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28 fevereiro 2019

"A Caminho de Casa" - mais uma história de cachorro para fazer chorar e derreter corações

Bella é uma dócil pitbull que tem uma linda e forte relação de amizade e fidelidade com seu dono Lucas (Fotos: Sony Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas

O nome dela é Bella (não é Jennifer), tem quatro patas e vai derreter corações em "A Caminho de Casa" ("A Dog's Way Home"), que entra em cartaz nos cinemas nesta quinta-feira. Ela é uma filhote de pitbull muito fofa, que vai contar sua história, feita de momentos tristes, alegres e de muitas aventuras, em 96 minutos de produção que devem provocar lágrimas em muitos durões. Mas não se preocupe, o final é feliz (desculpe pelo spoiler).

A partir de um trauma difícil de esquecer, Bella irá descobrir novos caminhos e amigos que serão muito importantes nas horas de aperto. O maior e mais importante, que faz com que nunca desista é Lucas (Jonah Hauer-King), um jovem estudante voluntário num hospital de veteranos que salva Bella de um terreno abandonado onde vivia com uma família de gatos. Com novo lar, a doce pitbull só conhece e proporciona alegrias, a seu dono e a todos a sua volta, inclusive a mãe de Lucas (papel de Ashley Judd), uma veterana de Guerra.

Enquanto vai narrando sua história - na versão original a voz é de Bryce Dallas Howard ("Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros" - 2015 e "Jurassic World: Reino Ameaçado" - 2018), Bella vai crescendo e descobrindo que há pessoas más, como o fiscal do Departamento de Controle Animal que pretende prendê-la a qualquer custo. Temendo ficar sem seu cão, Lucas concorda em mandá-la para uma cidade a 600 quilômetros de distância. Bella não entende a separação e decide que só será feliz ao lado de sua família. 

Para isso deverá enfrentar uma longa jornada, cheia de perigos, aventura e aprendizado. Ou seja, tire o lencinho e prepare para curtir mais um filme de cachorro feito a partir da obra literária de W. Bruce Cameron, autor do best-seller "Quatro Vidas de um Cachorro" (2017), que está aproveitando o filão dos filmes de cães com humanos. Cameron é também o roteirista e produtor do filme. 

A afinidade entre Lucas e Bella deixam as cenas ainda mais emocionantes, apesar de serem vários animais interpretando a protagonista canina. "A Caminho de Casa" é um filme de sessão da tarde, feito pra família, mas que vai agradar o público dos 8 aos 80. Tem uma bela trilha sonora e paisagens bem interessantes de diferentes locais no sul dos Estados Unidos por onde Bella passa em seu trajeto. Vale o ingresso e o balde de pipoca.


Ficha técnica
Direção: Charles Martin Smith
Produção: Columbia Pictures / Bona Film Group
Distribuição: Sony Pictures
Duração: 1h36
Gêneros: Aventura / Drama / Família
País: EUA
Classificação: Livre
Nota: 3 (0 a 5)

Tags: #ACaminhoDeCasa, #ADogsWayHome, #AshleyJudd, JonahHauer-King, #drama, #aventura, #familia, @SonyPictures, #ColumbiaPictures, @EspaçoZ, @cineart_cinemas, @cinemanoescurinho, #cinemaescurinho

26 janeiro 2018

"Maze Runner - A Cura Mortal" é o encerramento da trilogia que os fãs aguardavam

 
Dylan O´Brien e sua turma de fugitivos Clareanos se unem para acabar de vez com a organização criminosa C.R.U.E.L. (Fotos: 20th Century Fox/Divulgação)

Maristela Bretas


"Maze Runner - A Cura Mortal" ("Maze Runner: The Death Cure") completa bem a trilogia com muita ação, os atores jovens entregando interpretações bem melhores em seus papéis, especialmente Dylan O´Brien, e um cenário futurista catastrófico muito bem elaborado. Como era esperado, a saga retorna às origens para concluir e explicar o ciclo que começou no labirinto em ""Maze Runner - Correr ou Morrer" (2014).

E não adianta achar que assistindo o terceiro vai entender totalmente a história. Para quem não conhece a saga será uma boa opção de entretenimento nos gêneros ação e ficção científica. Mas o risco é grande de sair "boiando" no cinema e perguntando depois como tudo começou até chegar naquele ponto. Vi isso acontecer na pré-estreia em BH. O ideal é ter acompanhado desde o primeiro, seja no cinema ou pela coleção literária escrita por James Dashner, para poder entender a trilogia, o papel de cada personagem, suas ligações e o destino reservado para cada um deles na trama.

As cenas de ação e os efeitos visuais dominam o filme e compensam o ingresso. São tão bons quanto os anteriores da saga. Desde as primeiras cenas tudo acontece em ritmo bem acelerado, com resgates, perseguições e batalhas surpreendentes, a começar pela inquietante cena de abertura. Claro que há muitos diálogos clichês, que são tão previsíveis que poderiam ser eliminados de tão conhecidos. Mas nada que comprometa o bom andamento do filme.

Além de Dylan O´Brien (no papel de Thomas), também se destacam Kaya Scodelario, que interpreta Teresa, ex-integrante que traiu o grupo de fugitivos, Thomas Brodie-Sangster (Newt), Will Poulter (Gally), Rosa Salazar (Brenda) e Giancarlo Esposito (Jorge). Aidan Gillen, como o vilão Janson, continua mais convincente que Patrícia Clarkson, no papel da cientista Ava Paige, comandante da poderosa agência C.R.U.E.L.

