06 julho 2015

"Belas e Perseguidas" é comédia de sessão da tarde para se ver em casa

As diferenças entre Reese Witherspoon e Sofía Vergara garantem os momentos engraçados desta comédia (Fotos: Warner Bros. Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Um filme comum, com uma história comum de final previsível que reúne duas atrizes completamente diferentes em aparência e estilos. Talvez por isso a comédia "Belas e Perseguidas" ("Hot Pursuit") tenha conseguido ser engraçada em cenas. Em cartaz nos cinemas, a produção conta com Reese Witherspoon e Sofía Vergara nos papéis principais, que vivem situações de constante perigo enquanto tentam se entender e confiar uma na outra.

A primeira é a policial Cooper - certinha, seguidora das regras, mas totalmente desinteressante como mulher. Ela é escalada para fazer a proteção de Daniella Riva (Vergara), mulher de um traficante de drogas que vai denunciar o chefe da quadrilha ao FBI em troca de nova identidade. A colombiana Vergara chama a atenção por seus dotes físicos de modelo, bem explorados no filme. Ela fica na mira da quadrilha de traficantes após o marido entregar o esquema de tráfico.

Quando as duas se juntam, as diferenças físicas são gritantes e a comédia explora exatamente isso - uma baixinha loura que calça sapatos masculinos, contra a loura alta de vestido justo e salto agulha. Elas passam o filme quase todo brigando - Daniella mente, é barulhenta e histérica, tenta escapar de Cooper sempre que pode, é boa de briga e na forma de atrair os homens, além de saber como usar bem todo o dinheiro que o marido ganhou com o crime.

Já Cooper faz tudo seguindo as normas e sofre para proteger Daniella após o marido da colombiana ser morto por assassinos contratados, juntamente com o parceiro da policial, um agente federal. Ela agora terá de conduzir Daniella até o local onde ela irá depor contra o chefão do tráfico no lugar do marido. 

Durante a jornada, Cooper é acusada de matar seu companheiro de missão e passa a ser perseguida por toda a polícia como cúmplice da colombiana. Enquanto uma tenta escapar de ser morta, a outra precisa provar sua inocência. E vão ter de confiar uma na outra para sobreviverem.

Reese Witherspoon mostra que não perdeu sua veia cômica, dos tempos de "Legalmente Loura", mas já não é mais aquele brotinho que vestia cor de rosa. Vergara aposta na experiência com humor adquirida nas sete temporadas da série de TV "Modern Family", mantendo o forte sotaque espanhol.

Para quem procura um filme sem pretensões de ser uma grande comédia, com cara de dia de chuva debaixo das cobertas, para se ver em casa, "Bela e Perseguidas" pode ser uma opção.




Ficha técnica:
Direção: Anne Fletcher
Produção: Metro Goldwyn Mayer (MGM) / New Line Cinema
Distribuição: Warner Bros. Pictures
Duração: 1h28
Gênero: Comédia/Ação
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 2,5 (0 a 5)

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04 julho 2015

"O Exterminador do Futuro: Gênesis" volta no tempo e refaz toda a franquia

Ele está de volta, mais velho mas não menos assustador (Fotos: Paramount Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Se há 31 anos "O Exterminador do Futuro", dirigido por James Cameron ("Avatar"), garantiu um estrondoso sucesso de bilheteria e ganhou uma legião de fãs do robô T-800, o quarto filme da franquia - "O Exterminador do Futuro: Gênesis" ("Terminator:Genisys") - não poderia fazer feio. E lógico, tinha de contar com seu mais importante personagem, interpretado pelo não menos famoso Arnold Schwarzenegger.

Em 1984 ele falava pouco, quase iniciando carreira após outro meio sucesso - "Conan O Bárbaro". Em ambos, bastavam apenas os músculos de Mister Universo, as falas eram curtas - como ator seria um desastre se falasse muito. Sorrir, nem pensar. Mas em compensação, causava um grande estrago. Foi assim nas duas produções seguintes da franquia - "O Julgamento Final" (1991) e "A Rebelião das Máquinas" (2003).

Agora, o robô está envelhecido e tem cabelos grisalhos (até isso foi possível com a evolução das máquinas) mas como ele mesmo diz, não obsoleto. Mais experiente, após mais de 30 filmes de muita pancadaria e tiros, Arnold é o responsável pelos momentos divertidos de "Gênesis". 

Mesmo vivendo o papel do assustador T-800, que no passado foi o inferno na vida dos heróis Sarah Connor, Kyle Reese e John Connor. Com tiradas engraçadas e um sorriso forçado para parecer mais humano, ele novamente é a estrela do quarto filme da franquia. Claro, mantendo o estilo que lhe garantiu o estrelato - musculoso que resolve tudo na porrada ou na bala.

Para quem apostou num remake do filme original, pode se preparar para uma reviravolta. "Gênesis" remete à primeira produção, mas volta no tempo e reescreve a história da revolução das máquinas dominam o mundo e tentam exterminar os seres humanos. Com isso derruba os três filmes anteriores.

Passados mais de 30 anos, não se poderia esperar os mesmos atores do original (exceto Schwarzenegger, mas foi envelhecido na nova versão). A Sara Connor (que no passado foi vivida muito bem por Linda Hamilton) deu lugar à britânica estrela da série "Game of Thrones", Emilia Clarke. Ela faz o par romântico com Jay Courtney (da franquia "Divergente"), que interpreta Kyle Reese. O filho do casal, John Connor, que será o líder dos humanos na revolução contra as máquinas no futuro, ganha uma ótima interpretação do ator australiano Jason Clarke (de "Planeta dos Macacos - O Confronto").

A nova história começa em 2029, quando a resistência humana contra as máquinas é comandada por John Connor. Ao saber que a Skynet enviou um exterminador ao passado com o objetivo de matar sua mãe, Sarah Connor, antes de seu nascimento, John envia o sargento Kyle Reese de volta no tempo para garantir a segurança dela. Entretanto, ao chegar ele é surpreendido pelo fato de que Sarah tem como protetor outro exterminador, o T-800 , enviado para protegê-la quando ainda era criança.

Deu um nó na cabeça? Na minha também. O vai e vem no tempo, com datas trocadas fica mal explicado e muitas perguntas continuam sem respostas, como por exemplo, quem mandou o T-800 para proteger Sarah quando criança, quando isso aconteceu e vai por aí afora. Não importa, o filme vai agradar quem está com saudades da franquia, um dos maiores sucessos da década de 1980.



Grandes efeitos especiais - o 3D funciona bem neste filme e justifica o preço do ingresso - explosões, perseguições, novos robôs mais poderosos e quase humanos e uma nova possibilidade de dominação das máquinas, muito semelhante ao que está ocorrendo hoje com a internet. Até mesmo um robô com a cara de Arnold do primeiro filme foi criado por computação gráfica. A Skynet ainda é a grande vilã, mas agora ela tem rosto e fortes aliados.

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E a saga não para por ai. Como em outros blockbusters, "Gênesis" termina chamando para o próximo, previsto para 2017, que poderá contar novamente com T-800. enfim, vale a pena assistir "O Exterminador do Futuro: Gênesis", que já está em cartaz 34 salas de cinemas de 18 shoppings de BH, Contagem e Betim. Um conselho: para quem não acompanhou a franquia desde o início, recomendo assistir o primeiro filme para entender melhor a história.

Ficha técnica:
Direção: Alan Taylor
Produção: Skydance Productions / Annapurna Pictures / Paramount Pictures
Distribuição: Paramount Pictures
Duração: 2h06
Gêneros: Ação / Ficção
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 4 (0 a 5)

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