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24 fevereiro 2025

Famoso personagem dos quadrinhos, "O Homem-Cão" ganha divertida versão no cinema

Animação foi adaptada do primeiro livro da coleção iniciada em 2016 por Dav Pilkey que já reúne 12 obras (Fotos: Universal Pictures)


Maristela Bretas


“Metade cão, metade homem, totalmente herói”. Esta é a animação "O Homem-Cão" ("Dog Man"), da DreamWorks Animation, que estreia nesta quinta-feira (27) nos cinemas, tratando de temas como lealdade, amizade e superação. Ideal para ser assistido em família, garantindo boas risadas.

Na história, o dedicado, mas atrapalhado oficial de polícia Rocha e seu inteligente e fiel cachorro Greg sofrem um grave acidente durante o trabalho. A única saída para salvar suas vidas é uma cirurgia que vai fundir o corpo de Rocha com a cabeça do cão.  


Nasce daí o Homem-Cão (voz original do diretor Peter Hastings e dublagem em português de Eduardo Drummond), o melhor policial da cidade, que jurou proteger e servir aos cidadãos, enquanto corre, senta e rola, como qualquer cachorro.

Aprendendo a aceitar sua nova identidade, o Homem-Cão precisa se esforçar para impressionar seu chefe (Lil Rel Howery, de "Corra!" - 2017 e dublagem de Rodrigo Oliveira). Sua principal missão é impedir que Pepê, o Gato (Pete Davidson/Gustavo Pereira), cometa uma série de crimes. 


O mais recente plano diabólico do supervilão é clonar a si mesmo para duplicar suas habilidades criminosas. Ele só não contava que mais esta invenção iria dar errada e acabaria criando o gatinho Pepezinho (Lucas Hopkins Calderon), um felino muito fofo que o chama de pai. Mas a história ainda pode piorar, com novos vilões surgindo. Você só vai saber mais assistindo a esta animação.

Assistir "O Homem-Cão" é uma experiência interessante, como se estivesse lendo uma HQ na telona. Os personagens, especialmente os "do mal", são divertidos com seus planos mirabolantes. 


O protagonista canino encarna bem o papel de protetor de todos os cidadãos, independente da raça, movido pela astúcia e emoção, mas atrapalhado às vezes, herança da sua meia metade humana. E ainda tem o Pepezinho, que vai conquistar o coração das mamães.

Adaptação

O diretor Peter Hastings também é responsável pelas séries "Kung Fu Panda: Lendas do Dragão Guerreiro" - 2011 e "As Aventuras do Capitão Cueca: O Filme" - 2017. Vale lembrar que "O Homem-Cão" é um spin off de "Capitão Cueca", personagem também criado por Dav Pilkey.


Adaptado do primeiro livro com o personagem criado pelo escritor e ilustrador em 2016, que virou best-seller nos EUA, "O Homem-Cão" é também o primeiro dos quadrinhos da franquia a ganhar a telona. 

A coleção tem 12 best-sellers nos EUA, a maioria traduzida para o português e outros 46 idiomas. As obras podem ser adquiridas em sites de livrarias e de compras online. 

Esta versão de "O Homem-Cão" para o cinema ficou bem próxima dos quadrinhos. Tem até algumas cenas de lutas que lembram os filmes  de monstros e robôs, do tipo Power Rangers, o que deverá agradar aos fãs e conquistar novos leitores para a franquia, além de oferecer bons momentos em família.


Ficha técnica:
Direção: Peter Hastings
Roteiro: Dav Pilkey (autor da obra)
Produção: DreamWorks Animation
Distribuição: Universal Pictures
Exibição: nos cinemas
Duração: 1h29
Classificação: livre
País: EUA
Gêneros: comédia, aventura, ação

18 fevereiro 2025

Somos "Flow" 100% como animação do ano

Filme aborda a questão climática, a necessidade de conviver com as diferenças e de união em situações extremas (Fotos: Sacrebleu Productions)


Jean Piter Miranda e Eduardo Jr.


"Flow" é como uma obra de arte. É uma animação que não tem diálogos (isso é impressionante), e ainda assim, os animais se comunicam. Você tira várias camadas para poder interpretar a crise climática que a gente está vivendo, a necessidade de pensar no coletivo, de pensar no próximo, de ter empatia, de saber conviver com as diferenças e de, realmente, um necessitar do outro. 

