30 setembro 2014

Versão francesa do clássico "A Bela e A Fera" exibe belos cenários e figurinos

Léa Seydoux e Vincent Cassel formam o par principal de "A Bela e a Fera" (Fotos: California Filmes/Divulgação)

Maristela Bretas

A clássica história do príncipe arrogante que foi enfeitiçado virou fera e precisa do amor verdadeiro de uma jovem a quem mantém presa para voltar ao normal ganhou uma versão francesa e mais adulta. A nova adaptação de "A Bela e a Fera" ("La Belle et La Bête"), tem como maiores destaques os cenários que lembram verdadeiras pinturas, o figurino e a bela fotografia.

Trailer oficial dublado por Paolla Oliveira




Sem fugir muito do enredo mostrado na animação Disney de 1991, a escolha de Vincent Cassel (de "Rio Eu Te Amo") como o príncipe/fera, não combina muito. Ele tem mais cara de vilão do que de mocinho. As cenas românticas são sem calor e emoção.

Ao contrário de Léa Seydoux, que interpreta Bela (de "Azul é a Cor Mais Quente"), que se garante no papel e tem mais presença que seu par romântico. A dublagem da personagem em português foi feita pela atriz Paolla Oliveira, que seguiu o exigido pelo texto original.

"A Bela e a Fera" é uma diversão sem muitas pretensões, apresenta ótimos figurinos e efeitos especiais - o ataque dos gigantes de pedra é o auge do filme e a diferença para o desenho. Sem esquecer os pequenos e simpáticos habitantes de olhos grandes que habitam o escuro castelo. Vale como uma sessão da tarde.

Ficha técnica:
Direção: Christophe Gans
Distribuição: California Filmes
Duração: 1h54
Gênero: Fantasia/Romance
País: França/Alemanha
Classificação: 12 anos
Nota: 3,0 (0 a 5)

Tags: A Bela e A Fera; Vincent Cassel; Léa Seydoux; Paolla Oliveira; Christoph Gans; California Filmes; Cinema no Escurinho

28 setembro 2014

Candidato honesto? Nem em comédia nacional

Leandro Hassum é João Ernesto o candidato que passa imagem de homem correto, mas é totalmente corrupto (Fotos: Paris Filmes/Divulgação)

Maristela Bretas

Entrei no cinema com a disposição de gostar (novamente) de um filme com Leandro Hassum. Até mais da metade de "O Candidato Honesto", que estreia dia 2 de outubro, a produção da Camisa Listrada (a mesma do belo "O Menino do Espelho"), agradou e garantiu boas gargalhadas. Mas quando virou o jogo e a história veio com falso moralismo de político que vira honesto e quer denunciar a corrupção num país onde isso não existe, o enredo foi por água abaixo.




Não sei o que aconteceu com o diretor ou o roteirista, mas a linha "bate e assopra" tirou a graça do que estava indo muito bem, com Hassum fazendo seu papel escrachado como sempre, com suporte do pessoal do "Porta dos Fundos". Os diálogos entre o candidato e os assessores e com outros políticos e as tentativas de não mentir são muito divertidas.

Feito para as eleições , "O Candidato Honesto" levou seis semanas, de abril a maio deste ano. E deixa o expectador tentando adivinhar quem é o candidato e qual partido o personagem estaria representando (ou um pouco de cada).

Hassum é João Ernesto, candidato à Presidência da República que de honesto não tem nada. Em primeiro lugar nas pesquisas e com grande vantagem no segundo turno sobre seu adversário (do partido ecologicamente correto), o corrupto e mentiroso político vê sua vida virar de cabeça para baixo. Minutos antes de morrer, sua avó lança uma mandinga e, de uma hora para outra, ele não consegue mais contar nenhuma mentira.


Até aí estava indo tudo muito bem, e a comédia poderia ter sido encerrada dentro do que é hoje a cômica realidade da política brasileira - assada em forno a lenha com sabor de calabresa. Não seria surpresa para ninguém.

No entanto, o que aconteceu foi quase um comercial eleitoral de como ensinar o eleitor a votar com consciência. Com direito a close de candidato em debate na TV, discurso de político arrependido e até um romance insosso e sem propósito. Quase uma "prestação de serviço" para quem vai às urnas dia 5 de outubro. Coisa de sair do cinema antes do final.


Um pena, errou feio. Até Hassum e sua trupe perderam sentido. No elenco estão ainda Luiza Valderaro, como a jornalista nada convincente Amanda, Ellen Rocche, como a amante, Flávio Galvão e Victor Leal, como os assessores Maldonado e Marcelinho.




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Ficha técnica:
Direção: Roberto Santucci
Produção: Camisa Listrada/Panorama Filmes
Distribuição: Paris Filmes/Downtown Filmes
Duração: 1h50
Gênero: Comédia 
País: Brasil
Classificação: 12 anos
Nota: 3,0 (0 a 5)

Tags: O Candidato Honesto; Camisa Listrada; Leandro Hassum; Porta dos Fundos; comédia; Paris Filmes; Cinema no Escurinho