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18 abril 2025

"Pecadores": Michael B. Jordan interpreta ‘gângsteres’ gêmeos em "Crepúsculo" do século passado

Ambientado no sul dos EUA, filme aborda a ancestralidade preta que resistiu às perseguições nos anos
de 1930 (Fotos: Warner Bros. Pictures)
 
 

Larissa Figueiredo 

 
Imagine uma mistura entre "Crepúsculo" (2008) e "Assassinos da Lua das Flores" (2023) — é assim que "Pecadores" ("Sinners"), de Ryan Coogler, funciona. O longa, que conta com o protagonismo de Michael B. Jordan (de “Pantera Negra” - 2018, “Creed - Nascido para Lutar" - 2015) em um papel duplo como os irmãos Elijah e Elias Smoke, e Hailee Steinfeld ("Bumblebee" - 2018) como Mary, às vezes mocinha, às vezes vilã, já está em cartaz nos cinemas.

Ambientado nos anos de 1930 no sul dos Estados Unidos, "Pecadores" aborda, por meio do misticismo, a ancestralidade preta que resistiu às perseguições durante o segregacionismo norte-americano. 


A família do jovem músico Sammy Moore (Miles Caton) enfrenta preconceitos, vampiros e até a Ku Klux Klan, grupo extremista que surgiu nos EUA para perseguir e matar pessoas negras no país à época. A temática do filme, no entanto, está longe de se restringir ao racismo.

Com os gângsteres gêmeos Elijah e Elias de volta à cidade e dispostos a viver a melhor noite de suas vidas, Sammy vê a oportunidade de mostrar sua música fora da igreja. 

Ele embarca em uma missão para convidar a comunidade negra para uma noite de blues em um antigo celeiro da Klan. Com comida à vontade e bebida de qualidade, o grupo pretende abrir um clube de blues na cidade.


A jornada acontece em meio à evolução de uma trilha sonora impecável, composta por Ludwig Göransson, já nos primeiros minutos. A fotografia acompanha o ritmo a partir de planos abertos de encher os olhos, com destaque para as paisagens dos campos de algodão, que cumprem papel sociopolítico na narrativa.

Até o fim da primeira metade do longa, quase não é possível perceber a presença do gênero terror no roteiro. O espectador se acostuma por muito tempo com um ritmo de filme de aventura e se afeiçoa aos “heróis” apresentados. 


O misticismo chega junto da personagem Annie (Wunmi Mosaku), uma bruxa natural e interesse romântico de um dos protagonistas, que fala sobre perigos espirituais e vampiros pela primeira vez. O roteiro parece desconectado à primeira vista, como se fosse metade aventura e metade terror.

Apesar da estranheza dos jump scares aleatórios e da aparente desconexão do roteiro, o filme prende o espectador e não apresenta elementos desnecessários — apenas desorganizados. A caracterização dos vampiros beira ao satírico; resta ao diretor dizer se é proposital ou não. 


A partir da primeira aparição, os personagens se desenrolam com um quê de Stephenie Meyer (autora da saga "Crepúsculo"), com dentes gigantes, alho, estacas de madeira e romances cheios de química.

A trama vampiresca se encerra como começa: do nada. Coogler, que dirigiu Jordan em “Pantera Negra” e “Creed: Nascido para Lutar”, repete elementos do filme sobre o super-herói negro da Marvel. E mistura o espiritual e o real para emocionar, não economizando nos simbolismos para falar sobre a morte. 

A cena pós-créditos é dispensável e sem sentido, mas (infelizmente) existe e impacta um final irretocável. Assista por sua conta e risco.


Ficha técnica:
Direção e roteiro: Ryan Coogler
Produção: Warner Bros Pictures
Distribuição: Warner Bros.
Exibição: nos cinemas
Duração: 2h17
Classificação: 16 anos
País: EUA
Gêneros: ação, suspense, terror

03 abril 2025

"Desconhecidos", um suspense brutal que revela a reviravolta antes da hora

Willa Fitzgerald é a jovem caçada por um homem misterioso após uma noite de sexo (Fotos: Paris Filmes)


Maristela Bretas


"Desconhecidos" ("Strange Darling"), suspense do diretor e roteirista J.T. Moliner, que chega aos cinemas nesta quinta-feira, mergulha o espectador em uma perseguição implacável de um desconhecido a uma jovem, com momentos de terror e violência extrema. 

