08 fevereiro 2015

Esqueça o casal morno e curta os efeitos especiais de "O Destino de Júpiter"

Falta química entre Mila Kunis e Channing Tatum no filme dirigido pelos irmãos Wachowski- Fotos: Warner Bros, Pictures/Divulgação)


Maristela Bretas


Sob a direção dos irmãos Andy e Lana Wachowski, responsáveis pela trilogia "Matrix", está em cartaz mais uma produção cheia de ótimos efeitos especiais e dois rostos bonitos - "O Destino de Júpiter" ("Jupiter Ascending").  O filme chegou a ser anunciado para julho de 2014, mas a produtora resolver adiar seu lançamento para "fazer uns ajustes" nos efeitos especiais. E valeu a pena: os recursos empregados são de última geração.

Contando em seu elenco principal com Mila Kunis (de "Oz, Mágico e Poderoso") e Channing Tatum (de "Foxcatcher") o filme traz batalhas galácticas, disparos de laser, explosões, mutantes, exércitos de lagartos, robôs e extraterrestres do mal e uma disputa inescrupulosa entre irmãos pelo domínio do universo. 


E claro, não podiam faltar cenas constantes de resgate da bela mocinha pelo gato sarado. Com direito a romance entre o casal de rostinho bonito mas sem expressão.

O filme conta a história de Jupiter Jones (Mila Kunis), uma moça comum que ganha a vida fazendo faxina, sem saber que é descendente de uma linhagem que e próxima ocupante do posto de Rainha do Universo. Ameaçada por extraterrestres, ela á salva por Caine (Tatum), um ex-caçador militar geneticamente modificado que tem por missão protegê-la a todo custo e levá-la para assumir seu lugar no trono e salvar a população da Terra. Sai do cinema sem saber como ela se tornou uma herdeira tendo nascido na Terra e filha de pais terráqueos.




Dando um suporte ao elenco estão Sean Bean (da trilogia "O Senhor dos Anéis"), Eddie Redmayne (que arrasou no papel de Stephen Hawking, em "Teoria de Tudo", também em cartaz nos cinemas), Tuppence Middleton (que trabalhou com Sean Bean em "Cleanskin: Jogo de Interesses") e Douglas Booth ("Noé").


A ficção vale como distração em uma sessão da tarde, recheada de muita ação, efeitos especiais de primeira que garantem boas cenas de batalhas no espaço e sobre a cidade de Chicago, principalmente se a versão for em 3D.

Para quem gosta do gênero, o filme pode ser conferido nas salas Cineart dos shoppings Cidade (2D e 3D), Paragem, Itaú Power (2D e 3D), Via Shopping, Minas Shopping (2D e 3D), Shopping Contagem e Monte Carmo (Betim), além do Pampulha Mall e Big Shopping. A versão 3D pode ser conferida ainda nas salas Cineart dos shoppings Boulevard e Del Rey e nas salas Cinépolis 2,3 e 4 do Estação BH.


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Ficha técnica:
Direção, roteiro e produção: Andy e Lana Wachowski
Produção: Village Roadshow Pictures
Distribuição: Warner Bros. Pictures 
Duração: 2h07
Gênero: Ficção/ Ação/ Aventura
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 3 (0 a 5)

Tags: O Destino de Júpiter; Mila Kunis; Channing Tatum; Eddie Redmayne; Andy Wachowski; Lana Wachowski; ficção; aventura; ação; Warner Bros. Pictures; Cinema no Escurinho

“Corações de Ferro” é bem mais que um filme sobre a Segunda Guerra


Brad Pitt é o sargento durão que lidera um grupo de soldados nos ataques aos alemães (Fotos: Sony Pictures/Divulgação)

Jean Piter


Quantos filmes você já viu sobre a Segunda Guerra Mundial? Em quantos deles os americanos são heróis? Por mais que as histórias se repitam, o tema parece inesgotável. E é fato: o gênero agrada, e muito, em todos os cantos do mundo. “Corações de Ferro” ("Fury" – 2014) não foge à regra. Não traz muita novidade, mas vale a pena ser visto.

O longa conta a história de cinco soldados do exército dos EUA que recebem a missão de atacar os nazistas em território alemão, no ano de 1945. O grupo é liderado pelo veterano de guerra, sargento Don "Wardaddy" Collier (Brad Pitt). Em seu grupo está o jovem recém-chegado Norman "Machine" Ellison (Logan Lerman). Mesmo em desvantagem numérica, e com poucas armas, eles não fogem das batalhas. E mandam bem!

Brad Pitt é um líder um tanto clichê; durão, mas de bom coração. Sábio e corajoso. Seu leal e obediente grupo também tem seus clichês. Chega a ser um tanto caricato. Michael Peña, como sempre, interpreta um norte-americano de ascendência latina, Trini "Gordo" Garcia. Jon Bernthal vive o truculento e ao mesmo tempo sentimental Grady "Coon-Ass" Travis.


Brad Pitt nem de longe lembra o tenente Aldo Raine que viveu em “Bastardos Inglórios” (2009). Ele consegue criar um personagem novo, firme e convincente. Méritos de um ator maduro e bom de serviço. Shia LaBeouf dá um loucura bem medida ao soldado religioso Boyd "Bible" Swan. Ele rouba a cena em muitos momentos.

Logan Lerman é certamente o grande destaque do filme na pele de Norman "Machine" Ellison. Um soldado que ingressou no exército para ser datilógrafo e acabou indo para o campo de batalha. Ele interpreta muito bem o militar medroso e inseguro que, aos poucos, vai encarnando o espírito da guerra.

Uma grata surpresa!

Um dos méritos de “Corações de Ferro” é apresentar ao mundo a bela e talentosa Alicia von Rittberg. Ela tem um papel pequeno, com poucas falas, mas com expressões que beiram a perfeição. A moça é bem mais que um rosto bonito.

Efeitos visuais

Diferente de outros filmes de guerra, “Corações de Ferro” traz explosões e tiros que parecem bem mais realistas. As balas cortando o ar com raios de luz lembram as cenas das guerras do Iraque e da Síria, vistas recentemente na TV.

Nem heróis, nem vilões

Os americanos matam ou são mortos. Os alemães pensam da mesma forma. No filme isso é quase visível. Está nas entrelinhas. Não há aquele velho antagonismo extremo do bem contra o mal, como nas outras produções. Há momentos de nobreza e de crueldade dos dois lados. Uma escolha acertada do diretor e dos produtores. Afinal, em uma guerra não há heróis nem vilões. Há apenas mortos e sobreviventes pra contar a história.




Ficha técnica:
Direção: David Ayer
Produção: Le Grisbi Productions / QED International / LStar Capital / Crave Films
Distribuição: Sony Pictures
Duração: 2h14
Gênero: Guerra, Drama, Ação
País: EUA, Reino Unido, China
Classificação: 16 anos
Nota: 4,0 (0 a 5)

Tags: Corações de Ferro; Fury; Brad Pitt; Shia LaBeouf; Columbia Pictures; Sony Pictures; Segunda Guerra Mundial; drama; ação; Cinema no Escurinho