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19 maio 2024

"Spy x Family Código: Branco" - um filme para antigos e novos fãs do anime

(Fotos: Tatsuya Endo Shueisha)


Marcos Tadeu


Os fãs não precisaram esperar muito para conferir "Spy x Family Código: Branco" ("Spy x Family Code: White"). Depois de um curto período nas salas de cinemade BH, distribuído pela Sony Pictures, o primeiro longa da franquia  poderá ser assistido em breve pelo streaming Crunchyroll. 

Enquanto isso, é possível acompanhar na plataforma todos os episódios das duas temporadas da série Spy x Family e de outros animes, mas é necessário cadastrar uma conta no endereço https://www.crunchyroll.com/pt-br/

A animação é derivada do anime "Spy x Family", do criador do mangá, Tatsuya Endo, que também é o roteirista, designer de personagens e supervisor do projeto do filme.


Os personagens são apresentados para aqueles que estão chegando agora e não estão familiarizados com a história. Twilight é um espião que adota o nome de Loid para se infiltrar em uma missão na escola. 

Ele pretende participar de uma reunião secreta no Colégio Eden e estabelecer contato com um político importante, em uma operação chamada Strix, o que requer a criação da família Forger. 

Loid adota a pequena Anya, uma criança com poderes de telepatia, cuja relação com seu passado vamos descobrindo aos poucos. Yor é uma mulher que trabalha na prefeitura durante o dia e à noite assume o nome de Rosa Selvagem, uma assassina cruel e fria. Eles precisam construir uma família fictícia e garantir o sucesso de Anya na escola.


A trama de "Spy x Family Código: Branco" se concentra em uma viagem em família durante o fim de semana para preparar a sobremesa do diretor da escola. 

Anya, no entanto se envolve numa enrascada colocando o mundo em perigo. Os três precisam se unir para superar vários desafios, fazer a sobremesa e ainda salvar o mundo.

Yor questiona seu papel de esposa e mãe, apesar de realizar essas funções com perfeição. Já Loid é retratado como uma pessoa comum, pouco familiarizada com tecnologias e assuntos diversos. Anya precisa esconder de todos a sua habilidade de ler mentes. 


O bom humor e os pensamentos de cada um são encantadores.  Os conflitos são bem reais e humanos, mesmo sendo uma família fictícia, o que enriquece a animação.

Um novo vilão é apresentado, tão inteligente e habilidoso quanto Loid, resultando em um jogo de gato e rato. Suas motivações são plausíveis e se encaixam na proposta. Yor brilha em uma cena de ação emocionante, que contribui significativamente para a narrativa e a formação da família.


O que deixa a desejar é o desenvolvimento das cenas de ação. Embora sejam bem feitas e intensas, ficaram mal distribuídas, concentrando a maior parte no final. 

"Spy x Family Código: Branco" é uma verdadeira aventura que convida as famílias a irem ao cinema. Combina bom humor e ação, e abre as portas para novos fãs que desconhecem a obra. O final promete grandes surpresas no desfecho. 

A cena pós-créditos não acrescenta nada à trama ou ao desenvolvimento futuro da obra.


Ficha técnica:
Direção: Takashi Katagiri
Produção: WIT Studios e Cloverworks
Distribuição: Sony Pictures Entertainment e Crunchyroll
Exibição: nos cinemas e na plataforma Crunchyroll
Duração: 1h50
Classificação: 14 anos
País: Japão
Gêneros: ação, aventura, animação, comédia, espionagem, suspense

01 dezembro 2023

“Digimon Adventure 02: O Início” amadurece os personagens e traz novidades

Os Digiescolhidos precisam descobrir como ajudar um misterioso Digitama que chega a Tóquio (Fotos: Tôei Animation/Plaion Pictures)


Marcos Tadeu
Narrativa Cinematográfica


Entrou em cartaz nas salas de cinema a animação “Digimon Adventure 02: O Início”, uma das mais esperadas pelos fãs da saga, que no Japão possui sete temporadas, com mais de 200 episódios. Para eles, este filme em 2023 pode representar um presente por causa da dificuldade de distribuição de animes em terras brasileiras. 

