03 maio 2017

"Rock Dog" é sonho, rock e aventura ao som de uma guitarra

Bodi é o cão que quer aprender a tocar com seu ídolo, o astro Angus Scattergood (Fotos: Paris Filmes/Divulgação)

Maristela Bretas


Era uma vez um cachorro que cuidava de ovelhas e sonhava em ser músico. Ele vivia em uma vila no alto de uma montanha coberta de neve e seu sonho era tocar guitarra em uma banda. Mas seu pai, guardião do vilarejo, só queria que ele herdasse seu poder para se tornar o futuro responsável pelos moradores e combater seus maiores inimigos, os lobos. 

Essa é a história de "Rock Dog - No Faro do Sucesso", animação que estreia nesta quinta-feira nos cinemas e que fala de música, amizade e o poder da união. Um filme para mamães e filhos, estes na faixa de 4 a 6 anos. Bem infantil e com uma bela mensagem - acredite e lute por seus sonhos.

Nosso herói é Bodi (voz original de Luke Wilson), um cão da raça Mastiff Tibetano que quer ser roqueiro, que vive na Montanha Nevada, na China. Apesar de cuidar das ovelhas, sua cabeça está ligada na música. Até que um dia, um rádio cai do céu e Bodi resolve sair de casa contrariando seu pai, Khampa (J.K. Simmons) e ganhar o mundo em busca do sonho de tocar rock e conhecer seu maior ídolo, Angus Scattergood (voz de Eddie Izzard). 

Na sua peregrinação pela cidade grande, Bodi vai fazer novos amigos e sofrer com antigos inimigos. E para combatê-los e ajudar sua vila terá de descobrir sua força interior.

"Rock Dog" é uma produção sino-americana e mostra costumes e tradições asiáticas que se misturam com as características do mundo contemporâneo. Não chega a ser um "Kung Fu Panda" e nem atingirá o sucesso deste. Os recursos técnicos de animação são mais modestos, mas nada que comprometa a história, que é divertida. Além da trilha sonora agradável e do visual bem colorido.

Bodi é um personagem bem simpático e agrada as crianças (e a seus pais), assim como seus amigos. A "gangue" de lobos é tão atrapalhada que deixa seu chefe louco de raiva e provoca boas risadas. Outro que adora falar gritando e acaba proporcionando bons momentos é Angus, o excêntrico astro do rock que perdeu a inspiração. Tem também as ovelhinhas amigas de Bodi, de pouco cérebro mas, como ele,adoram música. Para quem está procurando um filme infantil para distrair a meninada numa tarde, "Rock Dog" é uma boa opção.



Ficha técnica:
Direção e roteiro: Ash Brannon
Produção: Mandoo Pictures / Reel FX Criative Studios
Distribuição: Paris Filmes
Duração: 1h20
Gêneros: Animação / Musical
Países: China / EUA
Classificação: Livre
Nota: 3 (0 a 5)

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26 abril 2017

"Paixão Obsessiva" feita de clichês e previsível do início ao fim

Katherine Heigl interpreta a mulher possessiva que não aceita perder o ex-marido para Rosario Dawson (Fotos: Warner Bros. Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas

A estreia como diretora da conhecida produtora Denise Di Novi, responsável por filmes como "Amor a Toda Prova" e "Um Homem de Sorte", não foi muito feliz em "Paixão Obsessiva" ("Unforgettable"). Como suspense deixou a desejar, uma vez que toda a trama é um conjunto de clichês de produções que exploram o tema: uma mulher ciumenta que vê o ex-marido trocá-la por outra e de quebra a rival ainda conquista a amizade da filha Lily (Isabella Rice). O final era mais que esperado.

Assim é Tessa, interpretada pela bela Katherine Heigl (“Vestida para Casar”), uma mulher que tem dificuldades em aceitar que o ex-marido David Connover (Geoff Stults) planeja se casar com Julia Banks (Rosario Dawson), que deixou o emprego em Los Angeles para viver seu novo amor.  A possessiva e agressiva ex-mulher surta de vez quando percebe que também sua filha também está gostando da noiva atenciosa do pai e os três estão formando uma nova família. Tessa então monta um plano assustador para destruir Julia e tirá-la de circulação.

Katherine Heigl faz bem o papel da loura descompensada e cheia de traumas provocados pela mãe, vivida por Cheryl Ladd. Mas o roteiro a coloca mais como uma boneca Barbie, perfeccionista e com características que a deixam superficial e sem a força que seu personagem exigia. Rosario Dawson também não fugiu do lugar comum e faz uma noiva que esconde um passado sombrio e se sente inferior à ex de David. Ela fica melhor como Claire, a enfermeira das séries dos defensores da Marvel.

As previsíveis cenas finais foram bem feitas, mas os diálogos não condizem com o clima de luta. E David, o motivo da disputa das duas mulheres, passa o filme como um observador de tudo. Bonitinho sem expressão. "Paixão Obsessiva" é um suspense dramático sem novidades. Vale uma sessão de fim de noite no sofá com pipoca para distrair.



Ficha técnica:
Direção e produção: Denise Di Novi
Produção: Di Novi Pictures / Warner Bros. Pictures
Distribuição: Warner Bros. Pictures
Duração: 1h40
Gêneros: Suspense / Drama
País: EUA
Classificação: 14 anos
Nota: 2,5 (0 a 5)

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