Não dá para ser individualista em situações extremas. Poderíamos ser mais coletivistas no nosso dia-a-dia? "Flow" é uma obra para  refletir, ela leva a gente a pensar e sentir. Por estas razões que esta produção da Letônia, dirigida por Gints Zilbalodis, merece ser conferida nos cinemas a partir do dia 20 de fevereiro.


Na história, o mundo está devastado, coberto apenas por vestígios da presença humana. Um gato preto solitário que, um dia, enquanto é perseguido por uma manada de cães, vê seu lar ser destruído por uma grande enchente. 

Buscando uma forma de sobreviver após a inundação, ele enfrenta diferentes ameaças, até que encontra refúgio em um pequeno veleiro povoado por diversas espécies. Todos tentam fugir dessa situação hostil e precisam se unir apesar de suas diferenças.


É aquela questão de experiência. "Robô Selvagem" é mais uma produção norte-americana, muito boa por sinal, mas que a gente coloca naquele mesmo pacote das outras boas produções hollywoodianas, como "Monstros S.A"., "Vida de Inseto" ou "Divertida Mente". 

Tem muita produção boa da Disney, da Pixar, da DreamWorks e a gente coloca ali, está tudo igual. Como experiência, eu falo que foram boas, mas é mais daquilo que a gente já viu. 

Como obra cinematográfica, "Flow" é diferente em tudo. A parte gráfica, a mixagem de som, a temática, ficaram ótimas. A animação ser feita sem diálogo, apenas com sinais sonoros e gestos entre os animais, e você ter que ler a situação para entender o que está passando, ficou fabuloso. 


As metáforas ficam na nossa cabeça, por muito, muito tempo. É um filme que marca. Você não vai conseguir tirar ele da cabeça. E tem cenas que são maravilhosas, na água, no céu, que dão para fazer pôster e pregar na parede. Por mim não precisava nem ter votação. Já poderia dar o Oscar direto para "Flow".

O colaborador Eduardo Jr. concorda com Jean Piter. Para ele, "se você chegou a este texto esperando encontrar análises sobre técnica e execução cinematográfica, pode se decepcionar. A interpretação das camadas e mensagens do filme tem tudo para ganhar mais espaço no gosto do público (no meu, já ganhou). 


Em tempos em que a perfeição parece ser o objetivo dos estúdios de animação, "Flow" se preocupa menos com a estética e mais com o conteúdo. Não que o desenho tenha traços malfeitos, mas notoriamente está um pouco distante daquele "padrão Pixar", tão amplamente difundido. 

Na tela os gráficos remetem a videogames dos anos 90. Aqui os personagens são um gato, um cachorro, uma capivara, um lêmure e uma garça, que juntos tentam sobreviver a uma inundação. No desenvolver da trama vão se abrindo camadas para interpretar diversas pautas e mensagens no filme. 


O grupo improvável de cinco animais, domésticos e selvagens, em uma floresta e precisando aprender como conviver em harmonia até remete à necessidade de união entre os cinco continentes pela preservação do nosso planeta.

"Flow' não tem diálogos, mas as escolhas e os gestos dos personagens falam por si só. Ou seja, a arte se faz até sem palavras. As ações e cenas ficam reverberando na cabeça da gente durante um tempo. 

Um filme lindo, especialmente na fotografia, capaz de deixar o público embasbacado. Merecedor do Globo de Ouro como Melhor Animação. E mesmo com um orçamento de 3,5 milhões de euros (em torno de R$ 21 milhões) é também um dos fortes candidatos ao Oscar 2025.


Ficha técnica:
Direção e roteiro: Gints Zilbalodis
Roteiro: Gints Zilbalodis, Matïss Kaza e Ron Dyens
Produção: Sacrebleu Productions
Distribuição: Mares Filmes, Alpha Filmes
Exibição: nos cinemas
Duração: 1h25
Classificação: Livre
País: Letônia, França e Bélgica
Gêneros: animação, fantasia, família, aventura

30 dezembro 2024

Cinema no Escurinho e parceiros escolhem os melhores filmes de 2024


Nossa Redação


O blog Cinema no Escurinho preparou sua tradicional lista com os cinco melhores e os cinco não recomendados que foram assistidos por alguns de seus colaboradores no ano de 2024. Neste primeiro post, vamos mostrar quais foram nossos preferidos. E deixar para divulgar na próxima postagem o que não indicamos

A lista dos longas que mais agradaram entre os exibidos no ano de 2024 ficou equilibrada. O brasileiro "Ainda Estou Aqui", pré-selecionado para entrar na disputa pelo Oscar 2025 de Melhor Filme Internacional, obteve o maior número de votos. 