Após um encontro aparentemente casual e uma noite de muito sexo, Lady, papel de Willa Fitzgerald, se vê implacavelmente caçada por um homem (Kyle Gallner) com intenções sinistras. 

Paralelo a isso, a polícia está à procura por um serial killer que já matou várias pessoas pelo país com requintes de crueldade e que consegue fugir deixando um banho de sangue por onde passa.


Gostou da premissa? Mas ela pode mudar completamente. A trama é contada em capítulos intercalados, formando um flashback confuso inicialmente, mas que vai ganhando consistência à medida que avança. 

A crescente sensação de perigo é palpável desde os primeiros momentos. E as cenas de violência e caçada aumentam o suspense e a dúvida: quem é o gato e quem é o rato?

No entanto, a narrativa dá uma escorregada ao entregar muito cedo ao público a principal reviravolta da história. Essa revelação precoce pode ter sido intencional por parte do diretor para adicionar uma camada de tensão dramática, mas acaba por minar significativamente o impacto da história. 


O que poderia ser uma surpreendente guinada nos acontecimentos se torna uma mera confirmação do que já se suspeitava, reduzindo o mistério envolvendo os protagonistas. 

O filme só não se torna desinteressante graças às cenas de suspense e violência, construídas com competência, utilizando a trilha sonora e a cinematografia para criar uma atmosfera ameaçadora. São cenas cruas e impactantes que podem chocar o espectador.


A atuação de Willa Fitzgerald, mais conhecida por sua participação em várias séries de TV, também é outro trunfo de "Desconhecidos". A atriz entrega uma interpretação muito convincente como a jovem aterrorizada, carregando grande parte da carga emocional da narrativa. 

Ela consegue transmitir bem a angústia e o desespero da protagonista, tornando sua luta pela sobrevivência envolvente, mesmo quando o roteiro vacila. E ainda conta com um sucesso dos anos de 1970 para embalar sua personagem - "Love Hurts", da banda Nazareth.


Participam também do elenco Barbara Hershey, Ed Begley Jr., Jason Patric, entre outros.

"Desconhecidos" tem uma premissa interessante e a promessa de uma reviravolta cria expectativa. Contudo, a decisão de revelar cedo demais o plot twist principal enfraquece a experiência geral. 

Mesmo assim, o terror e o suspense são eficazes, e fazem com que o público espere por um final tão tenso quanto foi o restante da trama, mesmo que a surpresa tenha chegado antes da hora.


Ficha técnica:
Direção e roteiro: J.T. Moliner
Distribuição: Paris Filmes
Exibição: nos cinemas
Duração: 1h36
Classificação: 18 anos
País: EUA
Gêneros: terror, suspense

04 março 2025

"O Macaco" é um terror violento, com muito sangue e situações tão bizarras que são engraçadas

Com uma cara assustadora e ataques macabros, o "brinquedo assassino" pode se tornar o novo
sucesso do gênero entre os fãs (Fotos: Paris Filmes)


Maristela Bretas


Poderia ser somente um filme de terror, que lembra "Premonição" em alguns momentos, quando as pessoas sabem o que vai acontecer, mas mesmo assim não se cuidam. E, claro, as tragédias acontecem. 

Este é "O Macaco" ("The Monkey"), produção que estreia nesta quinta-feira (06) nos cinemas, adaptado do conto do mestre do suspense e terror Stephen King.

Osgood Perkins é o diretor e roteirista, repetindo a receita de "Longlegs - Vínculo Mortal" (2024), porém com mais cenas violentas que, de tão bizarras, chegam a provocar risos e comentários de engraçados e de espanto em alguns momentos. 

Oz Perkins (como é mais conhecido), que atuou em outro sucesso do terror/suspense, "Não! Não Olhe!" (2022), de Jordan Pelle, também faz um pequeno papel em "O Macaco", como o tio dos protagonistas. 


