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27 junho 2024

Lento e arrastado, “Salamandra” é confuso, mal contado e não prende o espectador

Drama estrelado pela atriz francesa Marina Foïs e o brasileiro Maicon Rodrigues se passa em Olinda e Recife (Fotos: Pandora Filmes)


Mirtes Helena Scalioni


É possível arriscar que apenas as pessoas que leram o romance do mesmo nome são capazes de entender – e gostar – do filme “Salamandra”, primeiro longa do diretor Alex Carvalho, que estreia no Centro Cultural Unimed BH - Minas. 

A começar pelo lugar onde se passa a história, nada é muito claro no drama estrelado pela atriz francesa Marina Foïs. Não fosse o apoio da Secretaria de Cultura de Pernambuco explícito no início da projeção, o que leva o espectador a deduzir que tudo acontece em Olinda e Recife, sequer a locação estaria clara.


A sinopse do filme, baseado no romance "La Salamandre", de Jean-Christophe Rufin, diz que a história trata da vinda de Catherine (Marina Foïs) para o Brasil, após a morte do pai. 

Aqui, ela pretenderia se reconectar com a irmã, vivida por Anna Mouglalis e casada com Ricardo (Bruno Garcia). Mas logo nos primeiros dias se apaixona pelo jovem Gilberto, interpretado por Maicon Rodrigues, apesar de todas as censuras e desigualdades entre os dois.


A começar pelo título, “Salamandra” deixa muitas pontas soltas, levando o espectador a um verdadeiro jogo de adivinhação. Aos poucos, vai-se descobrindo que o jovem negro Gilberto é uma espécie de rato de praia, vivendo de pequenos trambiques. 

Mas nada abala a paixão da francesa, que se entrega ao romance, apesar das diferenças entre eles. Quem se interessar em pesquisar, vai descobrir que salamandra é um anfíbio semelhante a um lagarto, cuja imagem é associada ao fogo e, com algum esforço, à paixão.


Com duração de cerca de quase duas horas, o filme se arrasta em cenas longas e lentas, inclusive as de sexo entre Catherine e Gil, evidenciando a diferença dos corpos e da cor da pele dos dois. Os demais atores, como Bruno Garcia, Attan Souza Lima (como Pachá, ex-patrão de Gil) e outros, apenas gravitam em torno dos dois protagonistas sem interferência ou vida própria.

Com alguma boa vontade, é possível enxergar algum discurso antirracista e até alguma referência às desigualdades sociais e aos relacionamentos em que a mulher é mais velha do que o homem. Mas é preciso muita boa vontade para gostar de uma história tão mal contada, tão sem pé nem cabeça. Haja paciência pra buscar significados e metáforas.


Ficha técnica
Direção e roteiro:
Alex Carvalho
Produção: NFilmes, Cinenovo, Scope Pictures, coprodução Canal Brasil e Telecine
Distribuição: Pandora Filmes
Exibição: Centro Cultural Unimed BH - Minas, sala 2, sessão 20h10, somente nos dias 27 e 30 de junho e 2 de julho
Duração: 1h56
Classificação: 18 anos
Países: Brasil, França, Alemanha e Bélgica
Gênero: drama

12 junho 2024

“13 Sentimentos” - um olhar sobre o envolvimento emocional em tempos de relações efêmeras

Daniel Ribeiro volta às telonas com filme que aborda relacionamentos amorosos e temáticas LGBT
(Fotos: Thi Santos e Luiza Aron)


Eduardo Jr.


Chega nesta quinta-feira (13) aos cinemas brasileiros o longa "13 Sentimentos”, de Daniel Ribeiro. Distribuído pela Vitrine Filmes, o longa confirma o gosto do diretor em abordar relacionamentos amorosos e temáticas LGBT, como ocorreu no romance adolescente “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho”, de 2014. 

A diferença é que, desta vez, o brasileiro desenvolve uma história sobre namoro, aplicativos de relacionamento e controle sobre a vida com personagens já adultos.       


A estreia, marcada para o dia seguinte ao Dia dos Namorados, pode animar na busca pela metade da laranja. No filme, João (Artur Volpi) é um cineasta recém-saído de um namoro de dez anos com Hugo (Sidney Santiago), do qual sobrou como recordação um cubo mágico (sim, aquele brinquedo desafiante para girar, mexer, mudar o ponto de vista em busca de uma suposta harmonia). 

O jovem busca um novo amor e, quando acha que encontrou, tenta conduzir essa relação como se fosse o novo filme que está escrevendo - e é claro, se a arte imita a vida, esse romance não vai obedecer a um roteiro. 