O terceiro filme retoma a história de onde parou o segundo episódio da franquia, "Maze Runner - Prova de Fogo" (2015). Os atores originais são mantidos, com alguns retornos surpreendentes e necessários para a conclusão. 
Thomas vai tentar resgatar seu amigo Minho (Ki Hong Lee), levado pela C.R.U.E.L. para servir de cobaia na busca da cura para uma praga que está dizimando a humanidade. Em sua missão, ele vai reencontrar velhos amigos e inimigos e terá de contar com a ajuda de todos para impedir que a organização criminosa elimine todos que vivem fora dos muros de sua fortaleza, a lendária e mortal Ultima Cidade.

Com 2h22 de duração, "Maze Runner - A Cura Mortal" é longo demais e mesmo assim ainda deixa alguns buracos sem explicação. Acredito que os fãs dos livros (e da própria versão cinematográfica) vão gostar bastante da forma como o filme foi conduzido pelo diretor Wes Ball, que soube explorar e valorizar bem o perfil dos personagens de cada um dos jovens. Vale a pena conferir no cinema.



Ficha técnica:
Direção: Wes Ball
Produção: 20th Century Fox
Distribuição: Fox Film do Brasil
Duração: 2h22
Gêneros: Ficção científica / Ação /Aventura
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 3,8 (0 a 5)

Tags: #MazeRunnerACuraMortal, #MazeRunner, @WesBall, @DylanOBrien, @KayaScodelario, #ação, #ficção, #aventura, #CRUEL, #labirinto, @FoxFilmdoBrasil, @espaçoz, @cinemas.cineart, @cinemanoescurinho

24 janeiro 2018

"O Destino de uma Nação", uma biografia que consagra a atuação de Gary Oldman

Winston Churchill é o grande primeiro-ministro britânico que deixou sua marca na história mundial (Fotos: Universal Pictures)

Maristela Bretas


Um Winston Churchill que mescla indecisão e prepotência, que recebeu uma grande interpretação de Gary Oldman. É o que apresenta "O Destino de uma Nação" ("Darkest Hour") um dos concorrentes ao Oscar deste ano. É o ator que dá vida e força ao filme, arrastado em alguns momentos, uma vez que foca nas negociações do então primeiro- ministro britânico indesejável Winston Churchill para um possível acordo de paz com a Alemanha nazista.

Gary Oldman está irreconhecível com a excelente maquiagem feita para o personagem (que pode levar uma estatueta) e assumiu tão bem o papel que chegou a ter problemas de saúde por causa dos inúmeros charutos que precisou fumar, como fazia Churchill. Ele é o centro de tudo, seu personagem é forte, prepotente, às vezes irônico e apaixonado pela mulher e filhos, quase um ser humano normal. Não sei se o original era assim, mas convenceu.

Muito diferente do apresentado por Brian Cox, que também viveu o estadista em "Churchill", filme britânico-americano dirigido por Jonathan Teplitzky, lançado em 2017, que eu recomendo assistir. Assim como "Dunkirk", de Christopher Nolan, do mesmo ano, que vai explicar o outro lado do conflito. Uma das melhores produções de guerra dos últimos anos e que também disputa o Oscar de Melhor Filme.

Como produção, "O Destino de uma Nação" brilha no roteiro, atuações e direção, com ótima reconstituição de época e locações, aprofundando mais nas negociações do conflito e nas estratégias do que na própria guerra. A preocupação em quem colocar no lugar do primeiro-ministro incompetente destituído e a escolha daquele que deveria descascar a batata quente do acordo é o tema principal.

Além de Oldman, Kristin Scott Thomas está muito bem no papel de Clementine, esposa do primeiro-ministro, apaixonada, companheira, mãe dos filhos e... só. Já Miranda Richardson, a mesma personagem em "Churchill" fez um papel mais intenso, não abaixava a cabeça para o poder do marido e o enfrentava quando era preciso, tanto nas questões do casamento quanto nas de estado. O restante do elenco de "O Destino de uma Nação" entrega ótimas interpretações e garantem um dos melhores filmes biográficos do ano.

A trama gira em torno de Winston Churchill (Gary Oldman) colocado no cargo de primeiro-ministro de uma Grã-Bretanha ameaçada de ser invadida pela Alemanha nazista. Com as tropas encurraladas em Dunquerque (França) e os aliados França e Bélgica dominados, ele deve definir se aceita ou não o acordo de paz com Hitler. Mas o grande estrategista é contra a rendição e provoca a ira dos inimigos políticos pela forma como pretende conduzir suas tropas e conquistar o apoio do povo britânico e dos demais aliados.