A história se passa em 2012, quando descobrimos que um DigiTama, também chamado de DigiOvo, aparece na Torre de Tóquio e um garoto sobe para tentar fazer contato com o objeto. 


Reencontramos nossos personagens Dave, Yolei, TK, Kari, Code e Ken, além de conhecermos um novo integrante - Lui Ohwada. Agora os Digiescolhidos precisam descobrir quem é e como ajudar este misterioso jovem, que afirma ser o primeiro humano a fazer parceria com um Digimon

O jovem vai desempenhar um papel fundamental na cronologia da trama. Evitarei entrar em detalhes para evitar spoilers, mas a forma como ele e seu parceiro Ukkomon existem e se revelam é espetacular. 


A inovação também ocorre com o Digimon. O filme questiona se é mecânica ou se realmente existe um elo entre o dono e seu Digimon, abordando essa relação de forma excelente.

As cenas de ação e, principalmente, as digievoluções são precisas, servindo como fan-service para aqueles que acompanharam a série na época da TV Globinho. É lindo o cuidado e a estética, agora mais sombria, escolhida no roteiro, sem medo de explorar camadas nunca vistas na franquia.


O que deixa a desejar é uma batalha. Talvez porque essa parte é bem desenvolvida e nos deixa ansiosos para ver como será a luta e sua conclusão. 

O filme termina, sem dúvida, com pontas soltas sobre a relação entre humanos e Digimons e como isso afeta o mundo.

“Digimon Adventure 02: O Início” é uma grande surpresa, adicionando frescor à fórmula sem cair no senso comum. Resta saber se a base de fãs brasileira comparecerá para garantir mais semanas nos cinemas ou se o filme será engolido por grandes lançamentos e acabará sendo deixado de lado.


Ficha técnica:
Direção:
Tomohisa Taguchi
Produção:Tôei Animation Company
Distribuição: Paris Filmes
Exibição: nos cinemas
Duração: 1h20
Classificação: 12 anos
País: Japão
Gêneros: ação, aventura, animação

04 setembro 2023

"One Piece: A Série" estreia com aprovação dos fãs de mangá e anime

Viaje pelos Sete Mares em companhia do bando "Os Chapéus de Palha", em busca de um tesouro perdido (Fotos: Netflix)


Marcos Tadeu
Blog Narrativa Cinematografica


Adaptar uma história de anime tão conhecida como "One Piece" era realmente um trabalho desafiador. Mas desde a estreia na Netflix, a série tem agradado bastante os fãs que aguardavam ansiosamente esta versão. 

Marca mundialmente famosa por sua legião de fãs, One Piece já ultrapassou 1.000 episódios tanto no anime quanto no mangá, sem previsão de fim e ambos com lançamentos semanais. 

Criado por Eiichiro Oda, o anime teve todos os capítulos publicados na revista Weekly Shonen Jump desde 1997 pela editora japonesa Shueisha. 


“One Piece” é considerado um clássico ao lado de "Naruto", "Dragon Ball" e "Bleach" e um dos animes e mangás mais populares do mundo.

Informações iniciais divulgadas sobre figurinos, efeitos visuais e trailers da produção da Netflix não teriam agradado os fãs mais assíduos do material original.

Porém, ao assistir à série, o resultado foi completamente diferente e muito positivo. Outra dúvida: alguém que nunca teve contato com o mangá e o anime originais, conseguiria entender a série. A resposta é somente uma: SIM.


Na história, Monkey D. Luffy (Iñaki Godoy) deseja encontrar o one piece, o maior tesouro deixado por D. Roger, o Rei dos Piratas, e ocupar o lugar dele. Para isso, o jovem convoca uma equipe habilidosa e com sonhos diversos, formando assim o bando "Os Chapéus de Palha", que vai enfrentar perigos e adversários na sua jornada pela busca ao ouro escondido.