"Robô Selvagem" - DreamWorks Animation

Na sequência estão a linda animação “Robô Selvagem" e o polêmico "Guerra Civil", com Wagner Moura e Kirsten Dunst. As duas listas respeitam a ordem de escolha do colaborador. Clicando nos links de alguns filmes é possível saber mais sobre eles e ler as críticas da equipe do blog.

Carol Cassese
- O Quarto ao Lado
- A Substância
- Ainda Estou Aqui
- Wicked
- Inverno em Paris

Eduardo Jr.
- Ainda Estou Aqui
- Wicked
- Robô Selvagem
- Guerra Civil
- Não Solte


"Guerra Civil" - Diamond Films

Filipe Matheus

Parceiro do blog Maravilha de Cinema
- Guerra Civil
- Robô Selvagem
- Sorria 2
- Ainda Estou Aqui
- As Polacas


Jean Piter Miranda
- Robô Selvagem
- Guerra Civil
- Deadpool & Wolverine
Alien: Romulus

"Deadpool & Wolverine" - Marvel

Marcos Tadeu
Parceiro do blog Jornalista de Cinema
- Robô Selvagem
- Ainda Estou Aqui
- A Substância
- Mufasa: O Rei Leão
- Guerra Civil


Maristela Bretas
- Robô Selvagem
- Guerra Civil
- A Substância
- Ainda Estou Aqui
- Deadpool & Wolverine

A categoria em que foram incluídos alguns títulos pode agradar ou não vocês, seguidores do blog. Comentem aqui o que acharam de nossas escolhas, lembrando que não serão aceitas ofensas pessoais ou palavrões.


28 novembro 2024

"Moana 2" aposta em trazer frescor à franquia, mas derrapa em alguns aspectos

Três anos depois, a personagem e seu amigo Maui partem para uma nova viagem ao lado de uma 
tripulação de marinheiros improváveis (Fotos: Disney Pictures)


Eduardo Jr.


Em 2017 a música perguntava: "o horizonte me pede pra ir tão longe; será que eu vou?" E Moana foi. Agora, a jovem navegadora da famosa animação, fará uma nova viagem, em busca de outros povos. "Moana 2" desembarca nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 28 de novembro, com direção de David Derrick Jr. e distribuição da Disney Studios. 

Derrick substitui John Musker e Ron Clements, diretores do primeiro filme, "Moana: Um Mar de Aventuras" (2016), e mantém a proposta de busca de identidade para a protagonista. Desta vez, Moana (novamente com a voz de Auli'i Cravalho) assume a responsabilidade (e as dores e alegrias) de ser a navegadora do seu povo. 


Após encontrar um artefato que indica a existência de outros povos, ela recebe um chamado de seus ancestrais. Em dúvida sobre sua capacidade de partir em busca de outras tribos e sobre o melhor momento de realizar essa tarefa, os conselhos da mãe atuam como incentivo. 

Mas desta vez não está sozinha. Nesta viagem, Moana seguirá acompanhada de uma tripulação - e do velho amigo semideus, Maui (voz de Dwayne Johnson). 

A entrada de novos personagens na aventura da protagonista deixou a animação mais dinâmica, refrescando o texto e as mensagens. O objetivo da vez é encontrar uma ilha, escondida por um vilão - Nalo, deus das tempestades -, que queria impedir que os diversos povos se conectassem entre si por meio deste lugar especial. 


Por se tratar de uma animação, obviamente esperamos um final feliz. E ele vem, mas deixa questionamentos sobre as escolhas aplicadas ao roteiro de Jared Bush. Durante uma hora e meia de filme, o espectador encontrará referências ao longa anterior, cenas com desenhos super realistas, músicas mais modernas acompanhando os mais diversos ritmos, magia...tudo isso. Exceto o vilão!   

Também chama atenção na jornada de Moana o encontro com Matangi. A nova personagem tem um desenvolvimento um pouco falho, e o desfecho de seu arco não se concretiza como prometido - o que deve acontecer apenas em "Moana 3". 


Não é possível dizer que se trata de um longa memorável. Até no material de divulgação na porta do cinema há deslizes. No totem de papelão colocado na entrada, se tirarmos o "2" do nome do filme, parece que se trata do primeiro longa, pois só as imagens da protagonista e do coadjuvante Maui estão ali. 