Ficha técnica:
Direção: Joe Wright
Produção: Focus Features / Perfect World Pictures / Working Title
Distribuição: Universal Pictures
Duração: 2h05
Gêneros: Drama / Biografia / Histórico
País: Reino Unido
Classificação: 12 anos
Nota: 4 (0 a 5)

Tags: #ODestinodeumanacao, #DarkestHour, #WinstonChurchill, @GaryOldman, @KristinScottThomas, @LilyJames, #Dunkirk, #SegundaGuerraMundial, #DiaD, @JoeWright, @espaçoz, @cinemas.cineart, @cinemanoescurinho

06 janeiro 2018

"Jumanji: Bem-Vindo à Selva", uma nova aventura no estilo dos bons videogames

Jack Black, Nick Jonas, Karen Gillan, Dwayne Johnson e Kevin Hart são transportados para o misterioso game e assumem novas e divertidas identidades (Fotos: Sony Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Dwayne Johnson (que agora não gosta de ser chamado de "The Rock") acertou mesmo a mão nos filmes de comédia com grandes lances de ação e aventura. A nova aposta do grandalhão mais bem pago de Hollywood é o remake "Jumanji: Bem-Vindo à Selva", uma versão no estilo videogame, que tem muito pouco a ver com o ótimo filme original de 1995 com Robin Williams e Kristen Dunst, mas que vale como diversão. Não vá com a expectativa de uma continuação, ele está mais para um upgrade de game e o roteiro explorou bem isso.

No primeiro filme, a ação se passa no presente e está toda ligada a um jogo de tabuleiro que faz as coisas acontecer a cada jogada. Neste, o tabuleiro dá lugar ao videogame, mesmo que de um modelo ultrapassado, e tudo é jogado no passado, mas usando e abusando dos recursos da moderna tecnologia. Os personagens são clichês de High School - nerd, garota tímida, patricinha e jogador de futebol americano. Eles vão dar lugar aos famosos heróis e estrelas do cinema, numa transformação bem divertida. Quase uma comédia pastelão.

Os quatro jovens não só são transportados para o jogo, como fazem a ação acontecer, cada um no corpo de um avatar escolhido a partir de características que eles gostariam de ter, além de seus poderes. Esta escolha, inclusive é um dos pontos divertidos da história. A partir daí está formada a confusão. O longa tem muita ação, vários efeitos visuais e segue as regras de todo game, com vidas, missões, armas, vilões e muito perigo.

Além de Johnson, outro que garante bons e divertidos momentos como sempre é Jack Black, interpretando Dr. Shelly Oberon, um professor baixinho, barrigudo, de meia idade, especialista em cartografia. Kevin Hart, apesar de continuar estridente e cansativo, dá conta do recado como Moose Finbar, o zoólogo auxiliar do Dr.Smolder Bravestone, papel de Dwayne Johnson.


Ruby Roundhouse, que luta demais e é chamada de "a matadora de homens", é interpretada por Karen Gillan, uma cópia mais modesta de Lara Croft. Como num videogame, Nigel, papel de Rhys Darby, é o guia que recebe o grupo e dá as orientações sobre a missão que terão que cumprir. E para completar o time de aventureiros, Nick Jonas, do trio musical Jonas Brothers (2005-2013). Ele interpreta Alex/Jefferson "Seaplane" McDonough, o piloto, também sugado para o jogo.

"Jumanji: Bem-Vindo à Selva" erra na caracterização do vilão Van Pelt. Não pelo ator, Bobby Cannavale mas pela forma fraca como o personagem foi criado. Ele não convence, principalmente pelos tipos que hoje dominam os jogos. Mas não compromete muito o roteiro. Se não fosse parte da missão, seria descartável.

Na história, durante um castigo imposto pelo diretor da escola, quatro estudantes resolvem jogar o game "Jumanji - Bem Vindo à Selva" e acabam sugados para dentro dele. Fridge (papel de Ser´Darius Blain) é o jogador de futebol americano que mais parece um armário aberto e que se transforma no tagarela e baixinho Kevin Hart. Seu melhor amigo, o tímido e franzino Spencer (Alex Wolff) vai ceder o corpo ao musculoso Dwayne Johnson. 


Martha (Morgan Turner) a jovem nerd sem graça ganha agilidade e bela forma física no avatar de Karen Gillan. Mas a melhor e mais divertida transformação é a de Bethany, a bela adolescente patricinha interpretada por Madison Iseman, que surge como Jack Black, sem perder a pose e os trejeitos.

Os quatro personagens terão de cumprir a missão de devolver uma pedra poderosa que comanda toda a floresta a seu local de origem e só assim conquistarem o direito de sair do jogo. Mas vão encontrar pelo caminho animais perigosos como cobras, hipopótamos, rinocerontes e jaguares e precisarão se unir e utilizarem os poderes de seus avatares o que acontece sempre de uma maneira bem engraçada. Recomendo "Jumanji - Bem Vindo à Selva", uma boa e descontraída opção, principalmente nas férias.



Ficha técnica:
Direção: Jake Kasdan
Produção: Sony Pictures / Columbia Pictures
Distribuição: Sony Pictures
Duração: 1h59
Gêneros: Fantasia / Ação / Aventura
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 3,5 (0 a 5)

Tags: #Jumanji-Bem-Vindo-A-Selva, #Jumanji-Welcome-to-the-jungle, @DwayneJohnson, @JackBlack, @KevinHart, @NickJonas, @KarenGillan, #fantasia, #aventura, #acao, @cinemas.cineart, @espaçoz, @cinemanoescurinho

27 dezembro 2017

"O Rei do Show" tem boas atuações e trilha sonora emocionante mas repetitiva


Cenas do musical são bem feitas, muita cor e a presença marcante de Hugh Jackman no papel principal  (Fotos: 20th Century Fox / Divulgação)

Maristela Bretas


Hugh Jackman está de volta em mais um musical e repete outra uma grande atuação em "O Rei do Show" ("The Greatest Showman"), que conta a história de P.T. Barnum, um dos empresários norte-americanos mais polêmicos do mundo do entretenimento que viveu de 1810 a 1891. Numa versão bem romanceada da história deste ganancioso aproveitador das deficiências físicas como elenco de seu espetáculo, o filme é bem conduzido. 


