A solidão do planeta Marte é a maior inimiga do astronauta/biólogo Mark Watney (Fotos: 20th Century Fox/Divulgação) |
Maristela Bretas
Ótimo filme, boa condução e direção e uma excelente atuação
de Matt Damon sob a batuta do mestre da ficção Ridley Scott ("Alien - o 8º
passageiro", "Blade Runner - O Caçador de Androides" e
"Prometheus"). Assim pode ser definido o filme "Perdido em
Marte", um dos mais aguardados do ano. Damon está ótimo no papel, apesar
de bancar o super-herói americano em um planeta onde ele e suas batatas são as
únicas coisas vivas. E a situação de solidão e abandono no planeta vermelho é
tratada por ele com ironia e sarcasmo, mas sempre mantendo a esperança de que
tudo irá se resolver da melhor forma. Nem que seja fazendo uma mini-horta dentro
de uma base espacial.
E toda a saga do astronauta levou a um excesso de detalhes
do diretor Scott, o que deixou a produção com mais de 2h20 . Poderia ter uma
duração um pouco menor. Mas isso não atrapalha tanto. Assim como outros filmes
recentes do gênero - "Gravidade" (2013) e "Interestelar"
(2014) -, que tratam de viagens espaciais, "Perdido em Marte"
("The Martian") explora a solidão do astronauta na isolada e seca
superfície do planeta vermelho. Uma solidão só quebrada pelos registros diários
em vídeo de Mark Watney (Damon) e a ótima trilha sonora dos anos 70/80, com
direito a Donna Summer e ABBA que ele escuta mesmo não gostando.
O elenco também está muito bom e dá a dramaticidade necessária
à produção. Destaque para Jessica Chastain ("Interestelar"), como a
comandante Melissa Lewis que chefia a equipe de astronautas, Chiwetel Ejiofor
("12 Anos de Escravidão") como Venkat Kapoor, responsável da Nasa
pelo resgate do astronauta, Jeff Daniels ("Debi & Lóide"), no
papel do chefão da Nasa Teddy Sanders, e Kristen Wing ("Ela"), como
Annie Montrose, a assessora de imprensa que tem de dar nó em pingo d´água para
justificar as falhas da agência espacial. Também participam Sean Bean, Michael
Peña, Kata Mara, Sebastian Stan (estes três últimos como integrantes da
tripulação).
No filme, Mark Watney é um dos integrantes da equipe de
exploração de Marte, a Ares III, comandada por Lewis (Chastian). A chegada de
uma forte tempestade na superfície obriga a tripulação a abortar a missão, mas durante
a retirada, Mark é atingido por destroços e se perde. Ele é dado como morto
pelo grupo e pela Nasa e abandonado no planeta.
Mas seus conhecimentos de botânica, aliado à criatividade e a vontade de viver e retornar à Terra serão seus maiores aliados para sobreviver até que o socorro chegue. A milhões de quilômetros de distância, a NASA e uma equipe de cientistas internacionais trabalham incansavelmente para trazer "o marciano" de volta enquanto seus colegas de tripulação tentam uma ousada missão de resgate.
Mas seus conhecimentos de botânica, aliado à criatividade e a vontade de viver e retornar à Terra serão seus maiores aliados para sobreviver até que o socorro chegue. A milhões de quilômetros de distância, a NASA e uma equipe de cientistas internacionais trabalham incansavelmente para trazer "o marciano" de volta enquanto seus colegas de tripulação tentam uma ousada missão de resgate.
"Perdido em Marte" é uma adaptação do livro
escrito por Andy Weir. E indico para aqueles que gostam de um filme bem
produzido e dirigido, com diálogos (muitas vezes monólogos) usando linguagem
clara e simples. Também os efeitos especiais em nada deixam a dever, na medida
certa. Mas um dos destaques está na fotografia - de encher os olhos. Ridley
Scott arrasou de novo, o filme é imperdível.
Ficha técnica:
Direção:
Ridley Scott
Produção:
20th Century Fox
Distribuição: Fox Films
Duração: 2h21
Gênero: Ficção
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 4,8 (0 a 5)
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