Só entretenimento. De boa qualidade, mas não vai passar disso.  


Ficha técnica:
Direção: Matthew Vaughn
Produção: 20th Century Studios / Marv Film / Marvel Studios
Exibição: nos cinemas
Duração: 2h11
Classificação: 14 anos
Países: Reino Unido / EUA
Gêneros: Ação / Espionagem

22 fevereiro 2021

"A Escavação" - produção britânica se destaca pela bela fotografia e ótimas interpretações

 
Ralph Fiennes e Carey Mullingan se unem para mostrar a versão real de uma grande descoberta histórica (Fotos: Larry Horricks / Netflix)


Maristela Bretas


Com a Segunda Guerra Mundial prestes a começar, uma viúva inglesa rica contrata um escavador para descobrir se há um tesouro arqueológico enterrado sob suas terras. Esta é a história de "A Escavação" ("The Dig"), um dos lançamentos da Netflix que tem em seu elenco principal Carey Mullingan, Ralph Fiennes e Lily James. A descoberta é a de Sutton Hoo, ocorrida em 1938, creditada a seu verdadeiro descobridor muitos anos depois.


Inspirada em fatos reais e que deu origem ao livro de mesmo nome escrito por John Preston, o filme conta como foi o trabalho do escavador Basil Brown (Fiennes) e um pequeno grupo, contratado pela viúva Edith Pretty (Mulligan) até a descoberta de uma embarcação anglo-saxônica. Com 1.400 anos de idade e medindo 27,4 metros de comprimento, o barco continha grande quantidade de ouro e uma câmara mortuária de inestimável valor histórico para o Reino Unido.
 
O interior da Inglaterra foi escolhido para as belas locações, apesar de prevalecerem os tons pastéis e acinzentados, inclusive nos figurinos, reforçados pela chuva e frio. A opção de filmar Basil Brown circulando de bicicleta por estradas e pelos campos permite ao espectador apreciar as paisagens.


Um drama típico de guerra, apesar de a mesma ainda não ter começado. Tudo gira em torno dela, da escavação que precisa ser apressada antes que a área seja atingida por bombardeios alemães, aos relacionamentos ocultos e vidas perdidas. A todo o momento, aviões britânicos de combate sobrevoam a área lembrando que falta pouco. Assim como as notícias nos bares e as conversas nos eventos.
 
Montagem sobre cenas do filme e as escavações de 1938

Destaque para Ralph Fiennes interpretando um profissional especialista em escavações arqueológicas, mas menosprezado por aqueles que possuem uma formação acadêmica sem nunca terem colocado a mão na massa. Para ele, a descoberta da embarcação histórica representa o reconhecimento de uma vida voltada para a arqueologia, que ele nunca estudou, mas tem conhecimento e experiência maiores que muitos graduados.

 
Carey Mullingan entrega uma Edith Pretty sofrida e convence como boa mãe e viúva que quer completar a vontade do marido morto, fazendo da descoberta uma parte também de seu legado. Outra que deixa sua marca é Lily James, como Peggy Preston, apesar de parecer que está sempre interpretando o papel de coitadinha. 
 
No elenco estão ainda Johnny Flynn (Rori Lomax), como o fotógrafo da equipe; Ben Chaplin (Stuart Piggott), marido de Peggy Preston; Ken Stott (Charles Phillips), o arrogante arqueólogo; e Monica Dolan (May Brown), a compreensiva e dedicada esposa de Basil Brown.

 
Apesar de um final previsível, o diretor Simon Stone conseguiu dar um toque a mais de emoção ao drama ao mostrar quem foi o verdadeiro descobridor da relíquia e que a história não mencionava. "A Escavação" merece ser conferido pelas interpretações, especialmente da dupla principal, e a bela e poética fotografia de Mike Eley que dá sustentação ao enredo da trama.


‌Ficha técnica:
Direção:
Simon Stone
Duração: 1h52
Exibição: Netflix
Classificação: 14 anos
País: Reino Unido
Gêneros: Drama /Histórico
Nota: 4 (0 a 5)