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16 janeiro 2018

Jackie Chan deixa o lado cômico para viver um pai em busca de justiça em "O Estrangeiro"

Intrigas, suspense e muita ação nesta produção chino-britânica ambientada em Londres e na Irlanda do Norte (Fotos: Universum Film GmbH/Divulgação)

Maristela Bretas


Um Jackie Chan de poucas palavras e muita ação, sem o lado cômico que marcou boa parte de sua carreira em Hollywood, inclusive nas dublagens de animações. Nem por isso perdeu o pique e ainda protagoniza as cenas de luta, não tão brutais e cheias de malabarismos como de alguns de seus antigos filmes. Até pela idade do ator, 63 anos. 

Em "O Estrangeiro" ("The Foreigner"), que também ajudou a produzir, Chan não dispensa uma boa quebradeira por onde passa, usando o que tiver na frente contra o inimigo - mesas, cadeiras, abajures e pedaços de pau. Desta vez, talvez para cansar menos, contou até com a "ajuda" de uma metralhadora e nitroglicerina para dar um clima diferente, mais explosivo.


Ele divide a atenção do público com o sempre charmoso ex-James Bond, Pierce Brosnan ("Horas de Desespero" - 2015), este sim, falando muito mais que a estrela principal e sem perder a pose de espião britânico. "O Estrangeiro", não foge dos clichês, reforça velhas diferenças entre o Exército Republicano Irlandês (IRA) e o governo britânico e tem poucas mas boas locações, principalmente em Londres e Belfast. No elenco se destacam também Orla Brady Charlie Murphy e Katie Leung.

Dirigido por Martin Campbell (o mesmo de "Cassino Royale"), o longa-metragem fica no meio termo - é um filme de ação, mas se perde no suspense, uma vez que muitas cenas são bem previsíveis. Jackie Chan faz um personagem sem expressão facial, até mesmo quando conversa com a filha no carro. E este lado sombrio (e justificável pela própria história) é mantido durante todo o filme, variando momentos de ódio, violência e dor. Nem parece o ator simpático de comédias como "A Hora do Rush", Mostrou que também é capaz de interpretar papéis sérios e entregar um trabalho bom.

"O Estrangeiro" é baseado no livro "The Chinaman", de Stephen Leather, com roteiro escrito por David Marconi, o mesmo de "Duro de Matar 4.0". Conta a história de Quan (Chan), dono de um restaurante chinês em Londres que cria sozinho a única filha. Um atentado a bomba tira a vida da jovem e o pai vai atrás das autoridades para cobrar que prendam os responsáveis. 

Como as investigações dependem de negociações políticas por ser um atentado terrorista, Quan resolve fazer sua própria caçada, indo atrás inclusive do vice-primeiro-ministro irlandês Liam Hennessy (Brosnan) para obter informações. E mostra a seus inimigos que ele é mais que um simples comerciante.

Como sessão da tarde passa e mostra que Jackie Chan ainda tem muito fôlego, mesmo lutando menos. Ele e Brosnan fazem uma boa dupla em lados opostos, o que ajuda a manter o ritmo do filme. Vale conferir para quem gosta de ação.



Ficha técnica:
Direção: Martin Campbell
Produção:  STX Films / H. Brothers /Wanda Pictures
Distribuição: Diamond Films
Duração: 1h54
Gêneros: Ação / Suspense
Países: Reino Unido / China
Classificação: 14 anos
Nota: 3 (0 a 5)

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30 setembro 2017

"Lego Ninjago", ação e aventura para divertir a galerinha acima de 6 anos

Animação com bloquinhos de montar e personagens reais valoriza família, união, amizade e disciplina (Fotos; Warner Bros Entertainment/Divulgação)

Maristela Bretas


Muita ação com super-heróis ninja bem infantis e até um vilão engraçado que comanda um exército de soldados-tubarões. Tudo isso está em "LegoNinjado: O Filme" ("The Lego Ninjago Movie"), terceira animação da Warner com personagens de uma das maiores fabricantes de blocos de montar do mundo. Ao contrário de "Lego Batman: O Filme" (2017), um sucesso deliciosamente divertido e mais indicado para adultos por suas piadas sarcásticas e bem colocadas, "Lego Ninjago" é o mais fraco da trilogia e, assim como "Uma Aventura Lego" (2014), é voltado para um público infantil acima de seis anos.

