Nova produção da Marvel Studio é uma das melhores com um dos integrantes dos Vingadores (Fotos: Marvel Studios/Divulgação) |
Maristela Bretas
Ele está mais lindo, poderoso e acima de tudo, engraçado. Com longos cabelos loiros ou usando um corte rente à cabeça, o "deus do Trovão" está de volta em seu terceiro filme - "Thor: Ragnarok", muito melhor que seu antecessor e um dos melhores dos personagens da Marvel. A novidade em relação é o tom divertido e descompromissado dado pelo diretor Taika Waititi. As piadas e comentários engraçados partem de vários personagens, principalmente de Thor (Chris Hemsworth), às vezes em excesso, mas nada que comprometa o enredo.
Cate Blanchett esbanja sensualidade e poder como a vilã Hela, deusa da Morte, com mudanças de aparências e entradas triunfais, até mesmo nas lutas contra Thor, Loki e os guerreiros de Asgard. Ao mesmo tempo, ela expõe o lado negro de Odin, que usou da violência e crueldade para dominar os reinos e se tornar o grande rei.
Além dos dois vingadores, o grande elenco de "Thor: Ragnarok" conta com nomes famosos e de peso que entregam ótimas interpretações: Idris Elba, volta como Heimdall, o guardião do portal; Jeff Goldblum é o Grão-Mestre, dominador do planeta Sakar; Anthony Hopkins, como Odin; Tessa Thompson, se destaca como a guerreira Valkyrie, e Karl Urban, como o guerreiro asgardiano Skurge.
Doutor Estranho, de Benedict Cumberbatch, faz uma aparição rápida que funciona como uma conexão entre os heróis da Marvel para a esperada estreia de "Vingadores - Guerra Infinita", prevista para 24 de abril de 2018. Stan Lee dá o seu melhor recado aterrorizando Thor e até mesmo o diretor Taika Waititi brincou bem de ator interpretando Korg, o simpático gladiador de pedra.
Preso do outro lado do universo, Thor fica sabendo que o fim de Asgard está próximo e precisa voltar para salvar seu mundo do apocalipse (Ragnarok). Mas terá de enfrentar o pior de seus inimigos, Hela, a Deusa da Morte, que quer dominar o planeta, nem que para isso precise destruir todo o povo. No entanto, Thor é jogado num planeta distante e terá de enfrentar o Grão-Mestre e o maior e mais temível de seus gladiadores. O deus do Trovão vai precisar descobrir novos poderes e contar com a ajuda de velhos e novos amigos, como Hulk, Haimdall e Valkyrie, e do irmão nada confiável Loki para vencer a batalha contra Hela e salvar seu povo.
Apesar de bem divertido, o que pode parecer estranho para alguns seguidores dos heróis Marvel, não foge do estilo. Tem muita ação, porrada, explosões, batalhas campais, raios de sobra - o Deus dos Trovões gasta bem suas energias -, uma vilã convincente e cruel que luta demais e não tem dó de matar quem se opõe às suas ordens, e um Hulk que continua bruto e destruidor, mas muito mais simpático graças aos excelentes recursos de computação gráfica.
Os efeitos visuais estão ótimos, muita cor, especialmente em Sakar e Asgard, e nas batalhas campais e na arena dos gladiadores. O espectador deve ficar atento às cenas pós-créditos: a primeira é importante e vem logo no início deles - tem a ver com o próximo filme dos Vingadores. A segunda é uma piada boba, dispensável, não compensa ficar no cinema até o final da ficha técnica. "Thor: Ragnarok" vale a pena conferir, diversão garantida.
Ficha técnica:
Direção: Taika Waititi
Produção: Marvel Studios / Walt Disney Studios
Distribuição: Disney / Buena Vista
Duração: 2h11
Gêneros: Ação / Aventura / Fantasia / Ficção
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 4 (0 a 5)
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