Para dar ainda mais peso à produção, ela conta com a produção e experiência em terror do aclamado diretor e produtor James Wan, responsável por "Maligno" (2021), "Invocação do Mal 2" (2016) e "Sobrenatural" (2011) e "Sobrenatural: Capítulo 2" (2013), além de outros do gênero.

Para quem gosta do gênero, os ataques, apesar de previsíveis, agradam e o pulo na cadeira do cinema é certo. Só de olhar a cara assustadora do macaco, um boneco que toca um tambor e faz as tragédias acontecerem, já é o suficiente para provocar tensão. É o tipo de brinquedo que um pai, com um mínimo de sensatez, jamais daria para uma criança.


O filme conta a história dos gêmeos Bill e Hal, que encontram um velho macaco de brinquedo no sótão da casa de seu pai. Aparentemente inofensivo, basta ele começar a tocar o tambor que passam a acontecer mortes terríveis, das mais variadas formas. 

Os irmãos decidem jogar o macaco fora e seguir em frente, mas anos depois as mortes voltam a ocorrer e eles precisam se reencontrar para acabar com o brinquedo. 

O diretor não economizou no sangue e nem na violência nos crimes cometidos pelo macaco, que apesar da cara assustadora, não desperta a desconfiança de ninguém. 


Exceto dos gêmeos, interpretados por Theo James (da trilogia "Divergente" (2014), "Insurgente" (2015) e "Convergente" (2016). Estão também no elenco nomes conhecido como Elijah Wood, Tatiana Maslany e Christian Convery.

Os efeitos visuais são bons, mas a história tem vários furos ao não explicar a origem do personagem macabro, nem o que aconteceu no período que os gêmeos ficaram separados e como o macaco aparece locais diferentes. 

Não chega a ser um clássico do terror, mas tem a marca de Stephen King, o que pode agradar aos fãs do gênero, que poderão relembrar o estilo de filmes do passado, que já começavam com a "ação" com poucos minutos de projeção. 


Outra vantagem de "O Macaco", talvez por economizar no enredo e focar nos ataques, é que as aparições e mortes não se restringem a locais fechados e escuros. Podem ocorrer a qualquer hora do dia ou da noite. E sim, como o próprio cartaz do filme avisa: "Todo mundo morre. E isso é uma m*rda!"

O espectador não deve esperar muitas explicações do porque o "brinquedo assassino" sai matando aleatoriamente. Ele vai entrar no cinema sem saber como as vítimas são escolhidas e sair com a mesma interrogação - será uma entidade incorporada, ele foi amaldiçoado, haverá uma continuação do filme para esclarecer todas as dúvidas? 

Muitas perguntas, sem respostas, mas mesmo assim o filme vale a pena porque "toca o terror" literalmente e está atraindo um bom público por onde estreia. 


Ficha técnica:
Direção: Oz Perkins
Roteiro: Oz Perkins e Stephen King
Produção: Neon, Atomic Monster, Black Bear Pictures, Range Media Partners, Stars Collective Films, C2 Motion Picture Group e Oddfellows Entertainment
Distribuição: Paris Filmes
Exibição: nos cinemas
Duração: 1h40
Classificação: 18 anos
País: EUA
Gêneros: terror, comédia


09 fevereiro 2025

"Acompanhante Perfeita" equilibra bem ficção, comédia e um terror brutal

Sophie Thatcher protagoniza a história, vivendo uma mulher dominada e submissa numa relação com Jack Quaid (Fotos: Warner Bros. Pictures)


Maristela Bretas


Escrito e dirigido por Drew Hancock, com distribuição da Warner Bros. Pictures, está em cartaz nos cinemas a comédia de terror (se é que posso chamar assim) "Acompanhante Perfeita" ("Companion"). 

Com boas atuações de Sophie Thatcher (de "Boogeyman: Seu Medo é Real" - 2023) e Jack Quaid ("Oppenheimer" - 2023), o filme, logo no início, dá um choque no espectador. E vai mantendo este ritmo ao longo de toda a narrativa.

A trama segue Iris (Thatcher) e Josh (Quaid) que vivem um relacionamento complexo, que vai da paixão à primeira vista à toxidade da manipulação, com cenas bem perturbadoras. 


