01 março 2022

“O Beco do Pesadelo” é a maldade do ser humano na visão de Guillermo del Toro

Bradley Cooper interpreta um ilusionista charlatão que aplica golpes na elite rica de Nova York  (Fotos: 20th Century Studios)


Marcos Tadeu


Falar de Guillermo del Toro é falar de obras com criaturas monstruosas como “Helboy”, “A Forma da Água", "Labirinto do Fauno” e “Blade”. Em seu mais recente filme, “O Beco do Pesadelo” ("Nightmare Alley"), obra adaptada de  William Lindsay publicada na década de 1940 e concorrendo a “Melhor Filme” na corrida para o Oscar, o diretor assina seu trabalho mais simplista, com uma pegada noir. 

Se antes os monstros eram protagonistas de suas histórias, agora é o ser humano quem é colocado em foco como o vilão, devido à sua ganância e à busca intensa por poder.


A trama conta a vida de Staton "Stan" Carlisle (Bradley Cooper), carismático e sem sorte que busca uma oportunidade em um circo de charlatões liderado por Clem Hoatley (Willem Dafoe), quando a vidente Zeena (Toni Collette) e seu marido mentalista Pete (David Strathairn) ganham apreço por Stanton e decidem ensiná-lo a arte da enganação.

O protagonista então tenta ganhar mais dinheiro colocando Molly Cahill (Rooney Mara) com um número completamente novo e perigoso. Os dois começam a se aproximar e vivem um romance.  


Os anos passam e Stan ganha um bilhete para enganar a elite rica de Nova Iorque nos anos 40. As coisas começam a mudar quando a psicóloga rica Lilith Ritter (Cate Blanchett) surge na vida de Stan e o incentiva a fazer escolhas que poderão levá-lo à vitória ou à derrota.

Do ponto de vista do protagonista somos aguçados a conhecer um mundo de circo e aberrações. Stan é um cara que, inicialmente, parece muito tímido e com medo do que está vendo, mas que depois faz de tudo para ser visto e reconhecido por Clem. De todos os personagens apresentados, Stan é o que mais se destaca por crescer com sua ambição e fome de poder.


Lilith é uma personagem cercada de muito mistério. É visível seu interesse em Clem e como ele pode ajudá-la a conseguir suas vitórias. Ao mesmo tempo em que ela é muito doce, também é dúbia. O enredo apresenta riqueza  na forma de construir e desconstruir a personagem, principalmente na reviravolta de seu último arco, que nos deixa sem saber quem é mais monstro, Clem ou Lilith. 

Curioso pensar que até o nome da personagem é famosa na mitologia por ser um demônio com corpo de mulher que vivia no inferno. E não é para menos: as intenções da psicóloga são sempre duvidosas, o que nos faz torcer hora para o bem, hora para o mal.


Outro ponto que se destaca é o design de produção. A atmosfera noir, o circo sombrio, as atrações bizarras são muito bem ambientadas e conseguem refletir tudo a que o filme se propõe.

O que talvez deixe a desejar, no entanto, é o enredo, que falha por não aprofundar na maioria dos personagens. Exceto Clem e Lilith, que não têm muito o que ser desenvolvido, o que é uma pena. São bem estilizados, mas ficam em uma camada extremamente rasa.

“O Beco do Pesadelo” talvez seja um dos filmes mais fracos de Guillermo del Toro, apesar de potente na construção da narrativa. O autor deixa para o público a mensagem de como nossas ambições podem nos levar à glória, mas também ao fracasso.


Ficha técnica:
Direção e roteiro: Guillermo del Toro
Produção: Searchlight Pictures
Distribuição: 20th Century Studios
Exibição: nos cinemas
Duração: 2h31
Classificação: 16 anos
País: EUA
Gêneros: drama / suspense

27 fevereiro 2022

Campanha "A Vacina é Nossa Amiga" ganha as salas de cinema e redes sociais

Personagens do longa-metragem inédito "Meu AmigãoZão - O Filme” incentivam a proteção 
das crianças de 05 a 11 anos (Divulgação)


Da Redação


Já está em exibição em várias salas de cinema de todo o país e nas redes sociais a campanha “A Vacina é Nossa Amiga”, uma promoção da O2 Play, distribuidora da O2 Filmes, juntamente com a produtora 2DLAB e a empresa RioFilme, órgão integrado à  Secretaria de Governo e Integridade Pública (SEGOVI) da Prefeitura do Rio.  

Estrelada pelos protagonistas do longa-metragem inédito "Meu AmigãoZão - O Filme”, que se baseia na série aclamada, a ação incentiva as crianças a superarem os seus medos (assim como Yuri, Lili e Matt) e ainda conscientiza a população sobre a proteção da vacinação em crianças de 5 a 11 anos.  


Trata-se de uma iniciativa privada, com um vídeo de 30 segundos e três cartazes com os personagens do filme tomando a vacina. As redes sociais e canais da O2 Play, 2D Lab e RioFilme também vão participar. Só no Youtube, o canal Meu AmigãoZão tem mais de 1 milhão e 300 mil inscritos. 

“Somos a favor da vacina. Vacina salva vidas. E queremos prestar um serviço público através da popularidade destes personagens tão queridos, que é incentivar as crianças e os pais com um recado direto: a vacina é nossa amiga e nos protege", explica o diretor da O2 Play, Igor Kupstas. 


“Meu AmigãoZão - O Filme", aventura inédita em longa-metragem que chega em abril exclusivamente nos cinemas, mostra Yuri, Lili, Matt e seus amigos imaginários em uma viagem para uma colônia de férias. 

Lá eles conhecem Duvi Dudum, uma criatura divertida que aos poucos revela interesses secretos: separar a turma de seus AmigãoZões! Eles precisam se unir para resgatar Golias, Nessa e Bongo antes que seja tarde demais. 


“A série Meu AmigãoZão está no imaginário das crianças há mais de 10 anos. O público-alvo, crianças de 5 anos, é justamente quem está recebendo a vacina neste momento - e acreditamos que chegou a hora de seus heróis mostrarem que ela está aí para todos. Yuri, Lili e Matt sempre mostram como a amizade nos ajuda a confiar e a superar dificuldades. Nada como ter um AmigãoZão quando você precisa enfrentar qualquer tipo de medo. O que todos nós queremos é que tudo isso passe logo e possamos voltar a abraçar nossos amigos”, explica Andrés Lieban, criador e diretor da série e do filme.