Outro ponto a se observar é que, nesta continuação, Moana ganha uma companheira de viagem, Moni. O que nos leva a pensar em um aspecto feminista - duas mulheres solucionando os problemas do percurso. No entanto, nem uma foto da integrante recém-chegada mereceu destaque na divulgação. 


Sendo um pouco mais rigoroso na análise, a motivação de Moana permanece rasa. É um pouco questionável que, só depois de três anos a protagonista se pergunte se há outras pessoas fora da ilha habitada por seu povo. Se ela já se incomodava com o que havia depois dos recifes, não seria um pouco óbvio esperar encontrar outros povos?   

Tecnicamente, como era de se esperar, a Disney entrega mais uma animação musical interessante. "Moana 2" é um longa infantil que dialoga muito bem com o público adulto. Trilhas, cores e desenhos enchem os olhos. 

Os traços da personagem principal e de seu pai foram cuidadosamente amadurecidos para destacar a passagem do tempo, já que a história acontece três anos depois da primeira aventura. Mas é um cuidado que não salva o todo. 

A música tema do primeiro filme permanece na lembrança, enquanto a atual eu já nem lembrava direito após sair da exibição. É um filme que diverte, porém, esquecível. 


Ficha técnica:
Direção: David Derrick Jr., Dana Ledoux Miller e Jason Hand
Roteiro: Jared Bush e Dana Ledoux Miller
Produção: Walt Disney Pictures, Walt Disney Animation Studios
Distribuição: Disney Pictures
Exibição: nos cinemas
Duração: 1h40
Classificação: Livre
País: EUA
Gêneros: animação musical, aventura, família

09 outubro 2024

"Robô Selvagem", uma animação comovente e forte candidata ao Oscar

Roz é uma máquina que terá que se reprogramar para conseguir sobreviver ao novo mundo e seus habitantes (Fotos: DreamWorks Animation)


Maristela Bretas


Lindo, comovente, cheio de aventuras e capaz de derreter muitos corações. Este é "Robô Selvagem" ("The Wild Robot"), animação que estreia nesta quinta-feira (10), nos cinemas e promete encantar crianças e adultos ao abordar temas universais como família, aceitação das diferenças e a importância da amizade.

A história reúne natureza e tecnologia num mesmo espaço e gira em torno da robô Roz (voz de Lupita Nyong'o, de "Nós" - 2019 e dublagem de Elina de Souza em português). Ela cai em uma ilha isolada e ao abrir os olhos pela primeira vez não tem a menor ideia de como foi parar ali.


Para sobreviver à vida selvagem, Roz precisará se reprogramar para o novo ambiente e conquistar a confiança dos habitantes locais, alguns até bem ferozes. Uma tarefa que se torna ainda mais complexa quando um acidente a transforma em "mãe" adotiva de um filhote de ganso, batizado de Bico Vivo (vozes de Boone Storme quando bebê e do ator mirim Vicente Alvite; quando adulto, Kit Connor e Gabriel Leone, de "Eduardo e Mônica" - 2022).

"Robô Selvagem" é baseado no best-seller infantojuvenil homônimo de 2016, do escritor e ilustrador Peter Brown, que originou duas sequências literárias - "The Wild Robot Escapes" (2017) e "The Wild Robot Protects" (2023). Ainda sem tradução no Brasil, as duas obras também se tornaram sucesso e ganhadoras de prêmios literários.


A narrativa é rica em metáforas sobre o amadurecimento e a construção de laços. Rozzum 7134, chamada de Roz, é uma robô, inicialmente vista como uma estranha, reflete a jornada de qualquer indivíduo que busca ser aceito em um novo ambiente. A direção e o roteiro são de Chris Sanders, três vezes indicado ao Oscar e responsável pela franquia "Como Treinar Seu Dragão" (2010 a 2019), também da DreamWorks Animation.

A relação que se desenvolve entre ela, o pequeno Bico-Vivo e a raposa Astuto (dublagens de Pedro Pascal, das séries "The Last of Us" - 2023 - e "The Mandalorian" - 2019 a 2023; e Rodrigo Lombardi) traz à tona a beleza da diversidade. Mostrando que a união entre diferentes espécies – e, por extensão, diferentes indivíduos – pode resultar em uma verdadeira família.


Visualmente, "Robô Selvagem" é um deleite. A animação apresenta um estilo vibrante e cativante, com cores vivas que tornam a ilha um lugar mágico, onde cada canto parece pulsar com vida. A trilha sonora, cuidadosamente escolhida, complementa a experiência, realçando os momentos de tensão e alegria.

