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09 outubro 2024

"Robô Selvagem", uma animação comovente e forte candidata ao Oscar

Roz é uma máquina que terá que se reprogramar para conseguir sobreviver ao novo mundo e seus habitantes (Fotos: DreamWorks Animation)


Maristela Bretas


Lindo, comovente, cheio de aventuras e capaz de derreter muitos corações. Este é "Robô Selvagem" ("The Wild Robot"), animação que estreia nesta quinta-feira (10), nos cinemas e promete encantar crianças e adultos ao abordar temas universais como família, aceitação das diferenças e a importância da amizade.

A história reúne natureza e tecnologia num mesmo espaço e gira em torno da robô Roz (voz de Lupita Nyong'o, de "Nós" - 2019 e dublagem de Elina de Souza em português). Ela cai em uma ilha isolada e ao abrir os olhos pela primeira vez não tem a menor ideia de como foi parar ali.


Para sobreviver à vida selvagem, Roz precisará se reprogramar para o novo ambiente e conquistar a confiança dos habitantes locais, alguns até bem ferozes. Uma tarefa que se torna ainda mais complexa quando um acidente a transforma em "mãe" adotiva de um filhote de ganso, batizado de Bico Vivo (vozes de Boone Storme quando bebê e do ator mirim Vicente Alvite; quando adulto, Kit Connor e Gabriel Leone, de "Eduardo e Mônica" - 2022).

"Robô Selvagem" é baseado no best-seller infantojuvenil homônimo de 2016, do escritor e ilustrador Peter Brown, que originou duas sequências literárias - "The Wild Robot Escapes" (2017) e "The Wild Robot Protects" (2023). Ainda sem tradução no Brasil, as duas obras também se tornaram sucesso e ganhadoras de prêmios literários.


A narrativa é rica em metáforas sobre o amadurecimento e a construção de laços. Rozzum 7134, chamada de Roz, é uma robô, inicialmente vista como uma estranha, reflete a jornada de qualquer indivíduo que busca ser aceito em um novo ambiente. A direção e o roteiro são de Chris Sanders, três vezes indicado ao Oscar e responsável pela franquia "Como Treinar Seu Dragão" (2010 a 2019), também da DreamWorks Animation.

A relação que se desenvolve entre ela, o pequeno Bico-Vivo e a raposa Astuto (dublagens de Pedro Pascal, das séries "The Last of Us" - 2023 - e "The Mandalorian" - 2019 a 2023; e Rodrigo Lombardi) traz à tona a beleza da diversidade. Mostrando que a união entre diferentes espécies – e, por extensão, diferentes indivíduos – pode resultar em uma verdadeira família.


Visualmente, "Robô Selvagem" é um deleite. A animação apresenta um estilo vibrante e cativante, com cores vivas que tornam a ilha um lugar mágico, onde cada canto parece pulsar com vida. A trilha sonora, cuidadosamente escolhida, complementa a experiência, realçando os momentos de tensão e alegria.

A obra traz lições sobre aceitação e amor familiar abordadas de maneira sensível, que nos fazem rir e chorar. Inicialmente, Roz age como um robô de serviços gerais, mas ao longo da trama, a emoção vai ocupando lugar na programação automatizada, quase como se ele tivesse um coração de verdade.

A química entre os protagonistas é um dos pontos altos do filme. A dinâmica entre Roz, Bico-Vivo e Astuto traz humor e emoção, tornando a jornada deles não apenas uma busca por aceitação, mas também uma celebração das diferenças que nos tornam únicos.


No elenco de dubladores estão também outros nomes conhecidos do cinema: Catherine O'Hara ("Os Fantasmas Ainda Se Divertem - Beatlejuice, Beatlejuice" - 2024), como a gambá Pinktail; Bill Nighy ("A Livraria" - 2018) no papel do ganso Longneck; Mark Hamill (franquia "Star Wars" - 1977 a 2019 e "O Menino e a Garça"), como Thorn; Stephanie Hsu ("Tudo em Todo o Lugar ao mesmo Tempo" - 2022, e "O Dublê" - 2024), dando voz à robô Vontra; Ving Rhames (franquia "Missão: Impossível" - 1996 a 2025), e Matt Berry ("O Que Fazemos nas Sombras" (2014) e a franquia Bob Esponja).

A DreamWorks acertou em tudo. "Robô Selvagem" é uma animação encantadora que consegue transmitir mensagens valiosas e deixar a sensação de quero mais. É uma experiência que vale a pena ser vivida no cinema, especialmente por famílias que buscam um filme que reúne diversão e reflexões profundas. E não se esqueça de levar o lencinho!


