E o filme preferido da semana, escolhido pelos seguidores do Cinema no Escurinho, foi "X-Men - Dias de Um Futuro Esquecido", dirigido por Bryan Singer. No elenco, Hugh Jackman, Jennifer Lawrence, James McAvoy, Michael Fassbender, Patrick Stewart, Ian McKellen e Halle Berry. Conto com vocês na próxima enquete, que começa no domingo (29).
“Construir uma ideologia é tarefa árdua, mantê-la é tarefa de assassinos”. São conclusões desse tipo que você pode encontrar no livro recém-lançado "Cinema Com Filosofia”, de Bernardo Nogueira. Natural de Conselheiro Lafayete, Minas Gerias, ele é mestre em Direito, professor universitário e poeta. E certamente louco pela sétima arte, mesmo que isso não esteja em seu currículo. Em seu livro, Nogueira avalia 45 filmes, que provavelmente são seus preferidos. De “Sociedade dos Poetas Mortos” a “Django Livre”, de “Medianeras” a “Azul é Cor Mais Quente” ele faz reflexões sobre diversos temas com amor, perdão, ciúmes, sexo e traição. Passa pelo mercado financeiro, questiona o capitalismo, a justiça, a realidade e a fantasia. Por exemplo, ao falar sobre “O Palhaço”, de Selton Mello, e “O Artista”, de Michel Hazanavicius, ele destaca a dificuldade que temos de separar o que o somos do que fazemos. É mais ou menos quando você vai se apresentar a alguém e você diz: “sou advogado”, “sou comerciante” ou qualquer outra coisa. Será que a profissão define tanto assim a pessoa? Isso se aplica também aos artistas? Seus textos são bem isso, provocações. Questionam conceitos formados como justiça, racismo, direitos humanos e tortura. E acaba deixando mais perguntas (inquietantes) que conclusões. Tem conhecimento de uma vida inteira em pouco mais de 90 páginas. Hannah Arendt, Yoni Sanchez, Julian Assange, Ricardo Darín, Raul Seixas, Aristóteles e muito mais. Humberto Gessinger e Nietzsche estão presentes em vários momentos. Vale ressaltar que os textos podem parecer um tanto confusos para quem ainda não viu os filmes que são citados, já que Nogueira nem sempre traz na introdução a sinopse dessas obras. Mais importante ainda é deixar claro que ele faz spoilers. Ou seja, ele conta o desfecho dos filmes ao elaborar seus raciocínios. A dica é: veja o índice antes e leia somente sobre os filmes que você já viu. E coloque como um desafio só ler o restante quando assistir aos outros longas mencionados. Ou leia tudo de uma vez se quiser. Só não deixe de ler. É uma leitura que vale a pena para cinéfilos e/ou amantes da filosofia.