A obra traz lições sobre aceitação e amor familiar abordadas de maneira sensível, que nos fazem rir e chorar. Inicialmente, Roz age como um robô de serviços gerais, mas ao longo da trama, a emoção vai ocupando lugar na programação automatizada, quase como se ele tivesse um coração de verdade.

A química entre os protagonistas é um dos pontos altos do filme. A dinâmica entre Roz, Bico-Vivo e Astuto traz humor e emoção, tornando a jornada deles não apenas uma busca por aceitação, mas também uma celebração das diferenças que nos tornam únicos.


No elenco de dubladores estão também outros nomes conhecidos do cinema: Catherine O'Hara ("Os Fantasmas Ainda Se Divertem - Beatlejuice, Beatlejuice" - 2024), como a gambá Pinktail; Bill Nighy ("A Livraria" - 2018) no papel do ganso Longneck; Mark Hamill (franquia "Star Wars" - 1977 a 2019 e "O Menino e a Garça"), como Thorn; Stephanie Hsu ("Tudo em Todo o Lugar ao mesmo Tempo" - 2022, e "O Dublê" - 2024), dando voz à robô Vontra; Ving Rhames (franquia "Missão: Impossível" - 1996 a 2025), e Matt Berry ("O Que Fazemos nas Sombras" (2014) e a franquia Bob Esponja).

A DreamWorks acertou em tudo. "Robô Selvagem" é uma animação encantadora que consegue transmitir mensagens valiosas e deixar a sensação de quero mais. É uma experiência que vale a pena ser vivida no cinema, especialmente por famílias que buscam um filme que reúne diversão e reflexões profundas. E não se esqueça de levar o lencinho!


Ficha técnica
Direção e roteiro: Chris Sanders
Produção: DreamWorks Animation, Universal Pictures
Distribuição: Universal Pictures
Exibição: nos cinemas
Duração: 1h42
Classificação: Livre
País: EUA
Gêneros: animação, aventura, família, infantil

22 agosto 2024

Com estética vibrante, "Os Inseparáveis" discute mudança de rumo e o valor do companheirismo

Don, o palhaço marionete, e o cachorro DJ, Doggie Dog, vivem uma aventura com mensagem positiva e momentos de humor
(Fotos: nWave Pictures - Contracorriente Films)


Silvana Monteiro


Quando o público vai embora e a encenação termina é hora de os personagens viverem as próprias aventuras e terem ate mesmo uma crise de identidade. É neste mundo de fantasia que se passa "Os Inseparáveis" ("The Inseparables"), animação em cartaz nos cinemas que nos transporta para um local onde brinquedos e objetos de cena ganham uma nova vida após o fechamento das cortinas de um antigo teatro no Central Park, em Nova York. 


Produzido pelos mesmos roteiristas de "Toy Story" (1995), Joel Cohen e Alec Sokolow, o filme nos remete às mudanças de rumo, ao valor da amizade e à superação dos desafios e limites ao lado de quem confiamos. Don (voz de Éric Judor) é um palhaço, um tipo de bobo da corte. 

Embora sua função seja bem desempenhada, ele não quer se limitar a isso e decide sair para viver "sua própria vida". Fora do teatro, ele encontra outro grande sonhador, Doggie Dog (voz do DJ Jean-Pascal Zadi), o cachorro que quer ser rapper e DJ. 

O ponto alto são as cenas nas ruas e parques. Entre árvores, arranha-céus e personagens típicos de uma metrópole, a estética da obra se faz sublime e impactante e os personagens vivem a vida, tão perigosa e desafiadora como ela é.


A qualidade da animação é impressionante. Os detalhes visuais são meticulosamente trabalhados, criando um ambiente vibrante e envolvente que captura a atenção do público. O grande diferencial é quando a cena se torna a extensão da imaginação de Don, dando vida até mesmo ao mais simples cenário da cidade. 

O filme apresenta humor que agrada tanto crianças quanto adultos, equilibrando piadas sutis com momentos de leveza. A trilha sonora complementa a narrativa, proporcionando uma sonoplastia que intensifica as emoções das cenas.


Embora a história seja envolvente, alguns arcos narrativos são previsíveis e seguem fórmulas conhecidas, sobretudo, aquelas que focam na resignificação de brinquedos e objetos. Quanto aos personagens (a maioria muito boa por sinal), alguns não recebem o desenvolvimento necessário, fazendo com que pareçam unidimensionais e menos impactantes.