Ficha técnica
Direção e roteiro: Chris Sanders
Produção: DreamWorks Animation, Universal Pictures
Distribuição: Universal Pictures
Exibição: nos cinemas
Duração: 1h42
Classificação: Livre
País: EUA
Gêneros: animação, aventura, família, infantil

22 agosto 2024

Com estética vibrante, "Os Inseparáveis" discute mudança de rumo e o valor do companheirismo

Don, o palhaço marionete, e o cachorro DJ, Doggie Dog, vivem uma aventura com mensagem positiva e momentos de humor
(Fotos: nWave Pictures - Contracorriente Films)


Silvana Monteiro


Quando o público vai embora e a encenação termina é hora de os personagens viverem as próprias aventuras e terem ate mesmo uma crise de identidade. É neste mundo de fantasia que se passa "Os Inseparáveis" ("The Inseparables"), animação em cartaz nos cinemas que nos transporta para um local onde brinquedos e objetos de cena ganham uma nova vida após o fechamento das cortinas de um antigo teatro no Central Park, em Nova York. 


Produzido pelos mesmos roteiristas de "Toy Story" (1995), Joel Cohen e Alec Sokolow, o filme nos remete às mudanças de rumo, ao valor da amizade e à superação dos desafios e limites ao lado de quem confiamos. Don (voz de Éric Judor) é um palhaço, um tipo de bobo da corte. 

Embora sua função seja bem desempenhada, ele não quer se limitar a isso e decide sair para viver "sua própria vida". Fora do teatro, ele encontra outro grande sonhador, Doggie Dog (voz do DJ Jean-Pascal Zadi), o cachorro que quer ser rapper e DJ. 

O ponto alto são as cenas nas ruas e parques. Entre árvores, arranha-céus e personagens típicos de uma metrópole, a estética da obra se faz sublime e impactante e os personagens vivem a vida, tão perigosa e desafiadora como ela é.


A qualidade da animação é impressionante. Os detalhes visuais são meticulosamente trabalhados, criando um ambiente vibrante e envolvente que captura a atenção do público. O grande diferencial é quando a cena se torna a extensão da imaginação de Don, dando vida até mesmo ao mais simples cenário da cidade. 

O filme apresenta humor que agrada tanto crianças quanto adultos, equilibrando piadas sutis com momentos de leveza. A trilha sonora complementa a narrativa, proporcionando uma sonoplastia que intensifica as emoções das cenas.


Embora a história seja envolvente, alguns arcos narrativos são previsíveis e seguem fórmulas conhecidas, sobretudo, aquelas que focam na resignificação de brinquedos e objetos. Quanto aos personagens (a maioria muito boa por sinal), alguns não recebem o desenvolvimento necessário, fazendo com que pareçam unidimensionais e menos impactantes.

Em certos momentos, o ritmo da narrativa oscila, com cenas que se arrastam e outras que parecem apressadas, prejudicando a fluidez da história. "Os Inseparáveis" é uma animação visualmente deslumbrante, com uma mensagem positiva e momentos de humor eficazes. É um filme que, vale a pena assistir, especialmente para aqueles que já apreciam o estilo dos criadores. Indicado para um público dos 8 aos 80 anos.


Ficha técnica
Direção: Jerémie Degruson
Roteiro: Joel Cohen e Alec Sokolow 
Produção: nWave Pictures e Octopolis em associação com Contracorriente Films
Distribuição: Paris Filmes
Exibição: nos cinemas das rede Cineart e Cinemark
Duração: 1h30
Classificação: Livre
País: EUA
Gêneros: aventura, animação, comédia, família

07 agosto 2024

Mafalda vai além dos quadrinhos e ganha série animada na Netflix

Personagem foi criada pelo cartunista argentino Quino 60 anos (Fotos: Divulgação)


Silvana Monteiro


Após décadas encantando leitores ao redor do mundo com suas tiras cômicas e reflexões perspicazes sobre a sociedade, a icônica personagem Mafalda finalmente ganhará sua própria série animada na Netflix. O projeto terá o ganhador do Oscar, Juan José Campanella ("O Segredo dos Seus Olhos" - 2009), como diretor, produtor e um dos roteiristas.

Criada pelo cartunista argentino Quino, a menina de 6 anos questiona o mundo ao seu redor com uma sabedoria muito além de sua idade. Desde sua estreia em 1964, Mafalda se tornou um fenômeno cultural na América Latina e na Europa, ressoando com seu senso de humor inteligente e sua perspectiva única sobre temas como política, guerra e a condição humana.


Agora, essa clássica personagem ganhará vida na tela, em uma adaptação da Netflix que promete capturar toda a essência da tira original. A série, que ainda não teve sua data de estreia anunciada, será produzida por uma equipe internacional talentosa e contará com vozes conhecidas emprestando seus talentos aos amados personagens.

Para os fãs de longa data de Mafalda, a notícia da série na Netflix é uma oportunidade de ver a contestadora, revolucionária e inquieta menina ganhar vida nas telas do streaming. 