Uma das coisas interessantes sobre “13 Sentimentos” é que o longa é uma resposta de Daniel a outro filme, “45 Dias Sem Você” (2018), que foi realizado por seu ex, Rafael Gomes, baseado no término da relação dos dois. 

Agora, Daniel se debruça sobre seus próprios sentimentos, sobre a possibilidade de se abrir para uma nova relação e sobre se enxergar, se conhecer.  

Nessa jornada, o protagonista João conta com o apoio da amiga lésbica que não quer morar com a namorada e do amigo que tem pavor de relacionamentos. Os dois parecem ambientados à modernidade dos aplicativos de relacionamento, e João também embarca nessa onda. 

A edição do longa se aplica nessa tendência, apresentando telas divididas, que se movimentam de forma ágil, tal qual o texto se desenvolve na obra. 


Dentro do longa, o protagonista escreve um filme que, a cada momento, parece ser um equívoco. Até que o surgimento de um affair vai transformando os dias do cineasta e suas ideias sobre o que está escrevendo. Mas as tentativas de conduzir a paquera como se estivesse construindo um roteiro se mostram infrutíferas. 

O namoro dá errado, o projeto do filme vai naufragando, e as contas pra pagar também começam a tirar a paz de João. Como num simulacro da vida amorosa, a vida profissional também parece desmoronar, até que um novo campo de trabalho se abre. 

Neste ponto, o filme vai se desconectando da modernidade das telas dos smartphones e ganhando um tom mais reflexivo. As metáforas escolhidas pelo diretor revelam que talvez algumas relações sejam idealizadas e que não se conhece tanto assim o outro (ou a si mesmo). 


Mas para recuperar essa chacoalhada no público (e amenizar algumas cenas com cenários que deixam os olhos incomodados tamanha a falta de zelo com a estética), a música de Tim Bernardes se encaixa na trama, quase traduzindo o filme - ou nos dando um aprendizado sobre a vida. 

Pois ela também depende de mexer aqui, ajustar ali, mudar o ponto de vista até que os quadradinhos do cubo mágico estejam em harmonia (ou será que, melhor que um cubo montado é o caminho até chegar a esse momento?). Só indo aos cinemas pra conferir e encontrar a melhor resposta pra você. 


Ficha Técnica:
Direção: Daniel Ribeiro
Produção: Lacuna Filmes, Claraluz Filmes, Canal Brasil, Telecine
Exibição: nos cinemas
Duração: 1h40
Classificação: 16 anos
País: Brasil
Gêneros: romance, comédia

10 junho 2024

"Mallandro - O Errado Que Deu Certo" é uma comédia de bordões para os fãs do humorista

Sem deixar a comédia de lado, filme aborda um período difícil da vida do rei das pegadinhas dos anos 1980 (Fotos: Primeiro Plano Comunicação)


Maristela Bretas


Ele fez sua carreira pautada em bordões como "rá!", "ie-ié", "glu-glu", levou milhares de pessoas para a frente das TVs e platéias aos teatros. Caiu, levantou e ainda possui fãs pelo Brasil e fora do país. E é essa a história de "Mallandro - O Errado Que Deu Certo", filme que estreia nos cinemas dia 13 de junho com direção de Marco Antônio de Carvalho.

Antes mesmo da estreia, Sérgio Mallandro percorreu várias cidades brasileiras, incluindo Belo Horizonte, em sessões prévias que atraíram centenas de pessoas às salas de cinema que queriam ver de perto o ídolo dos anos 1980.


O longa aborda um período de perrengues da vida do ator, mostrando as mudanças em seu comportamento, na relação com os filhos e ex-mulheres. 

Sem dinheiro e vivendo das glórias do passado, Sérgio Mallandro precisa se reinventar. Recém eliminado de um reality show e com dívidas se acumulando, ele aceita participar de um piloto para um novo programa de auditório.

Porém, quando uma pegadinha dá errado, ele se vê em uma situação de vida ou morte e precisa tomar uma decisão que pode afetar sua carreira para sempre. Para quem acompanhou a trajetória do ator, uma famosa pegadinha do programa "Festa do Mallandro" é reproduzida no filme.


Além do próprio humorista, o elenco conta com artistas conhecidos da TV, teatro e cinema como André Mattos, Nany People, Lúcio Mauro Filho, Fernando Caruso, Hugo Bonemer, entre outros, que garantem os momentos divertidos.

Já a turma jovem, interpretando os filhos do comediante, é formada por Marianna Alexandre (de "Um Broto Legal" - 2022), como Mila, e Guilherme Garcia (a série "Dom", do Prime Video), no papel de Lucca. O filme conta ainda com as participações especiais da apresentadora Xuxa Meneghel e do ex-jogador Zico, uma boa forma de atrair público.


