Duas gerações da franquia se encontram para enfrentar antigos e novos dinossauros e vilões (Fotos: Universal Studios) |
Maristela Bretas
Foram quase 20 anos desde o primeiro filme da franquia, que estreou em junho de 1993. Agora os saudosistas e apaixonados pelo mundo dos dinossauros podem curtir no cinema o encerramento da saga em "Jurassic World: Domínio" ("Jurassic World: Dominion"). E não vão se arrepender, os nossos jurássicos são novamente as verdadeiras estrelas. Desde a estreia no dia 2 de junho, mais de dois milhões de espectadores lotaram as salas pelo país e a maioria saiu das sessões elogiando a produção.
Desta vez, o arquiteto e diretor da fase Jurassic World, Colin Trevorrow, se uniu ao criador da era Jurassic Park, Steven Spielberg como um dos produtores e o resultado não poderia ser melhor, justificando o sucesso desta franquia de mais de US$5 bilhões.
Não bastassem os 27 tipos de dinossauros que participam do longa, sendo dez nunca vistos em nenhum dos filmes anteriores, "Jurassic World: Domínio" ainda reúne as gerações da era jurássica no cinema pela primeira vez. Chris Pratt e Bryce Dallas Howard, que interpretam os ex-funcionários do Parque dos Dinossauros Owen Grady e Claire Dearing. Eles agora dividem a tela com Laura Dern repetindo seu papel como a pesquisadora Ellie Sattler, Sam Neill, como o também pesquisador Alan Grant, e Jeff Goldblum, no papel do Dr. Ian Malcom.
Os dois primeiros atores já são conhecidos das novas gerações, quando a franquia foi retomada com "Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros" (2015) e “Jurassic World: Reino Ameaçado" (2018). Mas é emocionante ver o reencontro do trio original de "Jurassic Park" (1993), "O Mundo Perdido" (1997) e "Jurassic Park 3" (2001).
O elenco conta ainda com velhos conhecidos como BD Wong como Dr. Henry Wu, Justice Smith como Franklin Webb, Daniella Pineda como Dr. Zia Rodriguez, e Omar Sy, como Barry Sembenè, que treinava os velociraptors com Owen.
O longa traz também uma turma que dá um brilho novo para encerrar bem a franquia: DeWanda Wise, Mamoudou Athie, Dichen Lachman, Scott Haze e Campbell Scott. Para completar,os efeitos visuais são de arrasar. Um filme digno de ser assistido numa tela grande, de preferência no formato Imax.
A história se passa quatro anos depois da destruição da Isla Nublar, quando os nossos "amigos" jurássicos escaparam e se espalharam pelo mundo. Eles agora vivem e caçam ao lado de humanos, o que provoca um desequilíbrio natural, temido por uns e aproveitado por outros.
Claire e Owen tentam preservar os animais e vão precisar contar com a ajuda dos especialistas do passado, enquanto predadores animais e humanos disputam o espaço no planeta, com desvantagem para ambos os lados.
Claro que alguns dos primeiros dinossauros e de maior destaque foram mantidos nesta última jornada para manter a identidade visual, como o velho e temido T-Rex, assim como o temível velociraptor, bem representado por Blue, que foi treinado por Owen Grady no filme de 2015 e o Dilofossauro, o bípede carnívoro que abre um leque quando vai atacar.
Utilizando novas tecnologias, o diretor Colin Trevorrow conseguiu produzir criaturas animatrônicas (dispositivos robóticos que recriam seres vivos) e entregou a John Nolan a supervisão para fazer estas criaturas funcionarem como se fossem reais. Chega a ser assustador a aparição do Giganotossauro e das novas espécies, como o Juvenile Baryonyx (primo do Espinossauro e predador violento) ou o Oviraptor.
Mas também tem aqueles que são fofos e dóceis, como o Dreadnoughtus (enorme dinossauro herbívoro de pescoço comprido, primo do Braquiossauro), o Parassaurolofo (comedor de plantas com bico de pato) ou o Iguanodonte. Sem falar na criação pela equipe de Trevorrow de uma espécie ainda mais devastadora, que nada tem a ver com o mundo jurássico - gafanhotos animatrônicos medindo 70 centímetros de comprimento.
Para quem acompanha a saga há quase duas décadas, motivos não faltam para conferir "Jurassic World: Domínio" nos cinemas. São quase 2h30 de ação e aventura, proporcionada por nossos velhos amigos dinossauros. Há cenas de perseguições que parecessem tiradas de um filme de 007, se não fossem protagonizadas pelos ferozes carnívoros.
A emoção está na dose certa para uma despedida, embalada pela trilha sonora do premiado Michael Giacchino, responsável pelas composições dos dois filmes anteriores, além de sucessos como "Batman" (2022), "Homem-Aranha Sem Volta Para Casa" (2021), "Jojo Rabbit" (2020) e "Homem-Aranha: Longe de Casa" (2019) e muitos outros.
Ficha técnica:
Direção: Colin TrevorrowRoteiro: Michael Crichton e Colin Trevorrow
Produção: Universal Pictures e Amblin Entertainment
Distribuição: Universal Pictures
Exibição: nos cinemas
Duração: 2h26
Classificação: 12 anos
País: EUA
Gêneros: ação e aventura