Em certos momentos, o ritmo da narrativa oscila, com cenas que se arrastam e outras que parecem apressadas, prejudicando a fluidez da história. "Os Inseparáveis" é uma animação visualmente deslumbrante, com uma mensagem positiva e momentos de humor eficazes. É um filme que, vale a pena assistir, especialmente para aqueles que já apreciam o estilo dos criadores. Indicado para um público dos 8 aos 80 anos.


Ficha técnica
Direção: Jerémie Degruson
Roteiro: Joel Cohen e Alec Sokolow 
Produção: nWave Pictures e Octopolis em associação com Contracorriente Films
Distribuição: Paris Filmes
Exibição: nos cinemas das rede Cineart e Cinemark
Duração: 1h30
Classificação: Livre
País: EUA
Gêneros: aventura, animação, comédia, família

07 agosto 2024

Mafalda vai além dos quadrinhos e ganha série animada na Netflix

Personagem foi criada pelo cartunista argentino Quino 60 anos (Fotos: Divulgação)


Silvana Monteiro


Após décadas encantando leitores ao redor do mundo com suas tiras cômicas e reflexões perspicazes sobre a sociedade, a icônica personagem Mafalda finalmente ganhará sua própria série animada na Netflix. O projeto terá o ganhador do Oscar, Juan José Campanella ("O Segredo dos Seus Olhos" - 2009), como diretor, produtor e um dos roteiristas.

Criada pelo cartunista argentino Quino, a menina de 6 anos questiona o mundo ao seu redor com uma sabedoria muito além de sua idade. Desde sua estreia em 1964, Mafalda se tornou um fenômeno cultural na América Latina e na Europa, ressoando com seu senso de humor inteligente e sua perspectiva única sobre temas como política, guerra e a condição humana.


Agora, essa clássica personagem ganhará vida na tela, em uma adaptação da Netflix que promete capturar toda a essência da tira original. A série, que ainda não teve sua data de estreia anunciada, será produzida por uma equipe internacional talentosa e contará com vozes conhecidas emprestando seus talentos aos amados personagens.

Para os fãs de longa data de Mafalda, a notícia da série na Netflix é uma oportunidade de ver a contestadora, revolucionária e inquieta menina ganhar vida nas telas do streaming. 


Para aqueles que ainda não a conhecem, a produção será uma porta de entrada perfeita para descobrir o mundo encantador e reflexivo criado pelo gênio Quino por meio da Mafalda. A expectativa é de que a série consiga compartilhar sua mensagem de humor, perspicácia e consciência social com uma nova geração de fãs. 

A última adaptação das histórias para a telona foi há três anos em "Voltando a Ler Mafalda", uma produção da National Geographic que pode ser conferida no Disney+. O trailer está abaixo. Agora é aguardar a personagem na série.


25 julho 2024

"Teca e Tuti: Uma Noite na Biblioteca" - uma aventura pelo mundo mágico da leitura

Animação infantojuvenil começou a ser feito em 2012, utiliza técnicas de live-action e de animação em stop-motion (Fotos: Rocambole Produções)


Felipe Matheus


Diversão e a paixão por livros. Estes são os maiores atrativos da animação “Teca e Tuti: Uma Noite na Biblioteca”, que estreia nos cinemas nesta quinta-feira (25), sob a direção de Diego M. Doimo, Eduardo Perdido e Tiago Mal. Ele pode ser conferido no Una Cine Belas Artes, na Sessão Vitrine às 15 horas, com ingressos a R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia)

O filme aborda a importância da leitura nos dias atuais e a necessidade de incentivar as pessoas a voltarem a ler livros, deixando um pouco de lado o mundo digital.


Na trama, a traça Teca (voz original de Luy Campos), vive com sua família e seu fiel ácaro de estimação, Tuti (Hugo Picchi), em uma caixa de costura. O que eles mais gostam é devorar papel, mas quando Teca aprende a ler, percebe que os livros não podem ser comidos, pois guardam as histórias que ela adora. 

Decididos a resolver um grande mistério, Teca e Tuti partem para a biblioteca, em busca da história mais importante de suas vidas.


O longa, que começou a ser feito em 2012, utiliza técnicas de live-action e de animação em stop-motion. Cada boneco é único, e com o uso de fotografias e cenários diversos, a mágica do filme ganha vida nas telas. Eduardo Perdido, roteirista e diretor, animou cerca de 75% das cenas. 

Foram necessárias quase 30 mil fotos para fazer os bonecos se movimentarem, cantarem e andarem. Tudo acontece por meio de sequências de fotografias, usando bonecos articulados em cenários construídos e montados dentro de um estúdio.