O diretor Michael Gracey soube explorar o lado visionário do famoso showman, que marcou seu nome no show business "por fazer a diferença e não se conformar em ser igual ao resto", como costumava dizer. 
No elenco bizarro de Barnum, o mérito maior fica para Keala Settle, a Mulher Barbada, que se destaca pela interpretação e voz. Outras duas ótimas atrizes dividem a atenção do galã - Rebecca Ferguson, que precisou de dubladora para interpretar a cantora Jenny Lind, chamada de "Rouxinol Sueco", e Michelle Williams, que até tentou, mas sua voz não segurou nas cenas musicais de sua personagem, Charity Barnum.


Enquanto Jackman é disputado por duas mulheres (por motivos óbvios), Zac Efron, no papel de Phillip Carlyle, sócio de Barnum, e a cantora/atriz/dançarina/modelo Zendaya, como a trapezista Anne Wheeler, formam um casal sem química, salvo por uma das mais belas cenas do filme, quando interpretam a linda canção "Rewrite the Stars".

E a trilha sonora é digna de premiação, com belas canções de Benj Pasek e Justin Paul e arranjo impecável. Encanta e emociona, especialmente "The Greatest Show" (música-tema) e "Never Enough" (interpretada com perfeição por Loren Allred, dubladora de Ferguson). O único pecado foi a repetição excessiva de algumas delas. Mas por serem tão boas, dá para relevar. Também o figurino e reprodução de época foram bem trabalhados.

A história se passa no século XVIII, contando a trajetória de Phineas Taylor Barnum, mais tarde conhecido como P.T. Barnum, um jovem de origem humilde, filho de alfaiate, que se apaixona pela filha de um dos clientes. Ambicioso, traça como objetivo na vida casar com a jovem e se tornar rico e famoso, custe o que custar. Mesmo que com isso precise usar e explorar a deficiência de pessoas rejeitadas pela sociedade para montar seu Museu de Curiosidades, que depois se transformou num grande circo de bizarrices. 


Considerado pela crítica uma fraude e chamado de "O Príncipe do Embuste", Barnum usa isso para atrair centenas de pessoas para seu show. Por ambição, em troca de fama e reconhecimento pelos ricos, decide promover uma turnê pelos EUA da cantora Jenny Lind e abandona todos aqueles que o apoiavam, inclusive sua família. Mas os rumos da vida vão ensinar-lhe duras lições. 

No mundo do show business P.T. Barnum é lembrado por promover as mais famosas fraudes e por fundar o circo que viria a se tornar o Ringling Bros. and Barnum & Bailey Circus, em Nova York.



Ficha técnica:
Direção: Michael Gracey
Produção: 20th Century Fox
Distribuição: Fox Film do Brasil
Duração: 1h45
Gêneros: Musical / Drama
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 3,5 (0 a 5)

Tags: #OReidoShow, @RealHughJackman, #PTBarnum, @RebeccaFerguson, @MichelleWilliams, @ZacEfron, @Zendaya, #musical, #drama, @FoxFilmdoBrasil, @cinemas.cineart, @espaçoz, @cinemanoescurinho

23 dezembro 2017

Atrapalhados e divertidos, Tadeo e seus amigos tentam desvendar "O Segredo do Rei Midas"

Cenas mais engraçadas ficam por conta do herói e da velha amiga Múmia, que reaparece nesta segunda aventura (Fotos: Paramount Pictures/Divulgação)

Mirtes Helena Scalioni


A aventura continua e neste caso, assistir ao primeiro filme ajuda bastante a conhecer melhor quem é Tadeo Jones (na versão dublada ele se chama Tadeo Stones), o atrapalhado pedreiro que sonha em ser arqueólogo e sempre se mete em confusões. Ele está de volta em "As Aventuras de Tadeo 2: O Segredo do Rei Midas" ("Tadeo Jones 2: El secreto del Rey Midas"), em cartaz nos cinemas para divertir nestas férias a garotada acima de cinco anos, que vai entender e aproveitar melhor o filme.

A animação espanhola segue a linha do filme anterior - "As Aventuras de Tadeo" -, com uma história simples, sem oferecer nada além de diversão e trapalhadas do herói. O filme é bem colorido, com boas reproduções dos locais onde a aventura acontece e os personagens conseguem ganhar a simpatia do público infantil. 

Usando um chapéu estilo Indiana Jones e adotando o sobrenome do famoso herói interpretado por Harrison Ford na versão original, o jovem Tadeo volta a trabalhar em uma obra e continua sonhando com grandes descobertas. 
A nova aventura começa em Las Vegas após um convite da arqueóloga Sara Lavrof, sua grande paixão. Ele irá acompanhar a apresentação do papiro que pode indicar onde estaria escondido o colar de Midas, pertencente ao rei que transformava tudo o que tocava em ouro. 