Em entrevista, a atriz descreveu o relacionamento de sua personagem como intenso e codependente, com Iris disposta a fazer qualquer coisa para que Josh se sinta amado e cuidado. 

Do encontro ao acaso que dá início à relação a um fim de semana com os amigos de Josh - Kat (Mega Suri, de "Não Abra" - 2023), Sergei (Ruper Friend, de "Asteroid City" - 2023), Eli (Harvey Guillén, de "Besouro Azul" - 2023) e Patrick (Lukas Cage, de "Sorria 2" - 2024) -, o casal vai passando por diversas situações e mudanças nos planos. 

Até a surpreendente revelação de que um dos hóspedes é um robô de companhia com tendências assassinas, o que vai provocar uma reviravolta completa na trama. 


"Acompanhante Perfeita" se destaca por sua mistura de gêneros, ao conseguir equilibrar bem comédia, ficção e terror. O diretor usa a relação dominadora dos protagonistas para mostrar o quanto ela pode se tornar doente e abusiva e as consequências disso. 

Iris representa a mulher tratada como objeto, um simples acessório na vida de um homem (Josh) que usa e abusa dela como e quando quer. 

Drew Hancock também não economiza em cenas brutais, com variadas formas de mortes e torturas. Um filme de terror diferente, com toques de ficção graças ao androide que substitui um ser humano. 


O que nos leva a pensar sobre o uso da inteligência artificial e um futuro não muito distante do que vivemos hoje, com máquinas ocupando lugares de pessoas para suprir a solidão.

Para alguns, "Acompanhante Perfeita" pode desagradar, mas a produção vem caindo nas graças do público. Pelo menos dos norte-americanos, que garantiram o retorno do valor investido de US$ 10 milhões na primeira semana de bilheteria nas salas do país. 

Eu, particularmente gostei da abordagem. Confira na Semana do Cinema, com ingressos a R$ 10,00 e combos com valores promocionais. Depois conta aqui nos comentários o que achou.


Ficha técnica:
Direção e roteiro: Drew Hancock
Produção: New Line Cinema, Boudelirlight Pictures, Vertigo Entertainment e Subconscious
Distribuição: Warner Bros. Pictures
Exibição: nos cinemas
Duração: 1h37
Classificação: 16 anos
País: EUA
Gêneros: ficção, terror, comédia

03 janeiro 2025

Primeiro grande lançamento do ano, "Nosferatu" é uma obra pra quem é apaixonado por cinema

Longa é uma nova adaptação do clássico do terror de mesmo nome, de 1922 (Fotos: Universal Pictures)


Jean Piter Miranda


Nos anos 1800, na Alemanha, a jovem e bela Ellen (Lily-Rose Depp) é perturbada por pesadelos recorrentes com uma figura assustadora. Ela é casada com vendedor de imóveis Thomas Hutter (Nicholas Hoult). 

E esse recebe a missão de ir até a distante Transilvânia para concluir a venda de um castelo. O comprador do tal imóvel é o misterioso e rico Conde Orlok (Bill Skarsgård), que quer, na verdade, encontrar Ellen e possuí-la. 

Essa é história de “Nosferatu”, novo filme do diretor e roteirista Robert Eggers, em cartaz nos cinemas do Brasil. A obra é a mais recente adaptação do clássico do terror de mesmo nome, de 1922, escrita pelo irlandês Bram Stoker, autor do romance "Drácula".


O filme gira em torno da obsessão do vampiro Orlok por Ellen. Ele tem um desejo carnal, sexual pela jovem. E diferente de muitos vampiros vistos na ficção, retratados como homens bonitos, charmosos e elegantes, o conde dessa vez é uma figura monstruosa e muito repugnante. 

Hutter vai à Transilvânia encontrar o Conde, em uma viagem a cavalo, que levará meses. Ellen tem pressentimentos ruins e pede para que o marido não vá. 

Mas ele precisa do emprego e por isso pega estrada. O que ele não imagina é que o encontro com o vampiro vai desencadear um mal maior para todos. 


Enquanto Hutter está em viagem, os pesadelos de Ellen evoluem para crises convulsivas. Na ausência do marido, ela recebe cuidados do casal de amigos Anna e Friderich (Emma Corrin e Aaron Taylor-Johnson). É aí que entra em cena o professor Albin Von Fraz (Williem Dafoe), acionado por ser um especialista em casos paranormais. 