Para aqueles que ainda não a conhecem, a produção será uma porta de entrada perfeita para descobrir o mundo encantador e reflexivo criado pelo gênio Quino por meio da Mafalda. A expectativa é de que a série consiga compartilhar sua mensagem de humor, perspicácia e consciência social com uma nova geração de fãs. 

A última adaptação das histórias para a telona foi há três anos em "Voltando a Ler Mafalda", uma produção da National Geographic que pode ser conferida no Disney+. O trailer está abaixo. Agora é aguardar a personagem na série.


25 julho 2024

"Teca e Tuti: Uma Noite na Biblioteca" - uma aventura pelo mundo mágico da leitura

Animação infantojuvenil começou a ser feito em 2012, utiliza técnicas de live-action e de animação em stop-motion (Fotos: Rocambole Produções)


Felipe Matheus


Diversão e a paixão por livros. Estes são os maiores atrativos da animação “Teca e Tuti: Uma Noite na Biblioteca”, que estreia nos cinemas nesta quinta-feira (25), sob a direção de Diego M. Doimo, Eduardo Perdido e Tiago Mal. Ele pode ser conferido no Una Cine Belas Artes, na Sessão Vitrine às 15 horas, com ingressos a R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia)

O filme aborda a importância da leitura nos dias atuais e a necessidade de incentivar as pessoas a voltarem a ler livros, deixando um pouco de lado o mundo digital.


Na trama, a traça Teca (voz original de Luy Campos), vive com sua família e seu fiel ácaro de estimação, Tuti (Hugo Picchi), em uma caixa de costura. O que eles mais gostam é devorar papel, mas quando Teca aprende a ler, percebe que os livros não podem ser comidos, pois guardam as histórias que ela adora. 

Decididos a resolver um grande mistério, Teca e Tuti partem para a biblioteca, em busca da história mais importante de suas vidas.


O longa, que começou a ser feito em 2012, utiliza técnicas de live-action e de animação em stop-motion. Cada boneco é único, e com o uso de fotografias e cenários diversos, a mágica do filme ganha vida nas telas. Eduardo Perdido, roteirista e diretor, animou cerca de 75% das cenas. 

Foram necessárias quase 30 mil fotos para fazer os bonecos se movimentarem, cantarem e andarem. Tudo acontece por meio de sequências de fotografias, usando bonecos articulados em cenários construídos e montados dentro de um estúdio.


Produzido pela Rocambole Produções e lançamento pela Sessão Vitrine Petrobras, o filme conta com canções inéditas e originais de Hélio Ziskind, que compôs temas de programas como Cocoricó e Castelo Rá-Tim-Bum, e de Ivan Rocha. A direção de arte é de Mateus Rios, ilustrador de livros infantis, como “Ela Tem Olhos de Céu”, de Socorro Acioli.

Em “Teca e Tuti: Uma Noite na Biblioteca”, cada personagem tem uma história diferente e essa conexão traz uma narrativa dinâmica e alegre para os espectadores que embarcam nessa grande aventura. Afinal, nunca é tarde para conhecer grandes obras da literatura e viver aventuras, seja com “Dom Quixote” ou com “Alice no País das Maravilhas”.


Ficha técnica
Direção: Eduardo Perdido, Tiago MAL e Diego M. Doimo
Produção: Rocambole Produções
Distribuição: LPB Content e codistribuição com a Vitrine Filmes
Exibição: Una Cine Belas Artes, na Sessão Vitrine às 15 horas, com ingressos a R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia)
Duração: 1h15
Classificação: Livre
País: Brasil
Gêneros: animação, infantojuvenil, aventura

04 julho 2024

Minions roubam a cena novamente e arrasam em "Meu Malvado Favorito 4"

Gru e a família correm perigo e precisam se esconder de um vilão com sotaque francês e da namorada dele (Fotos: Illumination Entertainment) 


Maristela Bretas


Eles estão de volta, ainda mais engraçados e trapalhões. Os Minions não ganharam um terceiro filme, mas "Meu Malvado Favorito 4" ("Despicable Me 4"), que estreia nesta quinta-feira nos cinemas, é quase como uma continuação dos sucessos "Minions" (2015) e "A Origem de Gru" (2022). Os famosos baixinhos amarelos de macacão azul arrasam e roubam as cenas cada vez que aparecem, provocando boas gargalhadas. 


A famosa franquia, iniciada em 2010, com sequência em 2013, volta a reforçar a importância da família, como aconteceu em "Meu Malvado 3" (2017). Os Minions seguem com as vozes inconfundíveis de Pierre Coffin (original) e Guilherme Briggs (dublagem em português), para alegria dos fãs. Eles ganham mais espaço e superpoderes e confirmam que são a maior atração (ou pelo menos, a mais divertida) das cinco animações criadas pelos estúdios Illumination e Universal Pictures. 

