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17 setembro 2019

Mostra CineBH começa hoje com programação gratuita em cinco espaços culturais

Serão exibidos  85 filmes nacionais e internacionais , entre pré-estreias e retrospectivas ( Foto: Leo Lara/ Universo Produções)

Da Redação


Belo Horizonte recebe a partir de hoje a CineBH - Mostra Internacional de Cinema de Belo Horizonte, que entra em sua 13ª edição , com uma intensa atividade de exibição de filmes e várias outras atrações até o dia 22 de setembro, A abertura oficial será às 20 horas, no Cine Theatro Brasil Vallourec, com programação gratuita durante os seis dias de evento. A mostra irá ocupar cinco espaços culturais da cidade: Fundação Clóvis Salgado (Palácio das Artes), Sesc Palladium, Cine Theatro Brasil Vallourec, Teatro Sesiminas e MIS Cine Santa Tereza. 

Serão exibidos 85 filmes nacionais e internacionais, entre pré-estreias e retrospectivas (24 longas, 3 médias e 58 curtas-metragens), num total de 43 sessões de cinema, produções de 11 estados brasileiros e o Distrito Federal (BA, DF, ES, MG, PB, PE, PR, RJ, RS, SC, SE, SP) e seis países – Argentina, Brasil, Colômbia, EUA, França e Portugal. A programação pode ser conferida no site da Mostra CineBH - http://cinebh.com.br/programacao/

Simultaneamente, acontece o 10º Brasil CineMundi - 10th International Coproduction Meeting, encontro de mercado que recebe 25 convidados internacionais. O importante evento celebra uma década de realização, promovendo a conexão entre a produção brasileira e a indústria audiovisual internacional, além de ser um espaço formação, difusão de ideias e de projetos de coprodução. 

"No Coração do Mundo" (Foto Filmes de Plástico)

Neste primeiro dia, a Universo Produção, empresa responsável pela Mostra CineBH, fará a entrega do Troféu Horizonte à Filmes de Plástico, homenageada desta edição. A produtora mineira está completando uma década de atuação e iniciou sua trajetória na periferia de Contagem. Hoje ela é referência de cinema brasileiro em vários festivais pelo mundo. O longa mais recente da produtora é "No Coração do Mundo", lançado no início de agosto. A Mostra contará ainda com debates, masterclasses, painéis, oficinas, workshops, Mostrinha de Cinema, programa Cine-Expressão e atrações artísticas. 

Na sequência, o público poderá assistir, em pré-estreia nacional, “A Vida Invisível”, novo longa-metragem do diretor cearense Karim Aïnouz, que saiu vencedor da mostra Un Certain Regard, no Festival de Cannes (em maio) e acaba de ser escolhido para representar o Brasil no Oscar 2020. O filme é uma adaptação do romance de Martha Batalha sobre duas mulheres enfrentando opressões e dificuldades na sociedade brasileira dos anos 1950. 

“A Vida Invisível”, de Karim Aïnouz (Foto: Divulgação)

A Mostra CineBH é o evento de cinema da capital mineira. Um espaço de formação, intercâmbio, lançamento e discussão da mais significativa produção cinematográfica atual. A cada edição é renovado o compromisso de estabelecer diálogo entre as culturas, ampliar as oportunidades de negócios para o cinema brasileiro e promover a conexão de profissionais com o mercado audiovisual em intercâmbio com o mundo”, destaca Raquel Hallak, coordenadora geral do evento.

Tanto a escolha da homenageada, quanto do filme de abertura dialogam com a temática central  desta edição da Mostra - “A internacionalização do cinema brasileiro e os desafios para o futuro” -. O tema será apresentado em performance durante a abertura e, no decorrer da programação, em filmes e debates com a proposta de gerar uma reflexão sobre a presença marcante da produção brasileira nas telas dos festivais e eventos internacionais. 

Sônia Braga em cena de "Bacurau" (Foto: Victor Jucá)

Sob a curadoria dos críticos Francis Vogner dos Reis e Marcelo Miranda, a temática foi pensada num ano especial, em que filmes como “Bacurau”, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, e “A Vida Invisível”, de Karim Aïnouz, receberam prêmios importantes em Cannes. “Com esforço profissional e governamental para consolidar relações de coprodução e a estruturação de um circuito de festivais locais, com quase 200 eventos anuais que ajudaram a criar um campo de visibilidade de filmes independentes e de debates em torno dessa produção, o cinema brasileiro ganhou o país e o mundo”, destaca Francis Vogner.