Lily-Rose Depp e Bill Skarsgård são os protagonistas. Ela está ótima! Em contraponto, é difícil avaliar a atuação de Bill. Ele está irreconhecível e pouco aparece de forma nítida. Sua presença é sempre coberta por sombras, em ângulos que não permitem uma visualização clara. E quase sempre está parado.


Roubar a cena é um tanto clichê, mas não há outra forma de descrever as atuações dos ótimos Williem Dafoe e Nicholas Hoult. Os dois têm bastante tempo de tela, seus personagens são mais interessantes e suas participações cruciais para a história. 

Destaque ainda para a ambientação. Os cenários quase realistas retratam bem os anos 1800. Móveis, carroças, roupas, vocabulário... Tudo é muito acertado. 

A fotografia também está impecável. Imagens em preto e branco ou em cores, sempre utilizando bem o jogo de sombra e luz, ora para dar um ar sombrio, ora para dar ênfase às atuações. 


São cerca de duas horas e dez minutos de filme. O que dá a impressão de uma história arrastada e lenta e que várias partes poderiam ser cortadas sem prejudicar a obra. Para quem ama cinema e gosta do gênero terror, há muito que aproveitar. É um longa a ser contemplado em todos os seus detalhes. 

Mais do que contar uma história, o diretor Robert Eggers dá uma aula de como fazer cinema. Pode não agradar a todos. Certamente não vai. Mas é inegável que, tecnicamente, o filme está acima do ótimo. 


Ficha técnica:
Direção e roteiro: Robert Eggers
Produção: Universal Films, Focus Features
Distribuição: Universal Pictures
Exibição: nos cinemas
Duração: 2h12
Classificação: 16 anos
País: EUA
Gênero: terror

31 dezembro 2024

Cinco filmes de 2024 que o Cinema no Escurinho não indicaria



Nossa Redação


A equipe do Cinema no Escurinho preparou uma lista com os cinco filmes assistidos em 2024 que não recomendamos a nossos seguidores. Na postagem anterior indicamos as melhores produções deste ano. Para conferir, clique aqui. As duas listas respeitam a ordem de escolha dos colaboradores do blog.

A liderança disparada entre as produções que menos agradaram ficou para "Coringa: Delírio a Dois", musical estrelado por Joaquim Phoenix e Lady Gaga, que recebeu duras críticas do público e da imprensa especializada. Clicando nos links de alguns dos filmes é possível ler nossas avaliações sobre eles.

"Longlegs - Vínculo Mortal (Diamond Films)

Eduardo Jr.
- Terrifier 3
- Megalópolis
- O Dia da Posse
- Operação Natal
- Clube dos Vândalos

Filipe Mateus

Parceiro do blog Maravilha de Cinema
- Coringa: Delírio a Dois
- Longlegs - Vínculo Mortal
- Salamandra
- Arca de Noé
- Planeta Dos Macacos: O Reinado

"Salamandra" (Pandora Filmes)

Jean Piter
- Coringa: Delírio a Dois
- Amores Solitários
- Nosso Segredinho
- Silvio
- É Assim que Acaba


Marcos Tadeu
Parceiro do blog Jornalista de Cinema
- Coringa: Delírio a Dois
- Salamandra
- Arca de Noé
- Planeta dos Macacos: O Reinado

"Planeta dos Macacos: O Reinado" (20th Century Studios)

Maristela Bretas
- Mallandro, o Errado que deu Certo
- Planeta dos Macacos - O Reinado
- Não Fale o Mal
- Longlegs - Vínculo Mortal
- Silvio

A categoria em que foram incluídos alguns títulos pode agradar ou não vocês, seguidores do blog. Comentem aqui o que acharam de nossas escolhas, lembrando que não serão aceitas ofensas pessoais ou palavrões.



