13 agosto 2015

Disputa jurídica internacional une Helen Mirren e Ryan Reynolds

Filme "A Dama Dourada" é baseado em fatos reais e na biografia de uma sobrevivente do holocausto (Fotos: Diamond Films/Divulgação)

Maristela Bretas


Helen Mirren está de volta muito bem em mais um drama e prova que, apesar do roteiro fraco e cheio de buracos, a experiência nestes casos é o que conta para virar o jogo. Desta vez é a cinebiografia "A Dama Dourada" ("Woman in Gold") que apresenta a excelente atriz britânica no papel da austríaca com descendência judia Maria Altmann, que durante a ocupação nazista na Segunda Guerra precisou fugir de seu país e abandonar tudo.

Passados quase 40 anos, morando nos EUA, ela resolve recuperar os bens da família roubados pelos alemães e apropriados pelo governo da Áustria. Principalmente a famosa pintura "Woman in Gold", do artista Gustav Klimt que retrata a tia de Altmann e é considerado o quinto quadro mais caro do mundo (US$ 135 milhões). Para isso vai precisará entrar na justiça internacional contra o governo da Áustria.


Mirren está ótima como sempre, carregando no sotaque e na interpretação que praticamente anula a participação de Ryan Reynolds. O ator, desta vez, conseguiu perder a cara de bobão do super-herói Lanterna Verde e faz um bom trabalho sério como o advogado inexperiente contratado por Mirren para a ação. Seu personagem, Randol Schoenberg, também descendente de judeus austríacos, vai crescendo com a trama.


Apesar de a dupla funcionar bem e garantir bons momentos de drama e até comicidade, a adaptação para o cinema deixa a desejar e fica aquém do livro "A Dama Dourada - Retrato de Adele Bloch Bauer", escrito em parceria pelos próprios protagonistas e baseado em fatos reais. Faltaram mais informações de como foi todo o processo até que Maria Altmann conseguisse, anos depois, reaver seus bens, que representavam uma fortuna em obras de arte. 

Por se tratar de uma disputa judicial, foram poucas as cenas em tribunais e a solução rápida demais para um processo que durou anos e repleto de burocracias e dificuldades impostas pelo governo austríaco.



No elenco estão ainda, pouco aproveitados e sem muito destaque apesar do talento de ambos, Daniel Brühl e Katie Holmes. Ele interpreta um austríaco que surge do nada para ajudar a dupla contra o governo e ela a simplória esposa de Randol.

Mesmo assim, o filme vale a pena ser visto, só por ter a dama britânica num dos papéis principais. Ele está sendo exibido no Ponteio Lar Shopping Cineart, sala 4 (16h50 e 21h20), Belas Artes Cinema, sala 2 (14h30 e 19 horas) e Diamond Mall Cinemark, sala 5 (16h50, 19h10 e 21h50).

Ficha técnica:
Direção: Simon Curtis
Distribuição: Diamond Films
Duração: 1h50
Gênero: Drama
Países: Reino Unido /EUA
Classificação: 10 anos
Nota: 3 (0 a 5)

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11 agosto 2015

Remake de "Quarteto Fantástico" detalha demais no início para correr no final

"Quarteto Fantástico" vem com nova geração de atores em ascensão para uma história já conhecida (Fotos Fox Film/Divulgação)

Maristela Bretas


O remake do famoso filme dos quatro jovens super heróis que ganham poderes após uma experiência desastrosa ganhou uma nova roupagem nesta versão 2015. Se no primeiro "Quarteto Fantástico" (2005) o filme mais romanceado, muitas vezes, puxando para a comédia, nesta segunda versão valem os detalhes para contar como tudo começou.


E o diretor foi muito bem neste ponto até o meio do filme, reforçando a história de alguns desde a infância, como é o caso de Reed Richards (Miles Teller) e Ben Grimm (Jamie Bell) até o primeiro ser reconhecido por sua capacidade científica. Como no primeiro, Victor Von Doom (Toby Kebbell) tem uma atração por Sue Storm (Kate Mara), mas esse romance é apenas um ponto pequeno. 

O diretor aposta no detalhamento de como o grupo se conheceu e se uniu. E ficou bacana, com bons efeitos especiais e alguns personagens simpáticos, como Tocha (Michael B. Jordan). Mas esse excesso de cuidados acabou transformando um filme de ação numa produção arrastada. E o tempo foi ficando curto. O resultado foi um final corrido (apesar de conhecido) para não estourar o tempo. Isso matou o filme, que poderia ser bem melhor que seu antecessor  e acabou ficando aquém.

Para piorar, ainda tem uma Kate Mara que não convence como atriz nem como heroína. Não foi a toa que na estreia nos EUA a previsão de um faturamento de US$ 40 milhões atingiu pouco mais de US$ 26 milhões, para uma produção que custou mais de US$ 120 milhões.

"Quarteto Fantástico ("The Fantastic Four") conta a história de quatro jovens extremamente inteligentes e o amigo de um deles que se envolvem em uma experiência de enviar material a outra dimensão. Quando o trabalho é concluído, eles resolvem testá-lo e acabam sendo afetados pela exposição a uma energia desconhecida.



Seus corpos começam a sofrer alterações e cada um ganha um super poder diferente. Reed se torna o Sr. Fantástico, Ben vira um homem de pedra chamado de "Coisa", Sue Storm passa a ser a Mulher Invisível e o irmão dela, Johnny, é a Tocha Humana. Victor, no entanto, sofre a maior mutação e perde todo o seu lado humano para se transformar no vilão Doutor Destino (também chamado de Dr. Doom).

Não é o melhor dos filmes com heróis da Marvel, mas serve como distração numa sessão de cinema à tarde. Ele pode ser conferido em 31 salas de 19 shoppings de BH, Contagem e Betim.

Ficha técnica:
Direção: Josh Trank
Produção: Marvel Entertainment / Twentieth Century Fox
Distribuição: Fox Film do Brasil
Duração: 1h46
Gêneros: Ação / Ficção
País: EUA
Classificação: 10 anos
Nota: 3,0 (0 a 5)

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