Cinema brasileiro

Desde 2015, somam-se 166 títulos brasileiros selecionados em mostras competitivas, paralelas ou sessões especiais de Cannes, Berlim, Locarno, Roterdã e Veneza – considerados os eventos mais importantes para exibição no mundo. Além destes, coproduções brasileiras e longas, médias e curtas-metragens do país estiveram em vários outros espaços importantes, como FID-Marseille, Toronto, Indie Lisboa, Sundance e Bafici, além de projetos selecionados para laboratórios ou encontros de mercado nos circuitos da Europa, Estados Unidos e América Latina.

"Inquietações de Uma Mulher Casada "(Foto: Divulgação)

Na mostra Diálogos Históricos, a atenção deste ano é para filmes que completam quatro décadas desde seu lançamento, refletindo um Brasil que, em 1979, estava à beira de sair da ditadura militar, apesar de ainda mal resolvido com suas questões históricas mais urgentes. Em vários sentidos, estes longas-metragens fazem uma ponte instigante com o atual momento da política e sociedade brasileiras, mostrando que a complexidade do país é cíclica e muitas vezes chocante. Todos os três filmes serão comentados pelo conservador-chefe da Cinemateca do MAM Hernani Heffner. São estes: “República dos Assassinos”, de Miguel Faria Jr; “Inquietações de uma Mulher Casada”, de Alberto Salvá, e “Maldita Coincidência”, de Sérgio Bianchi.

Homenagem

A partir da proposta de internacionalização do cinema brasileiro, a 13a CineBH vai homenagear a produtora mineira Filmes de Plástico e seus criadores André Novais Oliveira, Gabriel Martins, Maurílio Martins e Thiago Macêdo Correia, a empresa virou um “case” mundial ao se tornar uma das principais caras do cinema brasileiro em festivais e eventos internacionais. Isto se deve a uma constante e bem-sucedida presença de trabalhos do grupo em grandes circuitos de exibição desde 2013, quando o curta-metragem “Pouco Mais de um Mês”, de André Novais e exibido na Mostra de Cinema de Tiradentes, foi selecionado para a seção Quinzena dos Realizadores, no Festival de Cannes. 

Os quatro criadores da Filme de Plastico que será homenageada 
(Foto Leo Lara/Universo Produções)

Os quatro integrantes da Filmes de Plástico estarão presentes na abertura no Cine-Theatro Brasil Vallourec. Amanhã vão promover uma masterclass nas dependências do Palácio das Artes para apresentar sua história e formas de trabalho, produção e circulação. A programação da mostra exibirá ainda três sessões de retrospectiva da Filmes de Plástico, com títulos que marcam sua trajetória – entre eles o primeiro projeto, o curta “Filme de Sábado” (2009), e o mais recente, o longa “No Coração do Mundo” (2019). 

Mostra Contemporânea

Com curadoria de Francis Vogner dos Reis e Marcelo Miranda, a Mostra Contemporânea contará com pré-estreias nacionais e internacionais. Do Brasil, serão exibidos vários títulos com repercussão internacional, refletindo a temática do evento. Os filmes são “Animal Indireto”, de Daniel Lentini (RJ); “Os Príncipes”, de Luiz Rosemberg Filho (RJ); “Os Filhos de Macunaíma”, de Miguel Antunes Ramos (SP); “Diz a Ela que me Viu Chorar”, de Maíra Büheler (SP); “A Noite Amarela”, de Ramon Porto Mota (PB); “Os Dias sem Tereza”, de Thiago Taves Sobreiro (MG); “Os Jovens Baumann”, de Bruna Carvalho Almeida (SP); e “Nietzsche Sils Maria Rochedo de Surlej”, de Julio Bressane e Rodrigo Lima (RJ).

Os Dias Sem Tereza”,  de Thiago Taves Sobreiro (Foto: Divulgação)

Os títulos estrangeiros, haverá exibições de “Paul Sanchez Está de Volta!” (França), de Patricia Mazuy; “Danças Macabras, Esqueletos e Outras Fantasias” (França/Portugal), de Rita Azevedo Gomes, Pierre Léon e Jean-Louis Schefer; “Por El Diñero” (Argentina), de Alejo Moguilansky; “Nightmare Cinema” (EUA), de Mick Garris, Joe Dante, David Slade, Ryuhei Kitamura e Alejandro Brugués; “A Vingança de Jairo” (Colômbia), de Simón Hernández; e o curta “O Mar Enrola na Areia” (Portugal), de Catarina Mourão.