As crianças vão curtir as minifiguras e ficarem na cola dos pais para comprarem os brinquedos, já à venda nas lojas. Afinal, não é coincidência o lançamento deste tipo de animação anteceder datas comemorativas, como o Dia das Crianças (12 de outubro) e, em breve, o Natal.

Os simpáticos super-heróis ninja - Nya, Cole, Jay, Zane e Kai - usam roupas nas cores de seus poderes, que estão ligados a elementos da natureza - água, terra, fogo, energia e gelo. Essas minifiguras poderiam ser comparadas a Power Rangers de montar. Até mesmo os robôs são semelhantes a megazords. O líder do grupo de estudantes é Lloyd, o ninja verde, e todos dividem seu tempo entre as tarefas escolares e a proteção da cidade de Ninjago contra o destruidor vilão Garmadon, que vive tentando invadir o local.

Para piorar, Lloyd é filho de Garmadon e tem uma profunda mágoa desde que foi abandonado por ele ainda bebê. É nesta parte que a animação deixa o lado infantil e caminha para uma discussão mais adulta, da relação entre pais e filhos. Lloyd foi criado pela mãe e Garmadon nunca teve contato com ele, tanto que não sabe que o adolescente que é seu maior inimigo é também seu único filho que cresceu.


O jovem sempre sentiu a falta de um pai que lhe ensinasse a andar de bicicleta, jogar e agarrar coisas ou dirigir. E a cada batalha contra o vilão, Lloyd espera ser reconhecido pelo pai e sempre vem uma nova decepção. Pais e adultos vão entender essa parte, as crianças, dependendo da idade, podem se identificar com o personagem ou apenas curtir o bonequinho do cabelo louro e o vilão de fantasia preta.

"Lego Ninjago" mescla momentos infantis e adultos. Na sessão de pré-estreia num sábado de manhã em BH, diversos pais e mães participaram com seus filhos, alguns pequenos até demais. Mas as reações foram bem variadas e muitos dos espectadores mirins manifestavam a todo momento suas reações. Um deles, com no máximo três anos, queria saber da mãe porque Garmadon chorava fogo. A explicação aconteceu da maneira adequada à idade, mas teria de ser muito mais profunda para o contexto da história.

A animação foi baseada no desenho animado homônimo que está em sua oitava temporada, exibida no Brasil pelo canal Disney XD. Para o cinema, a história começa contada pelo ator Jackie Chan, que na animação é Mestre Wu, aquele que ensinou os garotos as artes marciais e a filosofia dos ninja. O filme foi feito em live action/animação, combinando os bloquinhos da LEGO animados com personagens reais, interagindo numa aventura cheia de ação e emoção, que reforça valores como amizade, confiança, família, disciplina e união.

Ainda como parte da estratégia de vendas, a Lego criou dez sets exclusivos dos cenários do filme que incluem os personagens para serem montados em família. "Lego Ninjago: O Filme" é divertido na maior parte do tempo e tem ótimas adaptações dos dubladores brasileiros - Felipe Drummond (Lloyd), Eduardo Borgerth Neto (Garmadon), Marcelo Garcia (Kai), Philippe Maia (Cole), Wagner Follare (Jay), Patricia Garcia (Nya), Charles Emmanuel (Zane). A trilha sonora também é muito bacana e a animação pode ser vista dublada, nas versões 2D e 3D.

Poderia ter uma duração menor por ser voltado para pequenos, uma vez que, a partir da metade, o filme perde um pouco da agilidade e fica mais arrastado. Coisa que criança, dependendo da idade, não tem muita paciência de acompanhar, como aconteceu na pré-estreia. Mas é divertido e boa opção para a família num fim de semana.



Ficha técnica:
Direção: Charlie Bean
Produção: Warner Animation / Lego Entertainment
Distribuição: Warner Bros. Pictures Brasil
Duração: 1h41
Gêneros: Ação / Animação / Família / Infantil
País: EUA
Classificação: 6 anos
Nota: 3 (0 a 5)

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