01 julho 2015

"Meu Passado Me Condena" e o segundo filme também

Fábio Porchat não conseguiram repetir a dose de humor que a comédia exigia (Fotos Paris Filmes/Divulgação)

Maristela Bretas


Fábio Porchat e Miá Mello formam um casal que deu muito certo na TV e confirmaram isso no primeiro filme "Meu Passado Me Condena", dirigido por Júlia Rezende. Mas porque a receita ficou boa na primeira vez não quer dizer que seria a mesma coisa numa segunda tentativa. E foi o que aconteceu com "Meu Passado Me Condena 2", que está em cartaz nos cinemas, tentando aproveitar o sucesso de seu antecessor. Mas passa longe.

Sem graça, Fábio Porchat se apresenta extremamente cansativo, com as mesmas expressões e a cara de bobão, Miá Mello indefinida se estava filme sério ou comédia e uma história sem graça, com cara de caça-níquel. Enquanto a ideia da viagem de lua de mel num navio foi muito bacana e apresentou uma boa comédia, ao estilo Porta dos Fundos, "Meu Passado Me Condena 2" leva o não mais tão apaixonado casal às terras de Cabral.

Se a vida a dois já estava em crise, vai piorar bastante quando Miá e Fábio reencontram os picaretas Suzana (Inêz Viana) e Wilson (Marcelo Valle), que trabalharam no transatlântico do primeiro filme dando golpe em velhinhas viúvas. Agora eles são donos de uma funerária, mas continuam passando a perna nas pessoas.

Após perder a avó, Fábio é chamado pelo avô (papel vivido por Antônio Pedro) para ir a Portugal. Ele vê na viagem uma forma de reconciliação com Miá, que está por um fio de se separar. Mas bastou Fábio reencontrar uma antiga namorada local para seus problemas recomeçarem.




Mesmo com patrocinadores fortes, como na primeira vez, não acredito que chegue perto dos números do anterior. O filme é fraco, sem graça, apesar dos bons humoristas É jogar pipoca fora.

Ficha técnica:
Direção: Júlia Rezende
Produção: Globo Filmes/ Downtown Films
Distribuição: Paris Filmes
Duração: 2h13
Gênero: Comédia
País: Brasil
Classificação: 12 anos
Nota: 2,5 (0 a 5)

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27 junho 2015

Ba-ba-ba, banana! Os "Minions" chegaram para invadir sua praia

Bob, Kevin e Stuart fazem uma longa jornada em busca   do mais malvado dos vilões que vai comandar os Minions   (Fotos: Universal Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Eles são desastrados, cheios de boas intenções, estão do lado dos vilões, mas não tem como não se apaixonar por estas estranhas figuras chamadas Minions. E estes amarelinhos fofos se destacaram tanto em "Meu Malvado Favorito 1 e 2" que ganharam uma animação só para eles - "Minions" ("The Minions"), dirigida por Pierre Coffin (o mesmo dos filmes anteriores), que também dublou todos os Minions deste, e Kyle Balda (de "Monstros S.A.).

Mesmo sendo uma animação para o público infantil, tem muito adulto na fila esperando para ver estes pequenos seres amarelos unicelulares de macacão azul que só são felizes quando estão juntos e servindo aos mais malvados vilões.  O idioma desta turminha é universal, uma mistura de inglês, francês, italiano, russo, espanhol, que ninguém entende, mas todo mundo compreende. Seja durante as brigas, nas brincadeiras ou quando estão com fome e o único desejo é comer BA-NA-NA. É diversão do início ao fim, com muitas trapalhadas, principalmente quando tentam agradar ao chefe.

Até conhecerem Scarlet Overkill e Herb, seu companheiro de crime, cujas vozes originais são de Sandra Bullock ("Gravidade") e Jon Hamm (da série "Mad Man"). A excelente narração ficou a cargo de Geoffrey Rush ("Piratas do Caribe - Navegando em Águas Misteriosas").

Um ponto negativo da versão para o português: o fato de uma grande atriz ser a top em vilania nas novelas não quer dizer que ela seja a mais indicada para dublar a vilã em uma animação. A escolha de Adriana Esteves não foi das melhores, apesar de todo marketing em cima do nome dela. A voz de Scarlet perde o impacto, fica sem graça e sem a crueldade que se espera da primeira supervilã feminina do mundo, que por sinal não é das mais malévolas mas é bem estilosa. Sandra Bullock dá um pouquinho mais de gás na personagem com a voz original.

Já Vladimir Brichta segura bem o papel de Herb, o gênio criativo do casal que faz de tudo para agradar sua amada Scarlet. O casamento na vida real com Adriana Esteves dá uma cumplicidade bem especial à dupla do mal. Tirando este ponto, que a meninada nem vai notar, "Minions" é diversão pura e vai encantar ao público que aguardava ansioso o filme, que explica a origem destes personagens.

A história dos Minions começa no início dos tempos, quando eles surgiram como organismos unicelulares amarelos, evoluindo ao longo das eras, sempre servindo ao mais malvado dos vilões - do T-rex a Napoleão Bonaparte. Sem nunca terem tido sucesso em manter esses mestres por muito tempo, ao perderem o último, entram em profunda depressão. 

Para salvar sua gigantesca família, o Minion chamado Kevin pensa em um plano, e juntamente com Stuart, o irmão adolescente rebelde, e o adorável pequeno Bob se aventura mundo afora em busca de um novo chefe maligno para servirem. O trio deixa a congelante Antártida e seguem até a cidade de Nova York da década de 1960, onde conhecem Scarlet Overkill e Herb. A aventura continua em Londres, onde precisam fazer de tudo para salvar os Minions da extinção. Ao longo da jornada vão conhecendo personagens - do bem e do mal - e fazendo novos amigos, entre eles, a Rainha da Inglaterra.



Além da atuação dos nossos amiguinhos, dois pontos se destacam na produção e vão agradar aos adultos: a ambientação do filme nos anos 60, tanto em Nova York quanto em Londres, e um repertório musical desta década que inclui The Beatles ("Got to Get You Into My Life"), Jimi Hendrix ("Purple Haze"), Rolling Stones, The Doors, The Turtles ("Happy Together"), The Who ("My Generation"). Além da trilha sonora composta pelo brasileiro Heitor Pereira, responsável também por "Meu Malvado Favorito 1 e 2". O cantor Michel Teló faz a versão da música em português.

"Minions" é a aposta do ano da Universal Pictures de uma bilheteria milionária em animação e entra numa forte disputa com a excelente produção "Divertida Mente", da Disney Pixar. Não é a toa que o filme dos amarelinhos está dominando a maioria dos espaços, sendo exibido em 32 salas de cinema de 17 shoppings de BH, Contagem e Betim. Imperdível, com direito a um balde gigante de pipoca e refrigerante na mão, não importando a idade. Um ótimo programa para o fim de semana.

Ficha técnica:
Direção: Pierre Coffin e Kyle Balda
Produção: Ilumination Entertainment e Universal Pictures
Distribuição: Universal Pictures
Duração: 1h31
Gêneros: Animação / Aventura
País: EUA
Classificação: Livre
Nota: 4,5 (0 a 5)

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