Gru (novamente dublado por Steve Carell e em português por Leandro Hassum) e Lucy (vozes de Kristen Wiig e Maria Clara Gueiros) agora estão casados e são pais de Margô (Bruna Laynes), Edith (Ana Elena Bittencourt) e a caçula super fofa Agnes (Pamella Rodrigues). 


A novidade do quarto filme da franquia é o novo membro da família - Gru Jr.. Ele lembra muito o bebê Zezé, de "Os Incríveis 2" (2018), mas sem superpoderes. Seu único objetivo é atormentar o pai com suas travessuras. 

Depois de deixar de ser um supervilão, apesar de todas as tentações, Gru se torna agente da Liga Antivilões. Mas ele e sua família passam a ser perseguidos por um novo inimigo, Maxime Le Mal (Will Ferrell/Jorge Lucas) e sua namorada mulher-fatal Valentina (Sofia Vergara/Angélica Borges) que escapam da prisão. 


Maxime é bem caricato, atrapalhado em seus planos e ainda tem sotaque francês. Lembra outro antigo inimigo de Gru, Balthazar Bratt (que foi dublado por Evandro Mesquita no filme 3). Apesar de escolher se transformar em um bicho asqueroso, ele convence em ser o novo inimigo número 1 da família Gru. Além de serem obrigados a mudarem suas vidas e identidades, os Gru ainda vão conhecer Poppy (Joey King/Lorena Queiroz), uma vizinha adolescente que vai lhes trazer grandes problemas.

O diretor Chris Renaud, que acompanha a franquia desde o início, também apresenta no quarto filme do ex-vilão várias referências a filmes famosos de super-heróis, como Homem-Aranha, e relembra personagens das animações anteriores. Quem acompanha Gru e os Minions vai se lembrar, com certeza.


Como se não bastasse toda a ação e diversão, "Meu Malvado Favorito 4" ainda tem uma trilha sonora frenética, composta novamente por Heitor Pereira, responsável pelos outros filmes. Além de sucessos como "Through The Fire And Flames", do Dragonforce, "Sweet Child O’ Mine", do Guns N’ Roses, e a minha preferida, usada na cena mais marcante da animação, "Everybody Wants to Rule the World", da banda Tears For Fears.

Recomendo rever todas as animações da franquia, disponíveis no Telecine, Amazon Prime Video, Google Play e Apple TV. "Meu Malvado Favorito 4" está ainda mais divertido. Agora é pegar a pipoca e o refri (ou suquinho) e preparar para rir muito (e até se emocionar).


Ficha Técnica
Direção: Chris Renaud
Produção: Ilumination Entertainment e Universal Pictures
Distribuição: Universal Pictures
Duração: 1h34
País: EUA
Classificação: Livre
Gêneros: animação, comédia, aventura

01 julho 2024

Cine Theatro Brasil Vallourec exibe mostra especial de cinema em julho a preços populares

Seleção traz temáticas variadas, com duas sessões a cada segunda-feira (Fotos: Divulgação)


Da Redação


A edição de julho do projeto “Segunda no Cine” trará aos espectadores uma programação especial extensa de férias dentro da Mostra de Cinema Cine Theatro Brasil Vallourec. Serão exibidos dois filmes, todas as segundas-feiras, às 16h e às 19h30, com uma abordagem bem nostálgica. A produção é de Camila Lana e todas as exibições terão audiodescrição e estrutura para cadeirantes. 

A programação foi dividida em quatro temáticas: Diferentes modos de dizer “Era Uma Vez”; A Poética da Juventude; Pelo Olhar de John Hughes e Entender o Mundo Através dos Afetos. Entre os longas a serem apresentados estão clássicos como "Branca de Neve e os Sete Anões" (1937), "Curtindo a Vida Adoidado" (1986), "Os Incompreendidos" (1959), "Sociedade dos Poetas Mortos" (1989), dentre outros. 

"Sociedade dos Poetas Mortos"

As exibições acontecem no Teatro Câmara, com ingressos populares a R$ 10,00 a inteira e R$ 5,00 a meia. Ao final de cada exibição, um especialista ou cinéfilo convidado participa de uma sessão comentada e abre uma conversa com o público sobre aspectos temáticos e estilísticos referentes ao filme que acabaram de ver. 

De acordo com o curador do projeto "Segunda no Cine", Rodrigo Azevedo, são histórias que atravessam gerações. “São crônicas estéticas que nos conduzem a uma compreensão mais profunda das tensões e evoluções que moldam a percepção e os desafios do que é amadurecer no mundo que nos envolve”. 