No episódio piloto, completamente competente, a narrativa mostra bem como Luffy se tornou um homem de borracha e suas motivações em se tornar o novo Rei dos Piratas. Também apresentou outros personagens importantes, como Zoro e Nami.


O destaque sem dúvida vai para Monkey D Luffy, jovem sonhador de um coração enorme que está sempre com fome (kkkkk). Ele é o capitão do bando "Os Chapéus de Palha". O ator Iñaki Godoy consegue incorporar muito bem o carisma e a inocência que Luffy tem no anime, sem deixar nada a desejar. 

Mackenyu Arata encarna Roronoa Zoro com os trejeitos do personagem, um cara extremamente "esquentadinho" e egoísta com todos a sua volta. O papel foi muito bem interpretado pelo ator, que trouxe a nostalgia do anime clássico às telas de cinema, com uma história densa que, sem dúvida, conquistou os fãs, além de garantir boas cenas de ação. 


Emily Rudd, apesar do visual e da peruca, encarou bem Nami, a ladra habilidosa do bô (cajado feito de madeira), trazendo muita personalidade ao bando "Os Chapéus de Palha". 

Outro que interpretou com maestria e humor o personagem Usopp foi Jacob Romero. Ele representa um marco importante entre os episódios. 

Por último, mas não menos importante temos Taz Skylar que faz o cozinheiro Sanji, elegante e sedutor, com ótimas habilidades de luta com as pernas. O elenco está afiado e contente por fazer parte desse projeto. Dá para perceber a felicidade de cada um com seu personagem.


"One Piece: A Série" consegue ser bem equilibrada, dando protagonismo para cada personagem, assim como no anime. Destaco para os arcos de Zoro e de Usopp, figuras chaves para toda a trama. 

Ainda que pareça que os arcos foram condensados em um único episódio comparado com o material original, todos conseguem ter um bom tempo de tela e apresentarem suas histórias sem ficarem cansativos. Pelo contrário, a narrativa é convidativa e cada personagem, com o seu jeito, conquista o telespectador.


Equipe técnica

Devemos destacar aqui a qualidade de Matt Owens, showrunner que fez, com muita competência, as adaptações necessárias do anime para o live-action, que serviram muito bem para mídias diferentes do material original. Owens também é um grande fã do mangá, o que ajuda ainda mais no cuidado com a série. 

Amanda Ross McDonald é outra profissional que merece atenção pelo cuidado com o cabelo e maquiagem dos personagens. Já a figurinista Dianna Cillers foi responsável por fazer com que os trajes ficassem como os originais, sem parecerem um cosplay, apresentando muitos detalhes que os fãs do anime e mangá vão reconhecer. 


Jaco Snymann ficou com o dever de criar os designers dos personagens, aplicando um tom mais realista, mas respeitando o que o criador do mangá “One Piece”, Eiichiro Oda, pensou no original. 

O maior acerto da série em live-action é o fato de Oda ser consultado a todo o momento durante as gravações. O grande mestre deu até sua benção para que a série se tornasse real.


O sucesso da série é um ponto positivo para a plataforma de streaming que vinha de um histórico questionável de adaptações, agora americanizadas. O filme "Death Note" foi reconhecido por seu fracasso, roteiro pobre, atuações irrelevantes e uma história que pouco respeitou o original. 

"Cowboy Bebop" foi outro exemplo - teve um grande investimento em marketing, mas não agradou aos fãs, ganhando até um cancelamento na plataforma. 

Sem dúvida, vale à pena dar o play e maratonar todos os episódios de "One Piece: A Série", que entrega uma trama rica, com efeitos especiais e personagens cativantes. Venha se juntar a história de "Os Chapéus de Palha" e ir em busca do tesouro. A primeira temporada, com oito episódios está disponível para assinantes na Netflix.

              
     
Ficha técnica:
Criação: Steven Maeda
Exibição: Netflix
Duração: 1ª Temporada - 8 episódios
Classificação: livre
País: EUA
Gêneros: aventura, fantasia, ação