30 dezembro 2024

Cinema no Escurinho e parceiros escolhem os melhores filmes de 2024


Nossa Redação


O blog Cinema no Escurinho preparou sua tradicional lista com os cinco melhores e os cinco não recomendados que foram assistidos por alguns de seus colaboradores no ano de 2024. Neste primeiro post, vamos mostrar quais foram nossos preferidos. E deixar para divulgar na próxima postagem o que não indicamos

A lista dos longas que mais agradaram entre os exibidos no ano de 2024 ficou equilibrada. O brasileiro "Ainda Estou Aqui", pré-selecionado para entrar na disputa pelo Oscar 2025 de Melhor Filme Internacional, obteve o maior número de votos. 

"Robô Selvagem" - DreamWorks Animation

Na sequência estão a linda animação “Robô Selvagem" e o polêmico "Guerra Civil", com Wagner Moura e Kirsten Dunst. As duas listas respeitam a ordem de escolha do colaborador. Clicando nos links de alguns filmes é possível saber mais sobre eles e ler as críticas da equipe do blog.

Carol Cassese
- O Quarto ao Lado
- A Substância
- Ainda Estou Aqui
- Wicked
- Inverno em Paris

Eduardo Jr.
- Ainda Estou Aqui
- Wicked
- Robô Selvagem
- Guerra Civil
- Não Solte


"Guerra Civil" - Diamond Films

Filipe Matheus

Parceiro do blog Maravilha de Cinema
- Guerra Civil
- Robô Selvagem
- Sorria 2
- Ainda Estou Aqui
- As Polacas


Jean Piter Miranda
- Robô Selvagem
- Guerra Civil
- Deadpool & Wolverine
Alien: Romulus

"Deadpool & Wolverine" - Marvel

Marcos Tadeu
Parceiro do blog Jornalista de Cinema
- Robô Selvagem
- Ainda Estou Aqui
- A Substância
- Mufasa: O Rei Leão
- Guerra Civil


Maristela Bretas
- Robô Selvagem
- Guerra Civil
- A Substância
- Ainda Estou Aqui
- Deadpool & Wolverine

A categoria em que foram incluídos alguns títulos pode agradar ou não vocês, seguidores do blog. Comentem aqui o que acharam de nossas escolhas, lembrando que não serão aceitas ofensas pessoais ou palavrões.


04 novembro 2024

Suspense "Não Solte!" propõe metáfora sobre a fé e traz o mal para a luz do dia

Halle Berry é a mãe que protege os filhos de uma entidade maligna que destruiu o mundo exterior e agora os persegue (Fotos: Lionsgate)


Eduardo Jr.


"A corda é sua linha da vida". Este é o mote do longa "Não Solte!" ("Never Let Go"), do diretor Alexandre Aja. O filme chega às telonas nesta quinta-feira (7), com distribuição da Paris Filmes. Na trama, uma mãe tenta proteger os filhos da entidade maligna que destruiu o mundo exterior e espreita a casa que os protege no meio da floresta. 

No elenco, a ganhadora do Oscar, Halle Berry ("John Wick 3: Parabellum" - 2019) é a protagonista June, mãe dos gêmeos Samuel e Nolan (vividos por Anthony B. Jenkins e Percy Daggs IV, respectivamente). Os três precisam se manter conectados à casa. Para sair, só com o uso de uma corda. Se soltarem a corda e forem tocados pelo mal, a tragédia é certa. 


A história vem dividida em três atos, e começa sendo narrada por um dos filhos. Só a mãe enxerga a ameaça sobrenatural, e reforça para os filhos que o mundo lá fora acabou, ao ser consumido pela maldade. A família, unida, obedece a um ritual religioso de proteção. Mas tudo começa a mudar quando um dos gêmeos questiona aquelas verdades. Quando esse elo familiar se enfraquece, começam os problemas. 

Aí está um dos méritos de Alexandre Aja. O diretor traz a representação do mal para a luz do dia. A tensão, que em muitos filmes se apoia em cenas escuras e sustos, aqui é representada nas aparições de criaturas sob formas humanas em ambientes abertos e claros. 


O diretor parece propor uma metáfora sobre a fé, onde duvidar é sinônimo de abrir a porta para que o mal se instale e domine o mundo. Por mais inovadora que seja a proposta, o desenvolvimento deixa questões em aberto. Talvez uma continuação traga as respostas. Em resumo, "Não Solte!" não é exatamente um filme de terror, mas um bom suspense, que aborda crença e dúvida, com um final interessante.