"Conta Comigo"

Confira a programação completa:

01/07 - Sessão de abertura
19h - "Conta Comigo" ("Stand By Me") - 1986 (Rob Reiner)

08/07 - Temática: Diferentes modos de dizer “Era Uma Vez”
16h - "Branca de Neve e os Sete Anões" - ("Snow White and the Seven Dwarfs") - 1937 (William Cottrell, David Hand e Wilfred Jackson)
19h30 - "Moonrise Kingdom" - 2012 (Wes Anderson)

"Branca de Neve e os Sete Anões"

15/07 - Temática: A Poética da Juventude
16h - "Os Incompreendidos" - ("Les Quatre Cents Coups") - 1959 (François Truffaut)
19h30 - "As Vantagens de Ser Invisível" ("The Perks of Being a Wallflower") - 2012 (Stephen Chbosky)

22/07 - Temática: Pelo Olhar de John Hughes
16h - "Clube dos Cinco" ("The Breakfast Club") - 1985 (John Hughes)
19h30 - "Curtindo A Vida Adoidado" ("Ferris Bueller's Day Off") - 1986 (John Hughes)

29/07 - Temática: Entender o Mundo Através dos Afetos
16h - "Sociedade dos Poetas Mortos" ("Dead Poets Society") - 1989 (Peter Weir)
19h30 - "Hoje Eu Quero Voltar Sozinho" - 2014 (Daniel Ribeiro)


"Hoje eu Quero Voltar Sozinho"

Serviço:
Ingressos:
R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia)
Bilheteria: Av. Amazonas, 315 – Centro
Funcionamento: Seg – Sáb: 12:00 – 21:00 e Dom e feriados: 15:00 – 20:00. Horário especial nos feriados
Telefones: (31) 3201.5211 ou (31) 3243.1964
Informações:
https://www.cinetheatrobrasil.com.br/

20 junho 2024

"Divertida Mente 2" – as emoções estão mais intensas e divertidas

A sala de controle ganhou novos integrantes e a briga vai mudar completamente o comportamento de Riley (Fotos: Walt Disney Studios)


Maristela Bretas


Deixando a vergonha de lado e sem querer ser pretensiosa, precisei deixar minha ansiedade de lado para não contar antes da hora o quanto gostei de "Divertida Mente 2" ("Inside Out 2"). A animação entra hoje em cartaz nos cinemas trazendo Riley (Kensington Tallman, com dublagem de Isabella Guarnieri) de volta, com emoções à flor da pele, dignas de uma jovem entrando na puberdade. 

Quem já passou por isso sabe como os hormônios enlouquecem a gente. Antes a alegria e a raiva dividiam os sentimentos da menina com a tristeza e o medo. A agora pré-adolescente vai precisar aprender a controlar outras emoções, bem mais fortes e que vão mudar totalmente sua vida e suas relações. 


Se em "Divertida Mente" (dirigido por Pete Docter em 2015) as bolinhas coloridas da memória ganharam e perderam força à medida que Riley crescia e deixava a infância, agora o cérebro da nossa jovem vai dar um salto temporal com os novos sentimentos. 

Em especial a Ansiedade, que vai acompanhar a personagem por toda a sua vida. Como faz com todos nós. Identifiquei-me totalmente com esta figura descabelada de cor laranja, bem estressada e com muita energia.

Assim como na animação original, "Divertida Mente 2", sob a direção de Kelsey Mann, também provoca aquele cisco nos olhos que faz lágrimas escorrerem pelo rosto, mesmo que em menor quantidade que sua antecessora. 


O forte desta sequência é que ela nos fazer questionar relacionamentos e lembranças da infância, que as novas emoções insistem em apagar para que novas sejam criadas novas na puberdade. Mas será que precisamos mesmo esquecer o que vivemos de bom no passado para que o presente seja melhor? 

Na história, a central de controle ganha novos integrantes. Coordenada por Alegria (Amy Poehler, com dublagem de Miá Mello) desde os primeiros anos de vida de Riley, com a ajuda de Tristeza (Phyllis Smith/Katiuscia Canoro), Raiva (Lewis Black/Léo Jaime), Medo (Tony Hale/Otaviano Costa) e Nojinho (Liza Lapira/Dani Calabresa). 


A chegada de Ansiedade (Maya Hawke e a voz da superligada Tatá Werneck) e seus amigos Inveja (Ayo Edebiri/Gaby Milani), Tédio (Adèle Exarchopoulos/Eli Ferreira) e Vergonha (Paul Walter Hauser/Fernando Mendonça) vai deixar a jovem mais sensível. 

Riley, que está completando 13 anos, passa a terá reações novas, algumas até incontroláveis e violentas. O grupo conta também com a simpática Nostalgia (June Squibb/Sylvia Salustti), que sempre aparece antes da hora. 

