17 agosto 2015

Tom Cruise imperdível em "Missão Impossível: Nação Secreta"

Tom Cruise reúne companheiros para superar recorde de bilheteria da franquia (Fotos: Paramount Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Passados 19 anos desde o início da franquia "Missão Impossível" (1996), Tom Cruise volta, pela quinta vez, a interpretar o papel do agente Ethan Hunt, que lhe garantiu milhões de dólares. nos últimos anos. E com a missão de fazer com que "Nação Secreta" seja melhor e com uma a bilheteria ainda maior bilheteria que seu antecessor. "Protocolo Fantasma". E pelo andar da carruagem, parece que vai conseguir.


Sem perder seu sorriso sedutor e sempre atraente, agora aos 53 anos, Tom Cruise está muito bem e mais maduro. E não se contenta em ser apenas a estrela do filme - também divide a produção com J.J. Abrams (especialista em filmes de espionagem, suspense e ficção), escreve as próprias cenas e ainda dispensa dublês nas mais perigosas. Como a do avião, em que ele fica pendurado do lado de fora. Veja abaixo como a cena real foi feita.



Se ele é a estrela, o elenco de suporte também não fica atrás e garante boas sequências de ação, suspense e até cômicas. Em "Missão Impossível: Nação Secreta" ("Mission: Impossible - Rogue Nation") estão de volta antigos companheiros de Hunt na agência ultra secreta Impossible Missions Force (IMF): Jeremy Renner, como William Brandt, agora chefe do grupo, Simon Pegg (o gênio da tecnologia Benji Dunn) e Ving Rhames (o especialista em informática Luther Stickell).

A trama é ambientada em Londres, Casablanca e Viena, sendo que nas duas últimas locações foram feitas as melhores cenas de suspense e ação. E ação tem de sobra, com cenas muito bem feitas, principalmente as de lutas.

E quem mostra que é boa de briga é Rebecca Ferguson, que faz o papel da agente dupla britânica Ilsa Faust. Na disputa com Ethan Hunt a mocinha é páreo duro, alguns golpes chegam a ser quase que orquestrados entre os dois. A afinidade da dupla é clara do início ao fim.

O diretor Christopher McQuarrie (o mesmo de "Jack Reacher") não economizou tiros, manobras radicais, quedas, batidas e explosões. E as ruas de Casablanca, no Marrocos foram o cenário ideal para as cenas de Hunt e Benji numa BMW perseguidos por bandidos armados em poderosas motos. Boa demais.

O vilão da vez é Solomon Lane (Sean Harris) chefão da poderosa organização terrorista "Sindicato", que apareceu pela primeira vez em "Protocolo Fantasma". Harris deu o tom certo a seu personagem - cruel, frio e disposto a qualquer coisa para conseguir o que deseja.

O elenco conta também com Alec Baldwin, como o Alan Hunley, chefão da CIA que quer acabar com a IMF e Simon McBurney, chefão da agência de espionagem britânica. Baldwin como sempre faz para o café, burocrático e sem alterar seu perfil de sempre.

Em "Nação Secreta", o agente Hunt tenta provar a existência da organização criminosa "Sindicato", responsável por vários ataques terroristas pelo mundo. Hunt acaba se envolvendo com a agente Ilsa Faust, mas durante a investigação a IMF acaba desfeita e seus integrantes se tornam foragidos após ajudarem Hunt. 

O famoso agente precisará confiar na bela agente dupla para provar sua inocência e a de seus amigos, a existência do Sindicato e ainda acabar com líder. O filme é ótimo, de tirar o fôlego e com um enredo mais interessante que os demais da franquia. Vale cada pipoca do baldão e um copão de refrigerante no cinema. E esperar para o sexto "Missão Impossível", com previsão de começar a ser filmado no segundo semestre de 2016, com o mesmo Tom Cruise à frente, claro.




Uma observação: além do tradicional tema de "Missão Impossível" composto por Laio Schifrin para a série de TV dos anos 60, o novo filme contou com uma ótima trilha sonora de Joe Kraemer e a adaptação de clássicos de Beethoven e Mozart que a tornaram ainda melhor.

Ficha técnica:
Direção: Christopher McQuarrie
Produção: Skydance Productions; Bad Robot; Paramount Pictures
Distribuição: Paramount Pictures
Duração: 2h12
Gêneros: Ação/ Espionagem
País: EUA
Classificação: 14 anos
Nota: 4,5 (0 a 5)

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13 agosto 2015

Disputa jurídica internacional une Helen Mirren e Ryan Reynolds

Filme "A Dama Dourada" é baseado em fatos reais e na biografia de uma sobrevivente do holocausto (Fotos: Diamond Films/Divulgação)

Maristela Bretas


Helen Mirren está de volta muito bem em mais um drama e prova que, apesar do roteiro fraco e cheio de buracos, a experiência nestes casos é o que conta para virar o jogo. Desta vez é a cinebiografia "A Dama Dourada" ("Woman in Gold") que apresenta a excelente atriz britânica no papel da austríaca com descendência judia Maria Altmann, que durante a ocupação nazista na Segunda Guerra precisou fugir de seu país e abandonar tudo.

Passados quase 40 anos, morando nos EUA, ela resolve recuperar os bens da família roubados pelos alemães e apropriados pelo governo da Áustria. Principalmente a famosa pintura "Woman in Gold", do artista Gustav Klimt que retrata a tia de Altmann e é considerado o quinto quadro mais caro do mundo (US$ 135 milhões). Para isso vai precisará entrar na justiça internacional contra o governo da Áustria.


Mirren está ótima como sempre, carregando no sotaque e na interpretação que praticamente anula a participação de Ryan Reynolds. O ator, desta vez, conseguiu perder a cara de bobão do super-herói Lanterna Verde e faz um bom trabalho sério como o advogado inexperiente contratado por Mirren para a ação. Seu personagem, Randol Schoenberg, também descendente de judeus austríacos, vai crescendo com a trama.


Apesar de a dupla funcionar bem e garantir bons momentos de drama e até comicidade, a adaptação para o cinema deixa a desejar e fica aquém do livro "A Dama Dourada - Retrato de Adele Bloch Bauer", escrito em parceria pelos próprios protagonistas e baseado em fatos reais. Faltaram mais informações de como foi todo o processo até que Maria Altmann conseguisse, anos depois, reaver seus bens, que representavam uma fortuna em obras de arte. 

Por se tratar de uma disputa judicial, foram poucas as cenas em tribunais e a solução rápida demais para um processo que durou anos e repleto de burocracias e dificuldades impostas pelo governo austríaco.



No elenco estão ainda, pouco aproveitados e sem muito destaque apesar do talento de ambos, Daniel Brühl e Katie Holmes. Ele interpreta um austríaco que surge do nada para ajudar a dupla contra o governo e ela a simplória esposa de Randol.

Mesmo assim, o filme vale a pena ser visto, só por ter a dama britânica num dos papéis principais. Ele está sendo exibido no Ponteio Lar Shopping Cineart, sala 4 (16h50 e 21h20), Belas Artes Cinema, sala 2 (14h30 e 19 horas) e Diamond Mall Cinemark, sala 5 (16h50, 19h10 e 21h50).

Ficha técnica:
Direção: Simon Curtis
Distribuição: Diamond Films
Duração: 1h50
Gênero: Drama
Países: Reino Unido /EUA
Classificação: 10 anos
Nota: 3 (0 a 5)

Tags: "A Dama Dourada"; Hellen_Mirren; Ryan_Reynolds; Daniel Brühl; Katie Homes; drama; Simon_Curtis; Diamond_Films; Cinema-no_Escurinho