Ficha técnica
Direção: Alexandre Aja
Produção: Lionsgate e 21 Laps Entertainment
Distribuição: Paris Filmes
Exibição: nos cinemas
Duração: 1h42
Classificação: 16 anos
País: EUA
Gêneros: terror, suspense

29 outubro 2024

"A Última Invocação" - um exorcismo da originalidade

Entidade maligna persegue casal em produção japonesa de terror (Fotos: Sato Company)


Maristela Bretas


“A Última Invocação” ("The Forbidden Play"), dirigido por Hideo Nakata, chega aos cinemas nesta quinta-feira (31) em um momento que promete tensão e sustos, mas entrega um resultado decepcionante. Apesar de sua data de estreia coincidir com o Halloween, o filme falha em evocar o medo que o gênero de terror deveria proporcionar. 

As situações bem previsíveis e a ausência de sustos genuínos frustram o espectador que busca uma experiência mais intensa. As expectativas criadas em torno do nome de Nakata, conhecido por obras como "O Chamado" e “O Chamado 2”, rapidamente se perdem.


Na trama, o protagonista Naoto Ihara (Daiki Shigeoka) vive feliz com a esposa Miyuki (First Summer Uika) e o filho Haruto (Shogaki Minato). Porém, quando ela morre em um acidente, Naoto fica inconsolável. Haruto, em negação, decide enterrar um dedo da mãe no jardim e tenta fazer um ritual de ressuscitação, rezando todos os dias. 

Mas o que retorna à vida da família é uma entidade maligna que começa a desencadear uma série de acontecimentos sombrios. Essa proposta, que poderia ser explorada de forma profunda, é tratada com superficialidade, resultando em uma narrativa que se perde na repetição de clichês do gênero.


Paralelo a isso, temos Kurasawa Hiroko (Kanna Hashimoto), ex-colega de trabalho de Naoto e que, no passado, foi apaixonada por ele. Com a morte de Miyuki, a jovem ainda carrega um trauma do passado causado por fenômenos sobrenaturais. Ela e as pessoas à sua volta passam a ser atormentados e perseguidos pela entidade que ocupa o corpo da falecida.

A falta de originalidade na construção dos sustos mina a eficácia do terror. O dedo enterrado no jardim, um símbolo carregado de significado, poderia ter sido explorado de forma mais profunda, conectando-se aos traumas dos personagens e à entidade maligna que os persegue.


No início, a impressão que passa é de que o filme está sendo gravado eme um salão. Depois a produção vai ganhando agilidade, mas pouca credibilidade, com uma narrativa que não surpreende e diálogos fracos.

Também o ambiente muito escuro em algumas cenas aumenta a dificuldade para visualizar detalhes importantes da trama. 

As decisões questionáveis dos personagens — como entrar em ambientes sombrios ou voltar a lugares perigosos — geram ainda mais frustração ao espectador. 

Especialmente aos fãs do terror que sempre esperam um susto ou um suspense de prender na cadeira. Isso ele não vai ver em "A Última Invocação", como tem acontecido em muitos filmes do gênero nos últimos tempos.


A postura machista, reafirmando uma característica da cultura japonesa, é abordada superficialmente, pelo protagonista Naoto Ihara. Ao mesmo tempo em que ele é contra o assédio a colegas, deixa claro em casa que quem cuida do filho e da arrumação do lar é a mulher. 

Quando a esposa ou a mãe dele não estão, o ambiente vira um lixão, ele se entrega ao álcool e o garoto fica sem controle e orientação sobre os riscos que está correndo ao invocar o mal.


O diretor Hideo Nakata traz para a tela muita perseguição sobrenatural a partir do desejo de vingança para justificar traumas provocados por traição, perda e luto. E apresenta como pontos positivos os efeitos visuais das aparições e a maquiagem da entidade maligna, que vai deixando um rastro de sangue e corpos por onde passa.

"A Última Invocação" é uma adaptação do romance de estreia de Shimizu Karma, “Kinjirareta Asobi”, de 2019, premiado em festival japonês. Mas apesar do talento do diretor e do esforço de todo o elenco, deixa muito a desejar.