Prestes a viajar, Tadeo é surpreendido por uma visita inesperada e louca por água – tanto que bebe tudo o que vê pela frente. Múmia, velha conhecida da aventura passada, conta a ele o que aconteceu desde o último encontro. Para piorar, durante o evento, Sara é raptada pelo vilão Jack Rackham. O aspirante a arqueólogo parte a sua procura, tendo como ajudantes seu fiel cão Jeff, a estagiária Tiffany, Belzoni (o papagaio mudo de Sara) e a destrambelhada e desidratada Múmia, que garante as cenas mais engraçadas da animação, principalmente quando usa fantasias.




Ficha técnica:
Direção: Enrique Gato
Produção: Telecinco Cinema
Distribuição: Paramount Pictures
Duração: 1h26
Gêneros: Animação / Comédia / Aventura
País: Espanha
Classificação: Livre
Nota: 3 (0 a 5)

Tags: #AsAventurasdeTadeo2OSegredodoReiMidas, @EnriqueGato, #animação, #comedia, #aventura, @ParamountPictures, @cinemas.cineart, @espaçoZ, @cinemanoescurinho

07 dezembro 2017

"Extraordinário", uma lição de vida que sacode os sentimentos

Depois de "O Quarto de Jack", o jovem Jacob Tremblay brilha novamente no papel do cativante Auggie Pulmann (Fotos: Lionsgate Films/Divulgação)

Maristela Bretas


Poderia ser simplesmente mais um filme meloso, sobre uma criança com uma deformidade facial que sofre bullying na escola. Mas "Extraordinário" ("Wonder") foi muito além e dá uma sacudida nas emoções. Ele faz a gente rir, chorar, ficar com raiva quando o garoto é ameaçado e ao mesmo tempo sentir orgulho, pela forma como ele enfrenta o mundo preconceituoso. O filme estreia nesta quinta-feira nos cinemas e vale muito a pena ser visto. por pais e filhos juntos. 

O filme é baseado no best-seller mundial homônimo, da escritora R.J. Palacio. O livro narra, com algumas alterações a história verdadeira do menino August Pullman, que nasceu com uma síndrome genética que lhe causou deformidade facial. Mesmo após passar por 27 cirurgias plásticas que lhe permitiram ouvir, enxergar e falar melhor, ele ainda sofre com o preconceito. Para muitos, essa história já faria desistir de ver o filme ou ler o livro. 

Grande engano. O resultado dessa jornada de superações é capaz de mexer com a emoção de muita gente. E a escolha do jovem Jacob Tremblay, de "O Quarto de Jack", foi muito acertada para o papel de Auggie (como August era chamado pelos pais e amigos), que contou com uma maquiagem surpreendente. Ele está excelente e conta ainda com pais de renome ao seu lado - Julia Roberts (sempre ótima, como Isabel, a mãe superprotetora que não quer ver o filho sofrer) e Owen Wilson (no papel de Nate, o pai alegre, boa praça, divertido e que sempre tenta mostrar o lado bom da vida para o filho).

A jovem Izabela Vidovic, que interpreta Via, irmã de Auggie também entrega uma boa interpretação, como a adolescente que ama o irmão, mas sofre por receber menos atenção dos pais por causa da doença dele. Sônia Braga, apesar de constar no cartaz brasileiro como forma de atrair público, faz apenas uma ponta como avó de Auggie e Via. O elenco mirim também cumpre bem o seu papel tanto os que criticam e humilham Auggie quanto os que se tornam seus amigos, especialmente Jack Will, interpretado por Noah Jupe. Até a cachorrinha Dayse merece destaque.

Auggie é um menino especial em todos os sentidos: divertido, sensível, inteligente, amoroso, criativo e fã de "Star Wars". Os personagens da saga são seus maiores aliados nos momentos difíceis do mundo real, principalmente Chewbacca, o defensor das horas de aperto. O capacete de astronauta é sua armadura para enfrentar o mundo, já que impede que as pessoas vejam seu rosto coberto de cicatrizes . Assim elas não podem criticar nem zombar dele.


“Extraordinário” conta a emocionante história de August Pullman, um menino de 10 anos que sempre estudou em casa por causa de uma deficiência facial. Agora ele terá de deixar a segurança de sua casa, onde é um herói e sonha se tornar um astronauta, para frequentar a 5ª série de uma escola convencional, com todos os desafios e preconceitos desta faixa de idade, extremamente cruel. E para vencer esta jornada ela vai precisar contar ainda mais com sua família, professores e novos amigos.

Claro, não poderiam faltar as frases de efeito, comuns em um drama como este, mas nada que comprometa o enredo, muito bem conduzido pelo diretor Stephen Chbosky ("As Vantagens de Ser Invisível"). É pra chorar? Com certeza e sem vergonha de levar um lencinho para o cinema. A história é linda, emocionante e a atuação de todo o elenco contribui para ser um filme "Extraordinário". Além de ter uma boa trilha sonora. O filme é uma lição de vida, para adultos e crianças, mostrando a importância de aceitar e respeitar as pessoas como elas são.