Carreira

Na TV, Sérgio apresentou programas como o infantil matinal "Oradukapeta", no SBT (1987 a 1990) e "Show do Mallandro", na Globo (1991 a 1993). No SBT, era considerado o rei das pegadinhas e foi dono de um dos quadros mais clássicos do Brasil a “Porta dos Desesperados”. 

No cinema, participou de diversas produções, entre elas os longas "Menino do Rio" (1982), “O Trapalhão na Arca de Noé" (1983), “Garota Dourada” (1984), "As Aventuras de Sérgio Mallandro" (1985), "Sonho de Verão" (1990), "Lua de Cristal" (1990), contracenando com Xuxa, e "Inspetor Faustão e o Mallandro" (1991). 


Em 2019, o humorista também fez uma participação no filme “MIB: Homens de Preto Internacional”. Atualmente, ele apresenta o Podcast Papagaio Falante e também realiza shows de stand-up por todo o país e shows corporativos para grandes empresas.

"Mallandro - O Errado Que Deu Certo", no entanto, é uma produção que se arrasta por longos 102 minutos entre a comédia e o drama. E ouvir, o tempo todo, o comediante repetir seus bordões, até mesmo quando ele tenta deixar de usá-los, é muito cansativo. Chega a ser chato e a diversão poderá não ser a esperada.


Ficha técnica
Direção: Marco Antônio de Carvalho
Produção: Melodrama, com coprodução Telecine e RioFilme
Distribuição: Downtown Filmes
Duração: 1h42
Classificação: 12 anos
País: Brasil
Gêneros: comédia, drama

21 maio 2024

"Morando com o Crush", uma comédia romântica para se apaixonar

Uma peça pregada pelo destino coloca Luana e Hugo morando sob o mesmo teto como irmãos; agora eles precisam esconder sua paixão  (Fotos: Paris Filmes)


Filipe Matheus

Com uma narrativa doce, abordando a experiência e o amor na adolescência, chega aos cinemas nesta quinta-feira a comédia romântica "Morando com o Crush" que promete entregar humor e muita nostalgia.

Na história, Luana (Giulia Benite, de "Turma da Mônica - Lições", 2021) e Hugo (o estreante no cinema, Vitor Figueiredo) são apaixonados desde a infância. Quando seus pais começam a namorar e decidem aceitar uma proposta de emprego e morar juntos na mesma casa, em uma cidade no interior. 


As mudanças complicam a relação dos jovens. Eles agora precisam aprender a conviver e lidar com a nova dinâmica familiar, escondendo os sentimentos que têm um pelo outro. 

O relacionamento dos pais acabou provocando uma situação delicada: agora eles são considerados praticamente "irmãos” e fazem parte de uma única família.


Fábio (Marcos Pasquim, de "Juntos e Enrolados" - 2022) e Antônia (Carina Sacchelli) interpretam o pai de Luana e a mãe de Hugo, tornando a trama mais divertida e dinâmica. Se não fosse por eles, o amor e o amadurecimento dos filhos não seriam possíveis. 

Juliana Alves ("O Sequestro do Voo 375" - 2023) desempenha um bom papel como Karina, diretora da escola. A atriz poderia ter mais tempo de tela, o que deixaria o roteiro mais interessante e divertido.


A trilha sonora, composta por Silvio Marques, é perfeita, variando de "Coisa Linda", de Tiago Iorc, a "Toda Forma de Amor", de Lulu Santos. Isso faz com que o espectador se apaixone ainda mais e se envolva profundamente na narrativa do filme.

Com bom humor e uma mensagem positiva, "Morando com o Crush" entrega um diálogo simples e um roteiro com muitos clichês de filmes de romance. Indicado para todas as idades, é um convite para que o público embarque nessa aventura. 


Ficha técnica:
Direção: Hsu Chien
Roteiro: Sylvio Gonçalves
Produção: Paris Entretenimento, coprodução Paramount Pictures e Simba Content e apoio Telecine
Distribuição: Paris Filmes
Exibição: nos cinemas
Duração: 1h30
Classificação: Livre
País: Brasil
Gêneros: romance, comédia

01 janeiro 2024

Tatá Werneck e Ingrid Guimarães têm a química perfeita do humor em "Minha Irmã e Eu"

Longa dirigido por Susana Garcia é muito divertido, tem emoção e ainda atores e cantores tarimbados do passado e do presente
(Fotos: Paris Filmes)


Maristela Bretas


Garantia de boas gargalhadas e também momentos de emoção. Ingrid Guimarães e Tatá Werneck têm a química perfeita para divertir o público na comédia "Minha Irmã e Eu", em cartaz nos cinemas. São quase duas horas de trapalhadas, diálogos escrachados, com duplo e até triplo sentido e situações tão ridículas que fica impossível não rir (e muito).