Com a desculpa de que está querendo ajudar a jovem em seu amadurecimento e, ao mesmo tempo protegê-la do mundo, Ansiedade toma a sala de controle, afasta os antigos sentimentos e provoca uma tremenda crise emocional em Riley. Alegria agora terá de encontrar uma forma de fazer sua dona relembrar e recuperar suas emoções passadas. 


Os roteiristas Meg Le Fauve e Dave Holstein souberam explorar bem os novos personagens, com destaque para Ansiedade e Vergonha. A primeira vai disputar o comportamento de Riley com Alegria, levando a jovem a fazer coisas que no passado jamais faria. Ela é o sentimento mais comum na maioria dos seres humanos, em especial dos jovens de hoje. Já a segunda é uma figura grande, forte, mas extremamente tímida e doce, que terá importante papel na trama.

Com boas piadas, narrativa leve e de fácil compreensão, muita cor e personagens carismáticos, "Divertida Mente 2" tem tudo para alegrar e encantar as crianças pequenas. Mas serão os adultos, como acontece nas produções da Pixar, que irão se emocionar e entender melhor as mensagens da animação que amadureceu junto com Riley.


Ficha técnica
Direção: Kelsey Mann
Produção: Pixar Animation Studios, Walt Disney Studios
Distribuição: Walt Disney Pictures
Exibição: nos cinemas
Duração: 1h36
Classificação: Livre
País: EUA
Gêneros: animação, aventura, família, comédia

02 maio 2024

"Garfield Fora de Casa": uma aventura preguiçosa e despreocupada para curtir com pipoca

Animação apresenta um novo personagem que vai virar do avesso a vida do felino mais folgado e guloso do cinema (Fotos: Sony Pictures)


Maristela Bretas


Vinte anos depois do filme original, o gato mais folgado e esfomeado retorna à telona para apresentar uma pessoa importante de seu passado. O filme "Garfield Fora de Casa" já está nos cinemas para divertir as crianças e matar a saudade dos fãs.

Para quem acompanha a trajetória do felino laranja ele foi criado nos quadrinhos em 1978 por Jim Davis, mas somente em 2004, chegou aos cinemas em "Garfield - O Filme" (2004). Nos anos seguintes vieram outras versões: "Garfield 2" (2006); "Garfield Cai na Real" (2007); "A Festa de Garfield" (2008) e "Garfield - Um Super-Herói Animal" (2009), além dos desenhos animados.


Desta vez, Garfield (voz original de Chris Pratt, de "Jurassic World - Domínio" - 2022) terá um reencontro inesperado com seu pai Vic (Samuel L. Jackson, de "Argylle - O Superespião" - 2024), que há anos estava desaparecido. Ele é um gato de rua todo desengonçado que vai atrair o filho e seu fiel amigo Odie (Harvey Guillen, de "Besouro Azul" - 2023) para um assalto de alto risco, cheio da ação e aventura. 

Ao mesmo tempo em que Vic e Garfield são pai e filho na animação, o mesmo acontece na vida real com seus experientes dubladores brasileiros - Ricardo e Raphael Rossatto são pai e filho.


A história começa quando Garfield foi abandonado filhotinho pelo pai no meio da rua e conheceu aquele que se tornaria seu dono mais fiel e amoroso, Jon Arbuckle (Nicholas Hoult, de "Renfield - Dando Sangue Pelo Chefe" - 2023). 

Tempos depois, outro membro passaria a fazer parte da família - Odie. Garfield é um gato doméstico, que ama pizza, lasanha, pipoca e uma boa poltrona para ver seus vídeos. Usa e abusa de Jon e Odie, que fazem todas as suas vontades e, mesmo sem admitir, Garfield não consegue viver sem a dupla.

Na "roubada" em que são envolvidos por Vic, eles vão conhecer a grande vilã Jinx (Hannah Waddingham, de "O Dublê" - 2024) que vai criar situações bem perigosas e muito engraçadas para que o trio se dê mal, especialmente Vic. 


Odie ganha mais destaque, mesmo sem falar uma palavra. O cãozinho com cara fofa e bobona tem expressões engraçadas, faz planos mirabolantes que dão certo e mostra grande preocupação com o próximo. Ele inclusive influencia Garfield nesse ponto. A relação entre o felino laranja e Jon é bem retratada, mostrando o carinho que os une.

Na versão dublada para o português, além da dupla Rossatto, temos ainda Philippe Maia, que faz a voz de Jon; Marcus Eni é Odie; Taryn Szpilman é Jinx, e Duda Ribeiro, dublando o touro Otto, que na versão original é feita por Ving Rhames ("Missão Impossível - Acerto de Contas Parte 1" - 2023).


A história é simples e previsível, sem grandes surpresas ou reviravoltas. Os diálogos são comuns, bem direcionados para um público infantil, apesar de algumas cenas na fazenda mostrarem maus-tratos a animais. As piadas são previsíveis, mas conseguem arrancar algumas risadas. No entanto, o humor pode não agradar ao público adulto, exceto aos fãs. 

