31 maio 2015

"Terremoto: A Falha de San Andreas" não deixa pedra sobre pedra

San Francisco e Los Angeles serão devastadas por terremotos provocados pela falha de San Andreas (Fotos: Warner Bros. Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Para quem está à procura de um filme de ação do início ao fim, com excelentes efeitos especiais, tragédia, terremotos, tsunami e tensão, a pedida é "Terremoto: A Falha de San Andreas" ("San Andreas"), que está em cartaz nos cinemas de BH. Talvez o melhor do gênero entre os últimos produzidos, apesar dos clichês e de cenas que lembram outros filmes deste tipo. E apesar de vir também na versão 3D, as cenas de destruição não perdem muito o impacto na exibição normal.

Contando com Dwayne Johnson no papel principal como um integrante da força de resgate aéreo de Los Angeles, o filme explora um temor que os norte-americanos da Costa Oeste sempre tiveram - o dia em a famosa falha localizada na Califórnia resolvesse se mover e provocasse um terremoto de proporções inimagináveis.

E é exatamente essa a história: são quase duas horas de tremores, prédios rachando e caindo, fugas espetaculares de avião e helicóptero, resgates quase impossíveis que somente o mocinho "The Rock" poderia realizar. E ao final, uma mensagem bem patriótica, como era esperada neste tipo de filme-catástrofe.


Isso não desmerece a produção. Ao contrário, cumpre o que já era esperado para esse gênero de ação. Como aconteceu em "2012". Por sinal, os dois são muito parecidos, até mesmo na história que serve de pano de fundo para a megatragédia.

Dwayne é o piloto de helicóptero Ray, ex-combatente do Afeganistão e atualmente chefe de uma equipe de resgate dos bombeiros de Los Angeles. Quando fortes tremores provocados pela falha de San Andreas começam a atingir a cidade, ele precisará salvar sua ex-mulher Emma (Carla Gugino) e a filha Blake (a linda Alexandra Daddario, de "Percy Jackson: Ladrão de Raios"), que se encontra em San Francisco, onde acontecerá o maior estrago.



A jovem está acompanhada de dois jovens irmãos britânicos - Ben (Hugo Johnstone-Burf) e Ollie (Art Parkinson) - que visitam a cidade pela primeira vez. Enquanto isso, o pesquisador e sismólogo Lawrence (Paul Giamatti) e a repórter de TV Serena (Archie Panjabi) tentam avisar ao resto do país o perigo que está por vir e a necessidade de uma evacuação imediata das cidades.

"Terremoto - A Falha de San Andreas" é indicado aos fãs dos gênero catástrofe e vale por suas cenas, quase reais, que levam a pensar se uma tragédia de tamanha intensidade pode acontecer um dia, como foi previsto por vários pesquisadores. O filme pode ser conferido nas versões legendadas e dubladas em 36 salas de cinema de 19 shoppings de BH, Contagem e Betim.


Galeria de fotos


Ficha técnica:
Direção: Brad Peyton
Produção: Village Roadshow Pictures
Distribuição: Warner Bros. Pictures do Brasil
Duração: 1h54
Gêneros: Ação/ Aventura
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 4 (0 a 5)


Tags: Terremoto: A Falha de San Andreas; Dwayne Johnson; Carla Gugino; Alexandra Daddario; catástrofe; ação; aventura; tsunami; destruição;Warner Bros. Pictures; Village Roadshow; Cinema no Escurinho

26 maio 2015

Chris Evans é um mulherengo que não acredita no amor em “Deixa Rolar”

Escritor começa a mudar de vida quando conhece uma bela mulher (Fotos: Imagem Filmes/Divulgação)

Jean Piter


Um escritor e roteirista que escreve romances, mas que não acredita no amor. Esse é o personagem de Chris Evans na comédia romântica “Deixa Rolar”, com estreia prevista no Brasil para o próximo dia 11 de junho. Essa falta de fé nos relacionamentos afetivos tem um motivo bem óbvio: uma decepção. Entretanto, em vez de ficar distante das mulheres para evitar sofrimento, ele pega geral, sem se apegar. 

Mas essa situação muda quando ele conhece por acaso uma bela moça (Michelle Monaghan) em um evento de caridade. Rola uma afinidade, mas eles vão embora sem que um saiba ao menos o nome do outro. Até porque ela tem namorado (Loan Gruffudd), que é mais que um bom partido. 

É ai que começa a saga do rapaz para tentar reencontrar a mulher que, por um momento, colocou em dúvida suas certezas sobre o amor. 



Sem grandes novidades

Um cara mulherengo que começa a mudar de vida quando conhece uma mulher. Esse é só um dos clichês do filme. Uma amizade que vira um caso e depois vira paixão. Uma moça bonita, de personalidade forte e até mesmo um pouco indelicada, que mexe com a cabeça do rapaz. Um avô moderno que dá bons conselhos. A gente já viu coisa assim, não?

O que diferencia “Deixa Rolar” das outras comédias românticas é a tentativa de fugir dos clichês. Em vez de um amigo atrapalhado, caricato, que sempre tem um ombro para desabafo e dá bons conselhos, são quatros melhores amigos. Bem exóticos. Há também um pouco de fantasia. Evans se imagina em todas as histórias que ouve ou escreve.

Entrosamento

Chris Evans está com cabelo mais escuro e mais curto que em “Capitão América” e “Vingadores”. E com barba por fazer. Sem fazer pose de moço certinho, a gente até esquece que ele é o super-herói da Marvel. Mas a ligação é inevitável quando ele contracena com Anthony Mackie, o Falcão de “O Soldado Invernal”. Seria proposital?

Michelle Monaghan se ajusta bem a sua personagem. Consegue ser engraçada, ingênua e charmosa, ao mesmo tempo em que demonstra uma personalidade forte. Evans faz bem o tipo cafajeste bonitão, simpático e gente boa. Mas falta química para o casal.  Eles funcionam melhor quando estão separados. Não convencem muito como um par.

O filme não é ruim. Mas está longe de ser bom. Tem poucos momentos engraçados e não vai fazer ninguém chorar. É só entretenimento. É pra ver sem exigir muito.

Ficha técnica:
Direção: Justin Reardon
Produção: McG / Nicolas Chartier / Voltage Pictures
Distribuição: Imagem Filmes
Duração: 1h34
Gênero: Comédia, Romance
País: EUA
Classificação: 14 anos
Nota: 3 (0 a 5)

Tags: Deixa Rolar; Chris Evans; Michelle Monaghan; comédia; romance; Imagem Filmes; Cinema no Escurinho