A diretora Susana Garcia ("Minha Mãe é Uma Peça 3" - 2019, "Minha Vida em Marte" - 2018) acertou novamente na escolha do elenco e do roteiro, entregando um longa que deixa a gente leve quando sai do cinema, especialmente pela interpretação das duas comediantes protagonistas. 


Tatá interpreta Mirelly, a irmã caçula, que mora no Rio de Janeiro, se passa por descolada, amiga de famosos, vivendo de luxo e glamour. Puro "fake". 

Mentirosa compulsiva, mora num "apertamento", vive de bicos pra se sustentar e faz postagens arranjadas para se dar bem nas redes sociais. Ela é a mais doida das duas, mas também a que entrega as cenas e diálogos mais divertidos do filme.

Ingrid é Mirian, a mais velha, que nunca saiu de Rio Verde no interior de Goiás, vive para o lar, é casada com Jayme (Márcio Vito), tem dois filhos - Jayme Jr. e Marcelly - e cuida da mãe Dona Márcia, a tarimbada Arlete Salles. 


Mirian representa bem a esposa certinha, mas insatisfeita, que gostaria de ter a vida da irmã, apesar de estar sempre às turras com ela. E para desilusão de Dona Márcia, as filhas nunca realizaram seu sonho de formarem uma dupla sertaneja.

As duas quase não se encontram, até que uma discussão no lugar errado e na hora errada entre as irmãs leva Dona Márcia a desaparecer. Começa aí o Road movie de Miriam e Mirelly.


Em busca da mãe perdida, a dupla vai percorrer as estradas de Goiás de carro, a pé, de bicicleta, em caminhão pau-de-arara, o transporte que aparecer na hora. E por onde passam, vão deixando um rastro de boas risadas.

Bastariam as duas atrizes para o filme ter tudo para ser bom, mas o elenco ainda ganha peso com a participação de Lázaro Ramos e Taís Araújo, no papel deles mesmos, o grande Antônio Pedro, que infelizmente morreu em março deste ano, além de Leandro Lima, que faz o papel do cowboy sarado, e o colunista Hugo Gloss. 


Na parte musical, como participações especiais, estão a cantora Iza e a dupla Chitãozinho e Xororó, que tem uma história passada com Dona Márcia.

Durante sua jornada, a partir do Rio de Janeiro, de onde Mirelly agora precisa fugir por uns tempos, as duas irmãs vão conhecendo e encontrando personagens, retomando a amizade de infância e descobrindo uma nova realidade.


Além das belas locações da região Centro-Oeste do pais, "Minha Irmã e Eu" foi muito bem dirigido por Susana Garcia a partir de um roteiro leve e cativante. Como se os roteiristas estivessem contando suas próprias experiências familiares. 

Ele é isso, um filme produzido para divertir toda a família, falando sobre a relação entre mães e filhos e, especialmente, entre irmãs, com direito a brigas, picuinhas e acertos. Mas não mexa com uma delas, porque com certeza vai arranjar problema com a família toda. Não perca nos cinemas, vale muito a pena.


Ficha técnica:
Direção: Susana Garcia
Ideia original: Ingrid Guimarães e Tatá Werneck
Roteiro: Célio Porto, Ingrid Guimarães, Veronica Debom, Leandro Muniz
Produção: Paris Entretenimento, com coprodução da Paramount Pictures, Telecine, Simba e Globo Filmes
Distribuição: Paris Filmes
Exibição: nos cinemas
Duração: 1h52
Classificação: 14 anos
País: Brasil
Gênero: comédia nacional
Nota: 4 (0 a 5)

27 dezembro 2023

Turma do Cinema no Escurinho elege seus filmes favoritos de 2023

Reprodução


Equipe Cinema no Escurinho


Mais um ano terminando e alguns colaboradores do Cinema no Escurinho não podiam deixar de indicar os dez filmes que mais gostaram, no cinema e na internet. Se você ainda não viu, fica a dica: alguns já estão nos catálogos das principais plataformas de streaming. Confira:



Banshees de Inisherin - STAR+ (assinante)
Folhas de Outono - MUBI - https://mubi.com/pt/br
Anatomia de uma Queda - PREVISÃO DE ESTREIA NOS CINEMAS EM FEVEREIRO
Ainda Temos o Amanhã - AINDA NÃO DISPONÍVEL NO STREAMING
Culpa e Desejo - AINDA NÃO DISPONÍVEL NO STREAMING
Retratos Fantasmas - NETFLIX (assinante); para aluguel: GOOGLE PLAY FILMES, AMAZON PRIME VÍDEO, YOUTUBE E APPLE TV
Disfarce Divino - AINDA NÃO DISPONÍVEL NO STREAMING
O Crime é Meu - AINDA NÃO DISPONÍVEL NO STREAMING
Holy Spider - AMAZON PRIME VIDEO (assinante); para aluguel: GOOGLE PLAY FILMES, YOUTUBE, APPLE TV
Uma Vida Sem Ele - AMAZON PRIME VIDEO


Eduardo Jr.