"Garfield Fora de Casa" apresenta algumas mensagens positivas sobre amizade, família e a importância de se contentar com o que se tem. É uma animação leve e despreocupada, ideal para entreter as crianças e assistir com um baldão de pipoca no colo. 


Ficha técnica:
Direção: Mark Dindal
Produção: Alcon Entertainment, Columbia Pictures, Double Negative, Wayfarer Studios, One Cool Group Limited
Distribuição: Sony Pictures
Exibição: nos cinemas
Duração: 1h41
Classificação: Livre
País: EUA
Gêneros: infantil, comédia

21 março 2024

"Kung Fu Panda 4": uma jornada espiritual divertida e familiar

O humor leve e contagiante da franquia está de volta, com piadas inteligentes e situações cômicas
(Fotos: DreamWorks Animation)


Maristela Bretas


Po agora precisa se tornar um Líder Espiritual do Vale da Paz, sabe-se lá como. Assim começa a história de "Kung Fu Panda 4", que estreia nesta quinta-feira nos cinemas. Nosso simpático, desajeitado e faminto urso panda precisa cumprir seu destino, que começou em 2008 (animação disponível no Prime Video), quando não tinha habilidades, trabalhava na loja de macarrão do pai que o adotou e sonhava em se tornar um mestre de kung fu. 

Em 2011, foi treinado por grandes mestres do kung fu, derrotou perigosos vilões e se tornou o Dragão Guerreiro, o melhor dos melhores nas artes marciais. Mas foi em 2016 que ele buscou suas origens, reencontrou o pai e ajudou uma aldeia de pandas a enfrentar um malvado vilão. 

"Kung Fu Panda 2" está disponível no Prime Vídeo e Apple TV. Já terceiro filme pode ser assistido no Netflix, Prime Video, Telecine Fun, Apple TV, Youtube e Google Play Filmes.



A tarefa poderia ser simples, mas Po, além de precisar aprender como é ser um líder espiritual, ainda terá de escolher e treinar o novo Dragão Guerreiro.  No seu caminho, surge Zhen (voz original de Awkwafina) uma esperta raposa, cheia de marra e grande lutadora, mas nada confiável.

Para piorar, ele terá de enfrentar sua mais cruel inimiga, a Camaleoa (Viola Davis), uma réptil feiticeira com habilidades especiais, capaz de se transformar em qualquer bicho. Ela deseja o cajado da Sabedoria para trazer de volta todos os vilões que estão no reino espiritual. 

O humor leve e contagiante, marca registrada da franquia, está de volta, com piadas inteligentes e situações cômicas que divertem o público de todas as idades. 


As cenas de luta são coreografadas com maestria e beneficiam-se de uma nova tecnologia que coloca o espectador no centro da ação. A escolha de Zhen como discípula de Po traz uma nova dinâmica e frescor às sequências de combate. Além da inclusão de novos e trapalhados vilões, alguns até fofinhos (mas nem tanto), que tornam as cenas, como as brigas na taverna, mais divertidas.

Como não poderia deixar se ser, Jack Black volta a emprestar sua voz a Po, o mesmo acontecendo com Lúcio Mauro Filho na versão brasileira, e ambos entregam ótimas dublagens. Também de volta estão James Hong, como o Sr. Ping, Dustin Hoffman (Mestre Shifu), Bryan Cranston (Li Shan, pai de Po), Seth Rogen (Mestre Louva-deus) e Ian McShane, que fez a voz de Tai Lung no primeiro filme.


Na dublagem para português Danni Suzuki empresta a voz para Zhen, enquanto Taís Araújo, com um tom não muito convincente para uma vilã, interpreta a Camaleoa. Entre os dubladores profissionais estão Leonardo Camillo (Shifu), Alexandre Maguolo (Sr.Ping), Anderson Coutinho (Li Shan), Sérgio Fortuna (Tai Lung) e Paulo Vignolo (Han).

O filme reforça valores importantes como amizade, trabalho em equipe, autoconfiança e perseverança, de maneira sutil e natural. Em sua jornada para se tornar um líder espiritual, Po terá de buscar o equilíbrio interior e contar com a orientação do Mestre Shifu e de seus pais. 


Hans Zimmer é novamente um dos destaques compondo a trilha sonora, como fez nas outras três animações desta franquia da DreamWorks. As músicas são contagiantes e memoráveis, acompanhando perfeitamente a narrativa, inclusive nas cenas de lutas. 

A animação é de alto nível, com cores vibrantes e texturas realistas. O Vale da Paz e os novos cenários explorados são visualmente deslumbrantes.