Ficha Técnica
Direção e roteiro: Stephen Chbosky
Produção: Lionsgate / Mandeville Films
Distribuição: Paris Filmes
Duração: 1h53
Gêneros: Família / Drama
País: EUA
Classificação: 10 anos
Nota: 4,5 (0 a 5)

Tags: #Extraordinario, #Wonder, @JuliaRoberts, @OwenWilson, @JacobTremblay, @AuggiePullman, #família, #drama, #emocionaediverte, #filmefamilia, @ParisFilmes, @cinemas.cineart, @espaçoZ, @CinemanoEscurinho

29 novembro 2017

Uma aventura animal guiada pela "Estrela de Belém"

O nascimento de Jesus é o pano de fundo desta linda animação onde humanos são os coadjuvantes (Fotos: Sony Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


A história do nascimento de Jesus que deu origem ao Natal é conhecida por todos. Mas a Sony achou uma forma de contar o nascimento de Jesus e explicar alguns dos costumes que surgiram na data. E foi ouvir como tudo aconteceu pela boca dos animais que participaram desta aventura e ajudaram para que tudo desse certo. Assim nasceu "A Estrela de Belém" ("The Star"), que estreia nesta quinta-feira nos cinemas, é uma animação leve, divertida e quase didática, indicada para crianças acima de seis anos, mas que vai encantar os adultos.

Os personagens são bem conhecidos e estavam todos ao redor da manjedoura, no estábulo onde Jesus nasceu. O burrico que carregou Maria até a cidade de Belém, as ovelhas, os cavalos, vacas, camelos e até uma pombinha. Pois são eles os heróis desta história, que tem Bo, o burrico, e Davi, a pomba, como personagens principais.

Tudo começa com o jovem Bo tentando fugir do estábulo onde passa dia após dia fazendo o moinho funcionar, ao lado de outro asno. Seu maior amigo é Davi, que o ajuda nos planos e na fuga. Mas tudo muda quando Bo se esconde de seu dono na casa de Maria e José, recém-casados. O que Bo não imaginava era que sua nova dona estava grávida de Jesus e que a chegada do filho de Deus se tornaria uma grande aventura, cheia de perigos, desde a perseguição do rei Herodes ao casal e seu bebê ao nascimento daquele que mudou o mundo.

Além dos nossos amiguinhos de quatro patas e asas, "A Estrela de Belém" também conta com personagens bem engraçados, mesmo quando são vilões que caçam Maria, José e o bebê. Como o pitbull trapalhão, companheiro de coleira de um feroz cão que mais parece um lobo. Ou os camelos Deborah, Cyrus e Félix, que carregam os três reis magos que seguem a estrela brilhante. Tem também uma ratinha fofoqueira e a ovelha Ruth, que não para de falar um minuto e se junta ao grupo durante a jornada.


A animação é bem colorida, os personagens são cativantes e até mesmo crianças menores param para prestar atenção no que eles estão falando ou fazendo. Mariah Carey canta a linda música-tema "The Star" junto com os filhos. A trilha sonora conta ainda com a participação das Fifth Harmony, de Zara Larsson, da cantora gospel Yolanda Adams, da dupla Great Big World, das bandas Saving Forever e Casting Crowns (cristã de soft rock) e de vários outros músicos.

Uma boa diversão para ser feita em família e uma chance de os pais ensinarem o que representa o verdadeiro espírito de Natal. Apesar de ser tão conhecida, esta história ainda emociona muito, até mesmo quando contada para um público infantil. Vale a pena conferir.



Ficha técnica:
Direção: Timothy Reckart
Produção: Sony Pictures Animation / Columbia Pictures / Walden Media / Affirm Films
Distribuição: Sony Pictures
Duração: 1h26
Gêneros: Animação / Aventura / Família
País: EUA
Classificação: 6 anos
Nota: 3,5 (0 a 5)

Tags: #AEstreladeBelem, #mariaejose, #nascimentodeJesus, #Natal, #reismagos, @SonyPicturesAnimation, #animação, #aventura, #programadefamilia, @espaçoz, @cinemas.cineart, @CinemanoEscurinho

28 novembro 2017

Um "Boneco de Neve" incompleto, sustentado pela fotografia, trilha sonora e bons atores

Michael Fassbender e Rebecca Ferguson são os protagonistas desta adaptação para o cinema da obra literária de Jo Nesbo (Fotos: Universal Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


O escritor norueguês Jo Nesbo deve estar arrependido por ter aceitado a adaptação para o cinema do seu best-seller, "Boneco de Neve" ("The Snowman"), escrito em 2007, o sétimo de 11 títulos da série com o policial bêbado Harry Hole. O diretor sueco Tomas Alfredson soube explorar bem a fotografia com belas locações, uma boa trilha sonora e atores que desempenharam bem seus papéis - Michael Fassbender e Rebecca Ferguson, mas trabalhou com um roteiro capenga.

Três roteiristas fizeram o trabalho e não conseguiram chegar ao produto esperado, que deveria, ao menos, usar melhor o que o livro oferecia. Mas até o final de alguns personagens foi mudado, o que desagradou diversos fãs da obra. A história ficou uma colcha de retalhos mal costurada, com furos e pontos soltos em diversas sequências que deixam o público confuso, mesmo aqueles que não leram o livro.


Apesar de a fotografia ser um dos pontos fortes, "Boneco de Neve" tem pouca ação e a ambientação em montanhas cobertas de gelo, onde o branco e o cinza prevalecem, chega a causar tristeza e angústia. O boneco de neve que dá título ao filme é mal feito mas assustador, principalmente quando usado como parte das vítimas.