Ainda Temos o Amanhã - AINDA NÃO DISPONÍVEL NO STREAMING
Missão Impossível 7: Acerto de Contas - Parte 1 - AMAZON PRIME VIDEO (assinante); para aluguel:, GOOGLE PLAY FILMES, YOUTUBE, APPLE TV
Estranha Forma de Vida - AMAZON PRIME VIDEO (assinante); para aluguel: GOOGLE PLAY FILMES, YOUTUBE, APPLE TV
Mussum: O Filmis - para aluguel: GOOGLE PLAY FILMES, YOUTUBE, APPLE TV
Culpa e Desejo - AINDA NÃO DISPONÍVEL NO STREAMING
Batem à Porta - TELECINE PIPOCA DIA 31/12 (assinatura); para aluguel: GOOGLE PLAY FILMES, YOUTUBE, APPLE TV
Trolls 3 - Juntos Novamente - para aluguel: AMAZON PRIME VIDEO, GOOGLE PLAY FILMES, YOUTUBE, APPLE TV
Um Pai, Um Filho - AINDA NÃO DISPONÍVEL NO STREAMING
Sem Ar - para aluguel: AMAZON PRIME VIDEO, YOUTUBE, APPLE TV
A Noite das Bruxas - STAR+ (assinante)


Marcos Tadeu

Beau Tem Medo - AMAZON PRIME VIDEO (assinante); para aluguel: GOOGLE PLAY FILMES, YOUTUBE, APPLE TV
Maestro - NETFLIX (assinante)
Barbie - HBO Max (assinante); para aluguel: AMAZON PRIME VIDEO, GOOGLE PLAY FILMES, YOUTUBE, APPLE TV
Super Mario Bros.: O Filme - para aluguel: AMAZON PRIME VIDEO, GOOGLE PLAY FILMES, YOUTUBE, APPLE TV
A Baleia - PARAMOUNT (assinante)
Mussum: O Filmis - para aluguel: GOOGLE PLAY FILMES, YOUTUBE, APPLE TV
Digimon Aventure 02: O Começo - GLOBOPLAY (assinante)
Excluídos - NETFLIX (assinante)
Retratos Fantasmas - NETFLIX (assinante); para aluguel: GOOGLE PLAY FILMES, AMAZON PRIME VÍDEO, YOUTUBE E APPLE TV
Suzume - CRUNCHYROLL  - https://www.crunchyroll.com/pt-br


Maristela Bretas


- A Última Vez que Fomos Crianças - AINDA NÃO DISPONÍVEL NO STREAMING
- Elementos - DISNEY+
- Super Mario Bros.: O Filme - para aluguel: AMAZON PRIME VIDEO, GOOGLE PLAY FILMES, YOUTUBE, APPLE TV
- Aquaman 2 - O Reino Perdido - NOS CINEMAS
- Oppenheimer - para aluguel: AMAZON PRIME VIDEO, GOOGLE PLAY FILMES, YOUTUBE, APPLE TV
- Guardiões da Galáxia: Vol.3 - DISNEY+
- Missão Impossível 7: Acerto de Contas - Parte 1 - AMAZON PRIME VIDEO (assinante); para aluguel:, GOOGLE PLAY FILMES, YOUTUBE, APPLE TV
- Gato de Botas 2 - TELECINE e AMAZON PRIME VIDEO (assinante); para aluguel:, GOOGLE PLAY FILMES, YOUTUBE, APPLE TV
- Os Fabelmans - TELECINE e AMAZON PRIME VIDEO (assinante); para aluguel:, GOOGLE PLAY FILMES, YOUTUBE, APPLE TV
- John Wick 4: Baba Yaga - AMAZON PRIME VIDEO (assinante); para aluguel:, GOOGLE PLAY FILMES, YOUTUBE, APPLE TV

11 outubro 2023

“Meu Nome é Gal” é a própria exaltação ao poder transformador da música, com suas dores e delícias

Sophie Charlotte tem atuação magistral da cantora em suas muitas fases e nuances (Fotos: Stella Carvalho/Dramática Filmes)


Mirtes Helena Scalioni


Filmes – e livros – que optam por fazer um recorte na vida de uma figura pública importante correm o risco de deixar alguma frustração em fãs ou admiradores mais exigentes do biografado. Sempre fica uma lacuna, sempre falta. 

