09 setembro 2015

"O Agente da U.N.C.L.E." reconta série dos anos 60 com mais ação e humor

Em plena Guerra Fria, dois espiões de lados opostos - um da CIA e outro da KGB - precisam trabalhar juntos (Fotos: Warner Bros. Pictures/Divulgação) 

Maristela Bretas


Aqueles que estão abaixo da faixa dos 40 anos nem sequer ouviram falar da série "O Homem da U.N.C.L.E." ("The Man from U.N.C.L.E.") exibida no Brasil nos anos 60 e estrelada por Robert Vaughn (como Napoleon Solo) e David McCallum (Illya Kuryakin) e que pode ser conferida no Youtube. Mas foi esta série (ainda em preto e branco) que serviu de base para o roteiro adaptado por Guy Ritchie & Lionel Wigram para o longa-metragem "O Agente da U.N.C.L.E.", em cartaz nos cinemas.

Do original sobrou pouco, uma vez que os atuais atores - Henry Cavill (Napoleon Solo) e Armie Hammer (Illya Kuryakin) levam o enredo mais para o lado cômico, com boas tiradas, muita pancadaria, alguns momentos sérios (que passam rápido). O filme não chega a ser uma comédia, mas Cavill é o responsável pela parte irônica, enquanto Hammer, novamente faz o papel meio bobão (apesar de agente da KGB), bom de briga. 


O público feminino vai gostar dos dois bonitões dividindo a telona nesta versão descompromissada e de enredo diferente da história original. A dupla terá ainda ao seu lado e boa de briga a bela Alicia Vikander (“Anna Karenina”), enquanto que a vilã é a não menos bonita Elizabeth Debicki (“O Grande Gatsby”). Completam o elenco Jared Harris (“Sherlock Holmes: O Jogo de Sombras”) e Hugh Grant ("Um Lugar Chamado Notting Hill"), como Waverly, responsável pela união dos dois diferentes agentes. 

E põe diferente nisso, praticamente opostos - enquanto Solo desfila em ternos caros e carrões, esbanjando charme e elegância até quando enfrenta os bandidos, Kuryakin usa boina, gravata borboleta, tem um ar inocente, mas é bom de briga e com armas.

A nova produção conta como surgiu a U.N.C.L.E. (União de Nações para Comando da Lei e sua Execução) e a união dos dois espiões. O cenário do longa é o início da década de 1960, no auge da Guerra Fria, com história centrada no agente da CIA, Solo, e Kuryakin, da KGB. Forçados a deixarem de lado as antigas diferenças, os dois se unem em uma missão para parar uma misteriosa organização criminosa internacional que consegue construir armas nucleares para desestabilizar o poder.




A única pista da dupla na investigação é Gaby Teller (Alicia Vikander) filha de um cientista alemão desaparecido que criou a bomba atômica e que pode ser a chave para eles se infiltrarem na organização criminosa chefiada por Victoria Vinciguerra (Elizabeth Debicki). Agora os dois precisam correr contra o tempo para encontrar o cientista e evitar uma catástrofe mundial.

O game do filme

O filme ganhou também um jogo de realidade virtual de muita ação e aventura. O internauta pode escolher se quer ser Napoleon Solo ou Illya Kuryakin. O personagem deve cumprir missões para progredir na história. O jogo está disponível online apenas para Explorer e Firefox - http://www.manfromunclegame.com/?lang=pt-br - e também pode ser baixado para dispositivos móveis na Apple Store e Play Store, nos links abaixo:
IOS - http://j.mp/MissionBerlinIOS
Android - http://j.mp/MissionBerlinAndroid

Ficha técnica:
Direção e roteiro: Guy Ritchie
Produção: Davis Entertainment
Distribuição: Warner Bros. Pictures 
Duração: 1h57
Gêneros: Espionagem / Ação / Comédia
País: EUA
Classificação: 14 anos
Nota: 3,5 (0 a 5)