Ficha técnica
Direção: Hideo Nakata
Produção: Toei Company
Distribuição: Sato Company
Exibição: nos cinemas
Duração: 1h50
Classificação: 16 anos
País: Japão
Gêneros: terror, suspense

28 outubro 2024

"Terrifier 3" deixa o Halloween e transforma o Natal num banho de sangue

O diretor Damien Leone retorna com Art, o Palhaço às telonas no longa mais violento da franquia (Fotos: Diamond Films)


Eduardo Jr.


Para quem achava que todo o estoque de sangue e vísceras já havia sido gasto, se prepare: "Terrifier 3" traz de volta a violência que é marca registrada do diretor Damien Leone. O longa estreia nas telonas brasileiras dia 31 de outubro, em pleno Halloween. Mas desta vez, Art o Palhaço escolheu o Natal para realizar sua vingança contra os irmãos Sienna e Jonathan (personagens de Lauren LaVera e Elliott Fullam), sobreviventes do massacre do segundo longa.


Se a queixa era a falta de um roteiro que justificasse a motivação de Art na produção original de 2016, a continuação de 2022 apresentou uma tentativa de incluir uma história, trazendo elementos de uma ligação com o sobrenatural. Agora em "Terrifier 3", distribuído pela Diamond Films, essa abordagem ganha um pouco mais de força. 

Sienna sai de um hospital psiquiátrico para conviver com alguns familiares. Mas a jovem continua abalada psicologicamente e sente que Art está prestes a terminar o que começou determinado a transformar a alegria do Natal em um pesadelo. 

A intenção de se criar uma base para a história é apresentada logo nos minutos iniciais, por meio de passagens de tempo. Um corpo decapitado é encontrado no mesmo local onde se encerra o embate entre Art e Sienna em "Terrifier 2". Ali o palhaço renasce, e não está sozinho. Vicky (Samantha Scaffidi), a desalmada alma gêmea do assassino, é outra vilã do filme. 


Depois de muito sangue, visões enigmáticas da protagonista, ratos, mais sangue e referências a filmes natalinos e de suspense (como "Psicose" - 1960, por exemplo), vai se revelando uma possessão demoníaca e um possível confronto do bem contra o mal. 

O espectador vai se perguntar (depois de algumas reviradas no estômago) sobre alguns pontos não explicados na história. Fica aberta a possibilidade de um quarto filme para amarrar ou explicar esses pontos inseridos na trama. Um novo longa, inclusive, seria uma aposta óbvia, já que a arrecadação da saga do palhaço com referências a personagens do cinema mudo não para de subir. 


Bilheterias

A franquia de Art, o Palhaço (interpretado novamente por David Howard Thornton), começou modesta, em 2016, com "Terrifier" (que no Brasil recebeu o título de Aterrorizante"). Um financiamento coletivo colocou no bolso do diretor US$ 100 mil para realizar o primeiro longa. 

A continuação de 2022, com orçamento de US$ 250 mil. "Terrifier 2" viralizou por provocar vômitos e desmaios no público e atingir US$ 15,7 milhões nas bilheterias mundiais. Os dois filmes estão disponíveis no Prime Vídeo.


Agora, com o "robusto" orçamento de US$ 2 milhões, o novo longa de Damien Leone chega fazendo barulho, arrecadando nas duas primeiras semanas de lançamento quase US$ 55 milhões no mercado global. Segundo o diretor Damien Leone, "Terrifier 3" se consagra como a maior bilheteria de um filme sem classificação. 

Com mais dinheiro, fica perceptível para quem assistiu aos anteriores que houve maior investimento nos cenários e na produção. Mas a qualidade do roteiro não melhora tanto, já que se trata de um terror B, com braços decepados e motosserras e... (esquece, não daremos esse spoiler sobre a melhor cena). É um filme menos pior que o primeiro, mas é um prato cheio para quem gosta de sangue e mortes com requintes de crueldade. 


Ficha técnica
Direção: Damien Leone
Produção: The Coven
Distribuição: Diamond Films
Exibição: nos cinemas
Duração: 2h05
Classificação: 18 anos
País: EUA
Gênero: Terror