Michael Fassbender está bem, dentro do possível e do que as falas de seu personagem oferecem. Ele é Harry Hole, um policial que um dia foi modelo em solução de casos. Mas hoje vive bêbado, sem perspectiva, caído na sarjeta, separado da mulher e do filho e desacreditado pelos colegas de trabalho. Rebecca Ferguson também sofre com o roteiro fraco mas oferece boa atuação como a policial Katrine Bratt, parceira de Hole.


O público pode se assustar com Val Kilmer, que um dia foi um dos bonitões do cinema e está irreconhecível em "Boneco de Neve", no papel do ex-policial alcoólatra Gert Rafto. O elenco conta também como nome conhecidos como J.K. Simmons (como o milionário Arve Stap), Charlotte Gainsbourg (como Rakel Fauke, ex-mulher de Hole), Davide Dencik, Jonas Karlsson, James d´Arcy e Chloë Sevigny.

A ação se passa em Oslo, na Noruega. Harry Hole é um policial que foi um dos melhores da corporação mas que agora sofre com o alcoolismo. Ele começa a trabalhar com a nova parceira, a novata Katrine Braft na investigação do desaparecimento de uma série de mulheres. 
O suspeito começa a enviar bilhetes para Harry com a imagem de um boneco de neve, que está sempre presente nos locais onde as vítimas são atacadas. Sem que Hole saiba, Katrine investiga também uma rede de prostituição de jovens que pode estar ligada a um grande empresário local.

Uma pena que o roteiro cinematográfico não tenha conseguido seguir a mesma linha e causar o impacto do livro. Escrito há seis mãos, ele se perdeu e deixou passar a oportunidade de se tornar um dos grandes sucessos deste ano no gênero suspense policial. Entrou para a lista das opções de melhor ficar só com o livro.



Ficha técnica:
Direção: Tomas Alfredson
Produção: Universal Pictures / Working Title Films
Distribuição: Universal Pictures
Duração: 1h59
Gêneros: Suspense / Policial
Países: Reino Unido / EUA / Noruega
Classificação: 16 anos
Nota: 3 (0 a 5)

Tags: #BonecodeNeve, #TheSnowman, @JoNesbo, @MichaelFassbender, @RebeccaFerguson, #romancepolicial, #suspense, #Noruega, @UniversalPictures, @cinemas.cineart, @espaçoz, @cinemanoescurinho

22 novembro 2017

"A Vilã", drama bom, de violência extrema, que jorra sangue como um videogame

Produção sul-coreana foi selecionada para a Sessão da Meia Noite do 70º festival de Cannes (Fotos: Divulgação)

Maristela Bretas


Violento e sanguinário do início ao fim, "A Vilã" (Ak-Nyeo" ou "The Villaines") assusta quem não está preparado para a carnificina mas tem uma boa história. O diretor Jung Byung-gil conduziu bem o drama da vida da personagem principal, desde a infância mostrada em flashbacks até a vingança na fase adulta. A matança generalizada desta produção sul-coreana faz com que expectador se sinta jogando o game "Doom", numa escala bem mais radical.

Esta nova modalidade de filme de ação, no entanto, ganhou destaque entre os críticos internacionais e foi um dos selecionados oficialmente para a Sessão da Meia-Noite do 70º Festival de Cannes. Feito em menos de quatro meses (de 18 de outubro de 2016 a 12 de fevereiro de 2017, "A Vilã" foi lançado primeiro na Coreia do Sul em junho último.

As câmeras instaladas em pontos estratégicos - nos atores ou dublês, nas motos e carro -, colocam o expectador no mesmo plano da ação, seja na luta no início do filme (chega a dar tonteira) quanto nas perseguições com veículos. São sequências de ação frenéticas, com imagens que chegam quase a parecer reais, pouco vistas no cinema. Até a lente das câmeras ficam respingadas de tinta vermelha de sangue que espirra das vítimas.

"A Vilã" se desenrola na maior parte do tempo num ambiente sombrio, de pouca cor, que combina bem com a protagonista e nada mocinha Sook-hee, interpretada por Kim Ok-vin. Uma sul-coreana que além de bonita luta demais, mata demais e deixa muito coreano aos seus pés - literalmente. Nas principais sequências de ação ela dispensou o dublê. Também no elenco um dos famosos atores sul-coreanos do momento, Shin Ha-kyun (faz o papel do marido dela Joong-sang), além de Bang Sung-jun (namorado de Sook-hee) e Kim Seo-hyung (Kwon, chefe da agência de Inteligência Sul-coreana).

O filme conta a história de Sook-hee, uma menina treinada desde a infância para ser uma assassina sanguinária e vê uma chance de mudar sua vida ao ser recrutada por Kwon. Ela aceita um acordo de trabalho que a libertará do árduo ofício depois de dez anos de serviço. Com nova identidade, ela agora se chama Chae Yeon-soo, é uma atriz de teatro e tem uma filha. Mas mesmo depois de cumprir o prazo e recomeçar a trilhar uma rotina normal, a jovem tem seu passado descoberto com o aparecimento de dois homens.

Para os apreciadores de filmes e games violentos, "A Vilã" pode surpreender e agradar bastante por seu estilo chuta, bate, corta, degola, decepa e coisas do gênero. E dá-lhe sangue jorrando.