Esse não parece ser, no entanto, o caso da cinebiografia “Meu Nome é Gal”, cuja direção, inteligentemente, escolheu o período de 1966 a 1971, que conta, exatamente, do nascimento artístico da cantora até seu estouro com o show “Fa-tal, Gal a Todo Vapor” (1971), como símbolo da contracultura e da resistência à ditadura militar da época. O longa entra em cartaz nesta quinta-feira (12) nos cinemas.


Outro acerto do filme, que foi dirigido com visível sensibilidade por Dandara Ferreira e Lô Politi: o longa resiste à tentação de detalhar a vida pessoal da artista. As roteiristas Maira Bühler e Mirna Nogueira se concentraram quase que exclusivamente na metamorfose – nem sempre fácil - da baianinha tímida em um vulcão tropicalista. 

Fica claro, desde o início, que a grande protagonista da história é a força transformadora da música. Pode-se dizer que “Meu Nome é Gal” é um filme feminino, não apenas pelo número de mulheres na ficha da produção. E não é sobre Maria da Graça Costa Penna Burgos. É sobre Gal Costa, cuja mãe, Mariah (Chica Carelli) aparece rápida e pontualmente.


Quando chegou ao Solar da Fossa, uma pensão no Botafogo, no Rio de Janeiro, onde já se hospedavam Gil, Caetano, Betânia e Dedé, a baiana Gracinha encontrou amigos e ambiente propício para exercer sua arte. Não foi fácil vencer barreiras, e isso fica claro no filme, também pelas interpretações dos atores e atrizes envolvidos no clã. 

Merecem destaque Camila Márdila como Dedé Gadelha, Rodrigo Lelis como Caetano Veloso, Dan Ferreira como Gilberto Gil, George Sauma como Waly Salomão, a própria diretora Dandara Ferreira como Betânia, e Luis Lobianco como o divertido Guilherme Araújo, o primeiro empresário dos baianos. 


Os figurinos de Gabriella Marra e a reconstituição perfeita de cenários e paisagens da época são impecáveis. A cena da turma toda na praia do Arpoador, no Rio, no espaço que ficou conhecido como “dunas da Gal”, é deliciosamente irresistível. 

A bela trilha ficou a cargo de Otavio de Moraes, também responsável pelo longa "Ângela", dirigido por Hugo Prata, que pode ser conferido no Prime Video. Ganham destaque no filme as canções “Meu Nome é Gal”, composta por Erasmo e Roberto Carlos em 1969, “Baby”, “Divino Maravilhoso”, “Eu Vim da Bahia”, “Alegria, Alegria”, “Coração Vagabundo”, “Mamãe, Coragem”, “Vaca Profana”, “Festa do Interior”, entre outras.


Talvez o único senão de “Meu Nome é Gal” esteja mais para o final do filme, quando o longa praticamente deixa de ser uma cinebiografia para lembrar a cantora com imagens de arquivo. 

Sem nenhuma novidade, já que, com a morte recente da baiana (novembro de 2022), fotos, shows e entrevistas disponíveis foram exaustivamente exibidas – o que, de certa forma, reduz o impacto que o roteiro vinha causando. Um quase anticlímax.


Muito se tem falado também da interpretação irrepreensível de Sophie Charlotte como Gal. Com razão. A atriz tem atuação magistral da cantora em suas muitas fases e nuances e ajuda muito o espectador a compreender sua transformação artística em todas as suas dores e delícias. 

O filme é, antes de tudo, uma homenagem à Gal Costa, artista de voz privilegiada e inconfundível. O público da nova geração tem uma ótima oportunidade de conhecer a importância da artista para o Brasil. E os que acompanharam sua carreira vão, certamente, se emocionar ao recordar tempos difíceis e ao mesmo tempo profícuos da arte brasileira. Impossível não chorar.


Ficha técnica:
Direção: Dandara Ferreira e Lô Politi
Roteiro: Lô Politi, Maíra Bühler e Mirna Nogueira
Produção: Paris Entretenimento e Dramática Filmes, em coprodução com Globo Filmes, Telecine e California Filmes
Distribuição: Paris Filmes
Exibição: nos cinemas
Duração: 2 horas
Classificação: 12 anos
País: Brasil
Gênero: biografia

25 agosto 2023

"A Chamada" é uma repetição de outros filmes de ação de Liam Neeson

Longa traz ameaças por telefone, perseguições da polícia e um roteiro bem fraco  (Fotos: StudioCanal)


Maristela Bretas


De agente num avião ("Sem Escalas" - 2014) para um policial no trem ("O Passageiro" - 2018) e agora um executivo do setor financeiro que não dá atenção à família dentro de um carro. O formato que marcou estes filmes de ação de Liam Neeson se repete em "A Chamada" ("Retribution"), novamente com mensagens e ligações telefônicas ameaçadoras. A nova produção, em cartaz nos cinemas, é mais do mesmo.