Produzido pela Rocambole Produções e lançamento pela Sessão Vitrine Petrobras, o filme conta com canções inéditas e originais de Hélio Ziskind, que compôs temas de programas como Cocoricó e Castelo Rá-Tim-Bum, e de Ivan Rocha. A direção de arte é de Mateus Rios, ilustrador de livros infantis, como “Ela Tem Olhos de Céu”, de Socorro Acioli.

Em “Teca e Tuti: Uma Noite na Biblioteca”, cada personagem tem uma história diferente e essa conexão traz uma narrativa dinâmica e alegre para os espectadores que embarcam nessa grande aventura. Afinal, nunca é tarde para conhecer grandes obras da literatura e viver aventuras, seja com “Dom Quixote” ou com “Alice no País das Maravilhas”.


Ficha técnica
Direção: Eduardo Perdido, Tiago MAL e Diego M. Doimo
Produção: Rocambole Produções
Distribuição: LPB Content e codistribuição com a Vitrine Filmes
Exibição: Una Cine Belas Artes, na Sessão Vitrine às 15 horas, com ingressos a R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia)
Duração: 1h15
Classificação: Livre
País: Brasil
Gêneros: animação, infantojuvenil, aventura

04 julho 2024

Minions roubam a cena novamente e arrasam em "Meu Malvado Favorito 4"

Gru e a família correm perigo e precisam se esconder de um vilão com sotaque francês e da namorada dele (Fotos: Illumination Entertainment) 


Maristela Bretas


Eles estão de volta, ainda mais engraçados e trapalhões. Os Minions não ganharam um terceiro filme, mas "Meu Malvado Favorito 4" ("Despicable Me 4"), que estreia nesta quinta-feira nos cinemas, é quase como uma continuação dos sucessos "Minions" (2015) e "A Origem de Gru" (2022). Os famosos baixinhos amarelos de macacão azul arrasam e roubam as cenas cada vez que aparecem, provocando boas gargalhadas. 


A famosa franquia, iniciada em 2010, com sequência em 2013, volta a reforçar a importância da família, como aconteceu em "Meu Malvado 3" (2017). Os Minions seguem com as vozes inconfundíveis de Pierre Coffin (original) e Guilherme Briggs (dublagem em português), para alegria dos fãs. Eles ganham mais espaço e superpoderes e confirmam que são a maior atração (ou pelo menos, a mais divertida) das cinco animações criadas pelos estúdios Illumination e Universal Pictures. 

Gru (novamente dublado por Steve Carell e em português por Leandro Hassum) e Lucy (vozes de Kristen Wiig e Maria Clara Gueiros) agora estão casados e são pais de Margô (Bruna Laynes), Edith (Ana Elena Bittencourt) e a caçula super fofa Agnes (Pamella Rodrigues). 


A novidade do quarto filme da franquia é o novo membro da família - Gru Jr.. Ele lembra muito o bebê Zezé, de "Os Incríveis 2" (2018), mas sem superpoderes. Seu único objetivo é atormentar o pai com suas travessuras. 

Depois de deixar de ser um supervilão, apesar de todas as tentações, Gru se torna agente da Liga Antivilões. Mas ele e sua família passam a ser perseguidos por um novo inimigo, Maxime Le Mal (Will Ferrell/Jorge Lucas) e sua namorada mulher-fatal Valentina (Sofia Vergara/Angélica Borges) que escapam da prisão. 


Maxime é bem caricato, atrapalhado em seus planos e ainda tem sotaque francês. Lembra outro antigo inimigo de Gru, Balthazar Bratt (que foi dublado por Evandro Mesquita no filme 3). Apesar de escolher se transformar em um bicho asqueroso, ele convence em ser o novo inimigo número 1 da família Gru. Além de serem obrigados a mudarem suas vidas e identidades, os Gru ainda vão conhecer Poppy (Joey King/Lorena Queiroz), uma vizinha adolescente que vai lhes trazer grandes problemas.

O diretor Chris Renaud, que acompanha a franquia desde o início, também apresenta no quarto filme do ex-vilão várias referências a filmes famosos de super-heróis, como Homem-Aranha, e relembra personagens das animações anteriores. Quem acompanha Gru e os Minions vai se lembrar, com certeza.


