14 agosto 2014

Lento, mas inteligente, "Amantes eternos" não é só mais um filme de vampiros

Adam e Eve são intelectuais. Ele adora música e ela  fala latim e gosta de plantas (Fotos: Paris Filmes/Divulgação)

Mirtes Helena Scalioni

Que ninguém torça o nariz para o filme "Amantes eternos" ("Only Lovers Left Alive") imaginando ser esse mais um filme de vampiro. Não é. Quase cínico, o diretor Jim Jarmusch faz crítica elaborada aos tempos atuais de cultura passageira e amores descartáveis. E parece brincar com o gênero, tão em voga, quando conta a história de um casal de vampiros tradicionais e clássicos.  



Adam (Tom Hiddleston) e Eve (Tilda Swinton) se amam há séculos, andam aborrecidos, e estão especialmente cansados dos tempos atuais, quando tudo é descartável, efêmero, sem classe e irresponsável.

Adam e Eve são intelectuais. Ele adora música, tem paixão por cientistas, só ouve som de vinis, coleciona guitarras icônicas, compõe e vive numa espécie de castelo em Detroit onde acumula suas esquisitices. Ela fala latim e gosta de plantas. 

Ambos são cuidadosos com seus segredos e fazem questão de saber a procedência do sangue que bebem. Ela, ao contrário dele, tem mais paciência com a irmã caçula que chega para trazer a frivolidade, a balada, o romance passageiro, o descuido. 

"Amantes eternos" é, no mínimo, um filme original. Tem um traço de nostalgia e cenários iluminados de forma a sugerir solidão e destruição. É lento e, por vezes, entediado como deve ser a vida de vampiros cansados de tanto viver.

Tags: Amantes eternos; vampiros; Jim Jarmusch; Tom Hiddleston; Tilda Swinton; drama; romance; Cinema no Escurinho

Michael Bay insiste em Megan Fox e estilo "Transformers" e erra feio em "As Tartarugas Ninja"

Megan Fox divide as atenções com o quarteto de tartarugas adolescentes ninja (Fotos: Paramount Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas

O diretor Michael Bay já formou seu fã-clube depois do sucesso da franquia "Transformers". Mas o filme "As Tartarugas Ninja" ("Teenage Mutant Ninja Turtles"), que estreia nesta quinta-feira em BH, é muito fraco. Até mesmo para quem vai ao cinema só para ver a Megan "ruim demais" Fox no papel principal - onde a produção estava com a cabeça!



E apesar de fraca, boba e com cenas que chegam a dar tonteira de tão rápidas que mal dá para saber o que está acontecendo, o filme foi sucesso nas bilheterias dos Estados Unidos. 

No primeiro final de semana arrecadou US$ 65 milhões. E estes números deixaram as produtoras Paramount Pictures e Nickelodeon Movies animadas o suficiente para anunciarem a sequência. 

O longa já está em andamento, produzido pela mesma Platinum Dunes, de Michael Bay. O diretor ainda não foi escolhido. Espero que troquem pelo menos a atriz. A estreia está prevista para 3 de junho de 2016. 

Muitos (e corridos) efeitos especiais do início ao fim, lutas marciais e quatro tartarugas brutamontes, cheias de hormônios da adolescência, comandadas por um rato. 

Para quem não conhece, trata-se de mais uma produção contando a história das tartarugas ninja, personagens dos quadrinhos e desenhos animados da década de 80. Anos depois, eles ganharam várias versões no cinema e agora estão de volta em mais uma produção. 

Usadas como experiência de mutação genética as quatro tartarugas acabam no esgoto de Nova York, onde crescem de forma anormal. Orientado e treinado por um rato sensei, também resultado de experimentos, o quarteto quelônio é formado por Leonardo, Rafael, Michelangelo e Donatello. 

Eles aprendem artes marciais e se transformam nos defensores da cidade contra o vilão "Destruidor". Tudo isso contando com a "grande ajuda" da jornalista April O'Neil (Fox) e seu cinegrafista Vernon Fenwick (Will Arnett).


Ficha técnica:
Direção: Jonathan Liebesman
Produção: Legendary Pictures/Platinum Dunes
Distribuição: Paramount Pictures 
Duração: 1h40
Gênero: Ação/aventura
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 2,5 (0 a 5)

Tags: As Tartarugas Ninja; Megan Fox; Will Arnett; ação; aventura; Paramount Pictures; Cinema no Escurinho