Ficha técnica:
Direção, roteiro, dialoguista: Jung Byung-gil
Produção: Next Entertaiment World / Apeitda Production / Jung Byung-gil Films
Distribuição: Paris Filmes
Duração: 2h09
Gêneros: Ação / drama
País: Coreia do Sul
Classificação: 16 anos
Nota: 3 (0 a 5)

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18 novembro 2017

Divulgado o primeiro trailer de "Rampage - Destruição Total", com Dwayne Johnson

Filme conta a amizade de um primatologista e um gorila, que é exposto a um experimento genético (Foto: Warner Bros. Pictures/Divulgação)

Da Redação


A Warner Bros. Pictures divulgou o primeiro trailer da aventura de ação "Rampage – Destruição Total", estrelada por Dwayne Johnson e dirigido por Brad Peyton, com história de Ryan Engle, baseado no jogo de videogame “Rampage”. O vídeo mostra o primatologista Davis Okoye (Johnson), um homem solitário que tem uma amizade inabalável com George, um gorila extremamente inteligente que está sob os seus cuidados desde que nasceu.

O contato com um experimento genético não autorizado transforma o gentil primata em uma criatura feroz e de tamanho descomunal. Para piorar as coisas, mutações similares também atingiram outros animais. Okoye se une a uma geneticista desacreditada, interpretada pela atriz indicada ao Oscar, Naomie Harris, para desenvolver um antídoto e tentar impedir uma catástrofe mundial e salvar George. 

No elenco estão ainda Malin Akerman (série de TV “Billions”), Jake Lacy (série de TV “Girls”), Joe Manganiello (série de TV “True Blood”), Jeffrey Dean Morgan (série de TV “The Walking Dead”), P.J. Byrne (“O Lobo De Wall Street”), Marley Shelton (“Presságios de um Crime”), Breanne Hill (“Terremoto – A Falha de San Andreas”), Jack Quaid (“Jogos Vorazes – Em Chamas”) e Matt Gerald (da série de TV “Demolidor”). ‘Rampage: Destruição Total’ está previsto para estrear no Brasil no dia 19 de abril de 2018.


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14 novembro 2017

"Victória e Abdul - O Confidente da Rainha" - Para rir e pensar

Judi Dench e Ali Fazal interpretam o improvável casal de amigos na Inglaterra de 1887 (Fotos: Universal Pictures/Divulgação)

Mirtes Helena Scalioni


Pelo menos duas curiosidades devem ser ressaltadas sobre "Victoria e Abdul - O Confidente da Rainha". Primeira: esse não é o primeiro filme dirigido por Stephen Frears sobre titulares do trono da Grã-Bretanha. Em 2006, ele fez "A Rainha", com Helen Mirren, sobre as dúvidas e reações de Elizabeth II após a morte da Princesa Diana. Segunda: esse é o segundo filme onde Judi Dench interpreta a Rainha Victoria. 



Em 1997, ela viveu uma monarca irritada e autoritária em "Sua Majestade, Mrs. Brown", sob a direção de John Madden. Vinte anos depois, a atriz retorna ao personagem, desta vez com uma Victoria mais cansada e enfastiada. Parece até uma obsessão, tanto do diretor quanto da atriz, ambos britânicos e súditos do trono.


Catalogado como comédia histórica, "Victoria e Abdul..." é quase isso. Adaptação do livro escrito pelo indiano Shrabani Basu, o filme conta a improvável amizade entre a monarca e um proletário indiano que foi, por acaso, designado para ir a Londres entregar uma importante medalha durante as comemorações do Jubileu de Ouro da Rainha no trono em 1887. Aos 24 anos, com algum atrevimento e muito carisma, o jovem conquista a confiança de Sua Majestade, quebrando protocolos e convenções e provocando a ira e a desconfiança da corte.


A crítica ao excesso de salamaleques e mimos à figura da Rainha e o choque de culturas entre uma Londres poderosa e uma Índia colonizada geram bons momentos, assim como a forma como o diretor escancara o ódio da nobreza quando Victoria exige, por exemplo, aprender o idioma do seu novo amigo e o nomeia seu "munshi" - professor.


Outro ponto positivo é o elenco. Da inigualável Judi Dench, que domina o longa com sua Victoria ranzinza, comilona e cansada, ao talentoso Ali Fazal, que deixa dúvidas ao fazer um Abdul Karim ora matreiro, ora humilde, passando por Eddie Izzard, o irritado e ciumento Bertie, filho da rainha, as interpretações são impecáveis. CLIQUE AQUI para ver a entrevista de atores e diretor sobre a produção. Destaque para Adeel Akhtar, ator que faz Mohammed, amigo mal humorado de Abdul que vai com ele para Londres, em cuja boca o diretor coloca todas as verdades sobre as injustiças e desigualdades da época.



Embora com alguns clichês, e apesar da obviedade a que a história vai levando o espectador, "Victoria e Abdul - O Confidente da Rainha" é um filme bom de se ver. Poderia ser ainda mais profundo, apesar de comédia, mas deve cumprir seu papel de fazer rir. As situações são hilárias, até pelo exagero com que são mostradas. Tomara que sirva também para fazer pensar na eterna divisão de classes, burocracias e preconceitos. Aí sim, terá cumprido completamente o seu papel.
Classificação: 10 anos
Duração: 1h52



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