Como se não bastasse toda a ação e diversão, "Meu Malvado Favorito 4" ainda tem uma trilha sonora frenética, composta novamente por Heitor Pereira, responsável pelos outros filmes. Além de sucessos como "Through The Fire And Flames", do Dragonforce, "Sweet Child O’ Mine", do Guns N’ Roses, e a minha preferida, usada na cena mais marcante da animação, "Everybody Wants to Rule the World", da banda Tears For Fears.

Recomendo rever todas as animações da franquia, disponíveis no Telecine, Amazon Prime Video, Google Play e Apple TV. "Meu Malvado Favorito 4" está ainda mais divertido. Agora é pegar a pipoca e o refri (ou suquinho) e preparar para rir muito (e até se emocionar).


Ficha Técnica
Direção: Chris Renaud
Produção: Ilumination Entertainment e Universal Pictures
Distribuição: Universal Pictures
Duração: 1h34
País: EUA
Classificação: Livre
Gêneros: animação, comédia, aventura

01 julho 2024

Cine Theatro Brasil Vallourec exibe mostra especial de cinema em julho a preços populares

Seleção traz temáticas variadas, com duas sessões a cada segunda-feira (Fotos: Divulgação)


Da Redação


A edição de julho do projeto “Segunda no Cine” trará aos espectadores uma programação especial extensa de férias dentro da Mostra de Cinema Cine Theatro Brasil Vallourec. Serão exibidos dois filmes, todas as segundas-feiras, às 16h e às 19h30, com uma abordagem bem nostálgica. A produção é de Camila Lana e todas as exibições terão audiodescrição e estrutura para cadeirantes. 

A programação foi dividida em quatro temáticas: Diferentes modos de dizer “Era Uma Vez”; A Poética da Juventude; Pelo Olhar de John Hughes e Entender o Mundo Através dos Afetos. Entre os longas a serem apresentados estão clássicos como "Branca de Neve e os Sete Anões" (1937), "Curtindo a Vida Adoidado" (1986), "Os Incompreendidos" (1959), "Sociedade dos Poetas Mortos" (1989), dentre outros. 

"Sociedade dos Poetas Mortos"

As exibições acontecem no Teatro Câmara, com ingressos populares a R$ 10,00 a inteira e R$ 5,00 a meia. Ao final de cada exibição, um especialista ou cinéfilo convidado participa de uma sessão comentada e abre uma conversa com o público sobre aspectos temáticos e estilísticos referentes ao filme que acabaram de ver. 

De acordo com o curador do projeto "Segunda no Cine", Rodrigo Azevedo, são histórias que atravessam gerações. “São crônicas estéticas que nos conduzem a uma compreensão mais profunda das tensões e evoluções que moldam a percepção e os desafios do que é amadurecer no mundo que nos envolve”. 

"Conta Comigo"

Confira a programação completa:

01/07 - Sessão de abertura
19h - "Conta Comigo" ("Stand By Me") - 1986 (Rob Reiner)

08/07 - Temática: Diferentes modos de dizer “Era Uma Vez”
16h - "Branca de Neve e os Sete Anões" - ("Snow White and the Seven Dwarfs") - 1937 (William Cottrell, David Hand e Wilfred Jackson)
19h30 - "Moonrise Kingdom" - 2012 (Wes Anderson)

"Branca de Neve e os Sete Anões"

15/07 - Temática: A Poética da Juventude
16h - "Os Incompreendidos" - ("Les Quatre Cents Coups") - 1959 (François Truffaut)
19h30 - "As Vantagens de Ser Invisível" ("The Perks of Being a Wallflower") - 2012 (Stephen Chbosky)

22/07 - Temática: Pelo Olhar de John Hughes
16h - "Clube dos Cinco" ("The Breakfast Club") - 1985 (John Hughes)
19h30 - "Curtindo A Vida Adoidado" ("Ferris Bueller's Day Off") - 1986 (John Hughes)

29/07 - Temática: Entender o Mundo Através dos Afetos
16h - "Sociedade dos Poetas Mortos" ("Dead Poets Society") - 1989 (Peter Weir)
19h30 - "Hoje Eu Quero Voltar Sozinho" - 2014 (Daniel Ribeiro)


"Hoje eu Quero Voltar Sozinho"

Serviço:
Ingressos:
R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia)
Bilheteria: Av. Amazonas, 315 – Centro
Funcionamento: Seg – Sáb: 12:00 – 21:00 e Dom e feriados: 15:00 – 20:00. Horário especial nos feriados
Telefones: (31) 3201.5211 ou (31) 3243.1964
Informações:
https://www.cinetheatrobrasil.com.br/