Tudo é bem previsível, das falas ao vilão. O roteiro é preguiçoso, quase um CONTROL C/CONTROL V. Poderia ter explorado a experiência do ator principal, que já fez produções melhores do gênero. Desde o primeiro momento é possível saber o que vai acontecer e como será a reação do empresário Matt Turner, papel de Neeson.


O elenco secundário também faz o básico e acrescenta muito pouco, especialmente os atores Lilly Aspell, Jack Champion e Embeth Davidtz, que interpretam os filhos e a esposa de Turner. 

A agente da Europol, Angela Brickmann (Noma Dumezweni), está lá para cumprir tabela. Afinal é necessário alguém da polícia para caçar o homem que ameaça os filhos com uma bomba. Até mesmo o experiente Matthew Modine, como Anders, sócio de Turner, é mal aproveitado.


O longa é uma corrida contra o relógio para Matt Turner. Numa manhã quando levava os filhos à escola, ele recebe uma ligação de um desconhecido que diz que há uma bomba sob os assentos e que ninguém pode deixar o carro. 

O executivo terá de seguir as ordens do terrorista ou o veiculo será explodido com todos os ocupantes. Para quem não se importava muito com a família e só pensava nos negócios, ele agora tem de voltar sua atenção para salvar os filhos do homem que os está ameaçando.


"A Chamada" tem pontos positivos, como as imagens nas ruas de Berlim. Mesmo com cenas rápidas de perseguição é possível ver locais bem interessantes da cidade alemã. A ação predomina durante todo o longa, mas não apresenta nada de novo do que já foi visto em outros filmes do gênero. 

A trilha sonora composta por Harry Gregson-Williams, responsável por "Megatubarão 2" (2023), "Mulan" (2020) e "A Casa de Gucci" (2021), é boa e ajuda a dar um clima mais dinâmico às cenas de ação. 

Para os fãs do ator, "A Chamada" pode ser uma opção que agrade - eu mesma fui assistir por gostar dos filmes de Liam Neeson -, mas não espere novidades. Acredito que o longa vá bem rápido para o streaming.


Ficha técnica:
Direção: Nimród Antal
Produção: StudioCanal, Vaca Films Studio, Ombra Films
Distribuição: Paris Filmes, Telecine
Exibição: nos cinemas
Duração: 1h31
Classificação: 14 anos
País: EUA
Gêneros: suspense, ação

03 janeiro 2023

Confira os melhores filmes de 2022 escolhidos pela equipe do Cinema no Escurinho

Fotos: Divulgação

 

Equipe Cinema no Escurinho


Alguns dos integrantes do blog Cinema no Escurinho escolheram seus filmes preferidos de 2022. Sem fugir dos blockbusters, fizemos uma seleção do que ainda está no cinema e das produções em exibição nas plataformas de streaming.

Houve um consenso de que os filmes do ano que se encerrou foram bem mais fracos do que se apresentou no passado. A cada dia que passa, as plataformas digitais têm agradado mais ao público, oferecendo horas e horas de entretenimento, com conteúdo nem sempre satisfatório, mas capaz de afastar o espectador das salas de cinema.

O que se constata, no entanto, é que o mercado vem sendo inundado com um grande volume de produções, para os formatos físico e digital, mas que não significam sinônimo de qualidade em muitos casos.


Veja o que nossos colaboradores indicam e saiba onde assistir. Alguns desses longas ainda podem ser conferidos nas salas de cinema, outros nos streamings e o restante aguardando uma chance para ganhar um lugar ao sol nos espaços de exibição. 

Marca aí na sua lista e não deixe de conferir. Tem sugestões para todos os gostos.