Se você procura um filme para se divertir com a família, "Kung Fu Panda 4" é uma ótima opção, mesmo seguindo a narrativa de seus antecessores. As crianças vão adorar o humor e a ação, enquanto os adultos poderão apreciar a mensagem inspiradora e a qualidade técnica do filme.


Ficha técnica:
Direção:
Mike Mitchell
Produção: DreamWorks Animation
Distribuição: Universal Pictures Brasil
Exibição: nos cinemas
Duração: 1h34
Classificação: Livre
País: EUA
Gêneros: animação, comédia, ação

05 fevereiro 2024

“Wish - O Poder dos Desejos” homenageia 100 anos da Disney com uma história de sonhos

Asha é a jovem e determinada protagonista que luta para que as pessoas possam realizar seus desejos
(Fotos: Walt Disney)


Marcos Tadeu
Narrativa Cinematográfica


Desde a sua estreia nos cinemas no início deste ano, o longa “Wish: O Poder dos Desejos” deixou claro que foi criado para homenagear e reverenciar os 100 anos da Walt Disney Company (completados em 16 de outubro de 2023). A animação instiga o público a acreditar que é possível realizar seus desejos. 

Na história somos transportados para Rosas, um reino mágico comandado pelo Rei Magnífico, um feiticeiro responsável por guardar e realizar os desejos das pessoas. Mas só quando são de seu interesse e não provoquem revoluções ou questionamentos.


A voz original do rei feiticeiro é de Chris Pine, de "Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes" (2023), que também interpreta as músicas. Já a versão brasileira foi entregue a Raphael Rossatto, dublador do herói Peter Quill, de "Guardiões da Galáxia" (2014 a 2023) e Kristoff, de "Frozen" (2013 e 2020), que faz seu primeiro vilão.

Conhecemos Asha (voz de Ariana DeBose, do filme "Argylle - O Superespião" e dublagem de Luci Salutes), que tem a chance de se tornar aprendiz do feiticeiro, mas descobre que ele só quer acumular os desejos para si e não tem a intenção de realizar os sonhos da protagonista e das pessoas do reino.


São inúmeras as referências no longa a sucessos e personagens da Disney como Branca de Neve e o espelho mágico, Peter Pan, Sininho, Pinóquio, Meu Irmão Urso, Bambi, Procurando Nemo, A Bela e a Fera, Rapunzel, Pocahontas e dezenas de outros conhecidos.  

Até mesmo a música-tema dos filmes da Disney é lembrada, assim como o símbolo de abertura das animações do estúdio, com seus fogos. Tudo isso acontece dentro do Reino de Rosas, criando um show de easter eggs para os fãs das produções do centenário estúdio. 

Um ponto positivo, juntamente com a bela trilha sonora entregue a David Metzger, com canções compostas por Julia Michaels e Benjamin Rice. O álbum completo da trilha sonora de "Wish" em português já está nas principais plataformas de streaming pela Universal Music.


Os destaques vão para Asha, uma jovem negra e determinada de 17 anos, que luta para que os desejos cheguem às pessoas e que elas possam realizá-los. 

Em um momento de preocupação, ela faz um apaixonado pedido ao céu e é atendida por uma bola de energia ilimitada chamada de Estrela. Juntas elas vão enfrentar o rei feiticeiro, uma criatura gananciosa e agressiva cujo verdadeiro propósito é fazer com que tudo gire em torno dele.

Como em toda boa história da Disney temos a magia como destaque, tanto a encantadora quanto a ruim, a chamada "magia negra", que já foi tabu no Brasil anos atrás na casa do Mickey. Não contarei mais para que você fique ligado na história.


O que deixa a desejar é que nenhum animal coadjuvante de "Wish" tem o brilho ou carisma de outros criados pela Disney, como o macaquinho Abu ("Aladdin"), o alienígena Stitch ("Lilo & Stitch"), o pássaro Zazu ("Rei Leão"), ou o Grilo Falante ("Pinóquio").  

O personagem da nova animação, a cabra Valentino (voz de Alan Tudyk, com dublagem em português do humorista Marcelo Adnet) parece mais um alívio cômico do que um verdadeiro companheiro da protagonista.


“Wish: O Poder dos Desejos” é uma história que incentiva a sonhar. Foi lindo ver como a criançada viveu as reviravoltas em uma sessão cheia, com aplausos e gritos de satisfação. 

No entanto, a produção perde ao ser comparada a animações anteriores do estúdio e não é forte o suficiente para representar os 100 anos da Disney. De toda forma, vale a pena conferir.


Ficha técnica:
Direção: Chris Buck e Fawn Veerasunthorn
Produção: Walt Disney Animation Studios
Distribuição: Walt Disney Studios BR
Exibição: nos cinemas
Duração: 1h42
Classificação: Livre
País: EUA
Gêneros: fantasia, família, aventura