Tags: "O Agente da U.N.C.L.E."; Henry_Cavill; Armie_Hammer; Napoleon_Solo; Illia_Kuryakin; Alicia_Vikander; Elizabeth_Debicki; Hugh_Grant; Guy_Ritchie; espionagem; ação; comédia; Warner_Bros_Pictures: Cinema_no_Escurinho

07 setembro 2015

Meryl Streep já vestiu Prada e agora canta como uma roqueira em "Ricki and the Flash - De Volta para Casa"

Meryl Streep canta quase dez canções no filme, entre Lady Gaga, Pink e Rolling Stones (Fotos: Sony Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Sob a direção de Jonathan Demme e roteiro da ganhadora do Oscar Diablo Cody ("Juno", de 2007), a também premiada Meryl Streep mostra sua versatilidade em "Ricki and the Flash - De Volta para Casa", em cartaz nos cinemas e uma ótima opção no cinema. Quem assistiu "As Pontes de Madison" (1995), "O Diabo Veste Prada" (2006) e, mais recentemente, "O Doador de Memórias" (2014) irá se surpreender e curtir demais a atriz no papel de uma roqueira decadente que precisa fazer as pazes com a família.


E que roqueira. Meryl canta quase dez canções ao longo do filme, algumas delas inteiras, com um vozeirão de fazer inveja a muita cantora de sucesso. E ainda toca guitarra, resultado de um curso rápido de algumas semanas com ninguém menos que Neil Young. E a aplicada aluna não deixou por menos e arrasa cada vez que interpreta músicas que vão de Rolling Stones a Lady Gaga e Pink.


Se Meryl Streep se garante como a roqueira Ricki Rendazzo (e com sorte entra na disputa por mais um Oscar), ela também não deixa por menos quando precisa voltar para casa e encarar a responsabilidade de ser mãe e segurar a barra da filha recém-separada Julie Brummel, interpretada por Mamie Gummer, filha da atriz na vida real (qualquer grande semelhança não é mera coincidência). 


As duas voltam a trabalhar juntas no cinema pela quarta vez - as outras foram "A Difícil Arte de Amar", quando Mamie tinha três anos (1986), "A Casa dos Espíritos" (1993) e "Ao Entardecer" (2007).

A dupla divide as cenas com outro ótimo ator - Kevin Kline, que interpreta Pete Brummel, ex-marido de Rick e pai de Julie, Rick Springfield, que faz Greg, namorado de Rick, Audra McDonald (Maureen, atual mulher de Pete), Sebastian Stan (Joshua) e Nick Westrate (Adam), filhos de Ricki, além de Ben Platt (Daniel, barman do clube onde a banda The Flash toca).

Levando sua vida como vocalista da banda The Flash tão cinquentona como ela, Ricki divide seu tempo como caixa de uma mercearia, ganhando mal e namorando o guitarrista Greg. Mas uma ligação do ex-marido Pete faz com que ela retorne à cidade onde ele mora com os filhos, todos adultos agora, para tentar tirar da depressão a filha Julie, abandonada pelo marido. Mas a mágoa dela e dos dois irmãos com a mãe é muito grande pelo abandono no passado. Ricki terá de vencer esta barreira para fazer as pazes com Julie, Adam e Joshua sem deixar de lado o sonho de cantar.




Grande filme, vale cada centavo do ingresso. A história pode ser de final esperado, mas isso não importa. É sempre uma chance de ver Meryl Streep interpretando e isso não tem preço. Pena que esteja passando em apenas cinco salas de BH, todas com sessões legendadas, nos shoppings Paragem, Boulevard, Ponteio, Diamond Mall e Pátio Savassi.

Ficha técnica:
Direção: Jonathan Demme
Produção: TriStar Pictures
Distribuição: Sony Pictures
Duração: 1h42
Gênero: Comédia romântica
País: EUA
Classificação: 14 anos
Nota: 4,5 (0 a 5)

Tags: "Ricki and the Flash - De Volta para Casa"; Meryl_Streep; Kevin_Kline=; Mamie_Gummer; Jonathan_Demme; comédia_romântica; TriStar_Pictures; Sony_Pictures; Cinema_no_Escurinho