Maristela Bretas
- A Mulher Rei - Gina Prince-Bythewood - Google Play, Apple TV, Prime Vídeo, Net/Claro
- Top Gun: Maverick - Joseph Kosinski - Telecine Play
- Doutor Estranho no Multiverso da Loucura - Sam Raimi - Disney+
- Ela Disse - Maria Schrader - nos cinemas
- Elvis - Baz Luhrmann - HBO Max
- Argentina, 1985 - Santiago Mitre - Prime Vídeo
- Pureza - Renato Barbieri - Globo Play
- Enfermeiro da Noite - Tobias Lindholm - Netflix
- Mundo Estranho - Don Hall e Qui Nguyen - Disney+
- Filho da Mãe - Susana Garcia e Ju Amaral - Prime Vídeo



Mirtes Helena
- Argentina, 1985 - Santiago Mitre - Prime Vídeo
- Medida Provisória - Lázaro Ramos - Globo Play
- Elvis - Baz Luhrmann - HBO Max
- Marte Um - Gabriel Martins - AINDA INDISPONÍVEL NO STREAMING
- O Enfermeiro da Noite - Tobias Lindholm - Netflix
- O Milagre - Sebastián Lelio - Netflix

Jean Piter
"Os estúdios de cinema e de streaming estão preferindo mais o volume de produção do que a qualidade. Blockbusters, do tipo "Star Wars", parecem estar perdendo a linha, criando coisas porque sabem que têm um público cativo. Da mesma forma a DC e a Marvel.  

Eles roubam grande parte da audiência, é dinheiro garantido nas bilheterias e isso acaba tirando o espaço de outras produções, interferindo no calendário de lançamentos. E com isso, o público acaba ficando meio refém dessas grandes produções." 


"De forma geral, eu vejo que a gente está tendo muitas produções mas pouca qualidade. foi meio difícil fazer esta lista de 2022. E cada vez mais a gente vai ver grandes produções lançadas diretamente no streaming."

- Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo - Daniel Scheinert e Daniel Kwan - Net/Claro, Claro Vídeo, Apple TV, Google Play e Prime Vídeo
- Top Gun: Maverick - Joseph Kosinski - Telecine Play
- A Mulher Rei - Gina Prince-Bythewood - Google Play, Apple TV, Prime Vídeo, Net/Claro
- O Predador: A Caçada - Dan Trachtenberg - Star+
- The Batman - Matt Reeves - HBO Max
- Pinóquio - Guillermo del Toro - Netflix
- Elvis - Baz Luhrmann - HBO Max
- Argentina, 1985 - Santiago Mitre - Prime Vídeo


Marcos Tadeu
"Assim como Jean Piter, eu também acho que o mercado do cinema está muito inchado, com muitas produções em streaming. Às vezes, fica até difícil de ver tudo e achar filmes que são muito bons, mas que se perdem no volume de opções oferecidas. 

Neste ponto, o cinema ajuda na escolha. Eu também acho que falta qualidade. Não tive tanta dificuldade em escolher, pois meu critério foi mais o que passou no cinema. Se ficasse refém ao streaming, tivesse mais dificuldade."

Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo - Daniel Scheinert e Daniel Kwan - Net/Claro, Claro Vídeo, Apple TV, Google Play e Prime Vídeo
- The Batman - Matt Reeves - HBO Max
- Elvis - Baz Luhrmann - HBO Max
- Top Gun: Maverick - Joseph Kosinski - Telecine Play
- Pinóquio - Guillermo del Toro - Netflix
- Sorria - Parker Finn - Net/Claro, Claro Vídeo, Apple TV, Google Play e Prime Vídeo
- O Predador: A Caçada - Dan Trachtenberg - Star+
- A Mulher Rei - Gina Prince-Bythewood - Google Play, Apple TV, Prime Vídeo, Net/Claro
- Medida Provisória - Lázaro Ramos - Globo Play
- Marte Um - Gabriel Martins - AINDA INDISPONÍVEL NO STREAMING


Carol Cassese
- Triângulo da Tristeza - Ruben Östlund - AINDA INDISPONÍVEL NO STREAMING
O Próximo Passo - Cédric Klapisch - AINDA INDISPONÍVEL NO STREAMING
- O Menu - Mark Mylod - HBO Max
- O Bom Patrão - Fernando León de Aranoa - AINDA INDISPONÍVEL NO STREAMING
- Mães Paralelas - Pedro Almodóvar - Netflix
- O Milagre - Sebastián Lelio - Netflix
- Pinóquio - Guillermo del Toro - Netflix
- Marte Um - Gabriel Martins - AINDA INDISPONÍVEL NO STREAMING
- Noites de Paris - Mikhaël Hers - AINDA INDISPONÍVEL NO STREAMING
- A Acusação - Yvan Attal - AINDA INDISPONÍVEL NO STREAMING


Eduardo Jr.
- Marte Um - Gabriel Martins - AINDA INDISPONÍVEL NO STREAMING
- Medida Provisória - Lázaro Ramos - Globo Play
- The Batman - Matt Reeves - HBO Max
- Respect - A História de Aretha Franklin - Liesl Tommy - Prime Vídeo
- As Verdades - José Eduardo Belmonte - Telecine
- Mães Paralelas - Pedro Almodóvar - Netflix