Serviço:
13ª CineBH - Mostra Internacional de Cinema de Belo Horizonte e Brasil Cinemundi 
Data: 17 a 22 de setembro de 2019
Informações pelo telefone: (31) 3282-2366
Locais de realização:
- Palácio das Artes: Cine Humberto Mauro, Sala Juvenal Dias, Teatro João Ceschiatti, Jardim Interno e Área de Convivência Cine-Café
- Sesc Palladium: Grande Teatro, Cine Sesc Palladium e Foyer na Avenida Augusto de Lima
- Cine Theatro Brasil Vallourec
- Teatro Sesiminas
- MIS Cine Santa Tereza 
Programação: http://cinebh.com.br/programacao/

Tags: #13CineBH, #CineBH, #cultura, #BrasilCinemundi, @cinemaescurinho, @cinemanoescurinho

17 setembro 2018

“Festival Remaster, Clássicos do Cinema Brasileiro” refazendo história na telona

Evento acontece em sete capitais brasileiras exibindo ícones do cinema nacional remasterizados (Fotos: Afinal Filmes/Divulgação)


O Cine Belas Artes e outras oito salas de cinema de sete cidades brasileiras - Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba, Porto Alegre e Salvador - recebem entre os dias 20 e 26 de setembro a primeira edição do “Festival Remaster, Clássicos do Cinema Brasileiro”, com a exibição de ícones do cinema nacional remasterizados. O evento remonta 
experiência de quando esses filmes estrearam, proporcionando uma rara oportunidade de rever – ou até mesmo assistir pela primeira vez – na tela grande, clássicos altamente significativos para a nossa cultura, valorizando o cinema, a nossa memória e nossa história. 

Serão exibidos os filmes "Vidas Secas" (1963), de Nelson Pereira dos Santos; "O Homem da Capa Preta" (1986), de Sergio Resende; "República dos Assassinos" (1979), de Miguel Farias Jr; "Luz Del Fuego" (1982), de David Neves; "Vai Trabalhar Vagabundo" (1973), de Hugo Carvana; "O Assalto Ao Trem Pagador" (1962), de Roberto Farias; e os documentários "Os Doces Bárbaros" (1977), de Jom Tob Azulay; e "Carmem Miranda: Banana Is My Business" (1995), de Helena Solberg.

Segundo Alexandre Rocha, um dos realizadores do Festival Remaster, trata-se de uma homenagem aos cineastas brasileiros em toda a força de sua vitalidade original, trazendo seus sucessos de volta às salas espalhadas pelo Brasil, agora remasterizados com qualidade digital. Filmes que marcaram época, foram premiados e aclamados pelo público, levaram milhares de pessoas ao cinema, emocionaram e são referências para várias gerações. 

Serão sete dias corridos, com projeções que a maioria das pessoas não teve a oportunidade de ver na tela dos cinemas. “Queremos dar caráter de nova estreia a estes filmes, ao revistarmos títulos tão relevantes. É uma nova experiência na sala de cinema”, conta Vitor Brasil que produz o Festival Remaster.


A partir de 8 de outubro, o Festival Remaster continua na grade do Canal Brasil, que exibirá sempre as segundas e terças, à 0h15, películas que fazem parte do festival, em uma faixa especial do canal. Idealizado pelos produtores Alexandre Rocha, Cristiana Cunha, Marcelo Pedrazzi e Vitor Brasil, o Festival Remaster é uma produção da Afinal Filmes.

PROGRAMAÇÃO - DE 20 A 26 DE SETEMBRO
20/09 - 15h30 e 19h30 - "Vidas Secas", de Nelson Pereira dos Santos
21/09 - 15h30 e 19h30 -"O Homem da Capa Preta", de Sergio Resende
22/09 - 15h30 e 19h30 - "Os Doces Bárbaros (doc), de Jom Tob Azulay
23/09 - 15h30 -"República dos Assassinos", de Miguel Farias Jr.
             19h30 - "Luz Del Fuego", de David Neves
24/09 - 15h30 e 19h30 -"Carmem Miranda: Bananas Is My Business" (doc), de Helena Solberg
25/09 - 15h30 e 19h30 -"Vai Trabalhar Vagabundo", de Hugo Carvana
26/09 - 15h30 e 19h30 - "O Assalto ao Trem Pagador", de Roberto Farias 

A programação pode ser conferida no Facebook do Festival Remaster: https://www.facebook.com/festivalremaster



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