04 outubro 2015

Ridley Scott e Matt Damon, uma dupla afinada em "Perdido em Marte"

A solidão do planeta Marte é a maior inimiga do astronauta/biólogo Mark Watney (Fotos: 20th Century Fox/Divulgação)

Maristela Bretas


Ótimo filme, boa condução e direção e uma excelente atuação de Matt Damon sob a batuta do mestre da ficção Ridley Scott ("Alien - o 8º passageiro", "Blade Runner - O Caçador de Androides" e "Prometheus"). Assim pode ser definido o filme "Perdido em Marte", um dos mais aguardados do ano. Damon está ótimo no papel, apesar de bancar o super-herói americano em um planeta onde ele e suas batatas são as únicas coisas vivas. E a situação de solidão e abandono no planeta vermelho é tratada por ele com ironia e sarcasmo, mas sempre mantendo a esperança de que tudo irá se resolver da melhor forma. Nem que seja fazendo uma mini-horta dentro de uma base espacial.

E toda a saga do astronauta levou a um excesso de detalhes do diretor Scott, o que deixou a produção com mais de 2h20 . Poderia ter uma duração um pouco menor. Mas isso não atrapalha tanto. Assim como outros filmes recentes do gênero - "Gravidade" (2013) e "Interestelar" (2014) -, que tratam de viagens espaciais, "Perdido em Marte" ("The Martian") explora a solidão do astronauta na isolada e seca superfície do planeta vermelho. Uma solidão só quebrada pelos registros diários em vídeo de Mark Watney (Damon) e a ótima trilha sonora dos anos 70/80, com direito a Donna Summer e ABBA que ele escuta mesmo não gostando.

O elenco também está muito bom e dá a dramaticidade necessária à produção. Destaque para Jessica Chastain ("Interestelar"), como a comandante Melissa Lewis que chefia a equipe de astronautas, Chiwetel Ejiofor ("12 Anos de Escravidão") como Venkat Kapoor, responsável da Nasa pelo resgate do astronauta, Jeff Daniels ("Debi & Lóide"), no papel do chefão da Nasa Teddy Sanders, e Kristen Wing ("Ela"), como Annie Montrose, a assessora de imprensa que tem de dar nó em pingo d´água para justificar as falhas da agência espacial. Também participam Sean Bean, Michael Peña, Kata Mara, Sebastian Stan (estes três últimos como integrantes da tripulação).

No filme, Mark Watney é um dos integrantes da equipe de exploração de Marte, a Ares III, comandada por Lewis (Chastian). A chegada de uma forte tempestade na superfície obriga a tripulação a abortar a missão, mas durante a retirada, Mark é atingido por destroços e se perde. Ele é dado como morto pelo grupo e pela Nasa e abandonado no planeta. 

Mas seus conhecimentos de botânica, aliado à criatividade e a vontade de viver e retornar à Terra serão seus maiores aliados para sobreviver até que o socorro chegue. A milhões de quilômetros de distância, a NASA e uma equipe de cientistas internacionais trabalham incansavelmente para trazer "o marciano" de volta enquanto seus colegas de tripulação tentam uma ousada missão de resgate.



"Perdido em Marte" é uma adaptação do livro escrito por Andy Weir. E indico para aqueles que gostam de um filme bem produzido e dirigido, com diálogos (muitas vezes monólogos) usando linguagem clara e simples. Também os efeitos especiais em nada deixam a dever, na medida certa. Mas um dos destaques está na fotografia - de encher os olhos. Ridley Scott arrasou de novo, o filme é imperdível.

Ficha técnica:
Direção: Ridley Scott
Produção: 20th Century Fox
Distribuição: Fox Films
Duração: 2h21
Gênero: Ficção
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 4,8 (0 a 5)

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28 setembro 2015

"Hotel Transilvânia 2", uma bela lição de amor e família

Drácula agora é avô e terá a difícil tarefa, junto com os amigos, de transformar seu neto numa vampirinho (Fotos: Sony Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas


Aceitar Jonathan (ou Johnny), o genro folgado e, principalmente, normal, já foi um sacrifício para o o todo poderoso e absoluto Conde Drácula. Mas tudo valeu, no primeiro filme - "Hotel Transilvânia" - para ver a filha Mavis feliz. Agora os dois vão se casar e, como qualquer pai, até mesmo o rei dos vampiros, é capaz de se emocionar na cerimônia com a felicidade da filha. O casal continua morando no assustador hotel, já que Drácula ofereceu um emprego ao genro. Ele na verdade quer que a filha permaneça ao seu lado.

Mas a alegria de Drácula será ainda maior com a chegada de um neto. Será que ele vai ser vampiro ou normal como o pai e seus familiares? Para descobrir só assistindo "Hotel Transilvânia 2", que já está em cartaz e promete fazer o mesmo sucesso do primeiro. A animação da Sony Pictures é ótima, divertida e, acima de tudo, ensina o valor que representa a família. Não importa se formada por monstros ou seres humanos "quase" normais.

E quem vai dividir o estrelado do Hotel Transilvânia com Drácula é o pequeno Dennis, um netinho de cabelos ruivos encaracolados, muito tímido e amado por todos. Ele quer seguir os passos do avô, mas que tem um probleminha a ser resolvido - aos cinco anos de idade ainda não tem presas e não sabe voar. Será que ele é só uma criança normal? O vovô Drac vai fazer o possível para mudar isso.

Mas seus planos estão ameaçados, pois Mavis e Johnny planejam se mudar para a Califórnia. O que vai ser da vida do vampiro babão sem seus maiores amores por perto? Ele precisará contar com a ajuda dos amigos monstros para fazer a filha permanecer na Transilvânia e transformar o neto num vampiro. E ainda terá de enfrentar seu pai, o temido, rabugento e conservador Vlad, que nem sonha ter alguém normal na família.

As vozes na versão original são dos mesmos atores do primeiro filme: Adam Sandler (Drácula), Selena Gomez (Mavis), Andy Samberg (Johnny), Kevin James (Frankenstein), David Spade (Griffin, o homem invisível), Steve Buscemi (o lobisomen Wayne), Cee-Lo Greeen (Múmia), Molly Shannon (Wanda) e Keegan-Michael Key (Murray). Além de dublador, Sandler também é corroteirista e produtor de set. 


As novidades na continuação do longa são Mel Brooks, que faz a voz do do bisavô Vlad, e Asher Brinkoff (o fofo netinho Dannis) que estreia no cinema. Em português, Alexandre Moreno faz a voz de Drácula e Mário Monjardim dubla Vlad.

"Hotel Transilvânia 2" tem de tudo, desde planos mirabolantes que sempre dão errado, acampamento de férias numa escolinha de monstros a personagens esquisitos em situações que garantem boas risadas. E ainda conta com um ingrediente bem interessante: a trilha sonora com grandes estrelas atuais, como  Fifth Harmony, que gravou as canções "I'm In Love With a Monster" e "Worth It" , e Flo Rida, com GDFR.




Uma animação para todas as idades, que pode ser conferida em versões legendada e dublada (ainda melhor), 2D e 3D, em 32 salas de cinema de 17 shoppings de BH, Contagem e Betim.

Ficha técnica:
Direção: Genndy Tartakovsky
Produção: Sony Pictures Animation / Columbia Pictures
Distribuição: Sony Pictures
Duração: 1h29
Gêneros: Animação / Comédia
País: EUA
Classificação: Livre
Nota: 4,5 (0 a 5)

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